Nossa Química escrita por Liiah


Capítulo 11
Aceita?


Notas iniciais do capítulo

Bom agora só depois de 2 dias para o nosso proximo capitulo! espero que gostem Muitissimo desse.



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As semanas passaram mais rápidas do que eu esperava. Depois daquele dia ele nem me visitou, acho que ainda meio tímido, mas sexta feira eu fui com o braço engessado para a escola eu não queria deixar ele na mão, deixa-lo apresentar o trabalho sozinho, por mais que o professor dissesse que não precisava de eu ter ido, eu apresentei.

Depois a Nayara chegou em mim perguntando oque tinha acontecido, praticamente zombando da minha cara, a cada dia eu tinha mais raiva dela.

Os dias foram passando e finalmente eu me livrei daquele gesso, sai do hospital completamente livre, como se tirasse um peso das minhas costas. E como dormir depois daquela cena com o Lucas? Ela não saia da minha mente. Eu ainda não acreditava que aquilo quase aconteceu. Como eu reagiria? Como ele reagiria depois? Essas perguntas ficaram na minha mente até eu conseguir ao menos cochilar.

Meu sono foi interrompido pelo despertador, horrível, eu estava horrível, com olheiras profundas e o cabelo alvoroçado. Tomei um banho e dei um jeito no meu cabelo que ficou lisinho por estar molhado, mas uns pequenos cachos ficaram no final do cabelo, por ele ser ondulado nas pontas. Desci para tomar café da manhã e como sempre o pai da Lucy buzinou, resolvi falar para a Lucy quando estivéssemos em um lugar a sós, pois falar perto do pai dela não era muito conveniente.

Quando cheguei à escola eu e a Lucy ficamos os 10 minutos antes de entrar na sala no pátio, fiquei meio em duvida se contar ou não para a Lucy, porque com certeza ela iria ter aquele excesso de euforia dela. Mas eu precisava falar, ela é minha melhor amiga.

– Lucy ontem... - Tentei começar.

O Sinal tocou, e nós subimos sem eu dizer nada para a Lucy, depois ela ficou me perguntando oque era e resolvi falar para ela por bilhetinho.

Comecei a escrever com cada detalhe aquilo que quase aconteceu, mas quando eu estava colocando o ponto final, uma voz ecoou por toda a sala e estava falando comigo.

– Você não tem vergonha de ficar passando bilhetinhos dona Mayane? – A professora disse seria.

Fiquei em silencio e olhando para a Lucy. A professora pegou o bilhete e leu, depois de ler olhou seria para mim e ergueu uma sobrancelha, ruborizei na hora.

– Eu deveria ler para a sala inteira – Ela falou alto e depois sussurrou no meu ouvido "dá próxima vez vê se beija."

Eu levei um susto e comecei a rir, todos ficaram me olhando sem entender o motivo.

Quando o sinal tocou para o intervalo, eu avistei o Lucas de longe, quando ele me viu virei o rosto rapidamente , para ele não perceber que eu estava o encarando, a Lucy que percebeu falou:

– Nossa que troca de olhares foi esse?

Resolvi contar para ela, antes que outra coisa interrompesse, ela como eu já imaginava ficou eufórica.

– Para com isso Lucy, todo mundo está encarando!

Ela riu.

– Mas você esta gostando mesmo dele?

Eu fiquei em silencio meio pensativa.

– Admite logo May!

– Eu estou um pouquinho.

– Um pouquinho?

– Tudo bem eu estou doida por ele!

Ela começou a rir e dizer que já sabia. O Sinal tocou e dei uma ultima olhada para ele, eu tinha certeza, assim como a Lucy que eu estava doida por ele.

Na saída, quando eu estava indo com a Lucy para o carro do pai dela, fui interrompida pelo Lucas.

– Será que você tem um tempinho para mim May?

– Claro! – Falei tentando soar calma, olhei para a Lucy e dizendo que ela podia ir e depois eu voltava para casa a pé.

Ela se virou e foi caminhando até o carro.

– Vamos para onde? – Perguntei.

– Você vai ver.

Ele foi me guiando e eu fui acompanhando cada lugar para não me esquecer de nada. Chegamos a uma rua, completamente silenciosa, e em um lugar bem distante. No final dela, entramos em uma estrada em que ia para um lugar completamente desértico e com um gramado, sentamos debaixo da sombra de uma arvore, jogamos nossas mochilas e eu contemplei todo aquele lugar.

– É Lindo! – Falei com o olhar perdido.

– Eu venho aqui para relaxar, quando quero pensar. Eu consigo sentir a paz desse lugar.

– E para que você me trouxe aqui?

– Porque você me faz relaxar e sentir paz May. Era você que precisava preencher esse lugar.

Fiquei o olhando sem saber oque responder. E falei oque veio primeiro na minha mente.

– Que bom que eu trago isso pra você Lucas.

– Você traz muito mais.

– Assim como a Pâmela trazia para você?

Oque me deu na cabeça? Porque eu disse isso? Eu apenas pensei alto. Alto até demais.

– Como você soube da Pâmela? – Perguntei franzindo as sobrancelhas.

– Não tem como não saber Lucas, a escola toda sabia, uma hora iria chegar até a mim.

– Às vezes eu sentia que a Pâmela não me trazia essa paz. Eu gostava muito dela, mas algumas coisas me incomodavam.

– Como assim?

– Nós éramos completamente diferentes. Apesar de todos dizerem que nós combinamos, mas as pessoas apenas falam, elas não sabem oque a gente sente. Se eu e a Pâmela terminamos, isso é comum, uma hora desapega, é tudo muito simples.

– Mas será que você se desapegou a ela? –Perguntei o encarando.

– Se não desapeguei, uma hora eu desapego, e eu só preciso de uma pessoa para fazer isso. E essa pessoa é você May.

Eu virei o rosto ainda meio em duvida, ele falava da Pâmela com um ar de que ainda gostava dela, mas não queria aceitar isso.

– Vocês terminaram a pouco tempo pelo que eu sei às vezes vocês estão passando apenas por uma crise.

– May, se você continuar falando assim, acho que é por que você não quer mesmo me dar uma chance e esta querendo achar uma desculpa para não me magoar.

Aquilo não era verdade, a pouco tempo eu havia confessado para a Lucy, que eu estava doida por ele, a única coisa que eu não queria é que ele ficasse enganado, eu não quero ter alguém que ainda tem duvidas dos sentimentos.

– Lucas, isso não é verdade, eu confesso que eu tenho certo interesse por você, mas não quero ter alguém que tem duvidas dos sentimentos.

Ele ficou encarando o lugar por um bom tempo. Depois se virou para mim e disse:

– Olha May, eu posso estar enganado, mas é o tempo que vai dizer isso, se você me dar uma chance eu vou ter certeza do que eu realmente estou sentindo. – E segurando o meu rosto perguntou: - Você quer namorar comigo May?


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Notas finais do capítulo

E ai será que a nossa May vai aceitar?