Be My Best Song escrita por The Raven


Capítulo 16
Bem Que Se Quis


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora, galera! Explicações nas notas finais, ok? Não esqueçam de ler.

Boa leitura!



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Nosso primeiro jantar oficial poderia ser descrito em apenas uma palavra: perfeito. Tobias estava radiante, feliz e todo o ambiente do restaurante francês colaborou para que permanecêssemos nas nuvens. A comida, estranha, porém, deliciosa agradou o paladar e o champanhe escolhido cuidadosamente por Tobias simplesmente não podia ser descrito. Tudo fora maravilhoso!

A sobremesa acabara de ser posta sobre a mesa quando senti meu corpo se arrepiar. O que faríamos depois daquele jantar? Como tudo seria, já que estávamos namorando oficialmente? Fechei os olhos, levando o guardanapo aos lábios, cobrindo-os para tentar evitar a ânsia que me subiu pela garganta. Tobias percebeu que havia algo errado, inclinou seu corpo para frente e, com discrição, perguntou-me se eu estava me sentindo mal.

– Não, na verdade, estou ótima. – Respirei profundamente, retirando o guardanapo na boca. Encarei o rapaz e tentei dar um sorriso. – Acho que estou apenas nervosa com tudo.

Abaixei a cabeça, sentindo as maçãs do rosto queimar e tinha certeza que o olhar firme de Quatro estava sobre mim. O fato de saber o que estávamos prestes a fazer me deixava muito nervosa. O segundo passo do relacionamento me deixava tensa apenas em imaginar. Contato físico, intimidade, toques muito pessoais... Meu estômago revirou.

– Tris, acho que você não está nada bem.

Tobias levantou-se da cadeira e se aproximou. Encarei-o, incerta do que viria a seguir, mas ele apenas me ajudou a levantar.

– Vamos dançar um pouco, depois nos sentamos e você me conta o que está acontecendo, está bem?

Assenti, evitando olhá-lo nos olhos, já que esse ato deixava-me nervosa e com as pernas trêmulas. Sem entender exatamente o que eu estava sentindo, deixei que Quatro me conduzisse para o local onde os clientes do restaurante podiam dançar ao som da voz maravilhosa de uma cover de Edith Piaf.

Edith Piaf - L'hymne à l'amour

Tobias passou suas mãos em minha cintura e apertou levemente, trazendo-me para mais perto de seu corpo. Prendi a respiração, repousando minhas mãos trêmulas em seus ombros largos e logo começamos a nos mover com graça pelo espaço disposto para a dança.

Sendo lentamente engolida pelos olhos poderosos de Quatro, sentia o corpo todo esquentar. Nunca tinha me sentindo daquela forma, e apesar de imaginar o que poderia ser, o medo do que viria me deixava mal. Me deixava apavorada.

– Você ainda está um pouco pálida – ele comentou rindo baixo, encostando seus lábios em minha testa.

– Devia ter passado mais blush – tentei descontrair, mas meu estômago ainda embrulhava.

– Não gostou da comida?

– É claro que gostei! Tudo está perfeito! Tudo está lindo, tão maravilhosamente lindo que não consigo acreditar que é verdade... – Olhei-o nos olhos com uma expressão séria, porém, nervosa.

Ele levou sua mão desta para meu rosto e acariciou minha pele com o polegar, fazendo-me fechar os olhos com o toque tão macio e ao mesmo tempo tão quente. Tobias cessou o carinho para segurar meu rosto entre suas mãos e me beijar com paixão, deixando-me em chamas.

Eu sabia o que meu corpo queria, mas meu cérebro queria pular fora daquilo, como se fosse uma autopreservação. Por mais que eu quisesse prolongar o beijo e os carinhos, meu subconsciente ordenou para que eu me afastasse e foi isso o que fiz.

– Desculpa – murmurei, ainda de olhos fechados. – É tudo muito novo eu... Preciso me acostumar com a ideia.

– De ser minha namorada?

– De sentir tantas coisas ao mesmo tempo.

Tobias manteve suas mãos em meu rosto e eu tinha certeza que me olhava. Curiosa para saber qual era sua expressão, separei as pálpebras e o fitei, me perdendo novamente em suas íris escuras. Soltei o ar pela boca, fingindo não sentir um frio estranho na boca do estômago.

– Fique tranquila, é tudo muito novo pra mim também.

(...)

Marisa Monte - Bem Que Se Quis

Embriagada. Bem mais do que devia. Consegui caminhar do interior do restaurante para o lado de fora, mas Tobias percebeu o quanto minhas pernas vacilavam e me pegou nos braços sem pensar duas vezes.

– Pra onde nós vamos, amor? – Ri baixinho, enroscando-me no pescoço de Quatro, absorvendo seu perfume gostoso.

– Vamos para minha casa. Se sua mãe ver você assim tenho certeza que mata nós dois.

Bem que se quis

Depois de tudo

Ainda ser feliz

Mas já não há

Caminhos pra voltar

Fui colocada deitada no banco de trás. As coisas estavam mais brilhantes e tudo girava. Era um estado bem diferente de embriaguez com vodca, eu mais parecia estar numa nuvem, cercada de estrelas cadentes e de anjos sussurrando no meu ouvido. Sentia-me leve e sonolenta, poderia rir por horas e dormir logo em seguida. Apesar de bêbada, eu estava muito bem.

O carro parou, Tobias me pegou no banco de trás e caminhou comigo nos braços sem apresentar dificuldade nenhuma, me senti uma pena presa em seu peito forte. Bem, não queria sair dali tão cedo. Quatro conseguiu abrir a porta e logo o ar morno de dentro da casa nos acolheu. Ele morava sozinho, o que deveria ter me deixado muito nervosa, mas estava tranquila demais para pensar em alguma coisa.

O que que a vida fez

Da nossa vida?

O que que a gente

Não faz por amor?

Mas tanto faz

Já me esqueci

De te esquecer porque

O teu desejo

É meu melhor prazer

E o meu destino

É querer sempre mais

A minha estrada corre

Pro seu mar

Pelo som e pela forma como Tobias se movimentava, sabia que estávamos subindo as escadas da casa. Tudo parecia ter cheiro de limpeza e perfume masculino. Já havia estado ali várias vezes, mas as sós com ele era a primeira. Enrosquei-me ainda mais em seu corpo quando o ambiente mudou e ele me colocou deitada em sua cama.

O cheiro dele estava em todo lugar. Meio perdida e ainda rindo, deixei que tirasse meus sapatos. Abri os olhos devagar, tentando encontra-lo no quarto a meia luz e vi quando Tobias retirou o blazer, depois a camisa, os sapatos e a calça. Precisei estreitar os olhos para conseguir distinguir sua silhueta, mas tudo pareceu mais borrado que antes e o sono me atingiu com força.

– Tobias...

– Só um minuto.

Novamente de olhos fechados, apenas esperei. Esperei por seu corpo quente. Esperei por seus dedos para arrancar meu vestido. Esperei que ele tentasse alguma coisa. Senti quando a massa corpórea se aproximou e o calor espalhou-se por meu ventre. Tobias deitou-se comigo e tratou de manter-me junto dele.

Agora vem pra perto, vem

Vem depressa, vem sem fim

Dentro de mim

Que eu quero sentir

O teu corpo pesando

Sobre o meu

Vem, meu amor, vem pra mim

Me abraça devagar

Me beija e me faz esquecer

Arrepiada e totalmente a mercê de seu poder de sedução, deixei que me beijasse, que me tocasse e que descesse o zíper do meu vestido. Uma parte do meu cérebro implorou para que eu o impedisse, afinal, era o que eu mais temia. Intimidade. Mas a outra parte, a parte tomada pelo álcool, convenceu-me a deixa-lo explorar.

Já começava a dizer adeus à minha virgindade.


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Notas finais do capítulo

N/A: Então, desde sexta estive bastante ocupada, só aliviei um pouco hoje, porque amanhã já fico novamente cheia dos afazeres. Estou atrasada com as músicas, então pularei uma e tentarei postar hoje, antes da meia-noite, mais um capítulo. Ai amanhã já estarei em dia.

Se vocês não compreenderam, esse jantar é o jantar do primeiro capítulo, lembram? Agora me digam... será que rolou mesmo? Tris é toda cagona com sexo e a perda da sua virgindade, mas sob efeito do álcool né, tudo acontece. ASUHAUSHAUHSUA E se rolou, como será o dia seguinte? UAHSUHASHA tretas a vista? hehe

Galera, obrigada de coração pelos comentários lindos! Estou sem tempo de respondê-los, mas eu leio todos! Todos mesmo, sem exceções! E quase choro de felicidade! *--*

Agora, até o próximo, que espero sair ainda hoje e amo vocês, seus lindos.
XOXO ♥



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