Contos Perdidos escrita por Bucaneiro
Notas iniciais do capítulo
Desculpem-me a demora para começar a postar de novo, tentarei postar diariamente, excluindo sábados e domingos. Agradeço desde já o carinho de todos por me acompanharem.
Folheei as páginas envelhecidas do livro e parei em um número aleatório, a letra caprichada indicava a páginas setecentos e dez e o livro estava na metade, realmente este era um verdadeiro livro de poesias medievais, provavelmente algum escriba que teve o coração partido, pois a escrita desse poema passava a impressão de ódio e remorso:
Quanto tempo se passou.
Desde que observamos os campos.
Quando teu coração matou o meu.
Será que já se esqueceu da dor que passei?
Da angústia que vivi?
Dos prantos que chorei.
Talvez algum dia.
Sob o olhar sereno da lua.
Você entenda a tortura que sofri.
Podes torturar.
Matar.
De formas infinitas.
Mas se quer fazer um homem sofrer.
Tudo que tens de fazer.
É deixa-lo apaixonado.
Deixe-o.
Enrolado na própria miséria.
Desgarrado nos próprios pensamentos.
Garanto que não se arrependerás.
Um dia hei de tardar.
O sofrimento teu.
Que nenhuma lâmina caia sobre teu encalço.
Que nenhuma maldição em ti repouse.
Pois teu sofrimento.
É de exclusividade minha.
Senti um calafrio percorrer as costas, era quase como se o espírito vingativo daquele cuja escrevera esse juramento de vingança me observasse, fechei o livro e o abri novamente em outra página aleatória.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!