Contos Perdidos escrita por Bucaneiro


Capítulo 3
Poemas em Meio a Rosas e Tempestades: Página 710


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me a demora para começar a postar de novo, tentarei postar diariamente, excluindo sábados e domingos. Agradeço desde já o carinho de todos por me acompanharem.



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Folheei as páginas envelhecidas do livro e parei em um número aleatório, a letra caprichada indicava a páginas setecentos e dez e o livro estava na metade, realmente este era um verdadeiro livro de poesias medievais, provavelmente algum escriba que teve o coração partido, pois a escrita desse poema passava a impressão de ódio e remorso:

Quanto tempo se passou.
Desde que observamos os campos.
Quando teu coração matou o meu.
Será que já se esqueceu da dor que passei?
Da angústia que vivi?
Dos prantos que chorei.
Talvez algum dia.
Sob o olhar sereno da lua.
Você entenda a tortura que sofri.
Podes torturar.
Matar.
De formas infinitas.
Mas se quer fazer um homem sofrer.
Tudo que tens de fazer.
É deixa-lo apaixonado.
Deixe-o.
Enrolado na própria miséria.
Desgarrado nos próprios pensamentos.
Garanto que não se arrependerás.
Um dia hei de tardar.
O sofrimento teu.
Que nenhuma lâmina caia sobre teu encalço.
Que nenhuma maldição em ti repouse.
Pois teu sofrimento.
É de exclusividade minha.

Senti um calafrio percorrer as costas, era quase como se o espírito vingativo daquele cuja escrevera esse juramento de vingança me observasse, fechei o livro e o abri novamente em outra página aleatória.


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