Contos Perdidos escrita por Bucaneiro


Capítulo 18
Coxinhas de Troll!




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Vários dias já haviam se passado desde que havíamos sido capturados, já havia contado quantos quadrados haviam na cela, um total de 71.84 e também havia nomeado cada um deles. Fidelitas e Aliquam continuavam desacordados ou mortos, talvez eu nunca fosse saber.
– Chegou a hora do meu divertimento, Viajante. - Disse Dricofagis – Quer saber tirem essa mordaça dele, quero ouvir os gritos de terror. – Dois homens se aproximaram e tiraram a placa de metal da minha boca e um dos homens vestidos de branco pegou um cabo de metal e colocou próximo a uma tocha, o metal chegou a ficar branco e então notei que na ponta dele havia o D caprichado que havia na camisa deles. O símbolo foi se aproximando e meu horror aumentava e finalmente tocou meu peito. Gritei de dor.
– Tive uma ideia melhor... Não quero mais ouvir os gritos dele, nunca mais! – Ele ordenou os servos colocarem a mordaça na tocha e o metal negro já incandescia o que me causava tremendo medo. Os servos foram aproximando o objeto do meu rosto e eu recuava porém de nada adiantou, quando a peça me atingiu senti o mesmo perfurar a minha pele ali se instalar, continuava podendo falar, porém agora havia uma placa de metal presa aos meus lábios
– De nada adiantou, Dricofagis, Eu juro que colocarei um fim a essa sua insanidade! – Ameacei surpreso por ainda conseguir falar-
– Há! Quero ver você tentar. Faça um favor a si mesmo, mantenha-se calado e preserve o que resta da sua dignidade. Mais uma coisa: Reze por seu amigo Rikkey!
– O que você vai fazer?! Vocês são irmãos, você não ousaria...
– Eu perdi meu irmão naquela caverna! Quando eu peguei aquele cálice estes senhores – Ele indicou os servos com as mãos fantasmagóricas – Me rastrearam e aquela explosão que você ouviu foram eles combatendo os guardas, mas como sempre você estava viciado na própria miséria. Suas torturas piorarão daqui para frente e em breve eu unificarei esta terra! – Ele riu –

Vi um dos guardas com um objeto que não distingui a forma e que cheirava mal... “Coxinhas de Troll!” – pensei -
– ALIQUAM!- Gritei e a cabeça pendeu pro lado, “Ótimo ele está vivo, ao menos isso” – COXINHAS DE TROLL! – Gritei o mais alto que pude e olhei para a cela dele e o guarda da coxinha de troll estava provocando ele passando o alimento próximo ao rosto dele e então como uma explosão brutal, Aliquam segurou o guarda pelo braço e primeiramente mordeu a coxinha e então roubou as chaves e abriu a cela e saiu correndo e derrubando todos os guardas e mordendo mais coxinhas. Quando dei por mim a prisão havia se tornado uma confusão de Uniformes brancos, um raio azul bebê, coxinhas de troll e guardas caídos, quando ele finalmente baixou a ponte para minha cela e a abriu eu disse de imediato
– Temos que abrir a cela de Fidelitas!
– COXINHAS! – Ele concordou (Eu acho). Corremos até a cela e a abrimos, tiramos Fidelitas das algemas e não deu tempo de segura-lo ele desabou no chão. -
– Não, você não vai morrer enquanto eu estiver aqui! – Gritei, peguei um cantil de um guarda e joguei no rosto dele, mas sem resposta. Então coloquei o rosto dele próximo a beirada do vulcão e gritei no seu ouvido – Fidelitas! O Vulcão tá em erupção! – O gigante alaranjado pulou de susto e olhou ao redor indagando:
– Espera ai... Como assim a gente está livre?
– Simples, Aliquam – Disse indicando o baixinho de azul bebê com uma coxinha de troll pendendo na boca -
– Nossa! Lembre-me de nunca negar uma dessas para você...

Vagamos por túneis e passagens até que encontramos uma passagem clara e a atravessamos. Meus olhos demoraram a se acostumar com a luz e então foi revelado um desfiladeiro de neve abaixo do vulcão.
– Bem, o último a chegar me paga uma coxinha de troll – Disse Aliquam e se jogou na neve. Eu e Fidelitas trocamos olhares e ele deu de ombros e disse:
– Espero que ainda tenha restado ouro! – E se jogou –

Quando chegamos ao final todos rimos e Fidelitas comentou:
– Nossa longa jornada... Recomeça!


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