Contos Perdidos escrita por Bucaneiro


Capítulo 17
Ressurreição


Notas iniciais do capítulo

Aviso que nestas semanas ficará mais complicado para postar capítulos, pois entrei em semana de provas ( De novo ¬¬). Mas garanto que me esforçarei ao máximo para trazer novo conteúdo para vocês todos os dias. Um abraço!



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O barulho metálico do Mercenário andando me gelava a espinha, não confiava nele. Porém um velho amigo havia me dito para sempre perdoar, seus olhos eram distantes como as estrelas do céu noturno e sua armadura negra poderia ser assemelhada à própria escuridão. As montanhas já davam para ser vistas e o Mercenário disse melancólico:
– Viajante!
– Sim Mercenário?
– Por favor, me chame de Fidelitas, Se por um acaso eu decidisse acompanhar você e seu pequeno amigo. Teria permissão?
– Claro!
– Ótimo agora você e seu amigo são minha família – Ele me levantou e a Aliquam em um abraço apertado –

Chegamos às montanhas, a neve esbranquiçava o ar, mal se via um palmo à frente.
– Lá está – Apontou Aliquam para uma caverna no topo da montanha a nossa acima-
Continuamos subindo e quando estávamos quase no topo Fidelitas gritou:
– CUIDADO! – Ele se jogou sobre mim e Aliquam e então ouvimos uma explosão e então uma avalanche nos soterrou. Acordei com vozes abafadas:
– Onde eles estão?
– Não sei, mas se não os encontrarmos o chefe vai nos matar!
Fidelitas conseguiu levantar as severas camadas de neve acima de nós e então homens de roupas brancas como a neve que nós rodeavam, nos ameaçavam com coisas que pareciam bombas e espadas.
– Se rendam ou...
– Ou o quê seu imbecil? Se você atirar essas bombas na gente haverá outra avalanche!- Berrou Fidelitas -
– E? – Devolveu uma Houve outra explosão só que mais silenciosa, como o uma flecha cortando o ar, olhei para o lado e Fidelitas havia caído
–NÃO! – Gritei e eu e Aliquam fomos atingidos enquanto os homens de branco carregavam Fidelitas montanha abaixo, a dor se comparava a ser empalado por mil adagas. Minha última visão foi um brasão com um D bem desenhado e dois machados cruzando por trás. “Denzin? Não ele não ousaria” pensei e perdi minha consciência, Estaria morrendo? Enxergava Louise com seu brilho característico alaranjado, devo admitir que era bem convidativo. Porém sabia que ela já se fora faz tempos e que descansava em paz, eu espero.

Acordei em uma cela suspensa no ar, minha visão estava turva e o calor era intenso olhei pros lado e tentei me levantar, notei que Fidelitas estava acorrentado a parede em uma outra cela e que não era suspensa no ar. Já Aliquam não estava acorrentado, mas ainda assim em uma cela. Vi um brilho negro com olhos tão escuros quanto. A criatura avançou e passou direto pelas barras da cela tentei gritar de terror, mas estava amordaçado
– Lembra-se de mim, Viajante?- A criatura parecia rir com meu terror e agonia, eu neguei com a cabeça -
– Estes generosos senhores me renderam este corpo, agora quero minha vingança! Pode relaxar que eles não irão fazer nada, seu sofrimento é meu! – a criatura saiu da cela e tentei me levantar, mas havia sido acorrentado ao chão, ao olhar de relance para baixo notei um brilho intenso. Brilho intenso... Calor... Nós estávamos dentro de um vulcão! Minha respiração estava pesada e tentava avisar aos outros, porém ainda estavam inconscientes... Ou estariam mortos? Fiz o de sempre para me acalmar, como não tinha nada para ler mentalizei meu próprio poema:

As grades não me seguram.
A algema não me contém.
Os guardas não me aturam.
E esta punição Vossa senhoria? É para quem?

Os cães não me caçam.
O ferro quente não me queima.
Tuas armas, a mim não matam.
Mas tu ainda teimas.

Se nenhuma construção me aprisiona.
Se teus cães e caçadores não me rastreiam.
Se tuas torturas e armas sequer me atingem.
Como tu. Irmão de espírito.
Pretendes me capturar?

– Ah! Antes que me esqueça de dizer a você Viajante, meu nome é Dricofagis.


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Notas finais do capítulo

Por favor meu leitores, comentem. Eu preciso saber vossa opinião quanto ao meu texto para evoluir como autor e trazer textos melhores para vocês. Se gostarem comentem, se não gostarem comentem mesmo assim. Um abraço!