Contos Perdidos escrita por Bucaneiro


Capítulo 14
O Conselho


Notas iniciais do capítulo

Finalmente minha gripe aliviou um pouco e vou poder voltar a postar diariamente, excluindo sábados e domingos, boa leitura e um abraço!



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Puxei minhas adagas de ferro negro e aparei o golpe, com a força que o rei teve que fazer para manter o equilíbrio ele cambaleou. Acertei-lhe uma estocada no abdômen e o rei caiu de joelhos.
– Como ousa fazer isso com minha filha? – indagou-
– Calma senhor, me de tempo para explicar
– Não me restam muitas opções então se explique... Rápido
Contei toda a história de como havia recebido O Lampejo e como Louise terminou aprisionada na espada, o rei sentado em seu trono não sabia o que dizer então depois de severos minutos de silêncio ele proferiu o seguinte vocábulo:
– Bem meu jovem, receio que o que tens a fazer é falar com o conselho.
Dei meia volta e me retirei da presença de um rei que se lamentava sem culpa e que chorava sem lágrimas.

Louise me indicou uma passagem nas montanhas e que por ali ficava o conselho, viajei por vários dias a pé, até que encontrei outra caverna para descansar e repeti o processo da lenha e da fogueira, já era tarde então só li a segunda página do livro de seda:

Nunca quis ninguém.
Só um alguém.
Para poder chamar de você.
Uma simples brasa.
Que pudesse me aquecer.
Como posso ter certeza, Brasa, Que vou te ter?

Nunca quis mais do que dava.
Agora entendo.
Nunca lhe dei amor verdadeiro.
Mas ainda assim.
Seu espírito corriqueiro se entregou a mim.
Me responde, Espírito,
Como posso ter certeza que vou te ter?


Não foi a primeira.
Não foi a única.
Mas é a dona do meu coração.
Como posso ter certeza,
Oh! Coração Apaixonado.
Que vou te ter?

Agora clamo por mais.
Sem Brasa.
Sem Espírito.
Sem Coração.
Só resta agora a fogueira que me arrasa.
As batalhas para o exército.
E meu peito destroçado.

Mal dormi a noite, segui viajem pela trilha estreita por mais três dias (Claro que parando para dormir). No quarto dia, já avistava uma construção circular com várias cadeiras e muitos senhores de longas barbas brancas em seus assentos, me dirigi até o meio do círculo e perguntei:
– Oh conselho, como faço para retornar a minha casa?
– Não grite conosco, estamos velhos e não surdos – responderam em uníssono
– Me desculpem- disse abaixando o tom -
– Deve procurar pelo livro de capa azul – disse um vagarosamente -
– Histórias e Contos de Tavernas! – completou outro ríspido-
– Esse livro ficou no meu mundo – disse um pouco temeroso
– Então jovem, deverá seguir para o extremo norte e nas montanhas gélidas encontrar o portal físico para seu mundo. – Disseram em uníssono
Dei meia volta e um corcunda, baixinho, barbudo, de pele rosada e enrugada, com uma esfarrapada veste azul-bebê e com uma clava como cajado, puxou minhas vestes e disse:
– Eu vou com você, sou um dos membros mais jovens do conselho e preciso de experiência!
–O.k...

Então seguimos de volta para o reino.


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