Carry On Wayward Son escrita por Bella P


Capítulo 12
Capítulo 11




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James deu um pulo para fora do sofá quando ouviu o quadro de entrada se abrir e Ben passar por ele. Eram três horas da madrugada e James havia se surpreendido quando umas duas horas atrás ele ouviu sons vindos da sala comunal que deveria estar supostamente vazia, saiu de sua cama e desceu vagarosamente as escadas, apenas para ver Benjamin conversando com o professor Longbottom e os dois partindo logo em seguida.

Curioso, James considerou segui-los, mas estava descalço e somente de pijamas e sabia que no tempo que ele perderia para voltar ao quarto e pegar a sua capa da invisibilidade, ele iria perder o professor e Ben de vista. Portanto, apenas foi até a sala comunal, sentou-se perto da lareira e pôs-se a esperar o retorno de Benjamin.

Estava preocupado. Não fazia nem horas que Ben havia sido liberado da Ala Hospitalar após ter sido vítima do misterioso assassino que estava atacando os alunos de Hogwarts. Os professores não haviam sido muito claros com o que tinha acontecido ao outro grifinório, apenas que ele estava internado e passava bem. Os rumores eram que o incidente ocorrera no banheiro da Murta-Que-Geme e James correu para lá somente para ver que qualquer evidência já tinha sido limpa e que Murta estava sob ordens expressas da diretora a não dizer nada sobre o assunto.

James tentou visitar Benjamin no hospital, mas foi barrado por Andrew que o mirou com azedume, soltou meia dúzia de acusações que o irritaram porque tocaram justamente na ferida, e bateu a porta da Ala Hospitalar na cara dele. Mais tarde, Rose e Lily, que conseguiram ver Benjamin, contaram a um James afogado em preocupação que o amigo estava consciente e passava bem.

E então no dia seguinte Benjamin recebeu alta, James tentou falar com ele, apenas para ser ignorado pelo próprio. E agora o professor Longbottom aparecia e levava Benjamin com ele e a primeira coisa que passara na mente de James era que a possibilidade dos pais de Ben estarem o tirando da escola, como muitos outros pais fizeram após a notícia dos ataques ter vazado, simplesmente aterrorizou James. Ele não podia sequer conceber a possibilidade de perder Benjamin. De uma maneira ou de outra.

– Onde você estava?! - perguntou irritado. Passou as últimas duas horas sob pura tensão apenas para ver Ben retornar para a sala comunal como se nada tivesse acontecido.

Benjamin parou na metade do caminho para o dormitório e lançou um olhar surpreso para James.

– O que você está fazendo aqui? - desconversou e James bufou, cruzando o espaço entre eles com passadas largas até ficar frente a frente com Ben que, surpreso diante da proximidade, recuou um passo.

– Você acabou de sair do hospital, o que pensa que está fazendo perambulando na madrugada pela escola? - James repreendeu o outro garoto que apenas arqueou uma sobrancelha diante da atitude estranha do grifinório. Nem mesmo os pais de Benjamin haviam reagido de maneira tão drástica ao ataque que ele sofreu. Claro que antes de partir da Casa dos Gritos, Astoria e Draco fizeram questão de avaliar Ben dos pés a cabeça e quando se deram por satisfeitos, despediram-se do filho com um abraço e um beijo e nada mais. Totalmente diferente do drama que James estava fazendo.

– Em que isto lhe interessa? - Ben respondeu contrariado. Estava cansado, com sono, irritado por ter que pedir ajuda justamente a Crowley, e frustrado por ainda não terem chegado muito além do que chegaram.

James abriu a boca para responder, mas nenhuma desculpa lhe veio a mente. Nada que não fosse a irritante verdade que ele se recusava a admitir.

– Se você quer realmente saber. - Benjamin soltou com um sorriso sarcástico. - Eu estava com Ford Zabini. Sabe como é. Quase morri e então pensei: por que estou perdendo tempo dizendo não a Zabini? - deu de ombros e James amarrou a cara.

Ford Zabini era um sétimo anista da Sonserina e extremamente belo como a avó e o pai e ele sabia disto. Sabia do efeito que causava nas pessoas com o seu jeito educado e galanteador, com o seu corpo torneado pelos anos como batedor e anos cuidando de maneira meticulosa da aparência, e James sabia que desde que Benjamin revelou as suas preferências, que Zabini estava doido para ter Campbell na sua lista de conquista.

James só não tinha azarado o abusado do Zabini até agora porque em todo este tempo Benjamin havia dito não à ele. Parecia que agora a situação tinha mudado de status.

– Está mentindo. - James disse entre dentes, tentando acalmar o seu coração acelerado. - Eu o vi saindo daqui com o professor Longbottom...

– Ah sim, o professor me chamou porque meus pais queriam falar comigo e fizeram uma ligação para a sala da diretora via flu. Acontece que eles estão na América e sabe como é o fuso horário. - mentiu descaradamente. - Mas eu não passei todo este tempo falando com eles.

James fez uma cara como se tivesse acabado de engolir uma poção bem amarga e Benjamin se perguntou por que estava mentindo daquela maneira. Talvez porque pelas reações de James podia perceber que aquele beijo o afetara tanto quanto afetou Ben. Porque queria que Potter tivesse um gosto do próprio veneno, soubesse o que era ser deixado de lado e ter o coração estraçalhado.

– Se me der licença Potter, está tarde e eu estou cansado. - Ben fez menção de seguir o seu caminho para o dormitório, mas James rapidamente segurou a sua mão, o mantendo no lugar.

– Eu terminei tudo com Evangeline. - declarou e Ben o mirou com uma expressão de “e daí?”. - Eu terminei tudo com Evangeline. - repetiu.

– Eu ouvi Potter. O que eu quero saber é: o que isso tem a ver comigo?

– Tudo! - James soltou exasperado, puxando Benjamin pela mão, o aproximando de si.

– Potter, se isto é uma crise sexual, eu não quero saber. Não estou aqui para ser o seu brinquedo de testes.

– Se isto fosse uma mera crise sexual, eu nunca o usaria como teste. Há outras pessoas em Hogwarts dispostas a fazerem este trabalho. - James rebateu irritado.

– Então o que é Potter? Você simplesmente enlouqueceu e resolveu me enlouquecer junto com o seu súbito transtorno bipolar? Porque eu tenho que lhe dizer que eu não estou a fim de encarar essa sua palhaçada toda. - porque uma hora James o ignorava como se ele fosse uma doença, na outra o procurava todo preocupado, na outra esfregava na sua cara que não estava interessado em Ben e no fim tinha uma crise de ciúmes cada vez que via Benjamin com alguém que não fosse ele.

– É uma crise emocional. - James murmurou, apertando os dedos ao redor da mão de Ben para impedi-lo de partir mais uma vez. - Eu nunca, nunca me senti assim. Você é o meu primeiro amigo, meu melhor amigo, e eu não quero simplesmente amizade vinda de você.

– Deixe-me ver se eu entendi: você está apaixonado por mim, realmente apaixonado por mim, e não sabe o que fazer em relação a isto? - Ben falou surpreso.

Certo, Benjamin confessava que a sua atração por James já tinha deixado de ser atração fazia tempos e tinha evoluído para algo mais intenso, mais perigoso. Por um momento, quando James o beijou, considerou a possibilidade de um relacionamento com o amigo, um final feliz, até que a realidade o assolou quando voltou à Hogwarts.

Benjamin nunca teria um final feliz com James. Não James que apesar de ser imaturo em relação a sentimentos, agir como uma criança ao ter que confrontá-los, ainda sim era inocente em relação ao mundo. Não James que tinha uma vida normal, tinha planos normais para o futuro e cuja história não era construída em uma completa mentira.

James era um bruxo sim, mas não era um caçador. Jamais teria lugar na vida de Ben. Harry Potter jamais deixaria que Benjamin arrastasse o seu filho para o perigo que era a sua vida. E Benjamin também não ia querer isto e já estava quase se acostumando a ideia de não ter James, de vê-lo todos os dias agarrado a Evangeline, de engolir o seu ódio e ciúmes, tudo em favor de mantê-lo são e salvo, somente para o idiota vir e confessar que estava apaixonado por ele e estragar todos os seu planos.

– Basicamente. - James deu de ombros e com um sorriso tímido deu um passo à frente, aproximando-se mais ainda de Ben.

– James... - Ben murmurou ao ver nos olhos escuros de James suas intenções.

– Shhh... - foi a resposta de James antes dele aproximar-se mais e pousar os seus lábios sobre os lábios entreabertos de Ben.

– James, eu não acho que isto seja uma boa ideia... - Ben murmurou quando os lábios se descolaram.

– Pelo contrário, eu acho a ideia perfeita. - James respondeu e capturou a boca de Ben em outro beijo, o abraçando pelos ombros e embolando os dedos nos fios dourados do cabelo dele, colando os seus corpos de maneira que nem ao menos um sopro de ar conseguia passar entre eles.

Benjamin gemeu ao sentir o corpo de James moldar ao seu em cada curva. Os dedos de James acariciavam o seu couro cabeludo enquanto a boca mapeava cada canto da sua. Ben deslizou as suas mãos que ele nem lembrava de ter apoiado na cintura de James para o peito dele, o espalmando, sentindo o calor que a pele emanava por sob a camisa do pijama.

– Benny... - James murmurou contra os lábios vermelhos de Benjamin e isto fez o garoto acordar de seu transe e empurrar o amigo para longe de si.

– James, não! - disse firmemente e em um ofego. Os olhos de Ben estavam com as pupilas dilatadas, sua respiração entrecortada e os lábios inchados pelo beijo. A visão por completo fazia James querer tomá-lo de volta em seus braços e retornar ao que faziam. E quando ele deu um passo à frente na intenção de voltar a beijar Ben, este recuou um passo e esticou o braço, com a palma da mão erguida em um gesto de pare.

– Ben o que...

– Não. Não! - Ben sacudiu a cabeça em uma negativa. Não podia fazer isto com James, arrastá-lo assim para o seu mundo às cegas. James achava que estava apaixonado por Benjamin Campbell, mas ele não fazia ideia de quem era Benjamin Campbell. - Eu sinto muito James, mas eu... Não. - disse e sem mais explicações deu as costas para James, cruzou o salão comunal em passadas largas e sumiu escada acima para o dormitório.

James observou Ben sumir antes de em um acesso de fúria chutar uma das cadeiras da mesa de estudos que tinha na sala, a arremessando contra a parede e a quebrando. Como assim Benjamin o enlouquecia por semanas, pirava a cabeça e o coração dele, para simplesmente dispensá-lo no final?

Não! Ele não iria aceitar isto e Benjamin iria descobrir o quão teimoso James Potter poderia ser.

oOo

Benjamin abriu a porta do armário de vassoura, entrou no mesmo e bateu a porta com força, a fechando. Com um suspiro, ele recostou sobre uma pilha de vassouras velhas e finalmente pôde relaxar um pouco.

– Ironicamente eu achei que você já tinha saído do armário. - Ben sacou a varinha e apontou bem entre os olhos de Crowley que surgira na sua frente. Sabia que feitiços não surtiriam muito efeito no demônio, mas Benjamin conhecia alguns que realmente causavam estragos e que provavelmente seriam de grande utilidade se Crowley tentasse uma gracinha.

– Eu preciso falar com Potter sobre acrescentar sigilos anti-demônios nas barreiras de Hogwarts.

– Qual Potter? Aquele que o procura neste momento? Por que não aproveitamos e falamos isto agora para ele? - Crowley sorriu maldoso e levou a mão a maçaneta da porta, somente para esta ser atingida por um feitiço que queimou-lhe a pele de maneira desagradável, mas não causou estragos permanentes. Ainda com o sorriso, ele virou-se para Benjamin que terminava de erguer a varinha e quando foi dar um passo na direção dele, somente para provocá-lo mais, sentiu-se preso no lugar.

Crowley arqueou uma sobrancelha ao ver que havia o desenho de uma Armadilha do Diabo no chão e voltou o olhar para Benjamin que sorriu presunçoso para ele. O garoto era rápido no raciocínio, ele ao menos tinha que admitir isto.

– Mas então, estou curioso para saber o por que desta súbita regressão. - Benjamin grunhiu e rolou os olhos.

Não estava disposto a dizer para Crowley que nas últimas duas semanas James estava o enlouquecendo. Aonde Benjamin ia, James estava lá, com sorrisos charmosos, conversa suave, carinhos disfarçados de toques singelos e falsamente inocentes. Ben tentava evitá-lo, mas era como se James tivesse um radar para saber onde o outro garoto estava.

E os presentes. Não deixe Benjamin começar com os presentes. Todo santo dia o correio coruja lhe trazia algo. O remetente não era identificado, mas Ben não era idiota para não saber de quem exatamente eram as lembranças.

Cada vez que a grande coruja parda pousava na sua frente com um pacote, Andrew, que virara presença constante no café da manhã na mesa da Grifinória, o olhava com uma expressão de enfado que dizia: “sério mesmo?”. E então, durante o jantar, James surgia como uma aparição ao lado de Ben e com um sorriso enorme no rosto sempre fazia a mesma pergunta:

– Quer namorar comigo?

Benjamin já perdera as contas de quantas vezes disse não. Já atolou os ouvidos de Rose e Lily com reclamações, pedidos, implorou para elas colocarem algum cabresto que fosse no outro grifinório, apenas para elas rirem na sua cara e dizerem que domar James não era mais função delas, mas sim dele.

E então, já no auge do desespero, Benjamin fez algo que jamais se imaginou fazer: ele rezou para Gabriel pedindo por ajuda. Porque se convocar Crowley era o fundo do poço, rezar para Gabriel era o centro da Terra.

Quando a bela morena de longos cabelos negros cacheados, corpo curvilíneo, olhos cor de mel e lábios rosados e cheios, que estavam naquele momento apreciando um pirulito, apareceu, sorrindo matreira como sempre, Ben considerou simplesmente dizer que a oração havia sido um engano e será que ela poderia voltar mais tarde?

– Eu tenho uma ideia. - Gabriel sentou-se na mureta ao lado de Ben. - Por que você simplesmente não diz a verdade para ele?

– Do jeito que você diz a verdade para Sam? - Ben rebateu irritado.

– Não sei do que você está falando. - Gabriel deu de ombros e com um estalo de dedos conjurou uma barra de chocolate.

– Você não engana ninguém Gabriel. A família inteira e todo os EUA sabem que você quer que Sam faça de você uma mulher honesta... Anjo, o que seja. - Gabriel rolou os olhos e nada comentou. Uma pessoa comum temeria mais o fato de que estava cutucando a ferida do Arcanjo Gabriel. Benjamin não era comum. Crescera com Gabriel sendo uma constante em sua vida e, além do mais, sabia que era o humano favorito do anjo... depois de Sam, é claro!

E agora esta.

Ao fugir de James, Ben acabara se trancando no armário de vassouras com Crowley. Realmente o seu dia não poderia ficar pior.

– Na verdade... - Crowley começou, mas calou-se quando Ben ergueu a varinha e a apontou para ele.

– Sem comentários. Simplesmente sem comentários. E se você está aqui é porque conseguiu alguma coisa. - Crowley sorriu arrogante para Ben e ajeitou displicente o seu terno, tirando do bolso dianteiro da jaqueta um pequeno cartão.

– Aqui. - e o estendeu para Benjamin que olhou o pedaço de papel com desconfiança. - Informo que não foi bem um contrato que possibilitou o humano a controlar o cão infernal, mas sim um feitiço. - Ben arqueou uma sobrancelha. - Há vários tipos de invocação e uma delas, a que mais me irrita, é quando um bruxo invoca um demônio para canalizar os seus poderes.

– Sei, e o cartão é o quê?

– A resposta para todos os seus problemas. - Crowley continuou sorrindo daquela maneira que fazia todos os pelos do corpo de Ben se arrepiarem de um jeito desagradável. E, ainda desconfiado, Benjamin pegou o cartão de entre os dedos do demônio. - Você sabe que com isto vocês Winchester estão me devendo, certo? - disse presunçoso.

– Você sabe que eu posso simplesmente te deixar preso neste armário pelo resto da eternidade. Um feitiço de silêncio e camuflagem e você logo faria parte da decoração de Hogwarts. - Ben ameaçou e Crowley apenas continuou sorrindo, inabalado.

– Touché. Agora, se não se importa, eu tenho lugares para ir, almas para condenar... - Ben olhou longamente para Crowley e abaixou a varinha, apontando para o chão mas mantendo os olhos no demônio, e desfez o sigilo. Crowley deu ao garoto um último sorriso enervante antes de sumir.

Benjamin suspirou aliviado, recostando-se novamente nas vassouras antes de finalmente virar o cartão na sua mão para ver o que estava escrito.

– Merda! - xingou ao ler o cartão e apressado abriu a porta do armário com um estrondo, derrubando vassouras e baldes ao sair aos tropeços dele e assustando alguns alunos que estavam naquele corredor, e a toda velocidade seguiu para o Salão Principal.

O jantar estava começando e as mesas das casas estavam se enchendo quando Ben entrou esbaforido no salão e foi na direção de Rose e Lily.

– Onde está James? - perguntou ofegante as duas meninas que o miraram com estranheza.

– Agora você resolveu dizer sim? - Rose brincou.

– Eu não tenho tempo para isto Weasley. Onde está James? - exigiu e Rose arregalou os olhos diante da grosseria dele.

– James saiu agora há pouco com Evangeline. Ela disse que queria conversar com ele. - respondeu e Ben xingou novamente e correu até a mesa da Sonserina, sob os olhares surpresos de Lily e Rose.

As duas meninas viram quando Benjamin aproximou-se do irmão, disse algo para Andrew que o fez pular para fora de seu assento e ir até a mesa dos professores falar com McGonagall que arregalou os olhos, disse alguma coisa para Neville e Gabrielle que saíram apressadamente da mesa e depois do salão.

McGonagall em seguida se levantou da cadeira, fazendo um gesto largo com as mãos, chamando a atenção de todos os alunos.

– Monitores, preciso que levem os estudantes de volta para as suas salas comunais. - ordenou sem mais explicações, com ela própria deixando a mesa enquanto monitores pediam aos alunos que os seguissem, sendo enfatizados em seu comando pelos professores que ficaram.

– O que está acontecendo? - Lily perguntou assustada enquanto acompanhava Rose e outros grifinórios para fora do salão. - Ben! - chamou ao ver Benjamin ao lado da professora McGonagall. Rapidamente ela se afastou dos colegas e foi até ele. - Ben, o que está acontecendo? Onde está James? - perguntou preocupada.

– Srta. Potter, siga para a sua sala comunal imediatamente. - McGonagall disse em uma voz mortalmente séria.

– Lily, você imagina para onde James e Evangeline tenham ido? - Ben a perguntou e ela sacudiu a cabeça em negativa. - A escola é muito grande. Podemos não encontrá-los a tempo.

– Por quê? - Rose aproximou-se deles. - O que está acontecendo?

– Precisamos achar o idiota do Potter. - Drew surgiu ao lado de Rose, ofegando e trazendo consigo uma mochila surrada a qual ele abriu e puxou algo de lá de dentro que fez Rose e Lily recuarem com um ofego e olhos largos.

– Be-en? - Rose gaguejou. - Pra que desta arma? - falou enquanto via Ben receber de Drew escopeta como se estivesse recebendo um bastão de batedor.

– Vocês tentaram o Mapa do Maroto? - Lily soltou com a voz fraca, ainda mirando com olhos largos a arma na mão de Ben que agora recebia de Drew uma espada de lâmina curta que ele prendeu na cintura.

– Mapa do Maroto? - Ben indagou.

– É um Mapa que diz a localização de todos em Hogwarts. - Lily respondeu. - Albus fica de posse dele. - Ben deu um aceno de cabeça para Drew que rolou os olhos, girou sobre os pés e desembestou na direção da Sonserina pegar o dito mapa.

– Eu não posso esperar por Drew. - Ben disse à Minerva e depois voltou-se para as duas meninas. - Evangeline não disse nada sobre onde James e ela poderiam ter ido?

– Ela comentou algo sobre relembrar o passado. Conversar no lugar onde eles se conheceram. - Rose sacudiu a cabeça, tentando lembrar exatamente o que Evangeline dissera. - Eu lembro que a primeira vez que James viu Evangeline foi no segundo ano, durante uma aula de Trato das Criaturas Mágicas, no lado leste do lago. Eu lembro disto porque James não calou a boca por uma semana sobre ela, dizendo que Evangeline era uma deusa. O mais belo dos anjos enviado dos céus para ele.

– Acredite. - Ben engatilhou a sua arma. - Ela está longe de ser um anjo. - comentou, dando as costas para as meninas e descendo apressadamente as escadas de saída do castelo.

Evangeline era um demônio em um rostinho bonito. E caçar demônios era a especialidade de Ben.


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