Mais que uma aventura - Imagine Kili (The Hobbit) escrita por Elizabeth


Capítulo 6
Alição e certeza


Notas iniciais do capítulo

Bom, talvez o título não faça sentido, mas se refere à aflição de Kili e a certeza ver você novamente. Boa leitura!



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Você acordou com o sol batendo nos olhos, quando os abriu sua vista estava um pouco embaçada e foi ficando mais nítida aos poucos. Percebeu que não estava em uma floresta pois não via a copa das árvores, também notou que não era uma caverna porque o teto não era rochoso e sim uma cúpula, cheio de detalhes e adornos. Você tateou o lugar onde estava deitada e ele era incrivelmente macio e liso como seda. Conseguiu se sentar e viu que era uma cama grande e o quarto era de um tamanho extremamente amplo e com claridade natural. Haviam alguns móveis de madeira com detalhes entalhados à mão e vários galhos com flores que serpentavam as paredes do cômodo. Só depois você percebeu que não estava com a mesma roupa de antes, agora vestia um vestido branco com alguns enfeites prateados. Deu uma olhada na perna que fora machucada e ela parecia nova em folha, como se nada tivesse acontecido.

— Isso é um sonho? — você falou consigo mesma.

— Não, não é um sonho — uma voz falou.

Você olhou em volta e viu alguém encostado no canto da parede, era um rapaz de cabelos brancos como neve e olhos azuis, pelas orelhas pontudas você estava quase certa de que era um elfo.

— Onde estou? — você perguntou.

— Em Valfenda. Eu sou Legolas — você tinha certeza agora.

— Como eu vim parar aqui?

— Uma águia a trouxe. As águias são amigas de Gandalf, você estava ferida e em perigo, precisava ser curada. Se não tivesse chegado aqui a tempo seria tarde demais, você perdeu muito sangue.

— E quanto aos outros? — "quanto à Kili, principalmente", você pensou.

— Estão bem — ele respondeu por fim.

— Há quanto tempo estou desacordada?

— Há três dias.

“Três dias”, você pensou. Aquilo era demais, precisava se juntar à Companhia, à Kili e continuar a jornada.

— Enquanto estava inconsciente você pronunciou apenas um palavra, na verdade um nome, várias vezes — o elfo disse interrompendo seus pensamentos — Kili.

Seu coração bateu mais forte apenas ao ouvir o nome dele. E tudo o que mais desejou era vê-lo novamente. Você ainda estava fraca, os elfos haviam cuidado de você e tentaram lhe alimentar mas tiveram dificuldade.

— Você precisa se recuperar melhor. Terá de ficar mais um tempo aqui — ele falou — Como se chama?

— (y/n).

— Bem-vinda (y/n).

Longe dali, Kili e a Companhia continuaram sua viagem ao leste e procuravam um lugar para se abrigarem. Estavam sem comida, sem bagagem e sem pôneis para montar. Gandalf os guiava para algum lugar ainda desconhecido do restante do grupo.

— Para onde estamos indo? — perguntou Bilbo ao mago.

— Para a casa de um... Não vou dizer amigo ou inimigo por que ele é capaz de interpretar os dois papéis. Mas lá teremos abrigo e comida. Sejam educados e façam boa figura pois ele se enfurece rápido e quando isso acontece não é muito... Agradável — respondeu Gandalf.

Os outros andavam em fila e Kili era o último, desde o ocorrido com os lobos na montanha ele se via sempre aflito e desanimado. Fili já não sabia mais o que fazer, todas as tentativas de melhorar o ânimo do irmão foram falhas.

— Kili, ande mais depressa ou ficará para trás — Fili advertiu o irmão.

— Não estou com pressa — Kili respondeu amargo.

Durante o caminho, todos ficaram bastante cansados e repousaram um pouco sob as árvores. Alguns comiam frutas das árvores, mas quando ofereciam a Kili ele recusava. Voltaram a caminhar novamente, quase na hora do pôr-do-sol notaram que um tapete de rosas brotava do chão, abelhas enormes sobrevoavam sobre suas cabeças e ao longe avistaram uma casa.

— Estamos perto — Gandalf disse.

De repente, um animal, semelhante a um urso, mas de medidas muito maiores do que um, rugiu raivosamente um pouco distante dali. Um arrepio tomou conta de todos os anões e do pobre Bilbo. A criatura então tomou impulso e começou a correr nas quatro patas em direção à Companhia, Gandalf e Bolseiro logo atrás mandavam os primeiros anões abrirem o portão de madeira da casa. O urso se aproximava cada vez mais e por um triz conseguiram levantar a madeira que trancava o portão e entraram bem a tempo, antes que fossem devorados.

— O que era aquilo? — perguntou um dos anões.

— Nosso anfitrião — Gandalf respondeu e todos paralisaram — O nome dele é Beorn, e ele é um troca-peles.

O sol se pôr, a noite chegou e todos comiam um banquete com a farta quantidade de comida que encontraram lá.

Kili sentou-se em um canto reservado próximo a uma janela. Ele não sentia vontade de comer, nem beber, nem nada. A lua trazia lembranças suas, de sua amada, de vocês dois juntos, a mente do anão andava inquieta desde o dia em que lhe perdeu. Quando recordava do momento em que suas mãos se soltaram o coração dele parecia sentir facadas violentas. Uma lágrima rolava por seu rosto mas ele a enxugou rapidamente quando Gandalf se sentou ao seu lado.

— Não foi culpa sua, Kili — o mago disse calmamente.

— Para onde levaram ela? — ele não olhava para Gandalf.

— Valfenda, era o lugar certo, mais próximo e mais seguro para levá-la. Não se preocupe meu amigo, ela está em boas mãos.

Kili pensou em como você estaria naquele lugar. Será que já havia sido curada? Será que você pensava nele tanto quanto ele pensava em você? Será que estaria sentindo a mesma dor estando tão distantes um do outro?

— Você gosta dela — Gandalf não perguntou e sim afirmou.

— É maior do que isso — Kili falou de cabeça baixa — Quando estou com ela meu mundo não é o lugar perigoso e traiçoeiro como estou acostumado, ele se ilumina. Quando ela sorri sinto vontade de pegar na mão dela e voar para bem longe, para um lugar em que possamos viver o nosso amor em paz. E eu não consigo explicar como ela me afeta tão bem assim. Se eu lhe dissesse que a amo estaria dizendo que o que sinto é resumido apenas a isso, quando na verdade é muito mais.

— Em todo esse tempo, todos aqui — ele sinalizou para os outros — perceberam o que estava acontecendo. Eu observei (y/n) minuciosamente cada dia, e posso lhe afirmar que seu sentimento é correspondido.

Um meio sorriso surgiu na expressão de Kili, depois desapareceu.

— E eu lhe garanto — Gandalf continuou — Você a verá novamente mais rápido do que imagina.

— Esperarei o tempo que for — para Kili, isso era uma promessa.


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Notas finais do capítulo

Mais emoções estão por vir!



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