Falling Into The Madness escrita por Secret Andy


Capítulo 16
Psicólogo


Notas iniciais do capítulo

*Vortei, minha gente ~Andy



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Afastei Layne de meu rosto devagar, não queria machuca-lo, nem expulsa-lo. Muito menos sem ser rude. Me levantei, e ele continuava me olhando, agora parecia preocupado.

– É sério?

– É sério.

Me senti aliviada de não ser uma pegadinha nem algo assim, ele logo já havia se levantado, foi na direção da porta, e parou :

– Vamos?

Me senti confusa.

– Aonde?

– Dar um fim nisso.

Dar um fim nisso.

Descemos a escada, e saímos de casa pela porta da frente, eu não sabia onde ele estava me levando mas, decidi confiar nele uma vez. O caminho foi em silêncio.

–****-

Fomos indo até um prédio cinza, nem velho, nem novo. Entramos na portaria, ela era enorme e ainda tinha um balcão de porteiro longo, Layne me guiou até o elevador e apertou o botão para chama-lo. Decidi que era o melhor momento para pergunta-lo onde ele estava me levando.

– Onde você está me levando?

– Para a minha tia.

– E o que diabos a sua tia vai fazer? - Falei, em um tom desafiador.

– Ela é psicóloga. - Ele parecia sério - Natalie, você não precisa de um terapeuta, e sim de um psicólogo.

O elevador chegou, e entramos. Sem uma palavra, eu ficava olhando para os meus pés vasculhando em meus pensamentos o que deveria falar a tia dele, afinal eu sabia que deveria explicar o que eu tinha de errado.

O elevador chegou no certo andar, e saímos dele. Andamos pelos longos corredores do apartamento, que eram quase piores que o do colégio, era curvas e curvas e curvas e... Olha só! Mais uma curva! Eu sentia que a cada vez eu ficava mais enjoada do que eu já estava. Quando chegamos a bendita porta, sussurrei um "Graças a Deus" e Layne não pode evitar de rir, logo apertou a campainha e depois de alguns segundos a tia dele atendeu a porta, era alta, prendia os cabelos castanhos em um rabo de cavalo, tinha os olhos de seu sobrinho.

Não falava muito, apenas o necessário. Se apresentou de Ivy para mim e nos convidou para entrar.

O pequeno corredor triste e pequeno de seu apartamento se terminava na sala de estar, que continha dois sofás separados por uma mesinha, como alguém separando duas pessoas de uma briga. Disse para Layne :

– Layne, você pode esperar na cozinha? Preciso realmente falar á sós com Natalie.

– Ok, então. - Ele se fechou dentro da cozinha em silêncio, e não voltou mais.

– Pode se sentar, Natalie.

Me sentei em um dos sofás, e Ivy sentou em outro.

– Layne me contou de você, que você tem ilusões e desmaios frequentes, não é?

– É - Meu coração pulava.

– Então vamos começar. Natalie, quantas refeições você faz por dia?

– Acho que normalmente uma, só faço refeições quando tenho a paciência de cozinhar ou até quando meus pais fazem algo para mim, o que é raro, eles sempre estão fora.

– Bem, posso dizer que esses desmaios são causados por sua falta de nutrição, isso você deveria saber, Natalie.

Ai, essa doeu. Ivy continuou:

– E as ilusões, Natalie? Como elas são?

– Não sei bem como explicar, elas são como, sempre quisessem me deixar de baixo astral.

– Algo provoca elas?

– Sim, a minha tensão.

– E como começaram?

Tive que pensar um pouco, não, não um pouco. Muito. Cheguei a uma única conclusão:

– Eu tenho elas desde que me lembro ter consciência...

– Hum.... Desde que tem consciência.... - Ela pensou um pouco - Natalie, creio que a minha conclusão disso é que não tenho como te ajudar.

Fiquei confusa.

– Como assim?

– Eu não tenho uma fonte, uma origem. Preciso disso para te ajudar. Não que você seja um caso perdido nem nada, é que não tenho informação necessária, mas quando conseguir isso, volte. Até lá, faça o máximo possível para não ficar tensa.

Me sentia decepcionada. E ela percebeu isso:

– Não fique assim, Natalie. Você vai vencer isso.

Ivy chamou Layne, que veio no momento que ela chamou, tenho certeza que estava com sua cabeça grudada na porta. Layne, seu chato.

Já estávamos indo embora, quando Ivy disse:

– Layne, preciso falar com você a sós. Natalie, pode esperar no corredor, por favor tente não ouvir nada.

Fui para o corredor, e me encostei na parede. Meio minuto depois Layne voltou, e eu não havia ouvido nada, o que despertou em mim uma grande curiosidade, o que ela havia lhe falado? Não, não Natalie, vai que era pessoal? Não é da sua conta.

Fomos para o elevador, e entramos nele. Layne apertou o botão "T".

– Você escutou tudo, não foi? - Eu disse, em tom irritado.

– Não.

– Você não sabe mentir.

– Ok, eu escutei. E daí?

De lado para Layne, virei para a frente dele.

– E daí que aquilo era pessoal.

– Eu tenho o direito de saber o resultado, não tenho?

– Não!

– Por que?

Layne, eu te odeio, por que sempre tem que sempre ganhar as discussões?

– Ok... Você tem sim direito.

Ele sorriu com um ar vitorioso, se aproximou de mim e colocou sua mão em meu ombro, e me beijou.

– Eu te amo.

Quase engasguei com aquela frase, o que fez ele rir, e acabei rindo também.


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Notas finais do capítulo

É Nat, não tem jeito xD ~Andy



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