As Muitas Potter escrita por Dani Silva


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um!



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Lizza Potter

O dia amanheceu chuvoso, as meninas e eu levantamos cedo pois papai havia dito que o trem chegaria cedo. Eu duvidei mas me levantei, estava extremamente ansiosa para meu primeiro dia.

Papai me explicou que eu e minhas irmãs começaríamos nosso primeiro ano com os alunos do terceiro, ele achou que seria mais normal para nós ficarmos com pessoas da nossa idade. Claro que teríamos aulas extras.

As cartas de Hogwarts chegam desde nossos 12 anos mais papai as escondeu, e falou com a diretora Minerva Mcgonagall, que parasse de mandá-las. A escola de bruxaria estava totalmente fora de nosso alcance até esta manha.

Lotte, Lili e Bella estão com seus carrinhos encarando a parede onde fica a plataforma 9 ¾, segundo o que papai disse temos que correr em direção a ela.

– Esta com medo querida? – perguntou mamãe. Lhe sorri amarelo e neguei.

Ela sabia que era mentira, afinal me conhecia muito bem, mas resolveu ignorar e colocou uma de suas mãos em meu ombro.

– Eu tive medo no meu primeiro ano também, mas descobri que Hogwarts é um ótimo lugar para vence-lo. – disse ela.

– E se a parede se fechar e eu bater a cabeça? – perguntei.

– Aconteceu comigo e um amigo, e olhe agora... Estou vivo. – disse papai. Encarei sua cicatriz, a de raio que fazia com que sentisse um arrepio na espinha. Papai sempre dizia que quem a fez era um homem mal que não estendia sobre amor e amizade. Como pode existir alguém assim?

– Mamãe você acha que vou para Slytherin? – perguntei.

– Ora filha, você vai para a casa que seu coração mandar. Seu pai conheceu ótimos homens que não eram de sua casa, não importa para qual for vamos sempre nos orgulhar de você Liz. – disse mamãe. Sorri e a abracei.

– Mesmo se eu for para Hufflepuff? – perguntou Lili travessa.

– E se eu for para Gryffindor? – perguntou Lotte.

– Acho que me sobrou a Ravenclaw. – disse Bella.

Rimos. Acho que papai pensou o mesmo que eu, uma para cada Casa.

***

Passar pela parede? Moleza. O difícil mesmo foi me despedir dos meus pais.

– Promete me enviar muitas cartas? – perguntou mamãe agarrada a Bella que sorria de canto. Eu conhecia aquele sorriso, ela queria chorar, mas não faria ali com tanta gente a nossa volta.

– Prometo. – disse Bella.

Nós estávamos tão presos em nossas bolhas que nem notamos algumas pessoas se aproximando. Eu os conhecia tinha certeza, mas não me lembrava de onde.

Só quando olhei mamãe percebi, era a família dela. A que ela teve que se afastar por mim e minhas irmãs. Os cabelos ruivos, os rostos felizes, eram Weasley’s.

– Harry. – disse o mais velho. Seu rosto se quebrou em um grande sorriso, seus olhos foram levemente puxados para os lados, mostrando que o homem já tinha seus anos.

Papai também sorriu e o abraçou. A mulher não tinha os cabelos ruivos e sim castanhos, mas ela também sorria. Parecia feliz e os três se abraçaram apertado como se já fossem experientes nisso.

Mamãe foi a próxima, elogio, beijou e abraçou seus parentes. A jovem menina que estava com eles era Rose Weasley e tinha a minha idade, a diferença era que ela era bem mais alta.

– Como pude me esquecer? Vocês ainda não se conhecem. – disse mamãe e assim puxou nós quatro para que os amigos do papai nos vissem.

– Essas são minhas filhas, Lilian Potter, Charlotte Potter, Lizza Potter e por ultimo nossa querida Isabella Potter. – disse papai nos apresentando.

– Ronald Weasley, Ron. Ou tio Ron, o que decidirem para mim estara ótimo. – disse Tio Ron.

– Sou Hermione Granger, Tia Mione e não aceito não como resposta. – e assim nos abraçou. Assim que chegou em Lili viu o livro que ela segurava e deu um agudo gritinho.

– Em que pagina esta? – perguntou Tia Mione.

– 343. Estou na parte em que Albus Dumbledore tornou-se mais conhecido graças à sua vitória num lendário duelo com o Feiticeiro Negro Grindelwald, e fez à descoberta das doze utilidades do sangue de dragão e pelo seu trabalho de alquimia em parceria com Nicolas Flamel. – disse Lili sabiamente.

– Nicolas Flamel, nos deu trabalho em Harry? – disse Tia Mione. Meus pais e meus novos tios riram da piada deles.

– O que ele fez? – perguntei curiosa.

– Digamos que é uma longa história. Querida, quando estiver subindo no trem olhe em seu bolso direito. – disse Tia Mione a Lili.

– Sim senhora. – respondeu minha irmã.

O apito do trem soou nos mandando embarcar.

Charlotte Potter

Sono. Muito sono.

O trem estava passando por tantos pastos que me senti uma vaca. Tudo bem, estou sendo dramática, mas não consigo ficar nem mais um segundo nessa cabine.

Liz esta pintando as unhas da mão de um verde escuro para combinar com sua roupa, Lili esta vidrada em seu livro e Bella ouvindo musica tão alta em seu fone de ouvido que eu que estou do outro lado da cabine posso ouvir.

Levantei-me e fui para a porta. Lili levantou o olhar e me encarou interrogativamente.

– Banheiro. – menti. Ela revirou os olhos e voltou para o livro.

Sai da cabine e fui andando pelo corredor, encontrei algumas pessoas que me sorriram simpáticas, outras fizeram caretas e acredite se quiser algumas me encararam tanto que me senti envergonhada.

Continuei andando com os cabelos tampando meu rosto. Hoje resolvi ficar de cabelos soltos já que Liz escolheu um vestido branco e sapatilhas para mim. Acabei esbarrando em alguém que não fez nenhum movimento para me ajudar a levantar.

Suspirei e me levantei sozinha encarando o futuro morto.

– Olhe por onde anda. – disse ele irritado. Levantei o olhar e encarei um par de olhos cinzas.

O menino era tão loiro que seus cabelos chegavam a parecer brancos, seu sorriso era tão cruel quanto uma cobra, sua sobrancelhas estavam arqueadas para mim em desafio. Ele era lindo... E arrogante.

– Olha aqui, eu não sei nem para onde estou indo você poderia pelo menos ser educado. – disse irritada.

Ele sorriu cruelmente.

– Não é uma de minhas qualidades, mas diga-me seu nome. – disse ele.

– Charlotte Potter. – disse com rispidez.

Ele arregalou os olhos. Parecia meio surpreso.

– O Potter não teve filhos. – disse ele.

– Não teve mesmo, pelo que sei sou menina. – disse irritada.

– Não pode ser...

– Pode e esta sendo querido... Me diga seu nome e a Casa que você é, para que possa evita-lo. – disse a ele.

O garoto recompôs suas feições e voltou seus olhos cinzas para mim. Eles eram frios como gelo.

– Scorpius Malfoy, sou da Slytherin. – disse ele.

– Isso explica varias coisas na verdade. – disse. Ele revirou os olhos.

– Tenho que ir Potter. – disse e se virou seguindo para sua cabine.

– Adeus Malfoy. – sussurrei vendo-o partir.

Lilian Potter

O que será que aconteceu no banheiro? Lotte voltou estranha, não se importou mais conosco, apenas se sentou e olhou o pasto lá fora como se fosse a coisa mais legal que já vira em toda a sua vida.

O livro já não tinha mais minha atenção, li a mesma frase umas quatro vezes e ainda não sei o que diz nela. Lotte estava me preocupando.

– Lotte? – chamei. Coloquei meu livro de lado e a encarei.

– Sim? – disse ela.

– Esta tudo bem? – perguntei. Liz parou de prestar atenção em suas unhas, cutucou Bella que tirou os fones e também encarou Lotte.

– Por que não estaria? – desviou da pergunta.

– Você esta estranha. – disse Liz e torceu o nariz.

– É só que encontrei um babaca no corredor, não ligo para ele meninas podem ter certeza, mas ele ficou totalmente surpreso quando disse que eu era uma Potter, chegou até a dizer que nosso pai não teve filhos. Só achei meio estranho, vocês sabem como gosto de chamar atenção e descubro que a um mundo inteiro que não sabe de mim. – disse ela fazendo bico.

Eu e as meninas rimos.

– Tecnicamente o mundo inteiro não sabe que você existe. – disse Bella.

Lotte mostrou a língua para ela.

Ouvimos outro apito. Estávamos chegando.

***

Hogwarts era a escola mais linda que já vi. Parecia de fato um castelo. Assim que chegamos, fomos encaminhadas a uma fila onde eram chamados nossos nomes para cada casa.

Eu e minhas irmãs estávamos ansiosas, afinal nossa família inteira foi da Gryffindor.

Chamaram todos e por ultimo nós, afinal não íamos estudar no primeiro ano.

– Charlotte Potter. – chamou a Diretora.

Todos no salão arquejaram. Pude perceber todos surpresos. Imagine quando perceberem que são quatro Potter’s.

Colocaram o chapéu seletor na cabecinha de Lotte. Ela parecia um pouco nervosa.

Charlotte Potter

Hum... Interessante... Vejo sinceridade, amor, companheirismo... Ora! O que é isso? Você é geniosa. Gosta de estar sempre certa...

Um pouco.

– O que acha da Slytherin?

Não, eu não quero ser de lá. Ninguém merece o Malfoy.

– Você se daria tão bem... Explorariam todas as suas qualidades, gosta de aparatar pelo que vejo, lá lhe ensinaram tudo isso o que me diz?

E minhas irmãs?

– Elas se darão bem, lhe garanto.

– Slytherin! – gritou o chapéu seletor.

Ouve uma grande festa em minha nova Casa olhei de relance para minhas irmãs e dei um mínimo sorriso. Eu ficaria bem.

Todas ficaríamos bem.

Isabella Potter

Minhas mãos estavam soando quando a Diretora colocou o chapéu seletor em mim.

Acalme-se Isabella. Sua irmã foi para Slytherin, e não esta chorando. Por que eu choraria?

– Gosto de como pensa.

Gosta?

– É claro, você se daria bem na Gryffindor, coragem, beleza, astucia. Você tem tudo isso, mas a algo de diferente, algo que merece ser levado em consideração.

O que?

– Sua lealdade, você é a mais justa entre suas irmãs não? Mesmo em meio a brigas com seus pais, consegue passar por tudo isso e ajudar suas irmãs... Acho que se daria bem na Hufflepuff.

Mas eu quero ficar com minhas irmãs, elas precisam de mim.

– E você também age como um aluno da Hufflepuff.

– Hufflepuff! – gritou o chapéu seletor.

Suspirei. Olhei para minhas irmãs que sobraram e sorri encorajando-as. Elas se sairiam bem.

Lizza Potter

Ele vai me colocar na Slytherin, por que sou má.

– Por que você acha isso?

Não sei, por que as vezes parece que não ligo para minhas irmãs? Sabe eu ligo muito, e as amo demais e vou entender se quiser me colocar lá, mas a Lotte é tão fofa, ela é a melhor. Por que a colocou la?

– Por que eu vi coisas nela que a fizeram ir para aquela casa.

Bela respostas.

– Você tem coragem. É preciso muito coragem para dizer os defeitos dos outros e muito mais para apontar seus próprios defeitos.

Gryffindor. – gritou o chapéu seletor. E todos da minha nova Casa e minhas irmãs soltaram vivas de alegria. Sorri.

Não importava a casa. Sempre seriamos apenas nós quatro.

Lilian Potter

A diretora colocou o chapéu em minha cabeça.

– Não preciso nem pensar para saber para onde você vai, mas acredite nessa Casa você terá que pensar muito.

Ravenclaw. – gritou o chapéu seletor.

Era nosso destino. As quatro Potter, uma para cada Casa.


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