Um salão enorme, que reluzia de tanto ouro que havia no local, tapetes de um tom avermelhado luxuoso e diversas máquinas eletrônicas, roletas, e mesas para jogos de cartas estavam distribuídas pelo recinto, era certamente, um cassino muito estiloso.
Killua não tinha do que se queixar daquele lugar, ambiente de notável agrado, comida realmente deliciosa, jogos muito divertidos e pessoas sofisticadas, de alta classe, seria um ótimo local para passar uma noite de sábado ao lado de uma boa companhia, se não fosse aquele grupo de garotas loucas que o jogaram para longe e passaram a se agarrar no SEU namorado.
O albino estava seriamente estressado. Como elas tiveram a ousadia de fazer uma coisa dessas? Estar de mãos dadas com Gon não foi o suficiente para deixar bem claro que eles estavam juntos? Bem, não era culpa delas de certo modo, se o moreno não fosse tão lindo, isto não estaria acontecendo, mas ele também não podia por a culpa nele, ninguém era culpado, mas também ninguém era inocente.
Gon não podia fazer nada quanto a sua beleza, mas podia por livre e espontânea vontade afastar aquelas garotas dele. Killua deveria ter deixado bem claro que elas não podiam chegar perto, e as garotas, bem, não deveriam nem ter nascido na opinião do albino.
Talvez não houvesse nenhum problema de deixar o outro se distrair ali, ele não tentava fazer nada, só estava rindo com um sorriso desajeitado, enquanto as garotas abraçavam seus braços e enchiam a mente dele - que certamente estava queimando devido a alta quantidade de informação por segundo - com conversas fúteis.
Mas então, a última gota caiu. Uma das espertinhas resolveu brincar com fogo quando acidentalmente encostou seus seios nas costas do moreno, que ficou claramente arrepiado e muito vermelho. Oh não, Killua não estava vendo problemas até agora, mas aquela vadia estava pedindo para morrer, e ironicamente, fazendo este pedido para um assassino profissional. O albino virou um copo de vodka que estava em sua mão há um bom tempo já e esbravejou:
– Ei sua piranha!
Silêncio foi o que ocorreu após o pronunciamento nada educado de Killua naquele luxuoso cassino. A garota lentamente se virou em direção ao albino enquanto todas as suas amigas olhavam espantadas para o mesmo. Gon, aliviado sorriu, nunca imaginaria que seu amor tomaria uma atitude dessas, seria algo muito divertido de se ver.
– Desculpa, mas, você falou comigo? - Retrucou a garota. Killua apenas acenou com a cabeça, confirmando que o insulto tinha sido direcionado para ela - Então, o que quer? Eu estou ocupada sa...
– Tire suas mãos horrivelmente mal cuidadas e seus peitos nojentos do MEU NAMORADO! - Killua nem permitiu que ela tivesse o direito de falar, estava realmente furioso - Eu estava deixando numa boa vocês conversarem com ele, mas você sua vagabunda, estourou minha paciência!
– Escuta aqui, quem você acha que é para falar assim comigo? - Ah não, essa daí realmente gosta de brincar com o que não deveria.
– Antes de tudo, eu sou autêntico, ao contrário da piriguete e das suas amiguinhas uma mais semelhante que a outra aí. Em seguida, sou namorado do garoto mais perfeito do mundo, e você está atrapalhando nosso encontro, e isso é motivo o suficiente para eu atrapalhar você durante sua vida inteira. Também posso te matar se assim preferir, afinal, isso é uma das minhas especialidades.
– Tá de brincadeira não é? - A mulher começou a rir como uma neurótica - Você está querendo me dizer que esse deus grego é seu namorado? Que ridículo, tenho certeza que ele preferiria uma garota gostosa como eu, no lugar de um garotinho esquisito que nem você, aliás, que homem iria querer outro quando se há tantas mulheres lindas por aí, como eu? - Em sequência à sua fala, a garota se aproximou novamente de Gon, se inclinou em sua direção e deu um leve beijo em sua bochecha. O moreno conteve um sorriso, sabia o que estava prestes a acontecer.
Naquele momento, a piranha se condenou, em menos de um segundo, o albino se atirou para cima da garota, a jogando para longe do namorado e ficando por cima dele, ergueu a mão direita e a desceu sem piedade em direção ao rosto branco da desgraçada! Mas ele não se conteve em dar apenas um tapa, oh não, ela merecia muito mais de onde tinha vindo aquele, e se deu início a uma série de agressões físicas do albino contra a maldita.
– Sua loira oxigenada de merda, piranha, desgraçada, vadia,... - Ele não podia ficar apenas no físico, tinha que insultá-la verbalmente também, descarregar tudo que estava trancado em sua garganta durante a noite toda.
Não demorou muito para os seguranças do local chegarem e forçar Killua a se retirar do recinto, o que ele fez de bom grado, sem precisar ser levado. Ao chegar à entrada do cassino, o albino se sentou na beira da calçada e ficou esperando o namorado, que acreditava que deveria aparecer logo.
– Você arrasou Killua! - O moreno o surpreendeu o abraçando por trás, que gerou um ataque de tosses devido ao susto que o menor tinha tomado - Assim que ela se encostou em mim eu sabia que você reagiria daquela forma, foi muito divertido ver você se soltando daquele jeito!
– Aquela vadia mereceu... - Falou o albino lentamente, agora que o momento tinha passado, estava com vergonha das atitudes que tomou.
– Killua, você provou que é realmente, extravagante, eu tenho muita sorte de ter um namorado assim, eu te amo!
– I-Idiota, o extravagante aqui é você, seu sorriso brilha tanto que parece uma explosão de luz, eu só estava puto com aquela piranha, nada demais.
O moreno riu e ajudou o outro a se levantar, aquela noite embora muito divertida, havia sido exaustiva, eles deram as mãos e começaram seu trajeto para casa. Porém, Killua soltou as mãos e abraçou fortemente o braço musculoso do namorado. Dessa vez, nenhuma piranha iria roubá-lo.