Não consigo deixar de te amar. escrita por Natalie


Capítulo 2
Can't Take My Eyes Off Of You.


Notas iniciais do capítulo

Você é bom demais para ser verdade... não consigo tirar os meus olhos de você.
Você se sente como o céu para tocar.
Eu quero te abraçar tanto!



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Os dias na universidade eram extremamente cansativos para Carol; com muita frequência ela se perguntava o por quê de tudo aquilo.

Sim, era certo que ela deveria recomeçar sua vida, porém, ela não encontrava nenhum resquício de felicidade naquele modo de viver; seus companheiros do dia-a-dia eram poucos, e não passavam de meros colegas de turma.

Carol sentia falta de uma boa e conversa sincera com alguém, mas ela sabia que não deveria expor seus sentimentos para ninguém.

Sua postura era de uma mulher decidida e destemida; e agora que estava só, precisava ao máximo honrar seu novo estilo de vida.

Às vezes, a mesma perdia toda a concentração em seu foco principal, viajando através do tempo, lembrando-se de Daryl Dixon.

O seu Daryl.

O sono lhe era tirado durante a noite, a fome era lhe tirada nos intervalos de aula... a confusão interna e dúvida de largar a faculdade e correr para os braços de seu grande amor — e a voz de sua mãe ressoando em sua mente, como um lembrete incômodo de que sua vida estava melhor assim — lhe amedrontavam.

Como ele está, sem minha presença? — Carol se perguntava diariamente.

Nenhuma dor era pior do que a dor de um coração partido.

...

Em um dos raros momentos que Carol se via livre de alguma atividade acadêmica, desfrutava da leitura livre; o livro fora retirado da última gaveta da escrivaninha e aberto sob seu travesseiro, com cuidado.

Como eu era antes de você.

O livro que Carol já lera centenas de vezes, o seu predileto.

Uma delicada rosa Cherokee lhe servia como marca página; amarfanhada e medianamente despedaçada, ainda exalava seu perfume único.

A lembrança do dia que ganhara a rosa, atingiu o coração da doce mulher com um poder misterioso.

Por que simplesmente não sigo em frente? — Carol pensa, com amargura, encarando a delicada rosa em suas mãos delicadas, sentindo-se igual a mesma: amarfanhada e medianamente despedaçada.

Com um suspiro carregado de lástimas, Carol tenta em vão concentrar-se em seu livro; Louisa, a personagem principal a quem Carol sempre invejara, procurava um modo de salvar e prezar a vida de seu grande amor — Willian — independente de todas brigas que enfrentaram.

Rídiculo.

Carol se sentia ridícula, levando sua história preferida para seu lado pessoal; ela se perguntava, se depois de tudo deveria procurar seu amor.

Se o arrependimento o tortura, por que estou sem notícias até o momento?

Revirando os olhos, ela levanta-se e caminha até as janelas de seu quarto, que se encontrava no terceiro andar.

Afastando as persianas cor-de-rosa, Carol encarou o céu.

Olhando para as nuvens, a mulher não pôde evitar lembrar-se do dia de seu casamento.

O dia mais feliz que um dia ela poderia ter o prazer de viver.

Antes de entrar no altar, lembrava-se de querer rir histericamente por conta da visão de seu desengonçado Daryl, vestido em um elegante terno.

As lágrimas vieram sem sua permissão, mas ela não se importava; precisava de uma vez por todas esvaziar as mágoas que a atormentavam durante as estressantes semanas no estágio de enfermeira.

Lá embaixo, a turma extrovertida do último mês de estágio, transferia uma grande garrafa de bebida alcoólica de uma mão para outra, em comemoração.

Carol invejava a alegria e a felicidade que compartilhavam; todos sorrindo, brincando e se divertindo, provavelmente ansiosos para voltar para casa, levando as boas novas para os pais que explodiriam de orgulho.

E ela, presa em um casamento que há muito já acabara, ainda se remoendo pela falta de seu grande amor.

Ao soar da música alta “Can't Take My Eyes Off Of You”, de Heath Ledger, Carol trancou sua janela, e deitou-se, melancólica, na cama de solteiro, afim de escapar por algumas horas de sua realidade torturante.

O último som que capturou, foi a frase melódica da música alta:

“I wanna hold you so much…”

Eu quero te abraçar, te sentir novamente por somente uma vez… ou para o resto da eternidade, meu Dixon... — Pensou, mergulhando na inconsciência.

#

Na noite de sexta-feira, à meia noite, o quarto mês de “aniversário” de divórcio de Carol e Daryl Dixon se completaria.

O caipira permanecia sentado na velha cadeira de balanço do lado de fora da casa, observando as estrelas, conferindo as horas a todo momento, lamentando pelo sábado que se aproximava.

Quatro meses sem sua doce e magnífica Carol.

Uma noite como esta tinha que se repetir, foi um desastre a sua partida...

Diz como é que eu te encontro? Juro que eu vou atrás.

Olha, eu não vou te esquecer nunca mais!

23:58...

A nossa estrada era tão larga, e olhe! Já não existe mais!

Que merda! Malditos jogos, malditas apostas! Maldito seja o mundo!

Você era a vida, a esposa e amiga; você era minha... namorada.

Você era minha luz... antes daquela carta; que você me escreveu, deixou sobre a mesa, e desapareceu...

Preciso de você, para aquecer mais uma noite solitária.

00:00

Ah... como eu queria voltar ao passado...


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Notas finais do capítulo

Comentem e me deixem saber o que acharam do segundo capítulo! ♥ Beijos, até amanhã!