Não consigo deixar de te amar. escrita por Natalie


Capítulo 12
Like A Virgin.


Notas iniciais do capítulo

Bom, primeiramente eu queria agradecer imensamente pelas maravilhosas recomendações que recebi da diva Annie e da Aurélia, maravilhosas. Foram as minhas primeiras, e eu chorei bobamente ao ler tais palavras.
Este capítulo é deicado á vocês, meninas, e a minha maravilhosa Suelem, que nunca perde a oportunidade de comentar, mesmo quando está com sono.



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Daryl mal acreditava em que seus olhos lhe mostravam.

Quais as chances de encontrar seu amor perdido precisamente ali?

Eu não acredito...

Daryl Dixon já não respondia por ele; a visão de Carol — sua Carol Dixon — lhe atingira como um soco no estômago.

Já se esquecera de Blake; já se esquecera da irritação que a pouco estava sentindo; já esquecera o nome de seus colegas de trabalho; esquecera até seu próprio nome.

— Dixon? — Jeremy o chamava.

O caipira havia entrado em estado de choque; nada mais podia ser notado por seus sentidos.

Somente ela.

O sentimento por Carol queimava em seu coração, fazendo-o ignorar tudo e todos ao redor. Ele já não enxergava Jeremy bem diante de seus olhos, acenando com as mãos; ele já não sentia seu companheiro balançar seus ombros; já não escutava a música que era tocada pela banda.

O Dixon pensava que podia ‘colidir’ com sua ex esposa em qualquer confim do Universo, menos ali, naquele instante.

Como um forte e poderoso tornado que devasta populações inteiras, a visão de Carol em seu mesmo ambiente se fez igual, dizimando o coração cheio de saudades de Daryl Dixon.

Não deixa minha boca sem teu beijo... Não se perca de mim na multidão...

Carol!— Ele queria gritar seu nome, mas de repente sua voz parecia ter desaparecido.

Pensamentos lhe confundiam a razão e o coração enquanto seu corpo não reagia.

Carol conversava com uma loura, em uma mesa não muito distante de si; seus olhos não detectaram o caipira ainda.

— Ei, cara. Precisamos ir. — Jeremy lhe chama novamente, dessa vez com mais precisão.

Daryl finalmente desvia seus olhos da visão hipnotizante, e olha para Jeremy.

— Podem ir. Vou ficar. — O Dixon responde, simplesmente.

Jeremy o observa, exasperado.

— Você acabou de dizer que...

— Eu já disse pra irem sem mim, porra! — O caipira se exalta.

— Você não é ninguém para ficar aqui, a não ser para ser um empregado. — Brian Blake surge inesperadamente na conversa, vindo do salão com uma taça de champanhe; seu hálito com odor de ponche e vinho, e a postura vacilante. — Você escolhe: ou sai daqui por bem, voltando ao departamento, ou sai daqui por mal, humilhado.

O sangue ferve por entre as veias do caipira; seus olhos queimam de rancor e fúria.

— Você agora pouco estava enchendo essa sua cara, fazendo todo mundo aqui esperar. Acho que não está com a mente sã para mandar na gente. — Daryl responde.

— Eu mando em vocês e faço o caralho que eu quiser! — A taça que antes estava sob a mão de Brian se espatifa no piso cor de marfim.

Sem parar para pensar, Daryl avança para cima do homem e lhe dirige um golpe certeiro no nariz.

Brian começa a sangrar.

— Cuide da sua própria vida. Eu faço o que eu quiser, filho da puta. — O caipira dá sua palavra final, adentrando cada vez mais no recinto, se distanciando mais do grande salão, deixando para trás um homem tempestuoso.

...

O caipira toma as delicadas mãos de Carol Dixon nas suas, e as beija.

— Carol... — Ele a abraça. — Senti sua falta.

O salão parecia estranhamente vazio, sem ninguém para os interromper.

— Eu... — Ele se esforça. — Alguma coisa nos seus olhos, faz com que eu queira me perder...
Faz com que eu queira me perder nos seus braços. Tem alguma coisa na sua voz que faz meu coração disparar...

A mulher de sua vida coloca seus dedos delicados por sob os lábios dele, delicadamente silenciando-o.

O coração dos dois estava acelerado agora; Daryl Dixon sentia graves tremores percorrerem todo seu corpo.

Aquele era o momento...

— Eu senti muito a sua falta... Eu... Ah, Carol... Se você soubesse como minha vida tem sido solitária! Se você soubesse o quanto eu queria que alguém aparecesse e mudasse minha vida do jeito que você mudou...

Sua voz foi totalmente interrompida com os lábios dela.

O beijo pelo qual Daryl Dixon tanto esperara e sonhara de saudades, fora finalmente realizado.
Seu hálito doce de sabor maçã, era absolvido pela língua de Daryl com um desejo insaciável.

As unhas da Dixon arranhavam suavemente sua nuca e puxavam seus cabelos para mais perto, aprofundando mais o beijo e aproximando mais os dois corpos, até não haver mais nenhum espaço os separando.

— Senti sua falta. — Ela sussurra em seu ouvido, o deixando arrepiado.

Aquela voz! Doce e melodiosa, acalmava Daryl imensamente.

A emoção era tão extraordinária que o caipira sentia as lágrimas ameaçarem transbordar; ele não se importava de chorar na frente de Carol. Com ela, ele podia ser o que quisesse ser.

— Não me solte nunca mais... — O caipira murmura, escondendo o rosto no pescoço da amada.

— Não, Daryl. Nunca mais.— A mesma lhe abraça forte.

Subitamente, Daryl sente a sensação de proximidade à amada diminuir; ele tenta olhar para seu rosto, mas tudo que vê, é escuridão. Em poucos segundos, não há mais indícios de que os momentos anteriores realmente aconteceram.

Carol não estava em lugar nenhum.

...

A música altíssima de estourar os tímpanos desperta os devaneios bastante vívidos de Daryl Dixon.

A voz particularmente irritante de Madonna ao cantar “Like A Virgin’, verbera pela cabeça do caipira.

Nada daquilo fora realmente real. Carol não estava ali, em seus braços.

Só depende de você, covarde.

O Dixon se trancara em uma das salas de cadeiras extras do salão que neste momento recebia e diplomava os formandos da Emory University.

Ele não queria que Carol o visse; tinha profundo medo da reação dela.

Preferia ficar para sempre escondido ali, como um completo covarde imbecil? Sim. Daryl Dixon considerava tal possibilidade.

...

Após alguns momentos, quando finalmente cada maldito universitário fora beneficiado com seu respectivo diploma, o caipira sai de seu esconderijo. A ideia era passar furtivamente pelo salão sem que ninguém o visse.

#

Toda a cerimônia de formatura fora magnífica. Era possível ver pais orgulhosos emocionados à cada nome chamado.

Andrea e Carol aplaudiam cada um; tudo estava sendo perfeito para elas.

Ao término de todos os formandos receberem seu diploma de finalmente formados, a música novamente recomeçara, dessa vez sem a banda.

Músicas aleatórias eram escolhidas e uma vez ou outra as amigas se levantavam para dançar.

Ao som de They'll Never Know, de Ross Copperman, Carol Edwards se entrega ao silêncio.

Melancólica, ela compreende a música e sente uma pontada de amargura em seu peito.

— Carol? — Andrea chama sua atenção.

A doce Edwards levanta o rosto em sua direção e assente para a loura não se preocupar. Em um momento de distração, a jovem observa os jovens felizes ao redor.

Seus olhos registam um sujeito que atravessa a extremidade isolada do salão rapidamente, como se não quisesse ser visto.

Carol nota imediatamente que há algo de muito familiar nele.

Após semicerrar os olhos e observar mais atentamente, o identifica e se espanta com a descoberta.

Mesmo de costas, ela jamais falharia.

Daryl Dixon.

Mas o que diabos ele faz aqui?

— Está tudo bem? Carol, você está branca como um fantasma. — Andrea ri.

Como a outra não responde mais nada, ela assume seriedade.

— Carol?

— Andrea... O... Relacionamento... O relacionamento que não deu certo... Está bem ali... É ele... Veja... — Sua voz some.

Andrea vira o rosto em direção ao olhar vidrado de Carol, e vê um sujeito forte, de ombros e costas largos, atravessando a multidão.

— Oh!


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAH! Desculpem não ter colocado "O Grande Encontro" neste capítulo, mas eu precisava que a Carol o visse primeiro.
Até amanhã, espero que tenham gostado! Comentem e me deixem feliz! ♥