Confusões, Confissões e Paixões! escrita por Suzanna


Capítulo 58
Uma mulher?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/541531/chapter/58

Eu não enxergava mais nada em minha frente, meu único foco era chegar até a recepção daquele hospital e gritar com a recepcionista para ela me deixar ver o Ian, minha mãe tentava me acalmar, mas era impossível – oque eu faria sem ele?! O que eu seria sem ele?! – as lágrimas desciam feito um rio pelos meus olhos...

__ Por favor, me deixa ver o Ian, me deixa ver meu namorado... – eu pedia inconsequentemente para a mulher em minha frente que me pedia por calma e tentava me explicar que não era permitida a entrada de pessoas na UTI.

__ A senhorita é a namorada de Ian James? – perguntou um senhor que aparentava seus cinquenta e poucos anos, cabelos grisalhos e feição cansada.

__ Sim, sou eu! – respondi enxugando as lágrimas.

__ Eu sou quem falou com a senhorita no telefone, sou o doutor Jeferson, eu estou acompanhando o caso. – explicou-me enquanto me estendia à mão.

__ Lucy Hudson! – falei enquanto apertava sua mão.

__ Podemos conversar? – perguntou, fitei minha mãe que fez sinal para que eu seguisse o médico e assenti deixando-a sozinha me esperando na recepção.

Paramos em frente a uma porta que dizia – UTI – e meu corpo todo gelou, eu queria vê-lo, queria toca-lo e dizer que tudo ficará bem.

__ Como ele está? – perguntei com todo meu corpo tremendo, tinha medo de sua resposta e de minha reação.

__ Não podemos dizer ainda, esperamos que ele acorde do coma para que possamos tirar as conclusões. – respondeu depositando as mãos nos bolsos do jaleco.

__ Eu posso vê-lo? Por favor, eu prometo que não demoro mais de cinco minutos e nem faço nenhum barulho! – implorei, eu estava quase me ajoelhando.

__ É contra as normas do hospital, mas vejo que não se tranquilizara enquanto não vê-lo, não é mesmo?! – disse estendendo-me uma roupa verde, uma mascara e luvas.

__ Obrigada doutor! – eu queria abraça-lo mais me controlei, vesti tudo que ele me deu e empurrei a porta duplicada da UTI.

__ Espera... Eu aconselho quando sair, você ir direto para a delegacia. O acidente não foi sem querer, ele foi provocado! – disse o médico antes de eu entrar.

__ Como assim provocado? – parei oque eu estava fazendo e voltei para sua frente.

__ Procure a delegacia quando sair daqui. Não posso levantar casos! – respondeu apontando a porta me mandando entrar logo.

Isso não podia ser verdade – provocado?! – quem faria isso?! Meus pensamentos voaram, o que eu queria agora era ver ele, caminhei pela sala enorme onde as camas e os pacientes eram divididos por cortinas e observei cada uma delas á procura do Ian, na segunda cortina eu levei um susto, levei as mãos até os olhos e as desci para boca evitando um grito e deixando as lágrimas possuir meu rosto, eu quase não o reconheci, vários ferimentos e curativos no rosto, na barriga nua, perto da cintura vários pontos, perna engessada – meu deus, oque fizeram com você?! – meu peito doeu ao vê-lo daquele jeito, me aproximei com o estomago em combustão e uma dor sem tamanho.

__ Volta para mim, amor. Não me deixa, ouviu? Eu preciso de você! – sussurrei próximo ao seu ouvido enquanto segurava sua mão menos machucada.

__ Eu vou descobrir quem fez isso com você! – conclui beijando sua testa e sentindo seu cheiro amadeirado tomar conta de mim, sua testa estava quente e suada.

__ Senhorita Hudson, seu tempo acabou. – informou-me o médico adentrando o espaço e me retirando dali.

***

Era inútil eu tentar me manter calma ao vê-lo daquele jeito, ao imaginar que alguém poderia tê-lo machucado propositalmente. Abracei-me em meus braços e deixei as lágrimas cair enquanto ia de encontro a minha mãe, fechei os olhos – mas nunca, veja bem, nunca, em hipótese alguma, me deixe. – as palavras dele voltaram em minha mente, agora sou eu que peço – não me deixe, Ian – a dor em meu peito só aumentava, abri os olhos e encarei a sala de espera, todos estavam ali, todos meus amigos estavam ali me fitando com seus olhares penosos e preocupados, limpei uma lagrima que descia pelo queixo e corri para os braços abertos da Emily.

__ Ele vai ficar bem! – sussurrou em meu ouvido enquanto eu me afogava em seu pescoço.

__ Eu não posso perdê-lo... – resmunguei.

__ E não vai! – a voz do Pietro me fez largar Emily e me abraçar a ele.

__ O médico disse que o acidente foi provocado... – informei assustando todos.

__ Como assim provocado? – perguntou Charles.

__ Foi propositalmente... Uma testemunha está na delegacia! – respondi limpando as lágrimas que não paravam.

__ Então temos que ir lá! – disse Caio balançando as chaves do carro.

__ Eu não quero sair daqui agora. – funguei.

__ Tudo bem. Vamos eu e o Pietro... – respondeu Caio.

__ Eu também quero ir! – pronunciou Jones e Caio assentiu.

__ Eu e as meninas ficamos com você. – disse Emily me olhando consoladora e assenti.

__ Filha, eu preciso ir a casa, mas logo eu volto. – disse minha mãe.

__ Tudo bem, mãe. Obrigada! – abracei-a forte.

P.O.V PIETRO ON:

Caio pilotava como se fosse retirar o pai da forca, mas de certo modo era. Era tirar minha irmã do desespero e da angustia de saber que Ian fora atacado. Paramos no estacionamento da delegacia da cidade e descemos do carro, adentramos o pequeno local e fomos guiados por policiais para o gabinete do delegado, ele era gordo de tanto ficar sentado se empanturrando de rosquinhas, já que a maioria dos casos da cidade, são enviados para outra cidade próxima e maior que aqui.

__ Em que posso ajuda-los? – perguntou o homem limpando as mãos e erguendo-a em forma de cumprimento.

__ Viemos ouvir sobre o acidente com Ian James. – respondi apertando sua mão.

__ Ouvimos dizer que há uma testemunha! – completou Caio.

__ Oh sim, oque vocês são dele? – perguntou ele, nos apontando cadeiras.

__ Eu sou cunhado e ele amigo! – respondi me sentando na cadeira de frente para o mesmo e Caio fez o mesmo.

__ Entendo. Bom... Querem ouvir a testemunha ou preferem falar comigo?! – perguntou.

__ Se for possível ouvi-la... – disse Caio e o gordo assentiu.

__ Stevan, mande chamar o senhor Montês! – disse o homem para o policial que estava na porta nos observando, ele assentiu e saiu.

***

__ Diga-nos oque você viu. – disse o delegado para o cara que apresentava seus trinta anos, cabelos escuros e olhos da mesma cor.

__ Bom... Aconteceu num cruzamento, o sinal havia fechado de ambos os lados e o carro do rapaz estava parado na sinaleira quando de repente outro carro da direção oposta invadiu o sinal e veio em direção ao carro do rapaz! – disse o homem.

__ Você conseguiu ver se era homem ou mulher? – perguntei.

__ Não. Mais acho que com as imagens das câmeras do local, vocês conseguiram ver, porque o carro que provocou já estava parado no local bem antes do carro do rapaz chegar, era como se esperasse. – respondeu o homem.

__ E depois do acidente oque aconteceu? – perguntou o delegado.

__ O motorista fugiu sem prestar socorro e eu procurei uma caneta para anotar a placa dele, mas minha filha sempre rouba minhas canetas para levar para o colégio. – disse o homem.

__ Muito obrigado, senhor Montês. Está liberado! – disse o delegado, o homem assentiu, apertou nossas mãos e foi embora.

__ E agora? – perguntou Caio.

__ Pegaremos as imagens das câmeras, se conseguimos a placa já será meio caminho andado! – disse o delegado.

P.O.V LUCY ON:

Já se passara uma semana e Ian não dava sinal nenhum, nem de melhora e graças á Deus nem de piora, eu não ia ao colégio, nem comia, malmente tomava um banho e dormia, Emily me fazia companhia e revezava com os outros, eles não podiam perder o colégio por minha causa, quando um estava no colégio o outro me fazia companhia, sem contar que minha mãe vinha todos os dias com vasilhas de comida querendo que eu comesse, mas nada descia, Selena trazia roupas para mim e tentava me animar, e hoje quem me acompanhara era Charles...

__ Você precisa comer, quando Ian acordar ele estará morrendo de fome de você e você vai está seca, não o aguentara! – disse ele malicioso tentando me arrancar um riso.

__ Só você para me fazer rir! – sussurrei encostando minha cabeça em seu ombro.

__ Lucy Hudson? – um médico diferente chamou meu nome e logo me levantei da cadeira que eu sentava na recepção.

__ Sou eu... – respondi.

__ Tenho boas noticias... Seu namorado apresentou melhora, ele não respira mais por aparelhos. – disse me passando uma alegria imensa.

__ E ele acordou? – perguntei animada, mas ele negou e suspirei.

__ Mas, ele não corre mais risco, não é?! – perguntou Charles ao meu lado.

__ Não. Ele está avançando. Logo poderá sair da UTI! – respondeu o médico e eu abracei Charles.

__ Ele está melhorando, Charles! – desabafei.

__ Estou vendo, pequena! – disse beijando minha testa.

P.OV CAIO ON:

__ Então você já tem as imagens? – perguntei para
o delegado do outro lado da linha.

__ Sim. Mandaremos para seu celular. É uma mulher! – respondeu.

__ Mulher? Mais quem... – me interrompi em pensar na única mulher que poderia querer o Ian morto e Lucy sofrendo.

__ Veja você mesmo! – disse o delegado desligando a ligação.

Logo meu celular vibrou revelando o vídeo, eu jamais imaginara que ela fosse capaz disso!

(...) E a maior lúcida, pode fazer estragos delirantes!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, gente.... Quem vocês acham que é?!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Confusões, Confissões e Paixões!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.