Confusões, Confissões e Paixões! escrita por Suzanna


Capítulo 57
Te perder....




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Pode ser que seja esse teu sorriso, essa tua boca, ou sei lá, pode ser até que sejam esses teus olhos e a maneira como eles brilham a me ver, pode ser que seja qualquer coisa, mas tem algo em você que me prende e me impede de me apaixonar por outro sorriso, por outra boca, por outros olhos, merda, há algo em você que me impede de me apaixonar por outro alguém para sempre. Só quero que você saiba que eu te amo, demais.

E se não houver amanhã quero que você saiba que o seu sorriso ilumina meus dias e me faz sorrir, que o seu olhar me hipnotiza e me deixa alucinada. Quero que saiba que suas mãos nas minhas fazem meu coração disparar, que em todo o simples contato da sua pele na minha me envia arrepios de puro prazer, que o seu riso é como música para os meus ouvidos, que quando seus braços me envolvem e me abrace, desejo que eles fiquem ali.

__ Me beije, me abrace, me tenha, me cure, me cheire, me assanhe, me deixe morrendo de ciúmes, me agarre, me puxe, me solte, me sinta, me diga besteiras, me diga coisas lindas, me faça pirraça, me faça cafuné, me dê carinho e atenção, me sinta novamente e me ame. Mas nunca, veja bem, nunca, em hipótese alguma, me deixe. – as palavras do Ian me pegaram de surpresa assim que eu abri os olhos, ele parecia ter acordado de um pesadelo, suado e ofegante.

__ Ian... – ele me interrompera.

__ Entendeu? – perguntou e sem ação, eu assenti.

__ E nunca mais pense que vou te machucar, eu jamais faria isso, entendeu?! – tornou dizer como se estivesse desesperado.

__ Ei... O que houve? – perguntei tocando seu rosto molhado de suor.

__ Só diga que entendeu. – pediu fechando os olhos.

__ Claro. Claro! – repeti as palavras pegando seu rosto com minhas mãos e o trazendo para mim, envolvendo-o em meu abraço.

Debaixo do chuveiro eu pensava no que Ian havia me dito – você me dizia um foda-se e saia por aquela porta, eu ficava aqui sem chão e preocupado em saber para onde você ia, olhava pela janela e lá estava você entrando em um carro que nunca vi na vida e sorrindo como nunca. – eu mal sabia que ele estava cheio de cicatrizes, cicatrizes de quando o trai com Charles, de todo o problema com Claire e com medo de ser deixado – oh meu Ian totalmente frágil – uma lagrima desceu pelo meu rosto somente em pensar quanta magoa ela não guardava dentro de si e em saber que eu havia provocado isso tudo, que eu podia ter evitado.

__ Me perdoe, Ian... – resmunguei sozinha sentada no chão gelado do banheiro.

***

Vesti um short jeans azul escuro, uma camiseta larga e branca, um casaco vermelho por cima de ambos, eu calcei uma bota até os tornozelos e salto plataforma, arrumei os cabelos em um rabo de cavalo solto, passei delineador, sombra, batom vermelho coral, coloquei algumas joias, passei meu perfume de morango – vicio – peguei minha bolsa e por fim meu celular...

__ Eu bem que poderia ficar em casa e nessa chuva tomaríamos chocolate quente e passaríamos o dia debaixo do cobertor vendo filmes! – anunciei assim que me sentei á mesa e o encarei preparando torradas, somente em sua camisa branca e uma calça moletom preta.

__ Mas ai, eu não me sentiria bem, estaria empatando seu futuro! – respondeu sorrindo e trazendo para mesa uma chaleira e um prato de torradas.

__ Não é que você já sabe como gosto das minhas torradas?! Bem toscadas! – ironizei enquanto pegava uma e mordia a mesma.

__ Não é muito difícil saber seus gostos, Hudson! – brincou me dando um selinho e se sentando ao meu lado.

__ Você está me deixando mal acostumada. – falei limpando a boca com a mão, eu sempre me sujava com os farelos de torrada.

__ Bom assim. – disse sorrindo e tomando um gole de café.

__ Vou encontrar minha mãe hoje... – informei-o.

__ Acha que ela aceitará assinar a emancipação? – perguntou.

__ Talvez. O mais difícil será o meu pai assinar. – suspirei.

__ O advogado me disse que se pelo menos um dos pais assinar não tem problema pelo fato de você já ter dezoito anos, se caso você ainda tivesse dezessete... Bom, ai sim eu teria que lhe sequestrar para bem longe daqui! – disse sorrindo malicioso com o ultimo comentário.

__ Eu ia gostar de ser sequestrada por você! – maliciei me aproximando dele e beijando seu pescoço.

__ Não quer que eu te arranque essas roupas e faça a Emily esperar, quer?! – ironizou e eu assenti mordendo os lábios.

__ Hudson, Hudson, Hudson... – pronunciou em forma de repreensão.

__ James, James, James... – provoquei-o dizendo bem sexy em seu ouvido.

E foi quando a maldita buzina do carro da Emily soou alto do lado de fora do prédio.

__ Droga, Benson! – bufei e ouvi o sorriso do homem em minha frente, peguei minha bolsa e depositei um beijo rápido em seus lábios, peguei as chaves e abri a porta, mandei mais um beijo antes de sair e passei pela porta, fechando-a.

***

__ Eu era bom em matemática, mais ai alguém misturou letras com números! – Luca debochou nos fazendo rir enquanto o professor de matemática passava equações na lousa branca.

__ Já eu nunca fui, únicos números que me dou são os das senhas dos cartões de meus pais e o da conta bancária. – completou Lilly nos fazendo rir mais ainda.

__ Se vocês não querem fazer companhia á uma velhota na diretoria, melhor nós rirmos mais baixo... – informei-os e eles seguraram os risos.

“Como está você e Ian?” – Emily.

“Estamos bem apesar de tudo, nos acertamos!” – Lucy.

“Ainda bem. Estava aflita.” – Emily.

“Vai ficar assim toda vez que eu brigar com ele?” – Lucy.

“Sim, porque começo a me arrepender de ter ajuda-lo.” – Emily.

“Não se arrependa. Você não podia ter me dado
presente melhor.” – Lucy.

“Espero não ter motivos para enforca-lo.” – Emily.

“Eu também. Você é forte para seu corpo.” – Lucy.

“Idiota.” – Emily.

“Também te amo!” – Lucy.

Era o melhor momento do colégio, o momento em que íamos comer e falar besteiras – o intervalo – nós estávamos sentados na mesa do pátio zoando com o sumiço do Benson e da Selena em minha festa – vocês já viram um Benson ficar á noite toda sem um aproveitamento?! Não me julguem, culpem meu sangue. – essas eram as palavras de defesa dele – convencido – eu não poderia ter um amigo mais seguro de si, apesar de que Luca, o Caio e Jones também não ficava atrás.

__ Então, agora definitivamente é meu cunhado?! – provoquei recebendo seu olhar sapeca, severo e fuzilador.

__ Eu queria ser algo mais, só que você está comprometida! – respondeu fazendo cara de decepcionado e eu ri.

__ E muito bem comprometida. – rebati fazendo os outros chiarem com ele.

***

Quantas saudades eu tinha daquele abraço firme e cheio de amor, eu segurava os braços de minha mãe observando cada detalhe, seus olhos tristes, sua boca num sorriso falso, sua feição totalmente sem vida e sem cor, ela me puxara para o abraço novamente e eu me afoguei em seus cabelos...

__ Sinto sua falta, filha! – ela disse, baixinho e uma lágrima desceu por meus olhos.

__ Eu também mãe! – respondi apertando-a mais.

__ Como você está? Está comendo? Ele te trata bem? – me encheu de pergunta enquanto nos sentávamos em um banco dentro do shopping.

__ Estou bem, mãe. Acho até que engordei, e ele me trata bem demais. – respondi sorrindo e acariciando seu rosto.

__ Quero tanto conhecê-lo melhor! Seu pai parece arrependido. – ela disse observando tudo em mim, ela estava preocupada.

__ Vou marcar um dia para você conhece-lo. Mãe, nós não vamos falar do papai, ok?! Como está a senhora? – eu disse fungando a tristeza e mandando-lhe um sorriso reconfortante.

__ Estou bem, mesmo ainda não acostumada sem sua voz em casa. – respondeu.

__ Para ouvir minha voz é só ligar ou ir me vê. – eu disse procurando um papel e uma caneta em minha bolsa.

__ Não sei onde mora! – disse.

__ Aqui... – eu disse lhe estendendo um papel com o endereço anotado.

__ Não há chance de voltar para casa, não é?! – perguntou pegando o papel.

__ Não. Por mais que o papai se arrependa, meu lugar é ao lado do Ian. – respondi suspirando triste.

__ Posso vê em seu dedo e em seu olhar. – ela disse olhando para o anel em meu dedo e depois olhando fundo em meus olhos.

Senti meu celular vibrar no meu bolso e alcancei o mesmo notando um numero estranho na tela:

__ Alô? – perguntei.

__ Alô. Por acaso, você conhece algum Ian James? – uma voz masculina perguntou.

__ Sim, ele é meu namorado. Por quê? – eu disse curiosa, confusa e assustada.

__ Senhora eu gostaria que se sentasse! – pediu a voz.

__ Por quê? O que aconteceu com o Ian? – a essa altura eu só imaginava coisa ruim.

__ Ligamos para a senhora por que nos contatos dele havia seu numero cadastrado como “amor”! – disse a voz me irritando com tanto mistério.

__ Da para falar logo que porra aconteceu com meu namorado?! – gritei aflita enquanto minha mãe tentava me acalmar e fazer-me eu sentar.

__ Senhora, seu namorado sofreu um acidente de carro e está em coma induzido! – meu mundo caiu, deixei-me cair no chão de joelhos e meu celular se espatifar junto ao azulejo do shopping.

__ IAN... – gritei deixando as lagrimas livres para escorrerem.

(...)Eu nunca disse que tinha medo...de te perder.Mas, eu tenho! Porque
sem você não há motivo que me mantenha de pé.


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