Confusões, Confissões e Paixões! escrita por Suzanna


Capítulo 59
Dead?




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O médico me dissera que Ian melhorava cada dia mais, minhas esperanças aumentavam logo ele acordaria e eu acordaria junto com ele desse terrível pesadelo, Charles havia ido embora e eu esperava pela Lilly, pensando bem... Ele precisaria de roupas e outras coisas mais quando acordasse, ele não poderia ir para casa com aquela vestimenta de hospital, passei as mãos pelos cabelos bagunçados e dei um beijo rápido na testa do Ian, sim... Ele já estava em um quarto normal, sem mais UTI, então eu podia ficar com ele no quarto o dia todo. Peguei minha bolsa e de dentro dela tirei meu celular, sai do quarto enquanto digitava uma pequena mensagem para Lilly.

“Biles, indo rapidinho em casa, quando Ian acordar
precisará de roupas, me espere no hospital!” – Lucy.

Guardei o mesmo dentro da bolsa e notei que já estava fora do hospital, peguei um táxi que estava parado em frente ao mesmo e indiquei o endereço.

POV LILLY ON:

Caramba, Hudson! Acabara de ver a mensagem dela em meu celular e eu acabara de chegar ao hospital, ela não podia esperar mais um pouco e eu ia com ela?! – garotinha apressada – eu bufei irritada e me sentei na recepção.

__ A senhorita é amiga do, senhor Ian James? – uma voz feminina perguntou.

__ Sou... Por quê?! – respondi fitando uma garota não muito nova e nem velha, de cabelos loiros e olhos escuros.

__ É porque ele acordou do coma e chama por uma Lucy... – disse a garota, levantei surpresa e corri em direção ao quarto dele.

__ Ian! – chamei-o, os olhos azuis estavam de novo acesos e abertos, os mesmos me encararam e sua respiração descompensou.

__ Onde... Onde está a Lucy? – perguntou com dificuldade.

__ Ei, não se esforce! Ela foi à casa de vocês, pegar algumas roupas. – respondi tentando acalma-lo, a garota de antes adentrou o quarto com um copo de água e um remédio em mãos.

__ Precisa tomar esse remédio, senhor James! – disse ela estendendo o mesmo para ele.

__ Para que é esse remédio? – perguntei.

__ Chamem a Lucy! – gritou Ian.

__ É para ele se acalmar... – respondeu a enfermeira ignorando o grito do rapaz.

__ Eu não quero me acalmar. Lilly... A Lucy corre perigo! – disse o rapaz exasperado.

__ Não, Ian. Ela está bem, está segura. Agora se acalme! – respondi tentando acalma-lo mais uma vez, ele estava transtornado.

__ Não vou me acalmar porra nenhuma! – gritou.

__ Tudo bem. Vou ligar para ela, ok?! – perguntei aflita e ele assentiu.

__ Senhor, tome seu remédio. – exigiu a enfermeira.

__ Não vou tomar nada. – ele exasperou.

__ Deixe-o. Você está o irritando mais. Saia e eu dou o remédio a ele! – gritei com a garota, que suspirou e saiu.

Eu tentava, mas o celular da Lucy nem chamava, sempre ia para caixa postal.

__ E então? – perguntou ele ansioso.

__ Caixa postal! – bufei.

__ Então iremos atrás dela. – disse tentando se levantar mais eu o segurei.

__ Não, não. Acabou de acordar de um coma, Lucy me matara se sair daqui. – falei forçando-o á se deitar.

__ Você não entende que ela corre perigo?! – gritou.

__ Por quê? Quem quer machuca-la, Ian? – perguntei dessa vez preocupada, ele estava com essa ideia fixa na cabeça.

__ Claire Mendes! – respondeu outra voz por ele, virei-me encarando Caio, Luca e Pietro na porta do quarto, ambos os três ofegantes e expressando medo.

POV LUCY ON:

Eu também precisava de um banho, sai do banheiro enrolada em uma toalha e corri para o armário, peguei uma bolsa e comecei a colocar roupas do Ian dentro da mesma, peguei um vestido qualquer e vesti, calcei uma sapatilha de listras, arrumei os cabelos em um coque e peguei meu celular – droga, ele está descarregado – não tenho tempo para ele carregar, eu peguei alguns mantimentos, como perfume, escova, sapatos e outros para Ian e coloquei-os na bolsa juntos com as roupas, parei ao ouvir um barulho da porta da sala se abrindo ninguém mais tem a chave, além de mim e Ian – oh droga, quem porra está aqui?! – meu coração pulou com meus pensamentos ruins e em silencio caminhei até a porta do quarto, abri devagar sem fazer barulho e pela pequena fresta da mesma observei os quatro cantos da casa, não havia sombra de ninguém na casa, o silencio era tanto que eu podia ouvir meus batimentos cardíacos acelerados, sem que eu esperasse dois olhos arregalados e castanhos surgiram pela fresta da mesma, me fazendo levar um susto e cair para trás.

__ Olá, querida Lucy! – a porta escancarou revelando a mulher vestida em roupas pretas e com uma faca em mãos.

__ O que está fazendo aqui? – perguntei assustada enquanto me arrastava pelo chão me batendo na cômoda ao lado da cama.

__ Vim te fazer uma visitinha. – respondeu rindo sarcástica e diabolicamente enquanto se aproximava de mim.

__ Vai embora! – gritei assustada, ela se virou de costa e foi até a porta do quarto, fechando-a enquanto sorria, suspendi os braços ligeiramente e sem ela ver, alcancei o abajur encima da cômoda – use como arma qualquer coisa que ver na sua frente – as palavras da Emily me serviram nesse momento, escondi o mesmo atrás das costas.

__ Não antes de conversarmos! – disse voltando para perto de mim e se ajoelhando em minha frente.

__ Foi você que acidentou o Ian, não foi?! – perguntei já sabendo a resposta.

__ Eu tenho tudo que eu quero, quando algo que quero não é meu, ele não é de mais ninguém... Fim de jogo! – disse rindo e aproximando a mão vazia já que a outra segurava uma faca, do meu rosto e acariciando minha bochecha.

Essa era minha chance, numa velocidade esplendida acertei o abajur em sua cabeça e ela caiu deitada no chão, me pus de pé e corri para fora do quarto, a essa altura eu não pensava em mais nada, só queria sair dali ou ela me mataria, voei para porta da sala e puxei a maçaneta – ela havia trancado porra – comecei a chorar descontroladamente e olhei em volta á procura da chave, soquei a porta na intenção de alguém me ouvir e gritei socorro, até sentir uma forte pancada em minha cabeça e tudo escurecer...

POV IAN ON:

__ Ah meu deus! A Lucy nos matara quando souber que tiramos o Ian do hospital. – Lilly dizia sem parar de roer as unhas, havíamos saído pelos fundos do hospital e estávamos no carro do Caio em direção a meu apartamento.

__ Ela morrerá se não chegarmos á tempo! – falei entredentes.

__ Como descobriu que havia sido a Claire? – perguntou Pietro.

__ Antes do acidente ela ligou me ameaçando, dizendo que se eu não terminasse com a Lucy eu sofreria as consequências, então eu á mandei para merda, desliguei e achei que ela estava debochando. – respondi decepcionado comigo mesmo, eu havia causado tanto ódio assim.

__ Essa garota é doente. Se ela machucar a Lucy, eu mato ela! – gritou Luca enquanto fazia sinal para Caio pisar no acelerador.

POV LUCY ON:

Uma forte dor em minha cabeça e em minha barriga, dificuldade em abrir os olhos e sentia meus pulsos amarrados como meus tornozelos, eu abri os olhos ainda vendo tudo escuro e pisquei tentando enxergar, aos poucos eu pude ver a mulher parada em minha frente sorrindo cínica como se não estivesse fazendo nada, eu estava amarrada e sentada numa cadeira, observei minha barriga que doía e vi meu vestido sujo de sangue.

__ Não se preocupe baby! É só um cortezinho de nada. – debochou limpando a faca com uma blusa minha.

__ EU VOU TE MATAR! – gritei.

__ Não se eu fizer isso antes. – sussurrou mostrando-me uma corda, enrolando nas duas mãos e indo para trás de mim, ela pôs um pano em minha boca me impedindo de gritar e depois enrolou a corda em me pescoço, apertando-a sobre o mesmo, me enforcando.

Eu ia morrer, lagrimas desceram pelos meus olhos, eu já não sentia mais meu coração bater e nem minhas veias pulsarem meu sangue, meus olhos penderam em fechar...

__ LARGA ELA! – uma voz conhecida gritou colocando a porta dentro e seu rosto lindo apareceu em minha frente, eu já morri?! Estou no céu?! Ele é um anjo?!

Senti o aperto em meu pescoço afrouxar e ouvi mais vozes do meu lado, inclusive a da Claire gritando e depois sirenes de policia e ambulância, uma mão tocou o corte que espirrava sangue e o apertou tentando estacar o mesmo, minha cabeça tombou para o lado e meus olhos fecharam-se, eu não aguentava mais...

__ Não, Lucy! Fique comigo! Não me deixe... Eu te a... – fora a ultima coisa que ouvi antes de tudo escurecer.

FLASH BACK:

Ensopada, com frio e sem conseguir enxergar muito por onde andava, eu tinha que atravessar a rua e olhei para os dois lados, comecei a atravessar e de repente um carro surgiu do nada, com suas lanternas acesas bem fortes e em alta velocidade, é hora da minha morte, paro sem ação e encaro o carro e o motorista que está ao volante, fecho os olhos e...

_ Você está bem? – uma voz masculina soou bem próximo de mim e eu abri os olhos, estou no céu?! Ele é um anjo?! Só pode, porque ele é lindo.

_ Ei, se machucou? – ele tornou perguntar só que eu estava em transe nos seus olhos azuis. _ Oi? – ele falou por ultimo me despertando do transe.

_ E-estou eu acho. – falei meio confusa e olhei em volta, seu carro estava parado meio torto na pista e eu estava em pé, sem nenhum machucado.

_ Que bom. – ele suspirou aliviado.

_ De onde você surgiu?! Quando eu olhei a pista ela estava vazia. – eu perguntei ainda confusa.

_ Carros correm e pessoas andam. – ele falou com um ar irônico.

_ É o que parece. – eu disse olhando minha roupa grudada no corpo por conta da chuva e adivinha ainda não parou de chover.

_ Quer carona?! Seja lá para onde está indo. – ele perguntou olhando bem os meus olhos.

_ Não precisa obrigada. – eu disse sorrindo como agradecimento.

_ Você também tem isso de não aceite carona de estranhos?! – ele perguntou sorrindo e retribui.

_ Talvez, mais você também está indo para lado oposto do meu. – eu respondi e ele olhou em volta, depois sorriu.

_ Como pagamento por ter quase te matado, posso mudar a minha rota. – ele disse sorrindo galanteador, ele era lindo e seus olhos me enfeitiçavam.

_ Não precisa e novamente obrigada. – eu disse caminhando de volta para minha casa.

_ Ei, você não disse seu nome. – ele gritou assim que me afastei e eu o olhei.

_ Lucy Hudson. – gritei e sorri.

_ Ian James. – ele disse o dele também sorrindo e eu voltei a caminhar.

(...) E foi a ultima coisa que pensei antes de perder a consciência!


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