Confusões, Confissões e Paixões! escrita por Suzanna


Capítulo 44
Sentimentos Em Guerra




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/541531/chapter/44

Seus lábios macios nos meus, suas mãos em meu corpo seguindo um caminho das costas para nuca, seus olhos fechados escondendo a imensidão linda, do azul. Meus dedos tocando sua pele um tanto áspera por conta de sua barba nascendo, meus cabelos voando com o vento que adentrava a janela, meu coração pedindo arrego.

Quando você ama alguém você não se imagina sem ela, você diz que seja para sempre sem saber que não existe eternidade, um dia morremos e quem fica tem o direito de ser feliz. Mais ainda não morremos então o amarei por toda a minha eternidade.

__ Apesar de não fazer nem 24 horas que nos beijamos, eu confesso que estava morrendo de saudades. – ele disse quando descolamos nossas bocas. Manteve seus dedos a tocar meus lábios e nossas testas coladas. Respiração descompensada de ambos e desejo de mais a mil.

__ Estava?! Eu ainda estou... – respondi sorrindo e alisando sua bochecha. Nossos olhares se encontravam em uma sintonia incrível.

__ Lucy... Estou com a Claire! – disse num tom meio forçado e decepcionado. Retirei minha mão de seu rosto e procurei não chorar por suas palavras, seus olhos me fitaram de modo preocupado e mordi os lábios sem conseguir encara-lo.

__ Acho melhor você ir. Meus pais devem estar chegando! – falei sem conseguir olhar diretamente em seus olhos.

__ Lucy, não pode me julgar. Você está com o Charles! – ele disse tentando se defender e nessa hora eu conseguir encara-lo.

__ Não estou com o Charles, nunca estive e nunca vou estar. Agora vai embora, por favor. – rebati e fiz o pedido que eu mais queria que ele cumprisse. Ele abriu a boca no intuito de dizer algo, mais logo fechou quando viu a porta se abrindo e revelando meus pais.

Meu coração dilacerou no momento que ouvi, ¨Claire¨ e morreu no momento em que o vi indo embora. Passando reto pelos meus pais, meus amigos e sumindo no corredor.

***

Passaram-se meus dias de repouso, passara a minha semana de descanso, era o momento de ir de volta para realidade. A agua gelada escorria sobre meu corpo nu no banheiro, pelo menos desse jeito eu tiraria todo peso morto de meu corpo. Voltei para o quarto e procurei por uma roupa no armário e vesti, arrumei os cabelos, peguei minha bolsa e meu celular.

A realidade às vezes é cruel, por isso tantas pessoas mergulham em contos de fadas!

__ Bom dia! – disse assim que me sentei á mesa junto com minha família maravilhosa (ironia).

__ Como se senti, querida? – perguntou meu pai enquanto lia seu jornal e bebericava de seu café quente.

__ Não poderia estar melhor. – respondi desanimada enquanto pegava uma torrada e a geleia de morango.

__ Filha, agradeça aquele professor por nós. – minha mãe exigiu. Isso era deboche, tortura e castigo.

_ Afinal ele quem te salvou. – acrescentou Selena me encarando meio provocante. Revirei os olhos e assenti para minha mãe.

Ouvi o som estridente da buzina do veiculo da morena, peguei minha bolsa que estava jogada no chão ao meu lado e sai de casa indo de encontro ao mesmo. Encarei o moreno no banco do passageiro com aquele sorriso torto e a morena com seu rosto meigo enquanto ligava o motor e me fitava pelo retrovisor. Ambos ali sabiam que meu humor estava á baixo de zero.

***

__ E agora mais um dia de punição ridícula... – falei entre suspiros. As aulas tinham acabado e agora seria o intervalo e eu mais uma vez teria que perder e ir ajudar o professor Ian.

Meus amigos me deram um rápido tchau e caminharam para o pátio enquanto eu estava indo em direção ao mar com tempestade:

__ O que tenho que fazer hoje? – perguntei assim que adentrei a sala do mesmo e fitei a cena segurando as lagrimas. Claire se sentava a mesa dele e procurava demonstrar que esse era o momento dela.

_ Dá uma limpadinha nesses livros ai e nos deixa em paz! – disse ela autoritária e provocativa. Segurei meu punho para não arranca-la dali pelos cabelos. Assenti com a melhor e mais animada cara e segui para estantes de livros.

Ele era um covarde e sem atitude, deixou simplesmente ela dizer oque fazer. Cara, que cara mais idiota! Cara, que raiva!

Ouvi a risada cínica dela já estava me dando nos nervos, ela fazia questão de beija-lo no pescoço quando meus olhos vacilavam em encarar a cena e encontrar os olhos dele.

__ Claire, pode nos dá licença um minuto? – perguntou. Encarei seus olhos assustada e vi Claire me secando, ela devia estar me metralhando mentalmente. Sorriu disfarçadamente e assentiu beijando seus lábios e saindo da sala fazendo questão de mostrar as pernas.

__ Deve estar me odiando mais do que nunca... – ele disse se levantando de sua cadeira e se aproximando de mim. Virei-me em sua direção e joguei o pano que usara pra limpeza no chão.

__ Meus pais pediram para que agradecesse por eles! – ignorei suas palavras e disse ríspida.

__ Seus pais são ótimas pessoas... – disse sorrindo meigo e deu mais uns passos aproximando nossos corpos.

__ Já se passou seu minuto. – eu disse virando-me para porta e dando o primeiro passo até a mesma, até sua mão segurar meu braço e me puxar contra seu corpo.

__ Um minuto retorico! – disse envolvendo minha cintura e aproximando sua boca. Senti sua respiração tocar-me e um arrepio subiu pela minha espinha.

__ Julgou-me quando te trair e está fazendo o mesmo. – falei o empurrando e afastando do meu corpo. Seus olhos me encararam decepcionados e suspirei recuperando o ar que perdera só em fitar seus olhos. Desviei o olhar e terminei meus passos para porta...

***

__ Esse fim de semana meus pais vão viajar, então podem crer que vai ter festa em minha casa. – a morena informou sorrindo enquanto o professor escrevia algo na lousa.

__ E vocês sabem que as festas dos Benson são tudo e muito mais! – completou Charles sorrindo e piscando para mim. Sorri de volta e fitei a janela. No estacionamento a visão mais terrível.

Era a mão dele, a envolver a silhueta fina, sem nenhum tipo de obrigação. Eram os lábios dele, a tocar os delas em um beijo um tanto rápido e feroz. Era ele com o corpo colado no dela, próximos ao seu carro...

__ Já deveria ter virado essa pagina... – a voz de Caio me libertou dos pensamentos. O encarei sentado ao meu lado e assenti seguido de um suspiro.

__ Não é tão fácil quanto parece. – disse me ajeitando a carteira e voltando a atenção para a aula de filosofia. Apesar de que é impossível focar em algo que não seja minha vontade de matar.

P.O.V SELENA ON:

Eu não entendo muito bem qual é o sentido de chorar. Além disso, acho que chorar é quase assim, exceto em caso de morte de parentes ou coisa parecida totalmente evitável, se você seguir duas regras, muito simples:

Não se importar muito com nada.

Calar a boca.

Todas as coisas ruins que já me aconteceram derivaram do não cumprimento de uma dessas regras!

Conseguia meu momento de paz por de trás das arquibancadas. Por de trás dela podia se ouvir alguém treinando, mas não estava com a menor vontade de ver quem seria. Peguei meu celular e observei a tela do mesmo, eu teria que esperar o Pietro fazer não sei lá oque para poder deitar em minha cama e esquecer que meus dias estão sendo tão ridículos.

__ Você realmente adotou esse lugar... – a voz grave e sexy do Benson soou aos meus ouvidos me tirando a atenção. Nossos olhos se encontraram e senti um arrepio subir pelo meu corpo.

__ Todos tem um lugar só seu, acho que esse poderia ser o meu. – respondi guardando o celular dentro da bolsa e me levantando no intuito de sair dali e não encara-lo nem mais um segundo.

__ Selena... – repreendeu.

__ Não Charles. Eu te disse que não ficaria mais nessa historia, achou que eu estava brincando?! – rebati meio irritada e passando os dedos entre os cabelos.

__ Não. Só acho uma bobagem você impor regras numa coisa que mal aconteceu. – disse num tom ofensivo. Nada aconteceu?! Então simplesmente um usou o outro?!

__ É. Você está certo. Nada aconteceu e nem vai! – rebati saindo dali o mais rápido para não deformar todo seu rosto lindo. Foco, Selena, Foco!

P.O.V LOGAN ON:

__ Quer uma carona? – perguntei assim que avistei a loira atravessando os portões do colégio e abri o vidro. Ela me encarou sorridente e assentiu. Seguiu para a porta do passageiro e entrou.

__ Dessa vez não irei apanhar, certo?! – perguntou se referindo talvez a Selena, sorri meigo e neguei com a cabeça.

***

__ Muito obrigada! – ela disse assim que estacionei na frente de sua casa.

__ Não mereço nada em troca? – perguntei debochado e um tanto irônico.

__ Tipo? – perguntou sorrindo junto.

__ Me deixa ver... – brinquei.

Levei minha mão até sua nuca e a puxei para um beijo, no começo parecia não consentir mais depois se deixou levar, tocou meu peito e deixou minha língua invadir sua boca ferozmente...

– Já levei muito na cabeça. E já feriram muito meu coração. Apesar disso, não me fecho, não me oponho, não deixo de me entregar. Acho que a gente deve ir, não ficar. Quem não vai não sente. Quem não vai não vive. É por isso que, retalhada, remendada e costurada, sigo. Mesmo que doa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Confusões, Confissões e Paixões!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.