Confusões, Confissões e Paixões! escrita por Suzanna


Capítulo 43
Precisei quase perder, para ter...




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P.O.V IAN ON:

Quando passei em frente à praia e notei uma aglomeração de pessoas olhando aflitos para o mar. Não pude evitar pensar o mal, mais será que seria a Lucy?! Não acho que ela viria para praia. Freei o carro que provocou um enorme barulho, pessoas olharam em seguida e eu ainda observava a bolsa nas mãos de uma moça na praia. Era a bolsa da Lucy ou era muito parecida?!

Desci do carro rezando para que fosse só coincidência e corri para junto das pessoas. Encarei na mesma direção que eles e notei um corpo boiando ao fundo do mar. Não podia ser era a roupa dela naquele corpo, ela a bolsa dela e o celular dela.

Não pensei duas vezes em tirar os sapatos rapidamente, a camisa e adentrar o mar ouvindo pessoas gritando como “não faz isso” e “volta moço”, mas não prestei atenção. Mergulhei nadando para junto do seu corpo, debaixo da agua eu podia ver suas mãos soltas abaixo do seu corpo, cada vez mais próximo dela e cada vez maior meu desespero.

Toquei seu corpo, ela estava gelada e completamente imóvel, seus olhos fechados, boca entreaberta, talvez fizesse isso para conseguir ar antes de se afogar. Meu peito doeu pensando na pior possibilidade. Abracei seu corpo ao meu e deixei com que lagrimas escorressem em meu rosto.

***

Eu insistia na respiração boca á boca enquanto seus cabelos eram tomados pela areia da praia. Massagem cardíaca, mas ela não reagia e nem ao menos colocava a agua para fora. O desespero tomou conta de meu corpo, era inevitável não pensar o pior:

_ Lucy, reagi, por favor... – pedi desesperadamente enquanto as pessoas tentavam me ajudar e ligavam para ambulância.

_ A ambulância já está chegando, moço... – disse uma voz feminina.

_ Lucy, meu amor. Já é ruim ficar longe de você, te perder para sempre será meu fim! – eu disse me jogando sobre seu corpo e deixando as lagrimas insistentes descerem.

Reergui-me e peguei-a em meu colo. Se Maomé não vem até a montanha, a montanha vai até Maomé. Corri com ela para meu carro deixando para trás as pessoas e nossas coisas. Abri a porta traseira com dificuldade e coloquei-a deitada sobre o banco. Corri para o volante e dei partida. Pisei no acelerador e varias cenas vieram em minha mente.

Eu sentia raiva, tristeza, culpa e medo. Raiva de tudo que tinha acontecido, tristeza por ama-la tanto e não estarmos juntos, culpa por ter a deixado triste e medo de perdê-la para sempre.

Estacionei feito um barbeiro no hospital mais perto e desci abrindo a porta de trás. Segurei-a em meus braços e corri para dentro do hospital:

_ Qual a fatalidade? – perguntou um enfermeiro me trazendo uma maca.

_ Afogamento. – respondi colocando-a sobre a maca.

_ Senhor se acalme. Cuidaremos dela! – disse um medico se aproximando e indo junto com os enfermeiros para uma sala.

Sentei-me no chão derrotado e meu peito doía como se eu fosse ter um infarto. Escondi o rosto nas mãos e desabei em lagrimas.

_ Por favor, Lucy. Volta para mim! – sussurrei.

P.O.V EMILY:

Todos estavam desesperados. Ao receber a ligação de um telefone estranho e ao ouvir a voz desesperada do Ian dizendo que estava no hospital, pois a Lucy havia se afogado e não acordava e nem respirava. Meu chão se abriu no mesmo instante, minha melhor amiga não poderia me deixar, não mesmo.

Todos nós fomos desesperados para o hospital e encontramos o Ian desolado, jogado ao chão, sem camisa e sem sapato, escondia o rosto com as mãos e sua respiração estava descompensada:

_ O médico já deu noticias? – Selena perguntou enquanto nos aproximávamos. Ian suspendeu o olhar e vi que ele chorava.

_ Não... – respondeu suspirando e mais lagrimas surgiram. Meus olhos também choravam e me abaixei perto dele o abraçando.

_ Temos que manter a calma, não podemos todos parar em um quarto desse, por causa do nervoso. – Pietro disse tentando convencer a si mesmo de que tudo ficaria bem. Mais ele tremia enquanto abraçava Ashley.

Selena soluçou escondida nos braços do Charles e Blair tentava acalmar Caio junto com a Lilly. Jones abraçava forte Cristal enquanto os dois tentavam se manterem calmos, mais era realmente impossível.

***

P.O.V LUCY ON:

UMA SEMANA DEPOIS:

Meus olhos arderam assim que encontraram uma luz branca junto á um teto também branco. Meu peito doía bastante e minha respiração era como se eu não respirasse há dias. Meu corpo parecia estar cheios de chumbo por dentro, pesado e imóvel. Tossi e meu peito doeu mais ainda. Ouvi passos se aproximando e encarei a mulher ao meu lado:

_ Como se senti depois de uma semana em coma? – perguntou. Meus olhos se arregalaram no mesmo instante.

_ Como assim, uma semana em coma? – perguntei assustada.

_ Você se afogou, um rapaz muito bonito e desesperado te trouxe para cá e você não abre os olhos á dias. E tem somente dois dias que voltou á respirar sem ajuda dos aparelhos. – ela explicou e novamente tossi.

_ Não consigo lembrar-me de nada. – disse sentindo minha cabeça doer.

_ Pode me dizer oque está sentindo? – perguntou a mesma.

_ Dor de cabeça, dor no peito e enjoo. – respondi me ajeitando na cama.

_ Ok. Tudo devido ao excesso de agua que bebeu. – disse a moça anotando em uma prancheta e indo para porta do quarto.

_ Moça... – chamei e ela me fitou meiga. _ Como é esse rapaz bonito? – perguntei e ela novamente sorriu.

_ Ele está aqui fora. O mandarei entrar! – ela disse saindo e meu coração disparou junto com meus pensamentos.

A porta se abriu revelando seu corpo vestido em uma camisa branca e uma calça escura, seus olhos azuis me fitaram de modo meigo e seus lábios sorriram para mim. Meu coração disparou ainda mais ao ver ele se aproximando da cama e se sentando ao meu lado:

_ Como está? – perguntou alisando meu braço.

_ Melhor... – respondi sorrindo fraco.

_ Seus pais estavam aqui mais cedo, eles foram descansar e fiquei aqui! – ele disse encarando a luz que adentrava pela janela do lugar.

_ Eles sabem da... – fui interrompida.

_ Não. Seus amigos inventaram uma desculpa, eles não sabem do que houve entre nós. – respondeu e suspirei aliviada.

_ Menos um problema para você. – disse sorrindo disfarçadamente. Seus olhos me encararam de modo estranho e engoli em seco.

_ Morri de medo de te perder para sempre, então se for pra ter para sempre eu enfrento qualquer problema... – ele disse tocando meu rosto, uma felicidade tomou conta de meu corpo e lagrimas queimaram descendo pelo meu rosto.


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