Linha Tênue escrita por Dama dos Mundos


Capítulo 17
Pra ser Sincero


Notas iniciais do capítulo

Capitulo refente ao dia 17-Pra ser sincero (Engenheiros do Hawaii)
Um dia eu consigo me achar de novo...
Caramba, amei escrever esse capitulo :3



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Mel não aprendeu a nadar decentemente naquele dia, mas em conpensação de alguma forma conseguiu se divertir bastante em sua estadia no litoral. Ela brincou de caçar conchas, jogou voley de praia, quase se afogou realmente algumas vezes (e sempre era salva por Isaak ou Alex) e escalou pedras.

Por um pequeno período de tempo, conseguiu se esquecer de qualquer problema que tinha, simplesmente deixou-os encostados em um canto. O primeiro dia passou, terminando com um breve jantar e, enquanto todos discutiam onde cada um haveria de dormir, a garota dirigiu-se à varanda para observar as estrelas. Longe da cidade, o firmamento parecia muito mais brilhante. Apenas seus ouvidos captavam o debate do lado de dentro.

–São dois quartos e uma sala, gente, acho que tem espaço pra todo mundo... bom, eu fico em um com a Mel...

–Você não vai dormir com a minha filha, Isaak, por mais que eu goste de você.

Mel corou ao ouvir isso, engasgando com a própria saliva, mas não se virou para dar sua opinião.

–Er... sim senhora.

–Acho bom... bem, pelos meus cálculos podemos colocar você e o Dan no mesmo quarto, eu e Mel ficamos juntas e o Alex fica com a sala... tudo bem pra você, meu bem?

–Sem problemas, tia!

–Não me chame de tia...

–Acho que um tem um colchonete extra, se quiser, Alex. -a jovem finalmente intrometeu-se na conversa, jogando seu peso no batente da porta com os dois braços a segurá-lo e colocando a cabeça para a frente.

–Mel, você é minha heroína.

–Não sou não, e o sofá nem é tão duro assim.

–Mas é um sofá...

–Tanto faz... apenas pegue, está junto das minhas malas.

Ela deixou-os se resolvendo mais uma vez e voltou a olhar o céu. Deixou os braços encostarem-se no murinho e suspirou. Tinha sido um dia muito cansativo. E ela estava queimada de sol nos ombros, de forma que quando Isaak chegou por trás e tocou naquele ponto, automaticamente levou um soco na cabeça.

–Mas que droga, não está vendo que estou toda queimada?

–Ai... eu vou lá saber, está de noite!

–Obrigação sua de saber, maldição!

Kath apenas moveu sua atenção para o lado de fora e levou a mão a testa, suspirando. -Ela deveria realmente ter puxado um pouco o lado morto do pai.

–Se fosse assim, não teria a menor graça. -comentou Daniel, e mais uma vez ele estava com uma latinha de refrigerante na mão.

–Caramba... você ainda vai engordar assim. -Alex avisou, coçando a cabeça.

–Pura bobagem, eu não tenho essa tendência. E deixe-me em paz com a minha coca-cola.

–Cuidado pra não achar um rato...

–Ah, Alex, me dá um tempo. -no entanto o rapaz de óculos ainda deu uma olhada dentro da latinha, por precaução, antes de tomar um outro gole.

Os outros dois do lado de fora pareciam ter se acalmado novamente, porque estavam em silêncio. Depois de algum tempo, Mel olhou para trás verificando se ninguém estava prestando atenção a conversa. -Sabe... eu não sie se isso vai dar certo.

–Isso o que?

–A... gente. -ela tocou a própria testa com a mão e suspirou, abaixando o tom. -Nós não somos muito estranhos?

–Acho que estranho é uma coisa legal.

–Não é isso. É que... se algo aocntecer, se der errado... nós dois podemos acabar nos odiando. E sabe... eu não quero imaginar isso. Acho que acabei me apegando demais a você.

–Pra ser bem sincero... eu não ligo.

Ela ergueu os olhos, fechando sua expressão e socando o peito dele. -Como não se importa, eu sou tão dispensável assim?

–Não. -ele pegou as mãos dela e manteve no peito antes que tomasse um segundo soco. Abaixou a cabeça para chegar perto de Mel, e falou, em um tom bem sério. -Mesmo que não dê certo, eu vou ficar feliz de ter estado pelo menos pouco tempo com você. Não irei me arrepender disso. E não podemos nos odiar mais do que já nos odiamos, não é? -abriu um sorriso e piscou para ela.

–Mas...

–Eu nunca esperei nada de ti, nada além de apertos de mão, além de violência injustificada, além da sua presença. Houve um tempo em que eu apenas achava que você seria uma boa amiga. Eu queria um amigo, qualquer um, mesmo que fosse insensível... mesmo que tivesse todos os defeitos do mundo, eu queria alguém que pudesse contar. Eu nunca esperei mais que isso de você...

Isaak, ainda segurando as mãos dela, trouxe-as para cima e tocou-as com os lábios, antes de continuar.

–Eu nunca imaginei que seria capaz de arrancar qualquer sorriso do seu rosto. Mesmo quando descobri que gostava de você. Mesmo que eu tenha tentado fazê-la perceber isso. Em momento nenhum eu pensei que poderia de fato amaciar seu coração. Ou que você sequer olharia para mim de uma forma diferente. Mas ai... -ele soltou as mãos dela e então envolveu-a em um abraço apertado. -Você me surpreendeu. Como sempre faz. Eu não ligo se a gente não der certo. Eu não ligo se a gente brigar. Eu apenas quero aproveitar o máximo possível disso. Saber que você um dia se importou é o bastante para mim.

Mel talvez nunca conseguiria responder àquilo a altura. Mas naquele momento, achava isso necessário. E por não ter palavras suficientes em sua cabeça para que pudesse fazê-lo, abraçou-o tão forte quanto e disse em seu ouvido.

–Eu não vou a lugar nenhum... e mesmo que tudo acabe... eu não vou abandonar você, okay? -esfregou brevemente a bochecha na dele de uma forma carinhosa, e moveu sua cabeça de forma que pudesse lhe dar um beijo na boca. -É uma promessa.

Uma promessa que ela faria de tudo para poder cumprir.


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Notas finais do capítulo

Acho que me superei em termos de declaração desta vez... ficou muito ruim?
Escrevendo desesperadamente o próximo, acho que até o fim do dia eu consigo postar u.u
Kisses.



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