Linha Tênue escrita por Dama dos Mundos


Capítulo 13
Só Hoje


Notas iniciais do capítulo

Dia 13-Só Hoje (Jota Quest)

Consegui me atualizar gente!!!
Espero que gostem dessa... a ultima parte vem amanhã
Kisses. :3



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No dia seguinte ao da promessa, a véspera de Halloween, nenhum dos dois tentou procurar o outro. Orgulho? Teimosia? Não dava para se ter muita certeza. Afinal, os dois eram cabeça-dura demais para admitir qualquer coisa. E cada um foi em busca de sua fantasia, esquecendo-se temporariamente do outro. Ou era o que se esperava.

Isaak teve o trabalho de ir para o outro lado da cidade procurar uma loja de fantasias, sabendo que a outra mais perto seria visitada em breve por Mel. Ele passeava os dedos pelos cabides, a procura de algo que o agradasse, mas nada fazia seu estilo.

–Não... não... muito feio. Muito imbecil. Isso não vai me deixar ver nada...

Estava quase desistindo quando a encontrou... a fantasia perfeita, cujo preço era um roubo, mas ele teve de se conformar. Afinal, se aquela retardada da Melisandre havia escolhido ir a uma festa de halloween em cima da hora, a culpa era toda dela. Devia faze-la pagar pelo prejuízo também, mas achou melhor não... ela ainda tinha uma mão bem pesada...

Ao voltar para casa mais tarde do que esperaria, descobriu-se desejando vê-la a todo custo. Tentou atirar esse sentimento para escanteio. Não ia atrás dela dessa vez. Hoje não. Mesmo que necessitasse realmente de sua companhia, não faria isso.

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Melisandre optara por ir na loja o mais perto possível de casa. Afinal, tinha outra em mente no inicio, mas sabia que Isaak iria até lá só para não encontrá-la. Se perguntou por que diabos sabia mais sobre ele do que de si mesma. Quanta bobagem!

Foi até melhor lidar com a falta dele no inicio. Poderia escolher sua fantasia em paz, sem se incomodar se ele acharia legal ou não.

–Pare de pensar nesse estúpido. -ela argumentou para si mesma, enquanto percorria os cabides com os olhos. Retirava um do lugar para observar toda a fantasia, e se não a agradasse, colocava-a guardada outra vez. Até agora já haviam passado por seus dedos uma noiva cadáver (que por mais bem feita que fosse, fazia-a lembrar de um certo sonho, e preferiu deixá-la onde estava), uma feiticeira, um espectro feminino, uma vampira e o que lembrava muito uma versão da chapeuzinho vermelho. Nada a fez se interessar. Passou adiante.

Foi então que a viu. Uma obra-prima situada bem no fim da fileira, provavelmente quase ninguém a notara, mas ela conseguiu vê-la. Com certa ansiedade, segurou o cabide que a portava entre os dedos, erguendo-o em frente aos olhos. E então sorriu.

Era exatamente o que queria, afinal.

No caminho para casa, seus pensamentos voltaram-se para descobrir qual fantasia seu parceiro haveria de escolher. Não fazia a menor ideia, por mais que conhecesse Isaak. Só desejou não ter que andar com algo tão constrangedor como uma abóbora gigante. Sim, ela vira fantasias desse feitio em sua loja. Elas fizeram-na estremecer.

Porque continuava a pensar nisso? Será que ele tomara um espaço tão importante em sua vida que já não conseguia ficar um minuto que seja sem imaginar o que estaria fazendo? Aquilo era tão irreal. Ela abraçou o próprio corpo, tentando concentrar-se no frio.

–Eu quero vê-lo.

Mel ouviu-se dizer, e agachou-se momentaneamente, clamando por lucidez. Não queria se importar com ele. Isaak fora a uma loja do outro lado da cidade pra não topar com ela. Okay, ela tinha feito a mesma coisa, mas...

Mas... ela não tinha mais nenhuma desculpa para usar. Reendireitou o corpo, sentindo a brisa fria bater em seu rosto. A lua olhou para ela. Estava quase cheia. A noite caíra sem que percebesse. Abaixou a cabeça, voltando sua atenção para as ruas... e viu um vulto numa encruzilhada. Isso a manteve alerta... seu coração pareceu bater descompassado, aquilo tudo era medo? A pessoa se aproximou, e apenas quando passou por debaixo de um poste ela conseguiu definir seu rosto.

Isaak...

–Seu... seu... droga.

Ela levou a mão ao coração, tentando acalmá-lo, mantendo-se fria para esconder o susto que havia levado.

–O que foi? Assustei você?

–Não... é claro que não, sua besta cúbica! -ela afastou-o com a mão ao ver que ele tentava chegar mais perto dela. -Não chegue perto de mim! Você quer me matar do coração?

–Francamente... pessoas como você...-ele ignorou completamente a agressividade dela e passou seus braços ao redor do corpo franzino. Manteve-a ali, aconchegada em seus braços, até achar que já estava sentindo-se melhor.

–Por que... por que diabos você estava aqui no meio da escuridão? Perdeu a noção?

–Eu apenas queria te ver... -ele afagou brevemente seus cabelos. -Está tudo bem. Okay?

–C-certo... -desta vez, ela infelizmente não conseguiu evitar de corar...


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