Juntas Pelo Acaso escrita por Lary SwanMills


Capítulo 4
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Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores!

Primeiramente: muito obrigada pelos comentários lindos de vcs! Fico feliz em saber que estão gostando da historia! Vocês são sempre umas fofas, eu amo ler todas vcs e saber o que estão achando. Por favor continuem assim, isso me anima muito a continuar com a fic. :D

O capitulo de hoje está bem fofo - pelo menos, eu achei- porque os spoilers do 04x01 já foram tristes demais, né? Muito sofrimento pra uma semana só. hahaha

Espero que gostem. Boa leitura ;)



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Ainda era bem cedo quando Emma e Regina chegaram à única loja de departamentos em Storybrooke. Mary Margaret e David as esperavam na porta do estabelecimento conforme haviam combinado com a filha na noite anterior. Estavam ansiosos para conhecer Elsa, e acharam que um dia de compras em família seria a ocasião perfeita. Os dois sorriram ao ver Regina chegando de braços dados com Henry, enquanto Emma trazia Elsa em seu colo.

– Hey! Então você é a famosa Elsa? - Snow disse sorridente, passando Neal para os braços do marido e indo até Emma para pegar Elsa no colo. A garotinha sorriu e não fez nenhum tipo de resistência à professora.


– Bom dia pra vocês também. - Emma disse, fingindo estar enciumada. Ela foi até o pai e deu um beijo no rosto dele antes de falar com o irmão.

– A novidade aqui é a criança, Emma. Você já estamos cansados de conhecer. - ele brincou, fazendo todos rirem.

– Oi, Regina. - Mary disse simpática e sua voz era genuinamente preocupada quando perguntou. - Como você está?

– Estou bem. - respondeu com um aceno de cabeça, entendendo que ela se referia à Robin Hood. - Existem preocupações maiores agora.

– Estou vendo que preocupação mais linda vocês tem. - Snow acrescentou, brincando com Elsa que riu.

– Sim, e precisamos fazer compras para essa pequena preocupação porque a Regina não pode criar roupas e mamadeiras por magia pra sempre.

– Emma tem razão. Henry, o que você acha de deixar as damas curtirem as compras enquanto nós dois damos umas voltas por aí? - David sugeriu. Henry olhou para Emma e Regina esperando uma resposta.

– Pode ir se quiser, querido. - Regina autorizou dando um beijo na bochecha do filho. Emma, que sorria olhando para os dois, foi até o pai e pegou Neal de seu colo.

– Então vamos logo. Depois ligamos pra vocês. - Mary deu um beijo rápido em David que saiu com Henry, deixando as três mulheres sozinhas.

– E então? O que vocês precisam comprar?

Regina suspirou.

– Tudo.

– Ok, vamos começar então. - Emma disse entrando na loja, seguida pelas outras duas.



O primeiro setor em que pararam foi o de utensílios para bebês.

– Puta merda! - Emma exclamou ao olhar as prateleiras. - Quantos tipos de mamadeira podem existir?

– Emma! Modos! - Mary repreendeu, tampando os ouvidos de Neal com as mãos.

– Sério, Snow? Você acha que um recém nascido vai repetir isso? - Regina zombou. - Mas concordo que sua filha não tem noção do se deve ou não falar perto de uma criança.

Emma continuou examinando o corredor, ignorando a conversa das duas.

– Gente, é sério. Tem opções demais aqui. - a loira se virou para Regina. - Qual dessas você comprava pro Henry?

– Eu comprava mamadeiras há treze anos. Não tinha toda essa variedade, então era mais fácil. - As duas ficaram em silêncio, uma mais perdida que a outra enquanto liam as embalagens. Snow, que estava perto dos carrinhos de compra, olhando as crianças, se aproximou.

– Eu acho que vocês deviam levar mais de um modelo. Assim podem ver com qual ela vai se adaptar melhor. - sugeriu. Regina concordou com a cabeça e colocou as mamadeiras no carrinho.

– Não sei pra que tanta mamadeira e chupeta. - Emma disse, indo até o carrinho e pegando Elsa no colo. - Fala pra elas, Els. Fala que você só tem uma boca.

– Você vai mesmo ensinar a menina a ser idiota que nem você, Swan? Pensei que fosse parar no péssimo palavreado. - Regina implicou. - Vem, vamos pro outro corredor.


As três seguiram para os demais corredores. Compraram roupas, brinquedos, sapatos, escolheram móveis para montar um quarto na casa de Regina, entre outras coisas. Sempre discordando em tudo.

– Olha! Comida pronta! - Emma apontou para os potinhos coloridos que estavam separados por sabores. Regina apertou os lábios em reprovação. - Qual o problema?

– Eu não sei. Não sou muito a favor de comida industrializada.

– Porque não? É muito mais prático.

– Emma, ela é um bebê!

– Exatamente! Já vamos ter trabalho em muitas coisas, podemos poupar na comida.

– Você quer entupir a menina de condimentos por pura preguiça?

A prefeita cruzou os braços, irredutível. Emma deu de ombros.

– Ok, pode perder o tempo que quiser fazendo sopinhas caseiras. Mas vamos levar algumas por precaução. - decidiu, escolhendo alguns potes e colocando em uma cesta.

– Você é inacreditável! - Regina suspirou.

– Eu sou prática. E você ainda vai me agradecer por isso.

– Vai sonhando. - murmurou, voltando a empurrar o carrinho. Emma sorriu ao piscar para Snow, que riu disfarçadamente ao ver como a filha adorava implicar com Regina.
Aliás, se alguém perguntasse a Mary Margaret qual foi a manhã mais engraçada de sua vida, ela com certeza escolheria aquela. As discussões bobas de Regina e Emma faziam ela quase chorar de rir.

Mas as vezes elas se entendiam, e até dividiam tarefas.

– Emma? - A loira parou de brincar com Elsa e se virou para Regina que olhava o departamento de roupas masculinas em busca de algumas coisas que Henry precisava.

– Será que enquanto eu olho isso aqui, você poderia procurar o jogo que Henry pediu? - a prefeita pediu calmamente, sem tirar os olhos do casaco que tinha nas mãos.

– Claro. Acho que a Elsa vai mesmo preferir ir nos brinquedos do que ver roupas de adolescentes, né pequena? - disse rindo para a menina sentada no carrinho.

– Ótimo. Depois vocês encontram a gente aqui.

– Ok.

Emma seguiu o combinado e um tempo depois estava de volta com Elsa.

– Achei o bendito jogo. - a loira disse, chamando a atenção de Regina que se virou para ela. Emma parecia irritada e Elsa tinha o rosto vermelho indicando que esteve chorando.

– Emma, o que aconteceu? - Mary perguntou preocupada ao ver o estado das duas.

– É, o que você fez com ela? - Regina acrescentou, pegando Elsa no colo e tentando acalmar a menina que ainda soluçava.

– Eu? Eu não fiz nada! - Emma exclamou. - Acontece que ela se grudou nessa boneca. Eu tentei agir com bom senso, considerando que o preço é absurdo e já compramos vários brinquedos pra ela, então tirei a boneca dela.

– Mas ela ainda está com a boneca. - Snow comentou.

– Jura? Eu nem percebi! - a xerife debochou. - Vou resumir pra vocês: ela venceu, ok? Não contrariem essa criança, não subestimem o choro dela.

– Você é ridícula. - Regina riu depois de ouvir a história. - Está exagerando. E além disso, não pode deixar que te controle assim. Desse jeito ela vai pensar que toda vez que chorar vai ter o que quer.

– Regina tem razão, querida.

Emma olhou de Regina para Mary completamente ofendida. Então cruzou os braços e se virou para a prefeita.

– Esta dizendo que eu não sou capaz de educa-la?

– Sim.

– Ok, então, Super Nanny. Quero ver seu auto controle e sua moral com a princesa da neve aqui. - desafiou. Regina riu sem acreditar naquilo.

– Como é que é?

– Isso mesmo. Explica pra ela que você não vai comprar a boneca. - Emma esboçou um sorriso ao ver que os olhos da rainha quase soltaram faíscas ao ouvir aquilo. Snow ficou quieta, observando as duas.

– Tudo bem. - Regina concordou. Ela colocou Elsa sentada no carrinho e se inclinou um pouco para falar com ela. Sua voz era doce e calma.

– Querida, nós não vamos levar isso hoje, está bem? - O par de olhos azuis a encarou confuso quando ela pegou a boneca e a trocou por outra que estava no carrinho. - Essa aqui você pode levar.

O sorriso de Emma ficou ainda maior ao ver os lábios de Elsa se curvarem em um bico. Os olhos da menina já marejados quando Regina disse firme:

– Elsa, não adianta fazer isso. Olha quantos brinquedos legais você tem aí. A boneca fica.

Exatamente como fizera antes com Emma, Elsa começou a chorar, esticando os bracinhos para que Regina a pegasse no colo. A xerife se divertiu assistindo aquilo. Era incrível: tão pequena e já sabia fazer chantagem emocional. Ela chorava cada vez mais alto e Regina apenas a olhava de braços cruzados, se esforçando para se manter firme.

– Eu não vou te pegar no colo e nem te dar a boneca enquanto estiver chorando. - a prefeita insistiu, mas era visível tanto para Emma quanto para Mary que faltava muito pouco para ela ceder.

– É só ignorar que ela vai parar. - Regina disse para as duas, se virando para olhar algumas roupas. Mas Elsa contrariou suas expectativas e chorava cada vez mais desesperada atraindo os olhares das pessoas.

– Regina, pelo amor de Deus! Só pega essa menina no colo! - Mary Margaret choramingou, já estava com dor de cabeça.

– Ok! Você venceu! - ela quase gritou, nervosa, pegando Elsa no colo. - Tudo bem, querida. Já passou. Está tudo bem.

Ela foi até o carrinho e pegou a boneca.

– Pronto! A boneca está aqui! Já passou.

Quando Elsa finalmente parou de chorar, a gargalhada de Emma ecoou no corredor da loja.

– Não sei do que está rindo, Swan. - Regina disse entre os dentes, acariciando os cabelos de Elsa que aos poucos se acalmava em seu colo. - Você que começou com isso. E porque? A boneca nem é tão cara, afinal!

– A questão não é o preço, Regina. - Emma respondeu entre risos com um sorriso vitorioso nos lábios. - A questão é que você não pode deixar que ela te controle assim.

Regina deu as costas para a loira e saiu bufando, fazendo a xerife rir ainda mais.

– Emma. - Mary Margaret a repreendeu.

– Ah, nem vem. Isso foi engraçado demais.




Era quase fim de tarde quando as compras finalmente terminaram. Snow ligou para David pedindo que fosse com Henry até o Grannys, pois se encontrariam lá para comer. Quando as três chegaram, avô e neto já estavam sentados esperando por elas.

– Até que enfim! - Henry exclamou ao ver suas mães e sua avó chegando. Ele foi até elas e abraçou Emma pela cintura, já que Regina trazia Elsa dormindo em seu colo.

– Tudo isso é saudade, garoto? - Emma brincou, espalhando o cabelo dele que riu.

– Claro! E também quero saber se compraram meu jogo.

– Nossa, quanto carinho com suas mães, hein. - Mary riu, passando por eles e sentando-se ao lado do marido, com Neal dormindo no carrinho de bebê.

– Pois é. Parece que a adolescência vai chegando e eles vão esquecendo os bons modos. - Regina disse num tom sério, embora sorrisse.

– Desculpe. - Henry deu um sorriso sem jeito, sentando de frente para ela e Emma. - Como foi o passeio de vocês?

– Cansativo. - Emma suspirou. - E me deixou com fome. Vocês já pediram?

– Não, achamos melhor esperar. - Henry respondeu. - Podia ser hambúrguer!

– Hambúrguer pra todo mundo? - Emma perguntou, se levantando. Quando todos confirmaram, ela foi até o balcão.



Ruby estava ocupada, então Emma teve que esperar um pouco. Sentiu alguém se aproximar e sorriu ao ver que era David.

– E então, conseguiram comprar tudo? - ele puxou assunto, se sentando num banco ao lado da filha. Emma assentiu. - Você vai mesmo fazer isso?

– Eu, não. Regina e eu. Gold disse que temos que fazer isso juntas.

– E você concordou? - Ele perguntou com uma preocupação paternal, Emma apenas deu de ombros.

– É o destino. Não tenho escolha.

– Você tem. E sabe disso. Eu admiro o que você está fazendo, Emma. Mas eu quero que me diga o porquê.

A loira franziu a testa sem entender.

– Eu conheço Regina. Eu conheço os motivos dela. - David disse calmamente. - Quero saber os seus. Uma criança não é brincadeira, Emma.

Os olhos de Emma se desviaram para a outra mesa por um momento, se demorando um pouco em Regina que sorria ao conversar com Henry, enquanto fazia cafuné em Elsa deitada em seu colo.

– Eu devo isso à ela. - Ela disse e então virou-se para o pai. - Eu não me arrependo de ter salvado a vida daquela mulher, mas eu não queria fazer a Regina sofrer.

Ela fez uma pausa, tentando organizar seus pensamentos e ele esperou.

– Eu sou a salvadora, certo? Eu deveria trazer os finais felizes das pessoas, não tirá-los delas. Eu estraguei tudo quando trouxe Marian pra cá, tenho que consertar as coisas.

– E você acha que cuidando de Elsa vai consertar?

Emma encolheu os ombros.

– Eu não sei. Eu realmente não sei qual é minha parte nessa loucura do destino. Mas fazendo parte disso, eu posso melhorar as coisas, entende? Quer dizer, olha pra eles.

Ela apontou para Regina e Henry que agora riam de alguma coisa que Mary Margaret falava, e então continuou.

– Se não fosse essa confusão de ter que cuidar da Elsa, Regina estaria me odiando e Henry ficaria novamente no meio da nossa briga.

– É, tenho que concordar. - David sorriu, balançando a cabeça. - Nada acontece por acaso.

– Não mesmo. E se o final feliz de Regina for não se afastar de Henry e criar Elsa, eu como salvadora tenho que ajudar nisso, não é?

– Faz sentido. Mas você tem que pensar na menina, Emma. Ela é uma criança e está no meio disso tudo.

David nunca vira tanta sinceridade nos olhos da filha quando ela virou pra ele sorrindo ao responder.

– Eu to completamente apaixonada pela Els, é sério. É como se eu estivesse voltando três anos no tempo, quando Henry tocou minha campainha e disse que era meu filho. Ele também foi uma loucura pra mim, e aqui estamos nós.

Emma esperou uma resposta, mas seu pai apenas sorriu e a abraçou, depositando um beijo em sua testa. Eles ficaram assim por um tempo, até a voz de Ruby interromper.

– O que a família real vai querer hoje?

Emma riu, limpando algumas lágrimas que surgiram em seus olhos. Se virou para a garçonete sorrindo.

– Realeza que é realeza come hambúrguer, Ruby. Cinco lanches completos, por favor.


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Notas finais do capítulo

E então? Não foi muito fofo? *-*
Será que essa paz vai durar muito? Eu sou meio má, então não sei hein... kkk

Não esqueçam de comentar e dizerem o que acharam!

beijinhos e até o próximo capitulo