Emma começou a andar em círculos pela sala, seus olhos miravam o chão e ela tinha as mãos no bolso traseiro da calça jeans, um comportamento típico de quando estava nervosa.
– Ok, o negócio é o seguinte: não podemos fazer isso. Eu e você, criando um bebê juntas? Impossível. - ela disse rápido, tropeçando nas palavras. Regina deitou Elsa no sofá e sentou ao lado dela.
– Mas ao mesmo tempo, não temos escolha, não é? - Emma continuou. - Quer dizer, o Gold entende desse lance de magia e destino, eu não acho uma boa ideia mexer com isso. - ela parou de falar ao ver que Regina não estava lhe dando atenção. Então se aproximou da morena e ficou de joelhos.
– O que você acha?
– Acho que você está me irritando. - Respondeu impaciente, sem tirar os olhos de Elsa que dormia tranqüilamente. - E que se continuar andando assim, vai fazer um buraco no meu chão.
– Desculpe. - A loira suspirou. - Eu só to nervosa.
– Deu pra notar. - Emma revirou os olhos. Não era possível que Regina estivesse tão calma quanto aparentava. A não ser que ela estivesse em estado de choque, supôs. Elas ficaram em silêncio por um bom tempo, as duas olhando para a menina, cada uma mergulhada em seus próprios pensamentos.
– Ela é tão linda. - Regina comentou num sussurro. Emma sorriu, se acalmando de repente.
– É sim. Você acha que ela sente frio? - a loira franziu a testa ao ver a prefeita revirar os olhos.
– Você ta brincando? - a xerife olhou sem entender. - Temos mil perguntas sem respostas e você quer saber se ela sente frio, senhorita Swan?
Emma cruzou os braços ofendida, tentando ignorar o fato de Regina ter voltado ao tratamento formal.
– É uma pergunta muito válida, ok? E não sou eu quem está aí suspirando e dizendo ” ai, como ela é linda.” - debochou com uma risada, mas Regina não a acompanhou. Talvez fosse cedo demais para brincadeiras. Emma achou que era uma boa oportunidade pra tentar se desculpar novamente.
– Regina, sobre o que aconteceu na lanchonete…
– Não quero falar sobre isso. - a morena cortou friamente. Antes que Emma pudesse responder, a campainha tocou. Regina se levantou do sofá cuidadosamente e foi até a porta. Um sorriso apareceu em seu rosto ao ver que era Henry.
– Mãe! Eu vim ver se você está bem. - ele disse passando por ela. O menino se encolheu ao entrar em casa. - Nossa! Aqui dentro ta um gelo! Aconteceu alguma coisa?
– Aconteceu sim, querido. - ela passou o braço em volta dele e o guiou até a sala. Henry franziu a testa ao ver Emma ali. Ele havia presenciado a briga das duas na lanchonete e tentou segui-las quando saíram, mas não conseguiu. Ele não sabia se elas tinham conversado, mas de qualquer forma, a ultima pessoa que ele imaginou ver na casa de Regina, era a xerife.
– Mãe? O que faz aqui? - seu olhar passou de Emma para a menina adormecida no sofá. Ao chegar perto delas, ele sentiu o ambiente ficar ainda mais frio e estremeceu um pouco ao fechar o casaco. A confusão estava óbvia no rosto do menino quando Regina se aproximou dos três e falou.
– Henry, a senhorita Swan e eu precisamos ter uma conversa com você.

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– Isso é demais! - Henry exclamou quando Emma e Regina terminaram de contar para ele o que tinha acontecido e o que Gold disse. Os três estavam sentados na mesa, Emma e Henry tomavam chocolate quente e Regina tinha uma taça de vinho nas mãos. Henry olhou para o sofá, onde Elsa ainda dormia e depois voltou-se para suas mães. - Então vocês vão cuidar dela? Ela vai ser tipo minha irmã mais nova?
Emma assentiu. Regina bebeu um gole de vinho antes de falar. Se não fosse pela presença de Henry ali, ela beberia a garrafa inteira. Não havia álcool suficiente no mundo para amenizar a raiva de ter que se unir a sua inimiga para criar uma criança. Claro, elas tinham Henry, mas ele já estava crescendo e ficando independente. Podia tranqüilamente ir da casa de uma para a casa de outra sem que elas precisassem se encontrar, por exemplo. Cuidar de um bebê era uma coisa completamente diferente. A morena suspirou, tentando não pensar naquilo e bebeu outro gole antes de falar.
– A propósito, como isso vai funcionar, senhorita Swan? Como vamos fazer pra cuidar dela… - ela hesitou- juntas?
– Ué, como fazemos com Henry.
– Como fazemos com Henry? - Regina repetiu, Emma a olhou sem entender. - Ok, então precisamos decidir sobre os dois. Porque não fazemos nada com Henry, querida. Vocês acabaram de chegar de NY e eu não quero me afastar do meu filho novamente. - esclareceu, tentando manter a calma. Não queria brigar com Emma na frente de Henry, mas as vezes parecia que a loira implorava por isso.
– Certo. - Emma concordou, pensativa. - Acho que o Henry pode ficar alguns dias da semana com você e alguns comigo. Tipo uma guarda compartilhada, sabe?
– Seria legal. - o menino sorriu. Regina sorriu docemente para ele e depois voltou sua atenção para Emma que ainda não havia terminado.
– Agora a Elsa… - a loira parou, olhando para a menina que se mexeu mas continuou dormindo. - Pra ela seria melhor ficar aqui com você, porque você entende melhor isso de magia e tal. Eu nem controlo a minha direito, imagine a dela!
– O quê? Está dizendo que ela vai morar comigo? - Os olhos castanhos se arregalaram enquanto Regina quase se engasgava com sua bebida. - Eu vou não vou fazer isso sozinha!
Regina tinha razão, ela não podia ser a principal responsável pela menina.
– Pensei que meu avô tinha dito que vocês tinham que cuidar da Elsa juntas. - Henry lembrou. Regina apenas assentiu, se esforçando para não perder a paciência.
– E ele disse, garoto. - a loira suspirou se debruçando sobre a mesa de forma dramática.
– E se vocês dividissem os dias também? Igual vão fazer comigo?
– Não sei se daria certo, Henry. Ela é muito pequena ainda. - Regina explicou.
– E eu não posso ter um bebê lá na pensão. Fala sério!
– Então minha mãe poderia ficar aqui até achar um apartamento! - ele quase gritou, empolgado com a ideia. Então olhou para as duas, esperando uma resposta.
– Claro que não! - disseram em uníssono.
– Querido, você sabe que isso não daria muito certo. - A morena argumentou cuidadosa, sempre agia assim quando estava com Henry, não suportaria o desprezo dele novamente. Ele balançou a cabeça, mas não desistiu.
– Mas você vai ficar pelo menos essa noite, né? - o garoto perguntou para Emma. - Porque ela ainda ta com os poderes e precisa das duas aqui.
Emma hesitou em responder e apenas olhou para Regina. A morena deu de ombros, bebendo o resto do vinho num gole só.
– Acho que só essa noite não tem problema. Podemos pensar nisso com calma amanhã, quando ela estiver com o pingente e tudo estiver mais calmo.
– Ebaaa! - Henry comemorou, um pouco alto demais. Elsa se mexeu um pouco no sofá e rolou para o lado, caindo no chão. Mesmo que não tivesse se machucado, só o susto foi o suficiente para que ela começasse a chorar.
– Merda! - Emma disse já indo em direção a menina. Henry colocou o capuz rindo ao ver que uma pequena tempestade começava na sala.
– Hey, pequena, já passou. - Emma tentou, balançando Elsa no colo, mas não adiantou muito. Regina revirou os olhos ao ver como Emma não levava o menor jeito para aquilo.
– Porque ela não para de chorar? - Henry perguntou, se aproximando de uma Emma já nervosa. - Ela nem se machucou.
O vento fazia as janelas baterem com força e isso parecia assustar ainda mais a menina. Regina pegou Elsa do colo de Emma e quando também não conseguiu acalma-la, uma ideia passou pela sua cabeça. Ela devolveu a menina para a xerife.
– Não é só isso. - Regina disse indo até a cozinha, Emma e Henry a seguiram. - Ela deve estar com fome.
A morena preparou uma mamadeira o mais rápido que pôde, tentando ignorar os gritos de Elsa, a neve, o vento e o desespero de Emma. Henry tentava ajudar a loira, mas pareciam duas crianças cuidando de outra criança.
– Não me diga que você tem essa mamadeira em casa há treze anos. Que nojo! - Emma fez uma careta quando Regina entregou o objeto a ela.
– Óbvio que não. Mas eu tenho magia. - disse, com um sorriso de canto ao piscar para Henry.- Emma, espera! - gritou ao ver que a loira já ia alimentar Elsa.
– Que foi? O que eu fiz?
– O que você não fez, senhorita Swan, foi ver se não está muito quente pra ela. - explicou calmamente, achando um pouco de graça.
– Fala sério, é só ela segurar que já vai esfriar. Ela congela tudo mesmo. - Henry disse dando de ombros. Regina suspirou. Será que ela ia ter quer fazer tudo? Depois de verificar a temperatura do líquido com as costas das mãos, ela pegou Elsa no colo com uma mão, enquanto dava a mamadeira pra menina com outra.
Emma se apoiou no balcão da cozinha e sorriu. Tinha que admitir que sentiu um pouco de inveja da habilidade de Regina, mas a confortava saber que Henry teve alguém que cuidou bem dele de verdade, e não apenas em falsas memórias como ela fizera.
– Há quanto tempo você não faz isso? - Emma perguntou, não escondendo a admiração. A morena sorriu olhando para Henry.
– Há treze anos. Acho que é como andar de bicicleta. -Ela riu. Henry e Emma trocaram um olhar confuso antes de rir também, felizes pelo clima estar mais leve entre todos eles.

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– Oi, Elsa. Agora que você está mais calma podemos conversar. - Henry disse para a menina que o olhava com curiosidade. - Eu sou Henry, e acho que agora sou seu irmão mais velho. Então não se preocupe, eu prometo cuidar sempre de você, se você prometer não me congelar. - Ele disse rindo, e Elsa o imitou rindo também.
Os dois estavam sentados no tapete da sala, sob os olhares atentos de Regina e Emma. Elas haviam colocado em Henry um feitiço de proteção, assim ele podia ficar com Elsa sem correr nenhum risco.
– Os dois se deram super bem, né? - Emma comentou, e Regina assentiu.- O garoto está radiante.
– Henry sempre foi muito sozinho. Eu me lembro que quando ele tinha uns seis ou sete anos, cismou que queria um irmão ou irmã. - Regina sorriu, perdida em seus pensamentos. Falando mais consigo mesma do que com Emma, que ficou quieta para não estragar aquele momento de paz entre as duas. - Foi difícil tirar a ideia da cabeça dele.
– Imagino. Ele pode ser muito teimoso quando cisma com alguma coisa. - a loira sorriu, lembrando do empenho do filho para convence-la de que ela era a salvadora.
– Bem, agora ele conseguiu. - A xerife completou, encolhendo os ombros. Pra sua surpresa, ouviu Regina dar uma risada. Ela se virou para ver do que a morena estava rindo. O chão agora estava coberto de neve e Henry tentava fazer um boneco. Cada vez que ele amontoava um pouco de neve para começar, Elsa engatinhava até ele, atrapalhando. Aquilo duraria a noite inteira se Regina e Emma deixassem.
– Vamos ver por quanto tempo ele ainda vai achar divertido ter uma irmã mais nova. - Emma disse rindo da frustração dele com o boneco.

Já era quase madrugada quando Henry e Elsa começaram a dar sinais de cansaço. Os dois não haviam parado de brincar nem um minuto, e tinham até convencido Emma a participar da guerra de neve. Regina deu graças a Deus quando viu que finalmente ia colocar todos para dormir.
– Você pode ficar no quarto de hóspedes. É no final do corredor. - Regina disse para Emma enquanto subiam as escadas.
– Obrigada. Mas acho que vou dormir no quarto do Henry mesmo. - A loira respondeu sem jeito, não queria dar trabalho. Sabia muito bem que não era bem-vinda ali, pelo menos não enquanto Regina ainda estivesse pensando em Robin e Marian.
– Você é quem sabe. - a prefeita deu de ombros. Não ficaria mimando a xerife. Não depois de ela ter acabado com seu final feliz. Sim, era verdade que com a novidade de Elsa ela não teve muito tempo para pensar no que aconteceu, e que por um momento ela havia até esquecido. Mas não admitiria para Emma, e fazia questão de deixar claro que ainda estava com raiva da loira.

– Onde a Els vai dormir? - Henry perguntou, a voz arrastada de sono. Regina olhou para a menina que já estava quase dormindo no colo de Emma, enquanto enrolava seus dedinhos em uma mecha do cabelo loiro da xerife.
– É melhor ela ficar no meu quarto. Vocês dois já vão estar apertados o suficiente. - sugeriu, estendendo os braços para pegar Elsa de Emma. Henry se despediu de Regina com um beijo de boa noite e foi para seu quarto, seguido por sua outra mãe.
Os dois se espremeram na cama de solteiro de Henry e Emma já estava quase dormindo quando ele a chamou.
–Mãe?
–Fala. - Emma sussurrou, olhando para o teto do quarto escuro.
–Ela vai te desculpar, não se preocupe. - Ele disse. Sua voz era sonolenta, mas carregada de certeza. - Ela só precisa de um tempo. Isso vai passar.
Emma sorriu, já de olhos fechados.
– Espero que você tenha razão, garoto.

No quarto ao lado, Regina deitou Elsa em seu colo e começou nina-la. Em pouco tempo ela havia voltado a dormir. A morena se perguntou qual seria o destino que Gold vira para a garotinha. Porque tinha que se unir a Emma para garantir que Elsa cumprisse sua missão? Ela lembrou da felicidade de Henry brincando com a menina e sorriu. Talvez aquilo pudesse dar certo, afinal.
Era incrível o quanto a prefeita havia se apegado a Elsa em algumas horas, vai ver era mesmo destino.
– Talvez você ajude a consertar o meu coração partido, assim como Henry.
Regina sorriu com o pensamento, tentando reprimir as lágrimas que se formavam em seus olhos. Ela pôs Elsa na cama e cercou a menina de travesseiros antes de deitar ao seu lado e finalmente dormir.

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Geralmente, Regina acordava cedo, mesmo sem precisar. Mas depois de uma noite mais do que agitada, sua mente e seu corpo precisavam de descanso. A morena estava num sono tão profundo que sequer acordou quando Emma e Henry entraram em seu quarto, também não sentiu Emma tirar Elsa da cama. A única coisa que que percebeu foi a dificuldade em se mexer quando tentou se esticar e sentiu um braço ao seu redor. Abrindo os olhos devagar, ela sorriu ao ver Henry abraçado a ela.
– Bom dia, meu amor. - Ela murmurou sonolenta, passando a mão pelos cabelos dele. - Sabe de uma coisa? - Ele levantou a cabeça para encara-la - Nem me lembro quando foi a ultima vez que teve um pesadelo e veio dormir assim comigo.
– Provavelmente quando eu era um pirralho de cinco ou seis anos. Agora sou um homem. - Henry disse presunçoso, fazendo os dois rirem. Depois ele se aninhou nos braços dela e escondeu o rosto. - Senti sua falta, mãe.
– Eu também senti, querido. Você nem imagina o quanto. - Sussurrou pensativa, sua mente vagando para as medidas desesperadas que ela esteve a ponto de tomar para lidar com a saudade.
– Mãe? - ele chamou, se soltando um pouco do abraço para olhar nos olhos castanhos de Regina. Ela esperou. - Você sabe que não precisa dele, né? Do Robin, eu quero dizer. Você tem a mim, tem meus avós já que vocês fizeram as pazes, tem a Emma, que não fez isso de propósito, e agora tem a Elsa. Você não ta sozinha, mãe.
Regina respirou fundo tentando segurar as lágrimas que ameaçavam cair de seus olhos. O esforço de seu filho para consola-la era comovente, principalmente com a história que os dois tinham. Ela apenas assentiu sorrindo e o apertou em um abraço forte. Ficaram um tempo em silêncio até a morena se recompor e mudar de assunto.
– Então? O que você fez com a garotinha que estava aqui? - Regina perguntou em um tom brincalhão. - Se livrou dela para ter de volta seu espaço na cama da mamãe?
Henry fez uma careta.
– Minha mãe desceu com ela. Disse que ia fazer café da manhã. Acho que ela quer te agradar, deve estar com medo que você atire uma bola de fogo nela.
– Você disse “café da manhã”?
Regina arregalou os olhos, temendo silenciosamente pela integridade de sua cozinha. Henry imaginou o que ela estava pensando e riu. Os dois se levantaram e já iam sair quando Regina o segurou.
– Henry, querido, preciso que me responda com sinceridade. - ela segurou o rosto dele para que a olhasse. - Você está de acordo com essa história? Eu posso falar com a Emma, se você não estiver feliz em ficarmos com a Elsa, podemos pensar em outra coisa.
– Eu acho legal, mãe. - ele repetiu. - Vai ser bom pra todos nós, em vários sentidos. Eu não vou ser seu bebê pra sempre. - Regina assentiu rindo. - Fora que meu avô deixou bem claro que é assim que tem que ser.
– Meu deus, quando foi que você ficou tão sábio? - brincou, passando o braço em volta dele e descendo as escadas sem soltar do abraço.

Henry e Regina pararam na porta da cozinha sem fazer barulho. A ex rainha se esforçou para não reclamar da bagunça em sua pia e ao invés disso voltou sua atenção para a cena que presenciava: Emma Swan, a xerife da cidade, salvadora dos contos de fada e ex caçadora de recompensas se encontrava dançando, fazendo caretas e palhaçadas enquanto usava uma voz engraçada para cantar para Elsa, que estava sentada na bancada da cozinha rindo alegremente de tudo que a loira fazia. Ocasionalmente, Emma tinha que desviar do gelo que saia das mãozinhas de Elsa cada vez que ela gargalhava. As vezes era muito rápido e não dava tempo da xerife se proteger, então ela fechava os olhos e rapidamente se protegia com um escudo de magia, o que fazia a menina rir ainda mais. Henry olhou de canto para ver que sua mãe sorria e ao perceber que estava sendo observada por ele, a morena ficou seria e adentrou a cozinha.

– Que cena adorável, senhorita Swan. - disse com sarcasmo, não admitiria que estava divertido de se assistir. - Quero saber quem vai arrumar essa bagunça na minha cozinha.
Emma parou de dançar e passou a mão pelos cabelos.

– Bom dia pra você também, Regina. - a loira apoiou as costas na pia, enquanto observava a prefeita ir até Elsa e pega-la no colo sorrindo. Que bom que não sou a única que está toda derretida, pensou ao ver como Regina já estava apaixonada por aquela criança em menos de 24h de convivência. Ouviu ela murmurar um ‘bom dia’ muito a contra gosto, enquanto ligava a cafeteira.
– Hey, garoto. - chamou, ao ver que Henry agora brincava com Elsa. Regina havia colocado a menina sentada ao lado dele no chão. - Cuidado, ta? eu sei que sua mãe te protegeu, mas mesmo assim não quero uma estátua de gelo como filho.
– Alguma notícia do Rumple? - Regina perguntou, entregando a Emma uma xícara com café. A loira negou com a cabeça tomando um gole de sua bebida.
A campainha tocou, fazendo os três trocarem um olhar ansioso. Emma deixou a xícara sobre o balcão e pegou Elsa no colo.
– Deve ser o Gold. - Regina disse indo até a porta, com Henry e Emma a seguindo. Seu rosto perdeu um pouco de cor e ela não escondeu a surpresa ao ver o homem parado a sua frente.
– Robin?
Ele lançou um olhar confuso para Henry e Emma, demorando um pouco mais na menina que a xerife tinha nos braços. Depois voltou a encarar Regina e deu um sorriso hesitante.
– Regina, precisamos conversar.