Juntas Pelo Acaso escrita por Lary SwanMills


Capítulo 1
Time Travel and Fate.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Não resisti e aqui estou eu, postando outra história pra vcs!Confesso que foi uma ideia meio louca que surgiu aqui, mas to achando muito divertido escrever, espero que seja boa de ler também. Se vcs gostarem, eu continuo. :)O capítulo ficou meio grande, mas foi preciso pra dar inicio a história.
Eu revisei, mas to morrendo de sono, então desde já, peço desculpas por qualquer erro.Boa leitura :)



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— É melhor você torcer para que não tenha trazido nada mais com você.

Regina disse entre os dentes antes de sair batendo a porta da lanchonete. Não podia ficar ali, se não aguentava ver a reunião da família Hood, muito menos podia olhar para a responsável por tudo aquilo. Era melhor ir embora antes que acabasse explodindo aquela lanchonete. Como se tudo o que estava acontecendo não fosse o suficiente, Emma Swan resolveu segui-la.
— Regina, espera! - a morena apertou o passo ao ouvir a voz de Emma, sem virar para ela. Realmente, a sorte não estava ao seu lado aquele dia.

— Regina, por favor! Me escuta! - a loira gritava quase desesperada no meio da rua, enquanto tentava alcançar a outra mulher. Quando Regina parou de repente no meio da rua, Emma suspirou aliviada e deu alguns passos em direção a ela.

— Obrigada por me ouvir. Eu…

— O que é aquilo? – cortou, fazendo Emma olhar para onde ela apontava.

—Uma tempestade? – Emma piscou, sem entender. – Como pode nevar só em uma parte da cidade? Parece até…

—Magia! - Regina completou, trocando um olhar preocupado com Emma antes de saírem correndo até o local. O celeiro onde antes tinha o portal do tempo de Zelena, agora estava coberto de gelo, e a mistura de vento e neve que alimentava a tempestade deixava o frio ainda mais insuportável.

— O que diabos ta acontecendo aqui? - Emma gritou, tentando enxergar através da neblina. Viu um pequeno embrulho no chão e cutucou o braço de Regina. - Tem alguma coisa ali! O que é?

— Eu não sei! - as duas gritavam para conseguirem se entender no meio do barulho do vento. Emma colocou o braço na frente de Regina de forma protetora enquanto avançavam lentamente. Quando chegaram perto do embrulho no chão, seus olhares se cruzaram em busca de respostas. Regina voltou a olhar a criança que chorava sem parar.

— É o bebê que está fazendo isso. - concluiu, tentando falar alto sem gritar. - Eu disse que aquela mulher não seria a única coisa que você traria! Espero que esteja satisfeita!

— Ta dizendo que é culpa minha? - Emma perguntou incrédula - Um bebê tem poderes, cria uma tempestade e a culpa é minha?

— De quem mais seria, Swan? - Regina voltou a gritar, a raiva fazendo seu sangue ferver. - Você nunca faz nada direito!

— Por Deus, Regina! Eu já te pedi desculpas! E eu só queria salvar a Marian! Salvá-la da execução que você ordenaria! - acusou.

—Suas desculpas não estão aceitas! Nada do que você disser pode melhorar essa situação!

— Quer saber? Se não quer me desculpar, o problema é seu! Eu to de saco cheio. To cansada de você…

—Não! – Regina interrompeu. – Eu é que estou cansada de você! Estou cansada de você e daquela sua família sempre arruinarem tudo! Porque é isso que você tem feito desde que chegou a essa maldita cidade!

— Você sempre se faz de vítima! Isso é tão irritante, Regina!

As duas discutiam sem perceber que a tempestade estava cada vez pior, até a hora em que o vento era tão forte que Regina quase não conseguia se manter em pé. Emma gritava alguma coisa em resposta, mas já não estava recebendo atenção.

— Idiota!

— O que? Agora vai tentar me atingir com xingamentos de uma criança?

— Emma, sua idiota! - A ex rainha repetiu. - Para de gritar! Somos nós quem estamos piorando isso!

Emma franziu a testa e pousou seu olhar na criança que agora chorava mais assustada.

— Estamos assustando ela. - a loira concordou. Ela ficou parada observando, enquanto Regina se abaixou e tentava acalmar a menina. A medida que o choro cessava, a tempestade também. Quando já não tinha mais tanto vento e apenas alguns flocos de neve caiam no lugar, Emma também se aproximou.

— Calma, querida. Esta tudo bem agora… - Regina sussurrou para a menina que olhava assustada para as duas. O par de olhos muito azuis ainda marejado, o rosto branco levemente avermelhado pelo choro. Era quase um bebê, com no máximo um ano, Regina supôs.

— Regina, coloca essa criança no chão. Você não sabe nada sobre ela. Pode se machucar. – Emma se arrependeu de ter dito isso no mesmo instante em que as palavras saíram de sua boca. Porque ela não conseguia evitar se preocupar com Regina mesmo achando a mulher insuportável?

— Me machucar? – A risada baixa e carregada de sarcasmo ecoou no celeiro. – Ela não pode me machucar. Além disso, é só uma criança. Ou acha que é algum super vilão disfarçado?
Emma encolheu os ombros.

— Depois de tudo que já vi, agora não duvido de mais nada.
Regina revirou os olhos e focou sua atenção na criança. Sequer percebeu quando Emma se aproximou e recebeu um sorriso da menina. A xerife sorriu de volta, completamente desarmada. Era a criança mais encantadora que ela já tinha visto.


— Talvez tenha razão. – murmurou, não resistindo a vontade de acariciar os cabelos loiros da garotinha enquanto falava.

— O portal já se fechou. Por acaso consegue abrir outro?

— Não. – Regina respondeu. – Se pudesse abrir um portal do tempo, senhorita Swan, você nunca teria aparecido na minha vida, nem na de meu filho. – Disse com frieza, fazendo Emma revirar os olhos.

— Ok. Vou ignorar esse comentário e vou ligar pro Gold. Ele deve saber o que fazer.
Emma tirou o telefone do bolso e discou, mas não teve resposta.

— Ele não atende. Vou tentar de novo. – Avisou, olhando para as duas. Ia ligar de novo quando alguma brilhante chamou sua atenção.

— Elsa. - Regina a ouviu sussurrar.

— O que? - perguntou distraída, já rendida aos encantos daquela garotinha que brincava com a neve que ela própria criava.

— Acho que é o nome dela. - Emma explicou entregando o pingente para Regina. De um lado, era o desenho de um único floco de neve, do outro, o nome Elsa aparecia gravado em letras delicadas. 

— Hey, pequena. - Emma disse, numa voz infantil. Por um momento, Regina esqueceu a raiva e se permitiu achar graça daquilo. - Seu nome é Elsa, né fofinha?

A menina riu pra ela, e quando pegou uma mecha do cabelo de Emma, ele ficou mais loiro, quase branco. Emma arregalou os olhos, assustada, mas prendeu o sorriso ao ouvir a risada de Regina.Parece que a vontade de me matar passou, a loira pensou com certo alivio.

— Vamos. - a morena disse, voltando a ficar seria. - É melhor irmos pra minha casa e ligar para o Gold.

— E porque temos que ir pra sua casa? Podemos cuidar dela na minha!

— Não seja infantil, senhorita Swan. - Regina revirou os olhos. - Você recebe muitas visitas naquele cubículo da vovó que chama de quarto. É mais prudente levarmos Elsa pra minha casa e conversar com Gold lá.

—Sei… - murmurou emburrada. - Tudo bem, então. - ela riu para Elsa que a olhava curiosa. - Vamos pra casa da tia mandona, né pequena? - Regina revirou os olhos ao ver que a menina ria das palhaçadas que Emma fazia.

—Pelo menos, a tia mandona tem uma casa decente. – retrucou. Emma bufou em resposta e as duas saíram em direção a Mansão Mills.

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Emma estava sentada com Elsa no tapete da enorme sala de Regina, enquanto a morena folheava alguns livros na mesa. Elas já haviam ligado para Gold, mas a prefeita achou melhor começar a procurar ajuda nos livros enquanto esperavam o homem chegar.

— Você tinha que se chamar floco de neve, ou algo do tipo. - Regina ouviu Emma dizer rindo e ergueu os olhos para ver o que estavam fazendo. Cada vez que Elsa ria de alguma brincadeira de Emma, ela congelava algum móvel da sala e a loira aproveitava pra treinar sua própria magia, consertando tudo.

— Nem pensar! - Regina disse de repente, chamando a atenção das duas. - Já basta sua mãe com aquele nome ridículo. Não precisamos de mais uma.


Emma torceu os lábios.

— Tem razão. - concordou voltando a brincar com Elsa. - Henry vai adorar isso. - a xerife comentou contente.

— Emma! - Regina gritou alarmada, quando um jato de gelo passou ao seu lado e congelou uma parte da parede atrás dela. Emma apenas encolheu os ombros em resposta. A campainha tocou, fazendo as duas trocarem um olhar ansioso.

— Gold. - Emma sussurrou e Regina assentiu enquanto caminhava até a entrada para abrir a porta.

— Espero que seja algo muito importante pra me separar de Belle na noite de nosso casamento. - Gold disse, entrando na casa. Regina fechou a porta e estendeu a mão, mostrando à ele o caminho da sala onde Emma estava com Elsa. Ao ver o homem parado ao lado de Regina, Emma ficou de pé na frente da menina, suas pernas instintivamente quase formando um escudo.

— OH, parece que precisam de ajuda com o clima. - ele disse com um sorrisinho, vendo a neve que começou a cair na sala.

— Acha que pode ajudá-la a controlar os poderes antes que ela congele minha casa? - Regina perguntou calmamente, cruzando os braços.

— Não. - disse apenas.

— É só isso? É tudo que tem a dizer? - Emma reclamou, tentando manter a paciência. Gold sorriu e apoiou as duas mãos na bengala, encarando a loira.

— Regina me perguntou se a menina pode controlar os poderes e eu respondi. - a morena revirou os olhos e suspirou. Aquele homem podia insuportável quando queria.

— Aliás, o que ela está fazendo aqui?

— Bem, achamos que era melhor ficar aqui na casa da Regina porque… - Emma começou a explicar, mas foi interrompida por ele.

— Não, querida. Quero dizer, o que ela faz em storybrooke?

Regina apenas arqueou uma sobrancelha, desafiando Emma silenciosamente, esperando ela confessar que era sua culpa.

— Acho que ela veio pelo portal, mas ele fechou então não conseguimos achar uma forma de mandar ela de volta. -Disse, dando de ombros.

— Simplesmente porque não podem fazer isso.

—Perdão? - Regina questionou, com a mão na cintura.

— Se a menina veio pelo portal e agora está aqui, é aqui que ela deve ficar. E se alguém tem que cuidar dela, bem, não existe alguém melhor que vocês duas.

— Diz isso por causa da nossa magia? – Emma tentou. Era a única coisa que fazia sentido.

— Por isso também, senhorita Swan. - Emma franziu a testa, esperando ele continuar.

— Veja bem, essa criança não veio por aquele portal sem motivos. Ela tem um destino aqui, uma missão. E para que essa missão se cumpra, é com vocês que ela deve ficar.

—Acho que podemos fazer isso até decidir alguma coisa. - a xerife disse hesitante, esperando uma opinião de Regina. Gold estalou a boca em negação.

— Vocês não entenderam, queridas. A menina deve ficar com vocês de forma permanente.

— Você está louco! Está dizendo que temos que dividi-la? Criá-la juntas? - Regina perguntou, já cansada daqueles mistérios.

— Não seria a primeira vez que fazem isso, não é? Além disso, destino é destino.

Gold sorriu para Emma que deu de ombros. Ele tinham razão. Afinal, as duas eram mães de Henry e de certa forma o criavam juntas.

— Era só o que me faltava. Ter outro filho com Emma Swan. - A prefeita reclamou, com ironia na voz. Emma reprimiu um sorriso involuntário, mesmo sem entender o porque. Elsa que prestava atenção na conversa dos três adultos, saiu de trás de Emma e engatinhou até Regina, erguendo os braços para a morena que a pegou no colo.

— Então, o que temos que fazer? - Emma perguntou para Gold, embora seu olhar estivesse em Elsa que descansava a cabeça no ombro de Regina. Era engraçada e estranha a maneira como a criança confiou nelas quase instantaneamente. Qualquer um diria que Elsa já as conhecia.

— Como eu disse, ela ainda não tem idade para controlar seus poderes, mas podemos ajudá-la com isso.

— Podemos? - Regina perguntou tentando não parecer muito ansiosa.

— Sim. Eu posso tentar encantar algum objeto. Como aquele cordão que dei para Henry controlar os sonhos.

A morena assentiu, lembrando-se da ocasião.

— Mas isso não parece ser rápido. Enquanto isso ela vai congelar tudo que toca e criar uma tempestade cada vez que chorar? - a voz de Emma era quase desesperada, o que fez Gold rir.

— Aí é que vocês entram. - ele afirmou. - A magia dessa menina é forte, poderosa. Mas vocês duas juntas são mais. Afinal, estamos falando da salvadora e a da Rainha Má.

— O que quer dizer?

— Os poderes dela não afetam vocês, eu suponho. - Emma lembrou-se de seu cabelo e se apressou em olhar a mecha que Elsa deixara branca, ela assentiu ao ver que já estava de volta a cor normal.

— Mas e o resto? - Regina fez uma pausa antes de continuar. E baixou o tom da voz. - E quanto ao Henry? Ela pode machuca-lo.

— Vocês podem achar uma forma de protege-lo. Regina já fez isso quando protegeu o coração dele. E acho que vocês podem lidar com um pouco de neve em casa até amanhã de manhã, que é o tempo que eu preciso.

Emma e Regina trocaram um olhar desconfiado. Será que elas podiam mesmo confiar em Gold? O homem se aproximou de Regina e segurou o cordão da menina nas mãos.

— Elsa. - ele leu em voz alta, parecia um pouco maravilhado. Emma se lembrou do dia em que chegou a cidade e como ele fizera o mesmo com ela. O que será que fazia Elsa ser tão importante? A voz de Gold a tirou de seus pensamentos.

— Esse pingente é perfeito. Posso encanta-lo e ele bloqueará os poderes enquanto estiver com ela.

— O que vai querer em troca? - Emma perguntou.

— Nada. - ele sorriu de forma misteriosa. - Considerem um presente.

— Nada é de graça com você. - Regina disse, estreitando os olhos. O homem deu de ombros.

— Não esqueçam que somos todos da mesma família agora.Considere um presente para a pequena Elsa. - brincou, pegando o pingente e indo a direção a porta. - Vejo vocês amanhã de manhã. Boa sorte e… parabéns.

— Parabéns? - Emma franziu a testa e cruzou os braços, claramente sem entender a piada.

— Bem, parece que acabaram de ganhar uma filha, não é?

Gold saiu sem olhar para trás. Nem precisava ver o pânico no olhar das duas para se divertir com a situação. Emma e Regina continuaram paradas no mesmo lugar, absorvendo tudo o que haviam acabado de ouvir. Ambas olharam para Elsa ao mesmo tempo, a menina dormia no colo de Regina e já quase não nevava mais na sala. O silêncio reinou no lugar, não havia o que ser discutido naquele momento. Se tinha uma coisa que tanto Emma quanto Regina sabiam muito bem era que ninguém pode escapar do destino. Se era o destino delas cuidarem juntas daquela criança, teriam que fazer isso.


— E agora? – A prefeita sussurrou, sem se preocupar em disfarçar seu desespero.

— Agora estamos f… - a loira recebeu um tapa no braço e olhou para Regina que apontou para a garotinha adormecida.

— Ferradas. Eu ia dizer que estamos ferradas.

Um suspiro derrotado foi tudo o a xerife ouviu em resposta


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Notas finais do capítulo

e então? O que acharam? Comentem, porque a continuação já está escrita, mas se eu vou postar ou não vai depender de vcs. :) Muitas perguntas serão respondidas nos próximos capítulos.Espero que gostem! XDcríticas, elogios e sugestões são bem vindos ;)beijos!!