O Depois de Draco Malfoy - DRASTÓRIA escrita por Sónoanonimato, Vic Scamander


Capítulo 3
Astória Greengrass


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é narrado pela Astória!
Boa leitura Puf Pufs!



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ASTÓRIA GREENGRASS

– Astória, trouxe um envelope para você. Veio do Ministério da Magia de Londres, me parece importante! – falou meu assistente Simon Tompson, o Tom como eu o chamava.

– Obrigada Tom. Ah, pode me fazer um favor? Pegue os frascos K e A e os limpe. Vou precisar deles daqui a pouco.

Tom foi fazer o que eu pedi e eu abri o lacre do envelope. Tinha alguns documentos dentro e uma carta. Peguei a carta e li:

Olá querida Astória!

Achei um novo parceiro para você! Depois que o Franklin se aposentou, foi difícil achar alguém para substituí-lo além do mais, é a Noruega! Não sei como você conseguiu se adaptar! Mas por esses meses chegou um novo medibruxo aqui no hospital St.Mungus! Eu andei o observando e ele é fantástico! É jovem, fez recentemente mestrado e demonstrou interesse na área de pesquisas quando eu conversei com ele sobre a proposta de ir para a Noruega.

Ele chegará amanhã e gostaria que o buscasse no Ministério por volta das 4 horas da tarde. Ele é bem simpático e trabalhador, você gostará bastante dele! Segue no envelope os documentos dele e o currículo. Peço também que deixe a chave do laboratório com ele, pois tem umas experiências para por em prática e gostaria de sigilo. Espero que não se incomode.

Me mande mais cartas! Estou ansioso para ter mais notícias daí, me disseram que está trabalhando muito bem, Astória! Nunca me enganei com os médicos que eu escolhi!

Com carinho,

Christian

Diretor do Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos

O senhor Harley era um homem de meia idade muito simpático, ele viu potencial em mim e perguntou se eu estaria interessada em vir para a Noruega trabalhar com pesquisas, todos os médicos que ele enviou para cá fizeram grandes descobertas, recentemente eu e um grupo de ingleses e espanhóis continuamos o trabalho do velho Franklin e conseguimos um remédio que atenuasse o efeito do feitiço Obliviate, em cinco anos a vítima começa a recuperar a memória, é melhor que nada, foi um avanço e tanto!

Depois que o Franklin foi embora, a sala B25 tem sido usada por mim e pelo Tom. Vai ser bom ter mais alguém.

Peguei os documentos e puxei uma parte dos papéis para fora, o currículo era bom. Estudou em Hogwarts, era ótimo em poções e foi para Avalon, onde atingiu NIEMs excepcionais, trabalhou no Hospital de Curas para Infecções Mágicas e depois se transferiu para a Clínica de Tratamento para Aurores. Resumindo, o cara tem bastante experiência em diversas áreas e é um ano mais velho que eu! Carolina, a pesquisadora brasileira que é uma amiga que fiz aqui diria “Aproveita, Tori! Vai que é teu!” . Ri com o pensamento.

– Já limpei os frascos, Astória. Não acha melhor deixar para amanhã? Já estão trancando os outros laboratórios, vai haver uma festa trouxa num bairro aqui perto, você deveria ir, os trouxas noruegueses sabem dar festas divertidas!

– Está bem, Tom. Eu vou.

Nem reparei no nome e na foto do medibruxo, mas eu o veria amanhã. Deveria aproveitar essa oportunidade e ir para uma festa. Tirei o jaleco e a máscara e tranquei a sala. Passei pelo inspetor Staniswaf e ao chegar no hall do laboratório aparatei para meu apartamento. Era pequeno mas confortável, liguei as luzes e fui para o quarto escolher uma roupa para a festa e após pegar uma blusa de lã, uma calça e um par de botas, fui ao banheiro.

–... I don’t care too much for money, money can’t buy me love! Can’t buy me loooove, everybody…

Tells me so! Vamos logo Tori! Depois a gente canta Beatles! O Simon me disse que você ia pra festa! Estou tão orgulhosa, amiga! Vê se arranja um namorado! Solteira há sete anos! Temos que mudar essa situação! – gritou Carolina. Ela entra do nada no apartamento dos outros! Abusada.

Saí do banho e encontrei a bruxa deitada no sofá assistindo uma série trouxa. Fui para o quarto me arrumar e voltei cinco minutos depois. Peguei o casaco e falei:

– Vamos.

A morena sorriu e segurou minha mão. Aparatamos e quando aquela sensação horrível passou estávamos em um beco. Ouvia-se música alta. Andamos alguns quarteirões e chegamos à uma praça lotada de gente. Carolina sumiu no meio da multidão e eu fiquei parada, era uma música agitada, mas eu prefiro as mais calmas, as quais muita gente chama de depressivas. Um cara acabou por esbarrar em mim, loiro com olhos castanhos claros. Ele estava com cheiro estranho e começou a falar num rápido norueguês.

– Eu não falo sua língua.

– Você quer beber uma cerveja? – perguntou com um forte sotaque. Claro, aqui na Noruega, principalmente na capital, as pessoas são bilíngues.

– Aceito. – acho que ele quis dizer suco de cereja. O rapaz foi em uma barraca e voltou com uma caneca repleta de um liquido amarelado. Cerejas não são vermelhas? Bebi mesmo assim.

Minha garganta aqueceu, era uma bebida forte e não parecia ser de cereja. O moço loiro me puxou para dançar e disse para eu tomar mais, para me alegrar. Depois de vários goles o sabor melhorava. Lembro de ter bebido três canecas. Ou foram quatro? Dancei com vários rapazes até que senti um puxão na minha orelha e fui puxada até um beco. Senti um mal estar e desmaiei.

– Ela bebeu muito. Não sabia que Tori bebia cerveja, ela exagerou nessa bebida trouxa. Ainda bem que eu a encontrei e a trouxe para casa.

– Ela já estava quase tirando a roupa para aqueles homens, Carolina! E estava bastante frio ontem. O que a bebida não faz?! – suspirou Tom.

– Eu não fiz nada disso. – argumentei abrindo os olhos.

– Eu filmei com meu celular. – disse Carolina rindo. – Você bebeu muito, Tori.

– Achei que fosse suco de cereja! Ai! Estou com uma dor de cabeça! – reclamei.

– Vou preparar uma poção para você.

Carolina foi para a cozinha e eu olhei para o relógio. Três da tarde.

– Oh meu Merlin! Tom, eu tenho uns documentos no laboratório! Vá lá e veja a ficha de um rapaz e depois busque ele no Ministério? Nossa, eu nunca mais bebo essa tal de cerveja! Dormi muito! O moço daqui a pouco vai chegar! É o novo medibruxo que trabalhará conosco.

– Sim, Astória. Irei buscá-lo. Digo a ele que você irá trabalhar hoje?

– Claro! Vou beber uma poção e irei para o laboratório, está bem?

Tom aparatou e Carolina apareceu com uma bebida fumegante. A ressaca melhoraria em dez minutos. Ela disse que precisava ir e não questionei, agradeci por ter me levado para casa e fui me arrumar para ir trabalhar.

Já pronta, aparatei no hall do laboratório e dei minha identificação para o inspetor Staniswaf.

– Espere Astória!

Olhei para trás e vi meu assistente Tom. Ele estava acompanhado por um homem de cabelo loiro platinado e olhos cinzas que aparentava ter pouca diferença de idade com relação à mim.

Eu o reconheceria de longe.

Era Draco Malfoy.

A última coisa que vi antes de apagar foram seus olhos.


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Notas finais do capítulo

Com o desenrolar da fic vocês saberão de onde a Tori conhece o Draco. Planejo bastante coisa.
Beijos!
OBS: PRÓXIMA SEMANA DOIS CAPÍTULOS, ESTAREI EM ÉPOCA DE PROVAS.