Acordei naquela manhã, digamos, “mais cansada”. Hoje era meu aniversário de dezenove anos. É, parece que a America Singer de dezessete anos que entrou na Seleção para lutar pelo coração do príncipe não existe mais.

Tinha um bilhete em cima da mesinha e vi que era a perfeita caligrafia de Maxon.

“Parabéns, meu amor! Darei seu presente à noite. Te amo. Com muito amor, Maxon.”

Levantei da cama e fui direto para o banheiro, tomar meu banho. Fiquei na banheira relaxando e pensando como a minha vida mudou de dois anos para cá. Sou casada com dezenove anos, moro em um palácio e tenho dois filhos maravilhosos com o homem que amo. Sai do banho e coloquei um vestido e um salto, ambos pretos ( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=140312058 ).

Fui até os quartos de Amberly e no de Cameron, os dois já estavam acordados. Primeiro arrumei Amberly, coloquei um vestidinho florido com uma sapatilha bege nela; muito fofa. Depois arrumei Cameron, coloquei uma calça jeans de lavagem escura, uma blusa bege e um tênis preto nele; muito fofo.

Roupa Amberly: http://www.anagiovanna.com.br/blog/wp-content/uploads/2014/03/anfitria_1395033841.jpg

Roupa Cameron: http://3.bp.blogspot.com/-T8Biwp2t3ik/TqiVY6lmA8I/AAAAAAAAAus/hsob6Pa-zUM/s1600/meninos+3.jpg

Os dois já estavam andando (Imaginem a cena... duas miniaturas andando, uma ruiva e um loiro, muito amor), então coloquei os dois de pé e segurei cada um com uma mão. Fomos até o salão, pois eu precisava verificar como estava ficando os preparos para a minha festa. Eu queria algo bem simples, só para os mais íntimos, mas Silvia falou que tinha que ser “digno” de uma rainha, mereço.

Estava distraída com os gêmeos que nem percebi quando a minha mãe entrou com May. Elas estavam lindas, May com um vestidinho florido e minha mãe com um vestido cinza e com um salto perfeito.

–America! –Disse May me abraçando. –Estava com saudades.

–Oi May, também estava! –Disse lhe dando um beijo na testa.

Minha mãe estava brincando com Amberly e Cameron. Ela é apaixonada neles. Diz ela, que eles tem um pouco de meu pai, sempre que diz isso, seus olhos se enchem de lágrimas.

–Onde está Kenna, James, Astra e Gerad? –Perguntei para minha mãe.

–Estamos aqui. –Disse Kenna entrando segurando a mão de Astra, logo atrás veio James e Gerad. –Que saudades! –Disse Kenna me abraçando.

–Também estava Kenna. –Disse.

Depois da sessão “saudades”, fomos nos sentar no jardim. Kenna conversava com James e May, eu e minha mãe conversávamos e as crianças estavam brincando pelo jardim.

–O que o Maxon te deu de presente, minha filha? –Perguntou minha mãe contemplando a paisagem que tinha no jardim.

–Ainda nada, mas disse que daria meu presente à noite. –Disse dando de ombro.

–Sei. –Disse minha mãe sorrindo maliciosamente.

–Para mãe! –Disse entre risos e corando.

Ficamos mais um tempo conversando, até que uma empregada sorridente veio em minha direção, com um buquê de rosas vermelhas.

–Majestade! -Disse a mulher me reverenciando ainda sorridente.

–Sim? -Disse sorrindo.

–Rei Maxon pediu para trazer para a senhora. -Disse ela sorrindo ainda mais, se é que é possível.

–Ah... -Disse sorrindo. -Obrigada! -Disse pegando o buquê, que tinha uma carta.

Do lado de fora da carta, estava escrito "America Schreave" com a perfeita caligrafia de Maxon.

Lembro-me como se fosse ontem, de uma menina frágil nos braços de um guarda em busca de liberdade. Lembro-me bem como foi ''constrangedor'' para mim ter que arrumar uma desculpa para marcar um encontro com uma senhorita muito dificil. Lembro-me que nesse pequeno encontro, se é que podemos chamar de encontro, essa menina me deu um chute. Confesso que na hora a minha vontade era de manda-la para Marte, mas depois me lembro também que nessa hora descobri que eu a amava. Lembro do meu primeiro beijo e me também me lembro que naquele dia eu soube que formariamos um belo "nós''. Lembro dos obstáculos que tivemos que passar para que nós conseguissemos nos casar. Lembro da noite mais importante da minha vida. Lembro da nossa felicidade quando soubemos que seriamos pais, de duas crianças! Lembro de todas as nossas comemorações. Lembro do nascimento dos nossos filhos e também tenho certeza de que foi um dos dias mais feliz da minha vida. Hoje eu posso dizer, que essa menina, minha mulher, me fez, me faz e sei que sempre me fará o homem mais feliz do mundo. Pois é, essa menina linda, maravilhosa, talentosa, gostosa (sei que isso não é palavras de um rei, mas você é, vou fazer o que?) é você, meu amor. Só queria te dizer, que eu te amo muito, muito, muito, muito, muito mesmo, você nem imagina! Feliz aniversário, deusa dos meus sonhos e musa do meu pensamento! Parabéns. Com todas as minhas forças te digo mais uma vez, te amo!

Com amor, seu eterno admirador e amor, Maxon Schreave.

Na hora que eu acabei de ler, eu soltava lágrimas de felicidade. Amo o Maxon, ele é o melhor marido do mundo.

–O que foi, minha filha? -Perguntou minha mãe me tirando de meus devaneios.

–Ah... -Olhei para ela e sorri, acho que ela pegou o recado. -Vou no banheiro, você fica com as crianças, por favor? -Perguntei já me levantando.

–Claro, pode ir.

–Ok, obrigada. -Disse lhe dando um beijo na buchecha. -Já volto, meus amores! -Disse eu dando um beijo na testa de cada uma das crianças.

Peguei o buquê, a carta e fui para meu quarto. Cheguei lá, coloquei tudo em cima da cama e fui até o banheiro. Lavei meu rosto e retoquei a maquiagem. Pedi a uma criada que colocasse as flores em um vasso e que deixasse na mesa do meu escritório. Sim, agora eu tenho um escritório, que fica perto do meu quarto.

Saí do quarto apressada e fui em direção à sala de Maxon. Já deve ter acabado a reunião, tomara!

Assim que cheguei, bati na porta.

–Entre! -Maxon disse com aquela voz sexy dele.

–Com licença. -Disse entrando.

Constatei que a sala não tinha ninguém. Graças a Deus!

Corri até ele e pulei em cima dele.

–Sabia que eu te amo? -Disse lhe enchendo de beijos.

–Ah... deixa eu pensar. -Disse ele sorrindo torto e fingindo pensar.

–Te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo. Agora você acredita? -Perguntei beijando ele.

–Hum... Ainda não. -Disse ele rindo.

Olhei para ele incrédula e segurando o riso.

–Ah é? E o que o Senhor Schreave deseja em troca da certeza do meu amor? -Perguntei me fingindo de boba.

–Ah, sabe, acho que vou querer a prova só de noite. -Disse ele sorrindo maliciosamente.

–Credo Maxon, você está muito safado ultimamente! -Disse lhe dando um tapa de brincadeira no braço.

–Eu não falei nada. Você que tirou conclusões preciptadas, Senhora Schreave. -Disse ele rindo.

–Ah então tá! -Disse lhe dando um beijo na buchecha. -Você não terá nenhuma prova essa noite. -Disse sussurrando em seu ouvido, me levantei e fui em direção à porta.

–Ah não, meu amor. -Disse ele fazendo beicinho.

Meu Deus, porque ele é tão lindo assim? Assim eu não resisto.

–O que, querido? -Disse olhando para ele como se nada estivesse acontecendo.

–Não mereço nenhum beijinho? -Perguntou ele fazendo carinha de dó.

–Ah, claro. Me desculpe. -Disse indo até ele e vi seu rosto se iluminar.

Cheguei até ele e lhe dei um selinho. Ele me olhou com cara de indignidado.

–America, tá bom, eu sei que você me ama e eu amo você muito. -Disse ele me beijando como se fosse a última coisa que ele pudesse fazer.

Ele me puxou para seu colo e ele continuava a me beijar. O beijo durou até que o ar resolveu se apresentar e dar um 'oi'. Ele começou a beijar meu pescoço e fui deixando, sem nem me lembrar onde estávamos. Sem querer, comecei a desabotoar a sua blusa. E ele a tirar o meu vestido. Começamos a nos beijar mais desesperadamente. Eu já estava sem o meu vestido e ele sem a blusa e sem sapato. A gente já ia cair no sofá de seu escritório, quando escutamos uma batida na porta. Foi ai que eu lembrei onde estávamos.

''Maxon, onde que está meu vestido? Droga.'' -Sussurei para ele frustrada.

''Calma, vou dar um jeito.'' -Sussurou passando a mão nos cabelos. Ele só fazia isso quando estava nervoso.

Achei meu vestido e fui correndo para o banheiro que tinha lá e mandei Maxon colocar a blusa.

–Só um minuto, por favor. -Gritou ele para a pessoa.

Ele colocou a blusa e o sapato em tempo recorde e vi que tinha uma mancha de batom em sua blusa. Droga. Droga. Já era tarde, ele já tinha aberto a porta e eu já estava fechando a porta do banheiro.

–Ah, oi, August. Desculpa, eu estava meio ocupado. -Disse Maxon com um certo alivio na voz, acho que era por ser August.

–Hum, sei bem. -August disse tentando segurar o riso. -Cara, melhor você se arrumar. Você está horrível. -Disse August agora sem nem tentar segurar o riso.

–O que? O que tem eu? -Maxon disse preocupado.

–Você está todo com batom. -Disse August rindo muito.

–Meus Deus. August, você volta depois, por favor. -Disse Maxon parecendo envergonhado.

–Ata, não era nada muito importante não. Tchau Maxon. -Disse dando um tapinha nas costas dele, pelo barulho. -Tchau America. -Gritou ele rindo e a porta se fecha.

''Tchau America''? Como ele sabia? Droga. Droga.

Olhei para o espelho e eu estava horrível. Minha cara estava corada, obviamente e o meu batom está muito, muito borrado, socorro. E meu cabelo? Estava tudo avacalhado.

–Ai Maxon, que vergonha! -Disse eu saindo do banheiro.

–E eu? Porque você não me avisou que eu estava um batom em pessoa? -Disse Maxon rindo.

–Porque na hora que eu ia falar, você abriu a porta. -Disse ajeitando o meu cabelo.

–O que você acha de continuarmos de onde paramos? -Disse ele me olhando maliciosamente.

–Você ta doido Maxon? Depois do que aconteceu? -Disse olhando para ele com discrença.

–Ahhhhhh... Por favorzinho, eu prometo ser um bom menino. -Disse ele fazendo beicinho e rindo.

–Nossa... ótimo menino! -Disse ironizando. -Ótimo! -Disse voltando ao banheiro. -Sério, a gente tá horrível. Melhor a gente se arrumar antes do almoço, que aliás, -disse olhando para o relógio- é agora! Vamos, Maxon!

–Tá bom, mas eu quero a continuação disso aqui, de noite. Depois que todo mundo não estiver mais prestando atenção em você, a gente foge. -Disse ele me dando um beijinho. -Se você quiser pode ser aqui ou no quarto. -Disse ele sorrindo maliciosamente.

–Maxon, seu tarado! -Disse puxando ele pela mão. -A próposito, eu amei a sua carta. -Disse parando e lhe dando um selinho. -Estava mais romântica, do que você agora! -Disse lhe mostrando língua.

Continua...

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