Stay With Me escrita por Fenix


Capítulo 21
De Volta Pra Casa




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Acordo no dia seguinte com minha Mãe me chamando calmamente, balançando-me levemente no canto do ombro. Olho para ela com meus olhos semicerrados.

– Estão vindo trazer o café da manhã! - Ela diz.

– São que horas? - Pergunto bocejando.

– Oito horas da manhã e você ainda está dormindo.

– Oito da manhã? - Resmungo fechando os olhos - Não posso pular o café e acordar só na hora do almoço?

– Não. Eu vou comer alguma coisa lá na cantina - Diz minha Mãe, pegando a carteira na bolsa.

Olho para a janela e observo o dia nebuloso. Os raios de sol mal conseguiam passar por entre as nuvens carregadas que cobriam o céu. Observo ela sair do quarto e pego meu celular, algumas chamadas perdida da minha casa e três chamadas perdidas de Zac. Respiro fundo e ponho meu celular de volta para debaixo do travesseiro.

Sinto-me meio vazio agora, um sentimento tão profundo que mexe com todos os seus pensamentos. Só queria poder conversar com alguém de confiança, jogar conversa fora. Esse silêncio ensurdecedor que me ronda, apenas deixa-me mais irritado e agitado por dentro.

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Horas depois, o médico veio ao quarto para liberar-me da observação. Prescreveu uma receita e ordenou repouso absoluto, sem qualquer contato com meu pé ao chão, pois qualquer tipo de poeira poderia inflamá-lo.

Comentou que a cicatrização não será demorada e que se eu seguir a receita e tomar os remédios prescritos, a recuperação pode ser em menos de dois meses.

Um alívio me acalma ao observar o enfermeiro retirando o soro de meu braço. Odeio hospitais, odeio a ideia de ficar em um hospital, de ter que ficar internado e tomar soro, ficar num lugar onde tem pessoas com doenças virais bem no quarto ao lado e você não sabe disso. Quem me garante que esses lençóis foram devidamente lavados? Eu sei, estou sendo paranoico, mas eu tenho essa pequena cisma com hospitais. Sempre acho que posso pegar qualquer tipo de contaminação.

Então ao vê-lo tirar aquele soro, foi como abrissem as portas da liberdade pra mim e eu já quisesse sair correndo dali.

Meu Pai veio nos buscar no hospital e fui mancando até o carro. Recusei-me totalmente a ir de cadeira de rodas. Dessa vez não foi por não gostar das coisas do hospital, mas que não me sinto bem andar em uma cadeira de rodas.

Entrei no carro e fomos pra casa. Ao longo do caminho me mantive quieto, olhando para o céu, com a minha cabeça encostada no vidro da porta. Não sei se eles perceberam que eu não estava bem... Quero dizer, que eu não estava no meu estado "normal". O "normal" que se tornou comum há alguns dias.

Estou quieto demais, até eu percebi isso. Mas algumas pessoas costumam fazer esse tipo de coisa. Elas ficam quietas para que os outros não as ouçam gritar por dentro.

– O que o médico disse? - Meu Pai pergunta, puxando assunto.

– Falou que ele precisa ficar de repouso... - Minha Mãe começa a falar ao ser interrompida.

– Repouso? Mais? Esse garoto não faz nada pra ninguém - Ele diz.

Olho para ele ao canto dos olhos e volto minha visão para a janela.

– Ele mandou até uma receita do que ele não pode comer, para não infeccionar - Diz Viviane.

Respiro fundo e me desligo até chegarmos em casa. Prefiro não ouvir qualquer coisa que eles dissessem no carro, eu já estou mal o suficiente, não preciso ficar pior.

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Deito-me na minha cama e fico assistindo televisão. Nenhum programa ou filme que realmente chamasse minha atenção. Não passa nem ao menos aqueles filmes clássicos, algo como Sexta-Feira 13, A Hora Do Pesadelo, Pânico, O Massacre Da Serra Elétrica e Halloween. São os meus clássicos favoritos.

Realmente preciso assistir algo que me faça pensar em outra coisa. Por hoje evito qualquer tipo de filme romântico ou dramático, nem mesmo aquelas comédias românticas do Adam Sandler com a Drew Barrymore ou Jennifer Aniston.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Narayani, dizendo que precisávamos conversar e que era um assunto sério. Não demorou muito e ela me respondeu preocupada.

"Assunto sério sobre o que?".

"Sobre mim!".

"Eu fiquei sabendo do que aconteceu. Vou te visitar hoje".

"Não é isso...".

"O que é então?".

"Eu te conto quando chegar! Isso não tem que ser contado por mensagem".

"Tudo bem! Eu vou ai assim que sair da faculdade".

Dou um rápido sorriso de canto e já começo a ficar nervoso. Eu estou prestes a mudar totalmente a minha imagem para uma pessoa que me conhece praticamente a minha vida inteira. Isso chega a dar um certo frio na barriga!

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No decorrer do dia recebi algumas visitas em casa. Michele e Carol vieram ver como eu estou e ficaram até o fim da tarde. Conversamos e rimos um pouco com algumas palhaçadas. Quando Carol foi embora, Michele pôde me contar como está seu relacionamento com um rapaz que conheceu há pouco tempo.

Eles não estão bem. Eu não estou nos meus melhores dias para dar conselhos, na verdade eu queria poder falar um pouco... Falar como está sendo aguentar tudo isso calado e sem ter ninguém para conversar. No entanto eu sei que ela também não tem isso, então eu deixei que falasse.

Disse-me cada detalhe e eu falava meu ponto de vista. Amizade pra mim é isso, por mais que você esteja na pior, sem forças para aguentar seus próprios problemas. Eu retiro forças, não sei da onde, para poder ajudar um amigo. Deixar que ela fale, fazia bem a Michele. Eu sei exatamente como é estar ferido e despedaço por dentro, e não ter ninguém para conversar, é tão enlouquecedor. Não quero que ninguém passe por isso, enquanto puder, não vou deixar as pessoas passarem por isso.

Às vezes você se cansa de apenas ouvir e quer que ao menos uma vez, que você seja ouvido. Mas tudo bem, eu aguardo paciente a minha vez, até aonde eu puder aguentar.

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Não muito tempo depois que Michele foi embora, Narayani chegou para me visitar. Ela entra no meu quarto já perguntando.

– O que você arranjou nesse pé, garoto?

Dou uma risada ao vê-la e a abraço deitado na cama. Ela põe a mochila dela no chão do canto do quarto e senta na cadeira do computador perto da cama, usando uma blusa branca com uma jaqueta jeans escuro e sem mangas.

– Eu cortei o pé num caco de vidro ontem na praia - Respondo-a.

– Meu Deus... Levou ponto?

– Sim!

– Que droga - Ela diz - Você vai aproveitar, agora que não pode mais sair de casa.

– Ah, é... To super aproveitando - Digo irônico.

– Não sabe quem eu vi hoje de manhã na faculdade.

– Quem?

– A Ana. Ela não veio falar comigo, acho que ela não me viu.

– Ah... - Fico quieto e desço levemente o olhar.

Ela ligou para os meus Pais, sabia que eu tinha ido ao hospital, foi avisada que eu chegaria hoje em casa e nem se importou de ligar para saber como eu estou. Não que seja obrigação dela em fazer isso, mas eu vejo que são nessas pequenas coisas que notamos o quanto somos importantes para as pessoas.

– O que foi?

– Nada, é que... Ela não veio aqui e nem me ligou.

– Ah, ela deve estar ocupada! - Narayani sempre tentando apaziguar meus desentendimentos com meus outros amigos.

Com ela eu não tenho segredos, por isso sempre que eu brigava com alguém, eu contava pra ela. Adoro saber que ao menos ela tem como me ouvir, e está sempre comigo, mesmo morando longe, ela fala comigo por mensagem ou chat, isso só a torna cada vez mais especial pra mim.

– É! - Murmuro.

– Nara você quer jantar com a gente? - Minha Mãe pergunta ao entrar no meu quarto.

– Não sei, eu...

– Vai sim - Respondo por ela.

– Ei!

– O que vamos comer? - Pergunto entre risadas.

– Vou fazer pizza - Minha Mãe responde.

– Ta bem, me convenceram, eu fico - Ela fala rindo.

Bom, voltamos a conversar sobre qualquer tipo de coisa. Falamos sobre música e ela me fez ouvir Cássia Eller, até que suas músicas são boas. Narayani sempre gostou de músicas brasileiras, quanto a mim, nem se quer ouvia. Mas resolvi dar uma chance e adorei a mensagem que ela passa com a música "Palavras Ao Vento".

Nossas conversas são sempre tão naturais que fluem sem qualquer tipo de esforço. Assistimos um pouco da série da Warner Bros sobre seis amigos vivendo no mesmo prédio, e um deles é de fato o meu favorito, gravei até sua frase mais usada durante a série "How you doin?".

Não poderia ficar mais feliz com sua visita. Porém o fato de que estou prestes a me assumir pra ela, me faz tremular por dentro.

Viviane trouxe os pedaços de pizza e ficou nos servindo por um tempo. Depois de comermos e já termos conversado sobre tudo. Ela esperou que minha Mãe recolhesse os pratos para enfim fazer a pergunta.

– O que você precisa me dizer?

– Bom, hm... - Não conseguia dizer. Por mais que a frase inteira estivesse pronta na minha cabeça, apenas esperando que eu falasse. Eu tenho uma trava em mim que não me permite dizer isso a ninguém.

Pode ser por eu ter me escondido há tantos anos, que isso se tornou difícil de dizer. O medo da reprovação me assusta. Eu passei tanto tempo atrás do muro, que só de pensar que a cada vez que me assumo para alguém, ele vai rachando, até eu contar para meus Pais e enfim ele cair de vez.

– O que você acha que eu quero dizer? - Pergunto. Será mais fácil fazê-la dizer do que eu ter que fazer isso. Se depender de mim, não vamos terminar essa conversa hoje. Não sei o que tem de errado comigo, mas a frase "Eu sou Gay" ou "Eu sou Homossexual" não consegue sair da minha boca.

– Ah, Felipe, eu não sei. Me diz você! - Sinto que ela já tem seu palpite, mas também não quer dizer.

– Qual é, só chutar, qualquer coisa.

– E-eu não quero dizer e estar errada - Ela diz.

– Não vai estar, eu sei - Digo. Por dentro estou completamente tremulo, minhas mãos estão tão suadas que as seco na calça de moletom que estou usando.

– Por que você não diz?

– Vai, você já sabe! - Respondo.

Deus, isso parece não acabar. Eu nunca me imaginei tendo que ter essa conversa com Narayani, eu sempre pensei que fosse conseguir me esconder pelo resto da minha vida. Não adianta querer ser o que você não é. Cedo ou tarde as suas escolhas entregam a sua essência. Eu só penso que não quero que ela me olhe como seu amigo gay, apenas como um amigo, assim como ela sempre fez.

Tenho medo das coisas entre a gente mudar um pouco, isso seria devastador. Ela é de longe a amizade mais preciosa que eu tenho, não posso pensar em deixar de ter isso.

– Bom, depois de você ter falado do Steve Grand, que ele é um espelho pra você e que te inspira - Narayani começa a dizer - Eu comecei a desconfiar de algumas coisas...

– Continue.

– Você falou daquele filme do Bobby e que se identificou e tudo mais... - Ela falava pausadamente, esperando que eu diga exatamente o que era.

– Sim!

– Felipe, fala poxa.

– Não, vai... Você ta indo pelo caminho certo - Digo. Posso sentir leves pontadas no estômago de tão nervoso que estou.

– Ai Felipe, é que eu não quero dizer e estar errada e acabar te magoando.

– Não vai estar, pode dizer... É mais fácil você dizer do que eu... De verdade!

Ela fica um pouco sem jeito, agitada... Digo isso porque posso notar sua perna balançar sem parar. Seu olhar volta pra mim, que continuo a encarando com um sorriso de canto um pouco tímido.

– É que com tudo que você disse e eu venho percebendo... Eu acho que...

– Hm... ?

– Que você é gay! - Narayani finalmente diz.

Quando escutei suas palavras, uma forte pressão bateu contra meu peito e tirou aquela tensão que estava me sufocando. No entanto isso não muda o fato de que mais uma pessoa sabe sobre mim. Por um pequeno instante, pensei que se eu quisesse voltar a me esconder, eu não poderia mais, pois quando você fala para alguém sobre sua sexualidade ou o que for... Não tem mais volta! Não tem um botão de restart ou coisa do tipo... Precisa ter certeza do que está fazendo.

Eu tenho certeza do que eu quero agora, mas ainda tenho medo que as coisas mudem entre a gente. Tenho duas amigas bissexuais e parece que não tiveram problemas na hora de se assumirem. Foi algo tão simples e que não tiveram medo das coisas mudarem ao seu redor. Talvez estivessem certas em fazerem isso, mas eu não sou assim... Elas provavelmente não têm a mesma amizade que tenho com a Narayani.

– Sou - Assenti respirando fundo.

– Mas você não gostava da Carol? - Ela pergunta.

– Bom, quando estávamos na sétima série e ficavam falando que eu gostava da Carol, na verdade naquela época eu já tinha percebido que eu era diferente dos outros garotos. Eu não falava sobre garotas, eu não tinha o mesmo interesse que os outros meninos... - Conto um pouco tenso, talvez culpado... Não por ser quem eu sou, mas como eu sou. Não imaginava minha vida assim... Do jeito que tenho que me assumir para cada pessoa que eu conhecer ou as que eu já conhecia.

– Nossa, eu achava mesmo que você gostava dela - Narayani diz um pouco surpresa.

– Pois é, eu acho que fui fingindo melhor com o tempo - Brinco tentando acabar com essa tensão que ficou entre a gente.

– E seus pais?

– Eles não sabem... E quando souberem... Bom, acho que quando souberem eu vou ser deserdado.

– Aaahh não vai não, você ta exagerando, eles te amam.

– Eles me amam porque não sabem a verdade sobre mim.

– Acho que você ta exagerando, Felipe.

– Não to Nara... Meu Pai é bem tradicional para esse tipo de coisa, ele ta sempre jogando indiretas por eu ter mais de 18 anos e não ter tido nenhuma namorada.

– E sua Mãe?

– Ela parou de fazer comentários homofóbicos... Faz algumas semanas que ela tem realmente mudado.

– Acha que ela desconfia de alguma coisa?

– Talvez... Meu Pai já falou que eles conversaram sobre eu ser gay e ele disse a ela que eu era apenas tímido.

– Então você pode contar pra ela.

– Não, claro que não - Respondo rapidamente - Eu não sei como ela vai reagir e com certeza ela contaria para o meu Pai e eu estaria perdido. Deus... Eu não sei o que eu vou fazer... Estou cada vez mais entrando em um beco sem saída.

– Você precisa conversar com a minha Mãe, ela te daria ótimos conselhos - Narayani comenta.

Acredito que a Mãe dela é a mais adorada por todos os seus amigos. Chamamos ela de Tia Rose. Apesar de ser Mãe, não é daquelas chatas que ficam em cima da gente e não nos deixa fazer nada. Ela está sempre brincando, conversando com a gente sobre nossos assuntos. Eu sempre gostei de conversar com ela. Me entende melhor que a minha própria Mãe, o mais impressionante, é que por ser de outra geração, ela não tem preconceitos aparente. Para ela não importa se você é homossexual, bissexual ou transsexual, se você for uma boa pessoa, ela será gentil com você.

Dizem que as pessoas entendem melhor quando o assunto é o filho dos outros, mas eu acho que a Mãe da Narayani não se aplica a isto. Bem... Resumindo, ela é uma ótima pessoa e que de fato dá ótimos conselhos.

– É, acho que preciso conversar com a sua Mãe - Digo, rindo. Não me pergunte o motivo das minhas risadas idiotas e involuntárias. Estou tão nervoso que não consigo controlá-las.

Conversamos por mais algumas horas até ficar muito tarde e ela ter que ir embora. Abraço-a e olho sair do meu quarto. E então estou novamente sozinho no meu mundo. Saber que mais alguém sabe sobre você é assustador, mas não é qualquer pessoa, isso facilita um pouco as coisas.

Sei que apesar das coisas se manterem normais entre a gente, eu ainda vou continuar a pensar que ela vai me olhar como seu amigo homossexual. Droga, porque simplesmente não podemos ser amigos? Sabe, sem ter que rotular as coisas. Isso é o que mais irrita, eu apenas quero ser eu e sem ser rotulado.

Às vezes vejo algumas pessoas dizendo sobre suas vidas no Twitter, não que meus problemas sejam maiores ou inferiores aos delas, porém eu reparei que alguma vez todo mundo se torna um pouco triste e um pouco só.

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Na madrugada do dia seguinte, Ana me chamou no chat. Eu já não esperava que fosse algo do tipo "Como você está?" ou "Desculpa não ter ido te visitar", e de fato não foi. Ela veio falar de uma foto que postei a algumas horas.

– Felipe, que foto gay é aquela que você postou?

Precisei de alguns minutos para me conter e não lhe responder com ignorância. É exatamente isso que eu queria evitar. As influências de Leonardo têm a afetado cada vez mais.

– Que foto?

– Aquela que você ta muito gay, puta merda hein garoto.

A única coisa que fiz foi fechar o chat e a deixar falando sozinha. Não, ela nem ao menos perguntou como eu estava ou se precisava de ajuda com alguma coisa. Mas ela nunca se esquece que quando ela precisou de mim eu sempre a ajudei, seja com trabalhos da faculdade, ajuda para comprar algo pela internet que não entregam em sua casa. Isso não é jogar na cara, apenas lembrá-la que quando ela precisou, eu estava aqui, e o babaca do Leonardo nem sabia da sua existência.

Tentei dormir sem me importar com isso. Uma pessoa que você conhece há uns quatro anos, que você podia jurar que era sua melhor amiga, simplesmente não se importa com nada e tudo que faço se tornou motivo da minha homossexualidade.

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São quatro horas da madrugada e ainda não consegui dormir. Meu pé está latejando e o assunto com a Ana não saia da minha cabeça. Foi então que meu celular vibrou recebendo uma mensagem, o pego debaixo do travesseiro e observo a mensagem de Zac.

"Me desculpa por tudo que eu disse, precisamos conversar! Como você está, meu amor? Estou preocupado!"

Muitas pessoas dizem que têm uma sensação boa quando estão em uma montanha-russa, quando estão tomando chocolate quente em um local frio com lareira, ou quando estão em viagem de férias. Pra mim sensação boa é quando você percebe que realmente significa algo para alguém. E senti exatamente isso quando li a mensagem de Zac. Não apenas agora, mas sempre que eu estou com ele.


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Notas finais do capítulo

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Obrigado! =)

Fic atualizada todos os Domingos! E obrigado pela força e carinho em alguns comentários, você são incríveis! =)