It's you! escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 48
Capítulo XLVIII




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Luther Baker

Apesar de não ter chorado muito no hospital, Emily a partir do momento que chegou no apartamento onde seria o seu lar por um longo tempo começou a chorar como se não houvesse amanhã. Karen tentou de todas as formas e Luther nem queria chegar perto para ver sua filha vermelha de tanto chorar. Foi somente após um longo tempo que Mandy zangada por ninguém pensar nela ficou de pé, mesmo contra os protestos de Luther, pegou a filha e levou-a novamente para o quarto. A pequena ruiva mamou por um longo tempo e depois dormiu a noite inteira.

O segundo dia foi mais tranquilo. Luther aprendia a dar banho e trocar a fralda da filha, ajudou Mandy a tocar banho e respondeu aos vários twetts sobre o nascimento precoce de sua filha. Porém nem tudo são flores, pela manhã ele recebeu o telefonema da detetive do centro de narcóticos da cidade, Evlyn.

Luther agora dirigia com seu Audi pelas ruas de Los Angeles até o local onde Luther confessaria tudo. Ele não podia por em risco a vida de sua fa-mília e a de John e Clara. Ele sabia que aquelas duas — Clara e Mandy — haviam de alguma esquisita forma salvado os dois. Ele não queria passar o restante da sua vida em uma sela de prisão, ele não queria perder a opor-tunidade de ver sua filha crescer e, por Deus, ele não aguentaria perder Mandy.

Ele morreria se em algum momento da sua vida perdesse ela. Aquela ma-luca de cabelos rebeldes havia o fisgado, ele ainda não compreendia como uma garota que ele detestava quando criança pudesse agora ser sua noiva. Talvez eles sempre estivessem destinados a ficarem juntos, talvez Emily sempre esteve nos planos de algum ser superior e Luther só tinha a agradecer porque apesar de todas as coisas que fez durante a vida ele conseguiu ser feliz!

O ruivo estacionou em uma vaga e desceu do carro. O ar levemente frio o fez estremecer e ele xingou-se por não ter trazido um casaco. Ele olhou em seu relógio de pulso e viu que já estava na hora, havia marcado com Evlyn as nove da manhã.

O ruivo atravessou a rua a passos largos e entrou na delegacia, de longe ele conseguiu ver a detetive caminhar até ele. Naquela manhã ela usava um vestido justo preto com um cinto dourado enorme, muito chamativo para uma detetive.

— Olá Sr. Baker. — Evelyn disse.

— Olá.

— Acompanhe-me, por favor. Como tens passado?

— Minha filha nasceu ontem.

— Parabéns! — ela disse seca.

Luther caminhou atrás da detetive por um longo tempo e dividiu o elevador com ela. O ruivo ficou sem fôlego quando eles chegaram a sala, um cubículo pequeno com uma mesa e duas cadeiras, uma câmera estava posicionada de frente para a cadeia onde mandaram ele sentar. Tudo aquilo lhe lembrava as séries policiais na tevê.

No vidro a sua frente Luther podia ver seu próprio reflexo de olhos arregalados e pálido, ele sentiu o suor ser acumular em suas mãos e limpo-as no jeans. Evelyn sentou a sua frente jogando sua cabelos para trás, ela pôs papeis sobre a mesa e cruzou as mãos.

— Suponho que queria fazer um acordo. — ela adivinhou. Luther assentiu com um gesto leve. — Pois bem, pensando nisso eu e todos os envolvidos no caso pensamos em um acordo, o mais básico de todos. Em troca de todas as informações sobre essa quadrilha você será inocentado...

— Só eu? — ele a interrompeu.

— Sim.

— Não. Eu quero imunidade para mim e para o meu amigo, nós estamos juntos nessa. Eu lhe dou tudo, endereço de entrega, quem são os traficantes, onde moram, número de celular pessoal, mas a imunidade vai para nós dois. Por favor!

— Quem é o seu amigo? Não podemos prometer imunidade para qualquer um. — Evelyn disse.

— O ator John Smith, tenho certeza absoluta que ele vai colaborar com qualquer coisa que vocês pedirem a ele.

— Espere um minuto, por favor.

Evelyn saiu da sala deixando Luther sozinho nervoso e assustado. Ele nem ao menos havia falado com John para ver se ele concordava com aquilo, provavelmente o moreno iria se zangar com o ruivo e brigar com ele independente se houvesse acordo ou não. Um longo tempo Evelyn estava de volta, ela se sentou a frente de Luther e cruzou as mãos novamente.

— Tudo bem. Seu amigo entra no acordo.

Luther suspirou aliviado. Evlyn começou a perguntar a respeito dos traficantes e Luther respondeu a todas sem esconder nada, entregou o local da moradia, números de contas e onde eles recebiam e faziam a entrega da droga até mesmo para a Europa. Ao final luneta sentia-se como ser tivesse tirando um peso das costas.

— E como fica a proteção da minha família e amigos? — Luther perguntou quando foi liberado.

— Cuidaremos disso. — foi tudo que Evelyn respondeu. Luther soube que era uma mentira sem precisa de muitas explicações, assim que saiu ele tratou logo de ligar para alguns seguranças conhecidos. Protegeria sua família acima de tudo!

• • •

Ao chegar em casa ele viu o Audi de John estacionado de frente para o prédio. Ele estacionou ao lado do seu outro carro e desceu seguindo para o elevador, duas garotas saíram dando risadas e Luther entrou no eleva-dor seguindo para a cobertura, assim que o elevador abriu as portas ele viu John com Emily nos braços, Clara estava atrás sorridente.

— Ei, não roube a minha filha! — Luther brincou.

— Não se preocupe, não preciso roubar a sua.

— VOCÊ TÁ GRÁVIDA? — Mandy gritou aparecendo na sala.

O rosto de Clara ficou instantaneamente vermelho com aquilo, Luther viu o rosto de John ficar vermelho e riu com aquilo.

— Eu não estou grávida — Clara disse. John sussurrou algo em seu ouvido que a fez ficar mais vermelha.

Luther riu mais um pouco e puxou John para a varanda que não tinha ninguém. O moreno entregou Emily ao pai que lhe depositou um beijo na testa.

— Eu fui ao centro de narcóticos hoje. — Luther disse.

— O quê? — John soltou um fino e alto. Luther conclui naquele momento que ele iria surtar. — Você ficou maluco? Quer que eu realmente seja peso? Não passou pela sua cabeça que eles são pessoas perigosas? Porra, Luther! Eles vão matar a gente!

— Cala a boca, John! — Luther disse impaciente. — Eles não vão matar a gente. Aqueles homens são procurados em vários estados e tem uma ficha criminal que o colocarão na cadeia imediatamente e para sempre! E em relação a segurança, não podemos confiar somente na polícia, apesar dos capangas dele serem perigosos eles são medrosos, não irão fazer nada sem receber ordens!

— E em relação ao simples fator que eu estou envolvido nessa merda toda? Eu vou para a prisão!

— Justamente por isso que o acordo de imunidade que fiz acolhe a nós dois. Eu não iria te deixar ser preso, você morreria no primeiro dia!

— Ah, cala a boca! Cara, eu te amo! — John o abraçou de lado tomando cuidado com a pequena bebê em seus braços.

— Não me venha com as suas viadagens agora, por favor. Clara, socorro! Seu namorado está me atacando.

John foi empurrado de leve e eles voltaram para dentro do apartamento onde todos jogaram-se no sofá e conversaram. Talvez tudo agora ficasse calmo, talvez não, com certeza tudo ficaria calmo a partir de agora! Com certeza!


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