It's you! escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 49
Epílogo




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Cinco anos depois

John mexia no cabelo nervoso enquanto tentava relembrar o seu texto. Bastante tempo havia se passado desde sua viagem a sua cidade natal, a Clara Oswald que ele conheceu e por um longo tempo chamou de namorada agora era sua esposa a quatro anos, Luther e Mandy casaram-se e aguardavam ansiosamente o nascimento do segundo filho, que novamente seria uma menina, seu nome seria Alice Elizabeth Baker.

A carreira de John havia aumentado e só vinha crescendo desde então. Hoje ele era um dos atores mais consagrados de Hollywood, Clara continuava como escritora tendo cinco livros lançados, Mandy se formou em administração e começou a trabalhar ao lado do marido e Luther cresceu em seu ramo de agente. Tudo ia bem!

Porém o que perturbava John naquele dia não era o stress do seu novo filme ou o calor que insistia em reinar mesmo eles estando em Londres e em dezembro próximo do natal, o que estressava o inglês era o simples fato de ter deixado Clara sozinha no hotel onde estavam hospedados com Mandy e as vésperas do momento mais importante de sua vida!

Quando Clara anunciou para ele no aniversário de casamento de dois anos que estava grávida de gêmeos John não soube contê tanta felicidade dentro de si próprio, ele viu com o total êxtase a primeira ultrassonografia e seu coração não aguentou ao ver as duas bolinhas encolhidas próximas de si que eram seus filhos. O médico disse que eram gêmeos saudáveis e estavam se desenvolvendo bem, avisou que não esperassem um casal pois os bebês estavam em uma mesma placenta o que indicavam ser do mesmo sexo. Os meses foram passado, John mostrou-se um excelente marido sempre atendendo aos desejos urgentes da esposa, mimando-a.

Quando Clara completou quatro meses e meio eles foram novamente fazer uma nova ultrassonografia para saber o sexo dos bebês. John ficou seus olhos na tela e sentiu seu coração ir a loucura, até o momento em que o médico anunciou:

— Parabéns! Vocês serão pais de dois meninos.

Thomas Robert e Edward Charles Smith!

.

John ouviu seu nome ser chamado e ergueu a cabeça, ao longe ele viu seu melhor amigo o chamando. John arrumou seu cabelo e caminhou até o local das gravações, Luther o olhava com uma expressão estúpida no rosto.

— Relaxe!

— Diz isso porque a Emily nasceu antes da hora.

Luther gargalhou e ergueu os olhos. Ao longe conseguiu ver sua filha, Emily Baker agora tinha cinco anos. Mandy deixava que os cachos vermelhos da pequena crescessem sempre até a cintura e no momento que ela corria transformava-se em uma capa atrás de seu esguio corpo. Igual a mãe ela tinha um gênio forte e conseguia dobrar qualquer um, principalmente o pai e John. Os traços parecidos com os da mãe era o que mais encantava Luther, ela era uma combinação perfeita dos pais.

John puxou o celular do bolso verificando se não havia perdido alguma ligação de Clara ou de Mandy. O moreno estava suando frio e nem o frio que finalmente estava começando a aparecer impediu ele de sentir o suor descer por sua testa.

— Pelo amor de Deus! Acalme-se homem, desse jeito você vai ter um treco antes dos seus filhos nascerem. — Luther reclamou.

Uma chuva fina começou a cair quando o celular de John tocou. O moreno puxou ele atendendo sem saber quem era, seu coração bateu mais rápido ao ouvir a voz de Mandy.

— Vá para a maternidade que combinamos. Eles vão nascer!

Sem avisar a ninguém John correu pela chuva abandonando o cenário, ouviu os protestos das pessoas mais ignorou totalmente, ele entrou dentro de seu carro ligando-o e saindo cantando pneu do local. Pelo retrovisor ele viu Luther correndo com Emily nos braços.

John entrou no trânsito londrino impaciente e praguejando por causa do congestionamento que se formava na principal rua que o levava para a maternidade. Ele buzinou, xingou, buzinou outra vez, acelerou lentamente quando foi permitindo e buzinou freneticamente e até sentiu vontade de sair do carro e ir de pés para a maternidade, após longos minutos o trânsito andou e John agradeceu alto por aquilo.

Ele chegou a maternidade quase uma hora depois. Chegou a recepção e vou Mandy sentada acariciando sua barriga, alheia a qualquer coisa, John correu até ela e parou a sua frente dando pulinhos no mesmo lugar.

— Cadê a Clara?

— No quarto, onde mais estaria? Quando sai de lá faltava alguns centímetros para os seus pimpolhos nascerem. Vamos ver ela antes que você infarte.

John seguiu Mandy pelo extenso corredor e aguardou que o elevador chegasse ao térreo e subisse para o quarto andar do local, eles caminharam até o quarto número 25 e John entrou sem bater. E lá estava ela!

Clara estava deitada na cama.

John entrou correndo e sentou na cama da esposa. Algumas enfermeiras estavam dentro do quarto preparando algumas coisas para o parto que seria dentre alguns minutos. O casal ouviu a porta se abri e John virou-se, sr. Evans, o obstetra de Clara em Londres, vinha em direção a eles com um sorriso no rosto.

— Preparados? — ele perguntou.

O obstetra fez o exame de toque novamente e sorriu. Chegou a hora! Uma enfermeira aplicou a anestesia em Clara e o obstetra disse:

— Clara, eu quero que você faça o máximo de força que consegui, ok?

Clara assentiu e segurou a mão de John com toda a força que ela tinha naquele momento. John e o sr. Evans ficavam incentivando para que Clara continuasse até que, dez minutos depois, o choro do primeiro gêmeo preencheu o quarto.

Thomas Robert!

Uma enfermeira enrolou o pequeno recém-nascido em um pano e entregou a Clara. A morena desajeitadamente pegou o filho nos braços e com os dedos tremendo afastou um pouco de sangue presente em sua testa. John aproximou-se mais dos dois e contemplou seu primeiro filho, um sorriso rasgava seu rosto de uma ponta a outra, o coração de ambos explodiam se felicidade e naquele momento o que importava era o bebê vermelho que aos poucos parava de chorar e abria seus enormes olhos verdes.

— Clara, temos o outro bebê ainda — sr. Evans disse.

Thomas foi retirado dos braços de Clara e todo o processo recomeçou. A anestesia aos poucos ia passando e a dor começava a surgir e Clara agra-decia por ser tolerável. O segundo choro veio três minutos depois.

Edward Charles!

O segundo bebê foi entregue a Clara junto com seu irmão e agora que não havia nenhum outro para sair eles puderam observar melhor os gêmeos. Era evidente que eles pareciam mais com John, com seus olhos verdes e uma pele pálida, os cabelos escuros dos dois eram dos dois pais e a falta evidente de sobrancelhas denunciava quem era o pai.

Tremendo John segurou Edward nos braços, ele olhava com fascinação para o seu filho e mal podia esperar para que ele pudesse ensina-lo tudo o que precisava saber, ele agora tinha mais duas pessoas para agradar. Sua promessa de ser uma pessoa melhor continuava de pé e agora ele tinha três motivos para isso, ele tinha sua família!

●●●

Uma semana depois do parto todos já estavam em casa. Os gêmeos se mostraram dois gulosos de primeira categoria e da pior forma eles descobriram que Thomas seria o agitado, o mais velho detestava ir dormir primeiro que todo mundo, enquanto suas pequenas orelhas rosadas estivessem escutando algum barulho fora de seu quarto ele continuaria chorando e acordaria Edward fazendo o chorar também, isso fazia todos os quatro passarem a noite acordando e os gêmeos e a mãe passavam uma grande parte do dia dormindo, enquanto John ainda sonolento dormia no máximo duas horas durante o dia.

Porém mesmo com toda a falta de sono era dessa forma que John imaginava sua vida. Ele não queria passar o restante da vida em festas e curtindo com mulheres, ele queria ter uma esposa e queria filhos que o deixasse sem dormir a noite. Sua vida estava perfeita!

Naquela manhã estavam todos no jardim da casa de John. Mandy exibia sua barriga de seis meses e Luther paparicava a esposa constantemente. Emily e Arthur corriam pelo jardim e pulavam na piscina brincando com um Loki de meia idade e animado com as crianças. Cassandra, mãe de John, estava cuidando dos gêmeos enquanto eles aproveitavam o tempo bom da manhã.

Os quatros conversavam animadamente sobre tudo. Quem olhasse para eles e soubessem de suas histórias desde a época da escola se perguntaria como eles puderam acabar juntos. Mas quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?


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Notas finais do capítulo

Pois é, chegamos ao fim :(
Eu sei que do primeiro capítulo até aqui a história perdeu a qualidade e eu sei que ela saiu totalmente dos meus planos, por vezes eu olhei para ela e fiquei tentando imaginar um final e não conseguia, mas bem eu consegui fazer um e quem sabe um dia eu a reescreva do jeito que deveria ser. Mas por enquanto eu vou me dedicar as minhas próximas histórias, na minha vida e nos meus estudos.
Gostaria de agradecer a todos que leram e a quem recomendou, quem esperou o longo tempo sem atualização e quem tá aqui desde o começo. Obrigada mesmo!
Espero que tenham gostado do epílogo e da história. Tchauzinho!



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