It's you! escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 44
Capítulo XLIV


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora!

Sei que prometi não demora a postar o próximo capítulo, mas lembre-se que é melhor demorar a postar do que não postar u.u

O capítulo de hoje terá somente Mandy e Luther, o próximo será só John e Clara.

Aproveitem o capítulo.



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Mandy Lancaster

Mandy entregou a notar de dólar ao motorista do táxi e desceu. Com bastante esforço ela havia colocado um jeans e uma camiseta antiga e quentinha, Emily não era a maior bebê do mundo, dessa forma sua barriga não era tão grande. Ela passou a mão em sua barriga e recebeu o troco descendo do carro.
Luther morava em um dos prédios mais luxuosos de Hollywood, o mesmo que Mandy iria morar após o nascimento de sua filha. Estava tudo planejado, quando ela recebesse alta do hospital Luther iria trazê-la diretamente para a sua casa onde o quarto de Emily já estaria pronto e uma doce americana chamada Margareth estaria 24h a sua disposição.

Mandy se pronunciou ao porteiro e após cinco minutos a porta foi aberta. Mandy entrou e passou pelo pátio, uma enorme piscina ficava ao ar livre e a academia ficava no primeiro andar do prédio. O elevador chegou e Mandy apertou para ir ao último apartamento onde o ruivo morava, eram dois andares por apartamento.

As portas do elevador se abriram para um hall pequeno com espelhos e uma porta de madeira ao lado, Mandy seguiu abrindo a porta. Luther estava lá sentado com o notebook aberto e papeis sobre a bancada de granito. O ruivo havia cortado o cabelo e usava regata. Uma senhora limpava atrás dele, deveria Margareth.

— Luther! — Mandy chamou baixinho.

O ruivo a olhou sorridente, os olhos azuis estavam avermelhados e ele tinha olheiras profundas ao redor do rosto. O ruivo levantou-se e seguiu até Mandy. Ele pegou suas coisas e sumiu por uma porta. Mandy sentou-se de frente para onde o ruivo estava sentado poucos minutos antes e encarou os papeis. Eram em sua maioria contas, Mandy sabia que o noivo era agente de outros famosos e o pensamento de que Luther iria permitir que Emily tivesse uma vida boa a deixava tranquila.

O ruivo voltou logo depois. Pediu que Margareth preparasse um suco para Mandy e chamou para ver onde seria o quarto de Emily. Eles subiram a escada que tinha na sala e chegaram a outro hall que tinha no andar superior.
O andar superior do apartamento tinha uma pequena sala com televisão e jogos eletrônicos, um minibar e uma maravilhosa varanda. Havia um corredor que levava aos quartos. Todos eles eram suítes, ao total o apartamento contava com quatro quartos. Luther a levou até onde seria o quarto de Emily. Por enquanto o quarto estava vazio e pintado de branco, havia um closet consideravelmente grande como o ruivo havia descrito e um banheiro, todo o cômodo — tirando o banheiro, é óbvio — era climatizado e os aparelhos eram ligados através de um sensor de presente.

— O meu quarto é aqui — Luther abriu a porta revelando o quarto principal do apartamento. Era magnífico! Uma varanda circulava todo o quarto e as paredes eram de janelas de vidro, permitindo uma magnífica visão panorâmica da cidade. A cama estava centralizada no meio do quarto e era gigante, havia um pequeno escritório em uma ponta do quarto e tudo era muito branco. — Como pode ver ele é bastante perto do quarto da Emily, não há com que se preocupar quando ela nascer. — Luther explicou.

Mandy caminhou até perto da janela e observou a cidade, mal podia acreditar que dentro de alguns meses ela estaria indo morar ali. Mandy não gostava de imaginar como seu casamento iria acabar. Ela sabia que Luther era "mulherengo", porém ele havia ser declarado para ela, isso deveria significar que ele ficaria ao lado dela, que não iria a trocar por qualquer uma. Se não fosse por ela talvez ele fizesse por Emily para ficar com ela, pois se Luther pisasse na bola Mandy não pensaria dias vezes em largar Luther e sumir com Emily para qualquer lugar do mundo. Egoísta? Com toda certeza do mundo!

— O arquiteto deve estar chegando — Luther avisou.

— Você guardou as roupas?

Luther riu:

— Claro que sim. Estão na primeira gaveta.

O ruivo aproximou-se de Mandy e observou ela por um longo tempo. Margareth interrompeu trazendo uma bandeja com o suco.

— Sr. Baker, tem policiais na portaria querendo subir. Eu deixo?
Mandy virou-se rapidamente para Luther, o ruivo estava pálido e sua mão tremia de leve.

— Pode deixar entrar — ele falou em um fio de voz.

.

Luther Baker

Luther agarrou a mão de Mandy com força enquanto descia as escadas em direção a sala de estar onde os policiais o esperava. Antes mesmo de entrar Luther sentiu o cheiro insistente de um adocicado perfume feminino, ele ainda segurava a mão de Mandy com força e sentia o suor se formar entre as mãos dele. O ruivo agradeceu por ela não ter soltado sua mão ainda.

Edward Hemmings, o design que havia decorado maravilhosamente bem o apartamento de Luther havia viajado por quilômetros para encontrar um ar condicionado que ligasse e se ajustasse automaticamente a temperatura que ia do quente ao frio em questão de segundos. O corpo de Luther naquele momento estava quente graças ao nervosismo, e se os policiais fossem inteligentes o suficiente para associar os fatos ele iria para a prisão antes mesmo que pudesse piscar.

Se os policiais estivessem com um mandado de busca em seu apartamento Luther estaria completamente enrascado. Seu Audi S7 tinha o porta malas cheio de pacotes de drogas e sua conta no banco de Leadworth tinha cerca de 1,5 milhões de libras, tudo graças às drogas.

Mandy parou e encostou Luther na parede.

— Luther você está bem? — ela perguntou.

— Na verdade não.

— O que posso fazer para te ajudar?

— Você não pode e nem deve fazer nada. Nem pense em me ajudar, caso algo aconteça pegue Margareth e vão de táxi até o banco onde eu tenha a minha conta, entrem no cofre e use o carro para ir à casa do John e conte tudo a ele.

Mandy o olhou aterrorizada. Luther sabia que apesar de toda a sua pose de durona ela na verdade se importava mais com ele do que qualquer outra pessoa, ela sempre seria dessa forma.

Luther segurou a cabeça da Irlandesa com suas duas mãos e gentilmente tocou-lhe os seus lábios com os dele. O ruivo sabia que poderia permanecer daquela forma por um bom tempo, porém existiam coisas que deveriam ser resolvidas antes. Ele cortou o beijo e entrelaçou suas mãos, assim que entrou na sala Luther estremeceu quando sentiu o ar extremamente frio entrar em contato com seu corpo.

Os dois policiais estavam sentados no enorme sofá de couro branco. A mulher tinha curtos cabelos pretos e olhos verdes grandes e assustadores, usava um terno preto e elegante enquanto o seu assistente de cabelos loiros e olhos escuros usava jeans e uma camisa social amassada vermelha.

O casal sentou-se de frente para os dois policiais, Mandy segurou a mão de Luther com força enquanto o ruivo fechava a outra com força para esconder o tremor que o nervosismo de perder sua liberdade, sua filha e sua noiva causava sobre ele.

— Sou a detetive do centro de narcóticos de Los Angeles, Evelyn Snow. Esse é o meu assistente, Sebastian Lewis. — a morena disse calmamente abrindo um sorriso no rosto. — Gostaríamos apenas que você respondesse algumas perguntas, se possível.

Luther estudou o olhar da mulher com cuidado, ela o analisava, tentava estudar suas expressões para perceber qualquer mudança em seu comportamento que o parecesse culpado. Luther deduziu que ela era uma péssima detetive ou então ele era um ótimo ator.

— Claro. Ficarei grato em ajudar! — Luther respondeu.

Sebastian, o assistente, abriu uma pasta e colocou sobre a mesa uma sequencia de quatro fotos. Uma olhada rápida nas fotos fez Luther ver a si próprio entregando dinheiro a um homem careca com tatuagens, o chefão da quadrilha que Luther com pesar fazia parte. Nas outras fotos a moto já vendida de Luther aparecia ao lado das BMWs dos traficantes, porém não era possível identificar Luther nelas.

— Você o conhece? — Evelyn perguntou.

— Conheço sim — Luther respondeu. — Ele é mecânico, consertou um pneu do meu carro semana passada no final da tarde, por volta das cinco horas. Posso te passar o cartão da oficina dele se quiser. Tem algum problema?

— Existe sim. Esse é Joseph Hodge, chefe de uma famosa quadrilha aqui de Los Angeles. — Evelyn explicou.

— Eu não sabia disso — Luther se defende dando de ombros.

— Tudo bem. Não leve nos leve a mal, Sr. Baker, mas você é um dos principais suspeitos nessa operação. A minha filha gosta muito de você e eu te darei uma chance, se mudar de ideia em nos contar a verdade ligue para nós. — Evelyn entrega um cartão e fica de pé, Sebastian a acompanha no movimento. — Eu sei onde é a saída.

Evelyn e Sebastian saem da sala e Luther relaxa no sofá. Mandy afaga a sua mão e pergunta:

— O que você vai fazer?

Luther não responde.

* * *

O relógio já batia duas da manhã e Luther continuava com os olhos abertos e fixados no teto perfeitamente branco de seu quarto. O ruivo, apesar do ar frio, estava com calor e molhava o travesseiro com o seu suor até que o desespero o levou a fazer o que não quis fazer durante o dia.

Luther esticou a mão até o seu celular e para o cartão que Evelyn Snow o deu e discou o número, quem atendeu para o seu desespero foi ela. Suspirando Luther confessou:

— Aqui quem fala é Luther Baker e eu menti sobre tudo hoje pela manhã.


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