Mandy Lancaster

Luther continuava completamente arruinado, Mandy percebeu. O cabelo ruivo continuava jogado de qualquer jeito sobre a cabeça do noivo e Mandy notou o quanto tinha vontade de arruma-lo, não por querer passar a mão e sim porque preferia o Luther engomadinho que sempre conheceu.

— O que você quer agora? — Luther perguntou bagunçando mais ainda o cabelo ao passar a mão para trás.

Mandy revirou os olhos e pôs a mão na cintura. Sabia que não podia se meter em uma briga, estava grávida e aquilo era arriscado demais para o bebê, mas se não estivesse grávida ela provavelmente estaria socando o ruivo por ter falado com ela daquele jeito.

— Você estava gritando — ela disse.

— E o que isso tem a ver com você?

— Eu também moro nessa casa?

— E daí?

Mandy revirou os olhos. Percebeu que era inútil discutir com alguém que possivelmente tinha o mesmo nível do “dom da irritação”. Porém apesar de Luther estar fazendo o máximo para irrita-la Mandy só queria saber o que havia acontecido com ela, em sua mente existia uma área especifica reservada somente para o ruivo e nessa parte ela tinha certeza absoluta que ele só poderia apanhar dela. Era uma ideia idiota e maluca, Mandy sabia disso, porém gostava da forma como aquilo soava em sua mente.

— Se não me falar eu vou perguntar ao John — Mandy sentou-se ao lado do noivo cruzando os braços. Ela esperava que não tivesse que brigar com ele. — E você sabe que o John vai contar!

Luther riu e cruzou os braços também.

— Sei que está pensando em me bater — Luther disse a olhando pelo canto do olho — mas lembre-se que eu sou mais forte que você.

— Eu sei que você não me bateria!

— Tem razão. Você está grávida e além do mais eu nunca encostaria o dedo em uma garota tão frágil como você — ele riu e recebeu uma tapa da morena. — Não é nada demais, sério mesmo!

— Você sabe que eu sei que você não sabe mentir! — Mandy disse dando um sorriso vitorioso.

Luther riu e ergueu os olhos azuis até Mandy. A garota perguntou-se como o bebê de ambos iria nascer, Mandy queria que nascesse com os olhos do pai, desde sempre ela admirava os olhos de Luther. O azul mais azul que ela já havia visto!

E mergulhada na cor dos olhos do noivo Mandy lembrou-se de seu antigo namorado. Ela realmente queria esquecê-lo, mas querendo ou não Phil ainda tinha um espaço em seu coração e aquilo a fazia querer chorar.

As sobrancelhas de Luther que estava erguida graças ao seu sorriso abaixaram rapidamente. Mandy tentou sorrir, mostrar para ele que estava tudo bem, porém algumas poucas lágrimas caíram e Luther virou todo o corpo em direção a ela.

— Eu conto, não precisa chorar! — Luther disse preocupado.

Mandy tentou falar algo, porém as lágrimas caíram mais um pouco. Lembrar-se de Phil a fazia lembrar o quanto ela poderia ser idiota, o quanto poderia ser cega em relação a coisas obvias. Ela amava um homem que havia a usado por anos, depois havia acabado grávida de um homem que detestava.

— Me bateram — Luther confessou. — Eu compro drogas de um cara e queria parar por causa de vocês, aí ele me bateu dizendo que eu não poderia parar. É isso! Por favor, não chore.

Mandy arregalou os olhos. Então era dessa forma que John conseguia drogas sem suja o seu nome? Através do ruivo!

— Desde quando você usa drogas? — Mandy perguntou entre soluços.

— Comecei há pouco tempo.

— Seu imbecil!

Mandy ficou de pé e Luther a seguiu. Ela aproveitou e tentou batê-lo.

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Luther Baker

Luther tinha a maravilhosa sorte de ter reflexos rápidos, ele segurou o punho fechado da noiva antes que ele se chocasse contra o seu próprio rosto. Ele sabia o que ela era capaz de fazer e havia a chamado de fraca somente de brincadeira.

Ele também já havia entendido que ela estava chorando por outra coisa e não o enganando para que ele contasse o real motivo dele estar daquela forma. O ruivo também imaginava que ela iria brigar com ele por causa daquilo, que iria sugerir um ataque nuclear para parar os homens que o bateram ou coisa semelhante. Porém enquanto ele fixava seu olhar na mulher a sua frente ele ignorou tudo aquilo. Talvez fosse possível que um dia Luther começasse a gostar de alguém, que o sonho das garotas que o apoiavam fosse realizado, porém o ruivo imaginava que seria por outra pessoa, alguém um tanto que normal!

Ele ainda estava concentrado nos olhos castanhos chocolate da noiva quando sua mão involuntariamente, pensou ele, seguiu até as costas dela. Luther não negava que havia gostado da noite em Mandy descobriu toda a verdade sobre o namorado, também não havia ficado tão irritado sobre descobrir que eles teriam um filho juntos. Todo mundo quer algum dia ter um filho, ter alguém a quem possa crescer e ensinar as coisas e como o mundo realmente é, todo mundo também pensa em casar com alguém que ama. Então Luther estava gostando de tudo aquilo, de estar noivo e da novidade de ser pai, de amar alguém antes mesmo de conhecê-lo. Os braços da morena rodearam seu pescoço enquanto Luther iniciava o beijo. Ele tinha que assumir e não se perdoaria se não assumisse, Mandy era maravilhosa de um jeito único e engraçado!

E ele nunca imaginou que um dia estaria ali, noivo dela, sendo pai do filho dela e nunca imaginaria também que imaginasse um longo futuro ao lado dela. Talvez, em apenas um mês, ele estivesse começando a notar Mandy como alguém que ele poderia confiar e até mesmo amar. Ele planejava ser sincero com ela e ser fiel, ele provavelmente seria como Tyrion Lannister, não faria nada que ela não quisesse. Ele nem sabia por que exatamente estava pensando nessas coisas enquanto a beijava, talvez fosse os dedos dela acariciando sua nuca ou então fosse a mão dele perto do final da blusa dela.

Mandy soltou-se dele, Luther realmente esperava que ela o batesse afinal ela não havia o beijado e nem falado que queria, ele simplesmente havia a puxado e pronto, porém ela sorriu e voltou a beija-lo. Luther sorriu entre o beijo e afagou a bochecha dela e ela sorriu. Luther decidiu-se rapidamente continua beijando-a mesmo que a vontade de vê-la sorrindo fosse maior.

Ele não notou que eles estavam andando até suas pernas baterem contra o sofá. O ruivo sorriu ao imaginar o surto de pânico que John teria se descobrisse que ele pensou em fazer coisas naquele sofá. Luther separou o beijo e puxou Mandy para fora do escritório, guiou-a até o quarto dela. Eles voltaram a se beijar, Luther deitou Mandy na cama e desceu sua mão até a blusa dela, puxando-a para cima. Sentiu Mandy ficar tensa.

— Você sabe que pode confiar em mim! — Luther sussurrou encarando aqueles belos olhos.

Ela assentiu mesmo não sendo uma pergunta e Luther retirou a blusa dela.