A Falsa Morte de Kagome escrita por Frida_Selina


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Opa!Aqui estou eu novamente e venho trazer (após minha viagem) mais um cap. quentinho para quem está lendo minha fanfic... Obrigada pelos reviews e pelo apoio! Feliz Ano Novo para vocês também (atrasado)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/54096/chapter/3

Capitulo 03


Inuyasha... Inu... Yasha... dizia a garota tentando decorar o nome Gostaria de encontrá-lo.


Os lobos ao seu redor rosnaram raivosos. Já haviam se passado três semanas desde que fora encontrada por Kouga, já havia se recuperado, sentia-se bem, sentia-se forte. Agora mesmo se lembrava de inúmeras pessoas. Lembrava-se de um monge, de uma caçadora formidável de Youkais, de uma raposa filhote, tinha lembranças maravilhosas, memórias assustadoras com o rosto de um jovem e uma cicatriz em forma de aranha, mais que tudo, tinha lembranças de uma pequena jóia rosada, poderosa, ela havia sido retirada do seu corpo...


Preto. Faltava algo. Inuyasha?Começava a relacioná-lo com o negro em suas memórias. Tinha em sua mente a sua vaga silhueta, mas, sempre que se aproximava um rosto aparecia a sua frente, um rosto como o seu, mais serio e triste, mas ao mesmo tempo imponente. O seu nome? Qual era o nome dessa mulher?


Kagome... dizia Kouga entrando sorrateiro pela caverna Como esta se sentindo?


Bem! dizia sorrindo Obrigada por tudo, Kouga. Mas...


Mas você quer ver o Inuyasha. dizia o lobo, lendo os seus pensamentos.


Sentia um mau pressentimento. O rosto imponente a encarava ainda em seus pensamentos.


Sim e não. dizia já prevendo o olhar confuso do rapaz a sua frente Você chama o Inuyasha de cara de cachorro, antes você tinha me dito que “sentiu o meu cheiro”, talvez o Inuyasha também sinta...


Kouga gargalhou de suas conclusões. Inuyasha sentiria seu cheiro? Ele provavelmente o reconheceria a milhas de distancia, isso sim. Será que Kagome não percebia o cheiro que exalava?Ela não devia saber o quanto o cheiro dela era bom. O youkai, porém, tampou a boca ao ver o olhar irritado que a humana lhe lançava, aparentemente ela falava serio. Sentiu-se obrigado a ouvi-la.


Quero disfarçar o meu cheiro. disse, fechando as mãos em punhos. Kouga parecia não entender.


Tenho um mau pressentimento...


***


Inuyasha! dizia Kikyou as suas costas, ele se encontrava em pé olhando o desfiladeiro logo abaixo Olhe para mim enquanto falo com você.


Os Youkais caçadores de almas o envolveram, procurando virar o seu rosto, ele se recusava. A miko sentia-se furiosa, mesmo que agora ele se encontrasse a sua frente, ainda mantinha seus pensamentos em Kagome.


Já faz um mês, Inuyasha. Por quanto tempo pretende ficar apodrecendo neste lugar? Seus companheiros ainda esperam por você, eu estou aqui ao seu lado, não é o suficiente?


Não, não era.


Kikyou se aproximou lentamente, abraçou-o embora ele não a olhasse no rosto, ele podia sentir sua pele fria?Sua necessidade de calor? Não. Ele não se movia. Levantou o rosto, tentando tocar os seus lábios, a poucos centímetros pode ouvir a sua voz.


Não. Desculpe-me Kikyou. Eu não...


Você não...? indagava, enquanto ele virava o rosto para o lado.


Fúria.


Pegou o rosto dele entre as mãos, virando-o com violência.


É por que eu sou parecida com ela?Por ter o mesmo rosto da sua preciosa Kagome? ele a olhava nos olhos, mal sabia ela que há pouco tempo Kagome havia feito a mesma pergunta, ela não fazia idéia da força que possuíam suas palavras... Kikyou deu-lhe um beijo triste, ouvia a voz da sacerdotisa em seguida.


Você quer morrer Inuyasha?Morreria por aquela garota idiota?!


A fúria agora tomava conta dos olhos dele. Antes de mais nada, as ofensas vindas de Kikyou eram intragáveis, ofensas contra Kagome, aquela que a salvou.


Sim, uma garota idiota. Capaz de dar sua vida por alguém como eu, que sequer se importou com a sua morte, alguém que ama e ao mesmo tempo te odeia, alguém que poderia matá-lo. Ela sabia disso. Eu já tentei e tentaria de novo.


Ele a odiaria se prosseguisse, Kikyou sabia, ele a odiaria.


Sabe o que ela disse antes de cair?


Ele agora a fitava. Kikyou sentia o ódio dele aumentando.


“Você não pode morrer, Kikyou! Se você morrer como ficará Inuyasha?!” Sabe o que isso quer dizer? ela perguntava sem esperar resposta Que ela morreu por sua causa. dizia formando um sorriso no rosto Que foi você quem matou a sua Kagome.


Não!Kagome não...! Inuyasha respondia ouvindo o desespero elevar-se acima da própria voz. Afastou o corpo frio da miko morta. Ela... Não...!


Sim!Todos os dias você a fez pensar que eu era mais importante!Eu sou Inuyasha?Por que você me rejeita agora?Eu, quem você tantas vezes escolheu?Venha comigo Inuyasha, mais uma vez.


Saia! ouvia-o dizer aquelas palavras com ódio. Seus youkais brancos a envolveram, elevando-a acima do desfiladeiro, acima do céu. Inuyasha tinha certeza que não haveria mais volta, Kikyou nunca mais o procuraria novamente.


Adeus, Kikyou. o arrependimento lhe rasgava a alma, sozinho, no fim, havia ficado sozinho.


Observava-a desaparecer no céu, quando seu faro atento farejou um cheiro conhecido. Correu o mais rápido que podia, ignorando o outro cheiro, bem mais repugnante que sentia nas redondezas. O cheiro familiar se misturava ao cheiro de lobos, um cheiro gostoso, misturado ao fedor repugnante de youkais, praticamente suprimido por ele.


Kagome...? tinha certeza, não existia cheiro igual ao dela nesse mundo KAGOMEEE!!


***


Ao longe a garota fugia. Fizera como Kouga dissera. Usara as roupas de Junta, e o cabelo amarrado. Segundo ele seria o suficiente, já que passara as ultimas quatro semanas naquela caverna, junto aos lobos do bando.


Kagome respirava com dificuldade. Havia se lembrado.


Inuyasha, Inuyasha, Inuyasha!


O havia observado em meio às arvores, a princípio não se lembrava dele, exceto por sua presença, próxima aquele desfiladeiro lhe trazer uma imensa paz. Foi quando a viu chegar, aquela mulher... Seu coração explodiu, suas células gritaram juntas, embora sua mente ainda dissolvesse o rosto que via.


Ki-kikyou?!


Suas memórias se tornaram claras. O negro foi sumindo lentamente de sua visões. Lembrava-se agora do rosto dele. Do Inuyasha. Dos belos olhos dourados, do cabelo prateado que agora batia ao vento, lembrou-se que o amava, mais que qualquer um, mais que si mesma.


Havia protegido Kikyou da queda, por ele. Acima de tudo, a felicidade dele. Havia nadado e salvado a sacerdotisa das águas, mas elas a haviam puxado tão ferozmente... Antes que percebesse era sugada para um mundo azul. A água entrava por seus pulmões a matando, entrava por sua garganta rasgando-a, não queria morrer. A primeira chance que encontrou na superfície prendeu-se em alguns galhos, a mente turva, lembrava-se de bater em algumas pedras, da dor latejante da cabeça. Lembrava-se inclusive da sua semi consciência, de ouvir a voz desesperada de Kouga, do calor que sentira ao ser levada para a caverna...


Em meio a estas lembranças lembrou-se de outras mais, no exato momento em que viu Kikyou se aproximar de Inuyasha, abraçando-o, e beijando-o.


Talvez eu devesse desaparecer... pensava tristemente, sentindo as lagrimas caindo sob seu corpo, com velocidade correu pela floresta, onde Kouga a esperava, certo de que ela não iria mais voltar.


Kagome não viu Inuyasha afastando a sacerdotisa bruscamente, não a vira desaparecer no céu com o rosto infeliz. Mas alguém vira, alguém que os observava atentamente. Em meio às arvores a youkai branca cercada por insetos apontava seu espelho para Inuyasha, mostrando cada imagem a seu mestre, num castelo distante.


A risada que soltou assustava Kagura, uma de suas crias, ao seu lado.


Qual é a graça, afinal? perguntava bruscamente, balançando o leque, irritada. Naraku?


Talvez eu me aproveite disso. dizia Naraku, entre risos Talvez eu me aproveite da falsa morte de Kagome...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que leram! o/
E até a proxima

Frida