A Seleção de Bella Miller escrita por DarlingMamacita


Capítulo 25
Doce Morte


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANO NOVO !!!!! o/ o/ o/
Não julguem o capítulo pelo título Kkkkk DOCE MORTE U.U
Boa Leitura ^^
Me esperem nas notas finais :*

Obs: Eu iria postar as 00:00 só que o Nyah não tem programado para essa hora só a partir das duas e certamente eu não vou estar em casa as 00:00 então estou postando agr porque amanhã eu vou estar exausta e já vou ter que sair cedinho.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/540896/chapter/25




As coisas a partir daí aconteceram como um milagre. A porta foi arrombada, dentro surgiram vários homens, um deles era aquele que me ‘interrogou’ pela manhã, eu podia sentir a fúria que transpassava do seu corpo magro, com movimentos ágeis ele tirou o ser que estava em cima de mim e o arremessou para longe, num baque.

Ele começou a esmurrá-lo e eu fiquei paralisada. Meu rosto estava cheio de lagrimas, enquanto encarava o horror que estava acontecendo. Homens se juntaram ao moreno de olhos negros no espancamento, eu podia ver o sangue escorrer do homem que minutos atrás me tocava.

Eu estava completamente em choque. Eu não conseguia pensar em nada. Eu sentia mãos quentes e reconfortantes me abraçarem, eu recuei e tudo se misturou, as mãos do homem em mim quando ele me sequestrou, depois quando ele apareceu no quarto...me obrigando...Tudo estava misturando...eu comecei a gritar para se afastarem de mim...eu queria alguém que eu amasse perto de mim, eu queria uma mãe naquele momento. Eu queria que todas as memorias que eu tinha dela fossem reais. Eu queria que ela estivesse viva. Pois só ela ainda poderia me amar....

Meus gritos silenciaram quando todos se calaram, foi como se alguém tivesse chegado. E foi isso que aconteceu.

Eu ouvia passos se aproximando, eu não estava mas com medo. Eu já estava com toda essa merda dentro de mim. Eu sabia que aquele que se aproximava era o chefe. Não só pelo silencio na sala, ou pelo suspiro aliviado quando o passo se aproximava de mim e se afastava da pessoa, mas sim pelo desespero e as palavras do homem que havia tentado me tocar. Ele gritava, implorava, chorava...E pela primeira vez eu não senti pena ou qualquer sentimento, ele havia me agredido e eu estava me ferrando para ele.


E foi como se minhas palavras novamente tivessem poder. Pow. De repente, os gemidos do homem foram abafados pela sua morte. E por mais que eu tivesse dito aquilo lagrimas saíram dos meus olhos, eu levantei nitidamente a cabeça em direção ao homem sem vida que a poucos minutos estava em cima de mim, me tocando e me importunando.

Talvez ele tivesse uma familia, uma esposa, um filho e uma filha. Mãe e pai que se importassem com a morte do filho, mas eu, queria que ele queimasse no fogo do inferno. Eu não intendia o porquê de tanto ódio, eu nunca fui assim. Na verdade, eu nunca tinha entrado para uma seleção, eu nunca tinha ido morar em um castelo, eu nunca tinha amado, eu nunca fui levada das pessoas que eu amo de forma tão repugnante, eu nunca tive um homem me importunando...

A senhora que antes de tudo acontecer, veio até mim novamente e virou meu rosto para encarar o dela, até aquele momento eu não havia reparado que eu ainda encarava o corpo sangrento morto, ao chão.

Antes que eu pudesse manda-la se afastar, uma voz abafou a sala.

—Levem-na para o isolamento.

A voz da pessoa exalava ódio, sua respiração estava irregular, ele rugia e não foi preciso olha-lo para ter certeza que ele estava realmente muito nervoso.

Eu senti a senhora ficar rígida, suas mãos apertaram-me e eu tive vontade de gritar para ela se afastar de mim, para ninguém nunca me tocar...

—Você não pode fazer isso—sua voz saiu num sussurro entre o choro.

Eu senti um frio tomar conta de mim, eles estavam falando de mim, certo? O que seria isolamento?

—Eu não vou falar de novo.

Eu me levantei a tempo de ver as costa do que parecia ser o chefe. Ele estava rígido, eu podia ver sua mandíbula contraída, seus cabelos eram castanhos claros e antes que ele saísse eu ouvi. Outro Pow.

Estremeci. O homem não havia me tocado a tão certo ponto...De certo modo que eu ainda estava com peças intimidas. Eu sentia minha respiração pesada, minha garganta estava seca. Minhas pernas estavam paralisadas no lugar.

Dois homens que também estavam na sala tentaram segurar meu braço. Eu me soltei quando uns dos caras encostou em mim, mas foi só eu pisar no chão frio que vacilei. Eu não conseguia andar. Eu fiquei desesperada com a hipótese de qualquer homem me tocar, então uma mulher de pele escura tonalizando seus olhos e seus cabelos, veio até mim. Ela falou que tudo ficaria tudo bem, que ela me acompanharia, que eu iria voltar para casa, era só eu fechar os olhos. Era só eu fechar os olhos. Era só eu fechar os olh...


*** *** *** *** ***


Um, dois, três...eu já não sabia mais quando tempo eu estava naquele prisão, conhecida como isolamento. Era um quarto com um cubículo de ferro na parede esquerda que dava uma pequena claridade ao local. Havia uma pia e outras necessidades, como uma minúscula cama ao lado direito. Era lá que eu passava a maioria das horas. Eles me davam comida quatro vezes ao dia, em uma bandeja que era distribuída por mais um cubículo na parede. Eu ignorava todas, mas era através delas que eu sabia quantos dias eu estava ali. Já haviam doze bandejas o que significava três dias. A próxima acabava de chegar, o que indicava que era manhã e que hoje seria o quarto dia. Eu peguei a bandeja que estava recheada com morangos, pães, sucos e torradas, a tentação de comer aquilo me invadindo então rapidamente mergulhei a comida no vaso sanitário. Foi isso que eu fiz com as outras 12 bandejas, e com todos os alimentos.

A mutação no meu corpo foi tamanha. Os dias de fartura no castelo, sumiam a cada dia que eu passava trancada naquele cubículo, eu não tinha força para nada e na maioria das vezes eu estava desmaiada na cama. Eu sempre acordava suada e ofegante e não posso de deixar de relatar os pesadelos que a cada vez mais pareciam reais.

Eu ouvi um rangido vir da porta e por um momento eu pensei que estava delirando. Eu ouvi os passos se aproximarem, se eu tivesse forças eu certamente me levantaria e veria o intruso que me atrapalhava na minha doce e calma morte.

—Você está péssima, docinho.

Era ele, o sulista com os cabelos negros que se vestia de forma sofisticada. Eu não tinha medo dele, e ele havia deixado bem claro que ele não faria mal a mim e foi ele quem tirou o cara horrendo de cima de mim. Eu tinha que lhe agradecer.

—Vejo que você ficou muda.

Ele se sentou próximo a mim, na cama velha e desconfortável.

—Porque você não comeu, eu pensei que se eu não viesse agora você morreria em seus sonhos assustadores.

Apesar de manter o deboche eu percebi que ele realmente estava preocupado. Seus olhos passavam isso.

—Eu sei que você não quer falar, na verdade, depois de tudo que você passou deve ser difícil seguir em frente. —eu me virei, e o encarei—Você é forte, Bella. Você consegue.

Pela primeira vez ele havia pronunciado meu nome. Ele tirou uma mecha do meu cabelo e o prendeu atrás da orelha e por incrível que pareça eu não me assustei, não gritei e não estremeci com o toque de um intruso.

—Você vai voltar para Austin hoje.

Suas palavras saíram acompanhadas de um sorriso.

—Ele gosta de você, nessa semana ele colocou todos doidos atrás de você. Você está em todos os jornais. Todos só falam de você. Você ficou famosa, docinho.

Eu senti uma lagrima cair, Austin, Austin...realmente se importava comigo. Ele estava me procurando.

—Mas eu preciso que você coma, eu vou levar você até ele, e você não pode chegar lá morta.

Eu iria revidar, mais eu estava sem forças e a ideia de ver Austin, sentir seu cheiro, ouvir sua voz...de certa forma me deu esperança.

*** *** *** *** ***



Jason. Sim o sulista e o homem de cabelos e olhos negros, é esse o seu nome. E foi a primeira palavra que eu falei depois de três dias. Ele riu falando que eu estava voltando a ser como antes, sempre curiosa.

Jason me levou a outro quarto, lá eu tomei um banho e vesti moletons, que apesar de ser velhos, tinha um cheiro delicioso de lavanda. Depois ele insistiu para que eu comesse, a única coisa que desceu fora um suco.

As pessoas vinham conversar com ele e sempre reparavam em mim, algumas me olhavam com pena, outras me davam sorrisinhos. Eu perguntei a Jason sobre a senhora que eu havia conhecido naquele dia, ele apenas falou que ela não estava lá e se fechou completamente. Eu não me importei em reparar no ambiente que estava, Jason falou que esqueceria de tudo quando chegasse ao castelo.

Depois que se pareceram horas ele falou que estava na hora de irmos, ele me explicou que se eu abrisse a boca Austin estaria morto, eu falei que Austin iria me fazer muitas e muitas perguntas mais ele apenas disse para eu falar que não lembrava de nada, o resto ele cuidaria.

Ele me pediu desculpas antes de enfiar mais uma agulha no meu pescoço, e eu apaguei.



Horas depois...

(Aviso: Preparem o coração!)


Eu sentia alguém me abraçar, estava praticamente me sufocando. Meu corpo doía. Meu pescoço, pés, braços, cabeça...Eu estava sendo carregada, minha camiseta estava sendo encharcada pelo que pareciam lagrimas, eu fui abrindo os olhos rapidamente. Oww.

—Oh, meu deus, anjo. Você.voltou.para.mim, eu te amo, Bella, nunca mais me deixe, eu te amo, eu te amo. Por favor, por favor, você é o meu mundo, eu não posso viver sem você, você é tudo pra mim, eu te amo, fale comigo anjo, anjo, anjo. Você é o meu anjo, eu...eu não sou nada sem você, eu te amo...

Eu sofri ao ver os olhos de Austin, ele chorava. Seus olhos estavam tristes e profundos, uma mancha roxa estava sobre sua pele lisa. Suas mãos estavam em toda parte do meu corpo. Eu estava nos braços de Austin. Ele não parava. Ele não parava. Ele falava que me amava seguidamente. Foi quando ele olhou para cima e encontrou meus olhos abertos. Era real, ele realmente me amava. Apesar de tudo, Austin Schreave realmente e completamente me amava.

—Austin—eu sussurrei.

Não foi preciso nenhuma resposta, pois seus lábios já estavam selados com os meus. Seus lábios eram doces. Quentes. Ele me beijou.

—Nunca mais me deixe.

Eu olhei para aqueles olhos azuis que estavam banhado de lagrimas. Minha resposta foi quando o puxei novamente em minha direção e selei nossos lábios novamente. Ele suspirou e eu invadi sua boca, devorando-a. Eu senti falta daquilo. Ele me apertou mais contra o seu corpo. Eu realmente não sei de onde eu tirei forças, passei minhas mãos entre seus cabelos sedosos, aprofundando o beijo. Ele me puxou mais para perto, mas logo se afastou. Eu queria mais, muito mais. Mas Austin conectou nossas testas e suspirou. E sorriu.

Oh, meu deus.

Aquele sorriso. Eu tive que pôr as mãos no meu coração para abafar os sons das batidas que a certa hora Illéa inteira estaria ouvindo. Ele olhou ao redor e levantou os punhos. Em vitória.

Owww.

Olhei em volta e eu estava em frente ao castelo. Oww. Eu sentia flashes, pessoas nos aplaudiam, câmeras gravando, seguranças ao nosso redor, nos protegendo...

Austin olhou para mim, ainda com o sorriso no rosto. Ele me levantou delicadamente e me colou em algo duro, paramédicos estavam ao meu redor, e quando eles começaram a encostar em mim eu fiquei desesperada. Alerta Vermelho. Olhei para Austin, eu estava surtando novamente, comecei a chorar e implorar para que não me tocassem, eu me debatia até que Austin se aproximou. Seu olhar de vitorioso passou para derrotado, ele chorava ainda mais.

—Não deixem tocar em mim, Austin. Por favor—As lagrimas invadiam meu rosto sem precisão.

Eu queria sair de lá. Haviam muitas pessoas. Câmeras, fotógrafos... Todos estavam vendo aquilo, todos estavam tocando em mim...

—Eu vou te proteger. —ele se aproximou e me tirou de lá.

Eu me encolhi em seu peito. As coisas a minha volta estavam sumindo... Austin entrou em um carro, em nenhum momento ele me soltou.

Logo eu estava definitivamente dentro do castelo, eu queria me levantar e passar as mãos nas paredes marfim. Eu queria ver Beth, Sara, Anna. Mas Austin não me levou até elas, ele me levou a ala hospitalar.

Ele me colocou em uma cama macia e pessoas começaram a se aproximar e a relar em mim.

Mãos ásperas. Dor. Chicote. Papai. Garotinha. Tudo, tudo foi se misturando. De novo.

Eu me debatia e mandava todos se afastarem, não me tocarem. Austin estava ao meu lado, mas nem mesmo o seu toque me acalmou. Eu senti uma picada no meu braço esquerdo, eu me virei para Austin. Ambos estavam com lagrimas. O que foi que aconteceu com a gente?

Ele se aproximou e sussurrou apenas para mim:

Quando você me olha, meu coração acelera. E num silêncio o seu olhar me diz mil palavras. À noite em que eu te suplico para que o sol não saia. Eu quero estar com você, viver com você, ter com você. E nada e ninguém vai tirar esse sentimento de mim, ninguém vai te tocar, anjo. Eu estou aqui. Eu te amo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Feliz Ano novo, de novo. Eu sei que ainda não é 2015 mais vai assim mesmo, pq o prox cap só semana que vem.
Muito obrigada a todos que acompanharam a Fic, vocês são muito especiais para mim. E que venha 2015 com tudo Kkkkkk
Vou tentar me esforçar um pouquinho mais para postar capítulos grandes

*Vocês querem P.ov Austin? P.ov Jason? Como a Bella chegou no castelo? E porque eles estavam no meio da multidão?

Comentem, favoritem, recomendem, amo vocês meus anjinhos. Bjs :*

Jason: https://osimortaisbra.files.wordpress.com/2012/05/normal.jpg



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Seleção de Bella Miller" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.