A Seleção de Bella Miller escrita por DarlingMamacita


Capítulo 26
Eu não me esqueci


Notas iniciais do capítulo

Olá, jujubinhas *-*
Demorei? Sim...Minhas sinceiras desculpas, mas eu posso explicar.

1°Eu passei uma semana revisando a fic, fiz uma nova capa e mudei bastante os primeiros capítulos.

2° Eu estava sem tempo, eu sei, eu sei. É FERIAS, COMO ASSIM VOCÊ ESTAVA SEM TEMPO?

3°Eu estou completamente sem inspiração :'( Não fluía, eu comecei este capítulo a três semanas e terminei apenas ontem(Então não estranhem uma mudança drástica de rumo)

4°E em ultimo lugar, eu comecei uma nova Fanfic (Vou deixar o link para quem se interessar nas notas finais) Ela não foi o motivo do meu atraso, então não fiquem receosos com a nova Fanfic

5°Eu amo muito vocês, boa Leitura

Obs: Capítulo dedicado a todas minhas babys blues do grupo do Whats, amo vocês *-*
E é claro as recomendações de Mrs. Beifong e Docinho de moça, vocês querem me matar? Amei as duas. Muito obrigada



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/540896/chapter/26




“A vida é como um filme, a vários gêneros: ação, aventura, romance, drama, comedia e terror...”

Abro meus olhos lentamente, eles estão pesados. Fiquei receosa ao ambiente que estava, as lembranças do meu filme de terror voltaram, eu não fazia ideia de quantas vezes já havia sido drogada, não é nada bom ficar na completa escuridão. Escuridão leva ao medo, eu não quero ter medo.

O quarto estava iluminado, diferente do ambiente em que fiquei aprisionada. Diferente de uma cadeia e de qualquer hospital. Era um quarto normal, com a diferença de vários aparelhos medicinais e a cor. Amarelo. Ri com a ideia de um quarto de hospital ser decorado com amarelo vivo, acredito que seja coisa da irmã de Austin. Celeste. Ele falava bastante dela, Austin...o meu primeiro amor, talvez único. Quem sabe, só a vida pode dizer!

Nenhuma enfermeira estava avista, então tentei me levantar. Não foi difícil sair do quarto, meu pé estava enfaixado e machucado por conta do animal que quase me espancou. Deveria ser madrugada, pois o ambiente estava silencioso e calmo.

Caminhei até o jardim, meu pé reclamava pela caminhada. Me sentei na grama, escorada em umas das árvores. O ar estava calmo, as flores exalavam seus perfumes e me faziam companhia.

Como todo filme sempre haverá um roteiro. Eu sabia qual era o meu roteiro, cantar, cuidar de meu pai, me apaixonar, casar, ter filhos...

Nunca fui ambiciosa, nunca sonhei em ser extremamente rica, nunca desejei ter roupas de grife. A única coisa que eu realmente valorizei era em ser feliz. Ter filhos que fossem felizes, ter uma família feliz. Porque eu nunca tive isso...

Nunca escutei Eu te amo dos meus pais, minha mãe não foi a homenagem da escola. Meu pai não me levou no primeiro dia de aula na escolinha e falou que tudo ficaria bem. Eu nunca andei na rua de mão dadas com os meus pais. Eu nunca tive pais...

Eu sei, as vezes me acho egoísta por pensar assim. A filmes piores que outros. A pessoas em situações piores que as outras…E eu...Olhe para mim. A loura, Bella Miller, que conseguiu entrar para a Seleção, e para muitos é a queridinha do príncipe. É...para muitos é essa a imagem que eu passo, só que eu não sei quem eu sou. Não sei o que esperar das pessoas.

Me sinto quebrada, a minha vida inteira eu me senti assim. Só que, eu tinha certeza que haviam pessoas que me amavam, como Eliseu. Mas quando entrei para a Seleção ele se fechou e me abandonou. Quando eu nasci meus pais me abandonaram e me deixaram. Quando eu me apaixonei, ele se afastou e me abandonou.

Ás vezes a melhor parte do filme é o final. Talvez eu concorde com isto, mas... nos filmes os finais são perfeitos. A vida não é um filme. O final não será perfeito.

—Bella?

Ouvi um sussurro vindo da costa leste. Não foi preciso olhar para trás para saber de quem pertencia aquela voz.

—O que você está fazendo aqui? Aconteceu alguma coisa?

—Está tudo bem —minha voz saiu frágil, talvez pelo fato de algumas lágrimas fujonas terem escapado.

Ele se aproximou, eu senti quando hesitou em me tocar. Então me virei e me confortei em seu peito. Ele era quente.

—A gente precisa conversar. —Falei baixinho.

Ele não fez nada, eu sentia seu corpo tenso. Suas mãos apertaram minha cintura, ele deslizou os dedos sobre meus braços nus e foi subindo até encontrar meu rosto. Suas mãos acariciaram minha bochecha, depois meus lábios. Tudo tão lentamente e efetivamente...

Eu pensei que ele iria me beijar, eu queria aquilo mais ao mesmo tempo não, ele entrelaçou nossas mãos, abriu os olhos e me levou para dentro.

Enquanto subia a escadaria, fui lembrando a primeira vez que cheguei no castelo. Eu era tão ingênua...Austin mantinha seus dedos entrelaçados aos meus, ele me conduzia escada acima, rapidamente. Pensei em suspirar ou manda-lo ir mais devagar, meu pé ainda estava machucado. Mas o silêncio entre nos estava lá, nos assombrando e não seria eu a quebrá-lo. Praguejei quando ele me puxou e meu pé bateu contra a madeira fria da escada, ele olhou para mim. Eu não conseguia decifrar aquele olhar, ele estava ansioso e ao mesmo tempo com...Medo?

—Vem, eu te levo.

Antes que eu pudesse revidar eu já estava em seus braços, enrosquei meus dedos em seus cabelos e ouvi-o suspirar. Encaixei-me em seu pescoço, sentindo seu perfume. Ele não reclamou, então continuei a acariciá-lo enquanto me carregava.

Percebi que estávamos no terceiro andar, fiquei tensa com a ideia de ficar sozinha com Austin...em um quarto. Ele me colocou no chão, mas ainda continuava tocando em mim.

Entramos no que pareceu ser seu quarto e me surpreendi, novamente. Era um quarto extremamente grande, caberia minha casa mais a de Eliseu ali. O chão era de um veludo azul escuro, fiquei imaginando o quão difícil seria limpar aquilo. As paredes eram claras, haviam mas três portas, uma na direta e outras duas na esquerda. Fiquei imaginando o que teria atrás daquelas portas. Austin entrelaçou nossas mãos novamente e me levou até uma escada. Realmente, havia uma escada...Achei aquilo confuso, uma escada em um quarto. Não disse nada, até porque não queria quebrar o silêncio.

A escada ficava ao lado esquerdo do quarto, ele me pegou no colo. Eu tentei reclamar, mais em vão, Austin era teimoso...O sétimo degrau acabou, dando a vista privilegiada de Illéa, o espaço era médio, como se fosse uma sacada, mas dentro do quarto. As paredes eram brancas, havia uma cama de solteiro em um canto. O que mais me surpreendeu foi o teto, ele era inteiramente de vidro, dando atenção ao amanhecer que nascia naquela hora.


Olhei para Austin extremamente encantada.

—É lindo.

—Sim—ele desviou os olhos para mim e indicou a cama que ficava ao lado.

Me sentei na ponta da cama, eu estava nervosa. Minhas mãos suavam e minha cabeça doía. Austin havia se jogado no meio da cama, sua cabeça estava apoiada na madeira da cabeceira, seu belo corpo estava esparramando na cama. Ele estava lindo, um belo pedaço de mal caminho. Meu subconsciente ironizou, abandonando-se.

Ele olhou para mim e seus olhos passavam dor. Fiquei imaginando Austin quando o alarme soou, queria perguntar se ele me procurou, se sentiu minha falta, mas mordi a língua me controlando. Eu já havia formado um plano. Austin havia pisado na bola comigo, e eu simplesmente cansei de ser idiota. Na verdade, cansei de chorar. Cansei de ser essa garota fútil. Mas...eu não podia sair do castelo. Me lembrava das palavras de Jason “Você vai ficar lá, se não diga adeus ao principezinho” será mesmo que valeria o esforço. Austin Schreave não se importa comigo. Pronto, é tão difícil assim admitir. Ele só queria me usar.

—Bella, Bella...

Me sobressai quando mãos me sacudiam, olhei para Austin que a certa hora estava a minha frente, me sacudindo. Olhei o confusa. Droga, eu havia viajado de novo*.

—Hann, err...Me desculpa.

Pedi sem jeito, encarando meus pés.

—Você queria falar comigo—ele continuo, sua voz estava mais elevada. Ele estava com raiva, raiva de mim?

—S-sim.

Encarei-o, seu rosto havia mudado. Ele estava mais magro, haviam marcas debaixo de seus olhos. Ele levantou a sobrancelha, indicando para continuar.



—Quando e-eu t-te d-deixei naquele d-dia—Gaguejava, tentando tirar forçar do além. —O alarme soou e eu não estava entendendo nada, um guarda veio até mim, ele me tirou de lá, só, só, só—Eu seria capaz de mentir para Austin? —Houve um tiroteio, o homem que me protegia foi baleado, um dos rebeldes veio até mim e colocou uma coisa preta na minha cabeça e, e,e...Apaguei. Depois não lembro de mais nada, apenas quando acordei e estava nos seus braços.

Ele ainda me estudava, suas pupilas estavam dilatadas. Ficamos alguns minutos assim até ele se manifestar.

—Não aconteceu nada com você, te fizeram exames.

Eu queria, eu queria com todas minhas forças contar para Austin o que eu passei naqueles dias. Queria passar a dor que estava acumulada no meu peito.

—Você está bem, meu anjo?

Sua voz ecoou na minha cabeça, e naquele momento foi como se todas as lembranças que eu já tive com Austin me emundassem e me incendiassem. Senti meus olhos arderem. Olhei para Austin que tentou se aproximar, seus braços vieram em direção a minha cintura mais os segurei, limpei as lágrimas com a costa da mão esquerda, ainda impedindo que Austin me tocasse, eu não aguentaria aquilo.

—Olha só, Austin, está tudo bem. Eu não fui estuprada, eu não fui morta e nem nada do tipo, eu estou aqui, não estou—sua boca se abriu involuntariamente e antes que ele pudesse contradizer continuei—E não pense que só porque fui sequestra ou sei lá o que, esqueci o que você me fez. Eu tenho uma boa memória, príncipe.

Me levantei da cama e sorri falsamente.

—Não esqueci quando me humilhou na floreta, enquanto estávamos fugitivos, você me negou. Não esqueci quando, me fez passar noites em claro e pra que? Você me negou. Não esqueci quando me levou para jantar e foi o primeiro homem a me beijar, e por incrível que pareça em menos de uma semana foi capaz de beijar e sabe-se lá o que fazer com outras selecionadas, novamente você me negou. Não esqueci quando disse que me amava e depois foi aos beijos com outra garota, em público. Onde você me humilhou completamente, e adivinha? —sorri apontado o dedo para seu peito—Você me negou novamente. Mas eu sou uma completa idiota, eu caí na sua novamente, e agora em rede nacional confessando meu amor platônico pelo príncipe. —Suspirei, contei até cinco e olhei profundamente em seus olhos. —Eu não esqueci quando você me humilhou na frente da sua ex-novinha. E quer saber, Austin Schreave. Oh, meu caro príncipe—ironizei—agora quem nega aqui sou e adivinha quem vai ser o humilhado? Adivinhou, você!


Uau.

Como falei tudo aquilo para o futuro Rei de Illéa? E se ele quiser me matar ou me enforcar?

Antes que eu pirasse e me humilhasse novamente aos pés de Austin caminhei até a porta, ele continuava paralisado, mas antes de sair ouvi um pequeno sussurro vir de cima.

“Então porque ainda continua aqui”

Austin, Austin, Austin, já ouviu falar que nunca se brinca com Bella Miller?

—A Coca-Cola daqui é boa.

Gritei antes de sair.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Modo de expressar que está desliga; pensando a; despojando; delirando de,...

Gostaram do capítulo, eu estava sem criatividade, por favor me perdoem se ficou muito ruim :'(

Agradeço a todos os comentários, aos 30 favoritos (Que quando vi caí pra trás) e todos os acompanhamentos e recomendações. Eu definitivamente amo vocês *-*

O link da outra fanfic está aqui embaixo, ela não é da seleção e sim original. Espero que gostem...

http://fanfiction.com.br/historia/582631/Coracao_de_Elastico/

Obs: Se tiver algum erro me avisem!

Bjinhos :*