A Seleção de Bella Miller escrita por DarlingMamacita


Capítulo 12
Completamente e loucamente apaixonada.




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Ele me observava atentamente, e posso confessar que também o encarava. Olhei pra ele pelo canto dos olhos e pude percebe que tinha um sorriso bobo no rosto. Encarei-o com o cenho franzindo. Ele também franziu, me imantando. Mostrei a língua pra ele. Ele riu e depois mostrou a língua para mim, fazendo uma careta pela criancice. Abri um dos meus sorrisos de colegial e levei as mãos no rosto. Austin estava me distraindo!! Desviei o olhar para Thayla e Maria que conversavam animadamente, nem prestando atenção ao que eu estava fazendo á minutos atrás. Permiti mais uma olhadinha para aquela tentação. Oh, meu deus. Ele ainda me observava, ele tinha que parar com isso, podia sentir minhas bochechas esquentarem. Sussurrei a palavra PARE, como se Austin entendesse ele apenas negou com a cabeça, rindo. E depois me mandou um beijo no ar. Meu deus. Olhei ao redor, para ver se alguém tinha reparado em nós. Por sorte todos no jardim estavam perdidamente concentrados em seus trabalhos. Olhei novamente para Austin que não dava a mínima para as selecionadas, para seus pais, que estavam uma mesa a frente... ele apenas sorria com se tudo fosse completamente normal. Não pude deixar de sorrir, e é claro mandei outro beijo de recado...

Não olhei mais para Austin estava envergonhada demais. Ele era tão criança...

—Bella, o que você acha de cantar na festa? Ouvimos falar que você canta super bem e os brasileiros adoram um momento meio improvisado. —Thayla dirigiu-se a mim.

—Err... Eu não sei, cantar para um bando de adolescente é uma coisa, agora para um salão repleto de ministros, reis e rainhas é outra coisa.

—Não seja por isso, a família brasileira ficara até sexta, e sexta será o enceramento e apenas países próximos a Ilhéa ficaram hospedados aqui. —Foi a vez de Maria se manifestar.

—Tudo bem, eu canto—me rendi.

—Ok, assim eu e Bella fica... —Thayla foi interrompida por um mordomo que chegou perto de nós.

—Com licença, senhoritas—ele nos serviu com um suco natural de morango, que aliás nem uma de nós pedimos, e quando ele ia entregar o meu ele me passou um bilhete as escondida através da manga do sobretudo. —Príncipe Austin mandou entregar. —foram suas últimas palavras, antes de partir.

Olhei para o bilhete que agora estava surrado na minha mão, Maria e Thayla não estavam prestando atenção então o abri.


"Hoje, no nosso lugar. Na mesma hora.
xx-Do seu admirador secreto"


Olhei ao redor, mas Austin não estava mais lá. Permiti dar o sorriso mais bobo. Ele queria me ver. Desde nosso primeiro encontro, eu definitivamente não vejo Austin, e quando o vejo a gente sempre trocas olhares mas não passa disso, e agora ele quer me ver novamente. No nosso lugar? Oh, sim. A biblioteca...

Depois disso tento me concentrar na festa que está organizada para daqui dois dias.


*** *** *** ****


—Austin? —perguntei para o nevoeiro negro a minha frente.

Nada.

—Austin? Você está ai?

Nada.

—Vamos logo Austin, esta super tarde e...

—Vire-se a direita—fui interrompida por uma voz grossa.

Como?


—Austin? —insisti.

—Vire-se a direita—A voz soou novamente.

Hesitei, não sabia quem estava fazendo isso era Austin ou não, mais estava curiosa para descobrir. Virei a direita, com certa dificuldade por conta do escuro.

—Vire a esquerda—A voz comandou novamente.

Isso só podia ser brincadeira. Quem estava fazendo isso? Era alguma pegadinha de mal gosto? Virei a esquerda e esbarei em uma prateleira.

—Ai—grunhi, quando um livro pesado caiu no meu pé.

—Você se machucou? —A voz parecia sigilosa, preocupada...

—Não, mais você poderia ligar alguma luminária, eu não me dou muito bem em andar, principalmente no escuro.

A pessoa riu, a melodia era contagiante. Será que era...ele? Mesmo?

—Tudo bem, vire para a esquerda de novo e ande reto, depois vire a direita e tome muito cuidado, a mesas lá, não quero que você se machuque.

Segui seu comando, virei a esquerda novamente e pude ver que estávamos chegando ao final da biblioteca. Virei a direita e dei de cara com uma mesa, sem mais delongas fui de cara para o chão.

—O que eu falei? Tome cuidado com as mesas—a voz soava irritada.

Me levantei e meu tornozelo latejava com certeza esse tombo me causaria marcas.

—Tudo bem, acalme-se, ajuste seus olhos na escuridão. Concentre-se Bella, ande reto para a direita e depois vire para a esquerda e ande três passos. Entendido? —perguntou.

—Err...acho que sim. Direita. Esquerda. Direita. Três passos. E concentrar.

Olhei para a escuridão e não enxergava nada. Virei à direita a ponto de me esbarra numa prateleira. Depois segui para a esquerda, e dei três passos como comandado. Tentei forçar meus olhos a enxergar alguma coisa. Mais estava escuro, e sem sinal de alguém.

—Pront...

Nesse exato momento, luzes se acenderam pela biblioteca. Uma de cada vez lentamente, muito lentamente... As luzes vinham da esquerda para a direita até que o interruptor a cima de mim se acendeu. Na mesma hora uma mesa repleta de velas e flores surgiram, a decoração era de dourado e branco. As luminárias apagavam e se acendiam, causando um clima romântico ao ambiente. O cheiro de flores misturado com o aroma de baunilha misturava-se com o doce ar de Angeles. Estávamos no final da biblioteca. Uma janela enorme com a vista mais bela que já vi estava à frente da mesa. A vista era de Angeles, podiam se ver as luzes apagadas, mais através da corrente da luz da lua, se podiam ver cada detalhe. Aquilo...era extremamente Maravilhoso.

Surpresa.

Virei-me abrutam temente em direção aquela voz. Uau. Era ele. Austin, ele estava com um smoking preto e com um buque de belas peônias nas mãos.

—Oh, Austin—Pude senti as lágrimas se formarem.

Austin era tão perfeito. Tinha medo disso ser um sonho, e eu acordar na melhor parte.

—Não chore, querida.

Ele caminhou até a mim, e enxugou minhas lagrimas fugitivas com a palma da mão. Seu toque incidiu um poderoso arrepio sobre minha espinha. Sua mão acariciava minhas bochechas, ele estava tão perto que eu podia sentir seu doce aroma. Ele se inclinou e nesse momento permiti-me a fechar os olhos, mais ele não me beijou e sim juntou nossas testas, podia sentir sua respiração.

—Senti sua falta—Falei.

—Eu também.

Depois de um tempo assim, Austin me convidou para sentar. Pude reparar que haviam velas por toda extremidade da biblioteca e da mesa. Havia um corrimão cheio de comida, elas estavam escondidas através de uma plataforma. Quando Austin me serviu fiquei de boca aberta.

—Uau, eu realmente nunca me imaginei comendo lasanha com o príncipe do meu país, em um encontro romântico—ri da situação.

—Ei, o que você tem contra lasanha? —ele perguntou rindo—me perdoe, foi a única coisa momentânea que eu consegui de Greg.

—Greg?—Perguntei.

—Sim, o cozinheiro daqui, vinho? —ele ofereceu.

Eu ri.

—Que combinação esplendida, alteza. Vinho Branco com uma excelente lasanha!.

—Eu sei que você preferiria coca—ele disse com os olhos elevados.

—Oh, sim, mas me conformo com o que temos aqui. —inclinei a cabeça, desafiando-o.

Ele apenas riu, e me serviu. Conversamos durante todo o jantar. Austin me repreendia com várias surpresas. A lasanha já havia sido devorada e eu e Austin estávamos fazendo um jogo de perguntas com o resto do vinho.

—O que você acha de mim? —ele perguntou.

Encarei-o, confusa. O que achava dele? Como assim?

—O que eu acho de você?

—Sim—ele tinha um sorriso torto no rosto.

—Hummm—reformulei todos os momentos que tive com ele, todas as suas ações... pensei em como o imaginava antes de vir para a seleção, antes de conhecê-lo... —Você me surpreendeu.


Ele me olhou com o cenho franzido.

—Surpreendi? —ele perguntou.

—Sim.

—Isso não é uma resposta, Bella. Quero saber em que a surpreendi? O que fez...você...Não sei... —ele fraquejou.

—Eu já respondi, Austin, e isso é tudo que vai tirar de mim, você me surpreendeu.

Ele abriu a boca, mais logo a fechou. O encarei e sorri. Ele me observava, ainda confuso.

—A gente podia dançar! —levantei-me voluntariamente, sentindo o sono misturando com a energia de dançar.

—Dançar? —se antes ele me olhava confuso, imagina agora.

—Sim.

Perambulei até um rádio que ficava na parte frontal da recepção da biblioteca, se não tivesse vindo aqui tantas vezes seria impossível acha-lo.

( MUSICA )
Liguei-o e uma música alegre começou a tocar. Austin já estava de pé, me olhando completamente perdido.

—O que foi agora, Alteza? —Perguntei, enquanto dava giros a melodia da música.

—Ei, você está louca? Você pode acordar alguém—ele me segurou enquanto dava mais um giro, seus braços fortes seguravam meus cotovelos, a ação foi rápida e em segundos eu estava presa em seus braços.

—Primeiro: A música está super baixa, duvido que alguém possa ouvir com a extensão dessa biblioteca, e segundo: Eu não estou loca, eu quero dançar e se você não quiser eu danço sozinha.

Me soltei do seus braços e comecei a dançar pelas prateleiras da biblioteca. Austin tinha uma carranca no rosto por ter sido contrariado, mas ao me ver divertindo ele abriu um sorriso e começou a me seguir.

Eu dançava, deslizando por entre as fileiras de livros com Austin bem atrás de mim.

A música fez um toque agitado, e nesse momento subi em umas das mesas, Austin estava bem atrás de mim, e se surpreendeu quando fiz isso. Ele me encarou, com um enorme sorriso. Ele me puxou encanto caminhava pela mesa, bagunçando toda a papelada. Até que suas mãos seguravam minha cintura, ele me puxou. Fiquei cara-cara com ele, centímetros por centímetros. Seus lábios estavam entreabertos, sua respiração agitada se misturava com a minha.

—Peguei você, bailarina—ele sorriu triunfante.

—Sim e agora, o que vai fazer? —perguntei aproximando-me mais.


Seus lábios estavam centímetros dos meus, e antes que ele completasse a ação eu já havia feito...seus lábios já estavam nos meus...suas mãos já estavam em mim...nossas respirações já estavam misturadas...nossas línguas já faziam uma dança animada. Até que me afastei e comecei a rir descontroladamente.

—Você é completamente louca—Austin me acompanhava nas gargalhadas.

A música já havia acabado, substituída por outra melodia, mas calma...mais relaxante...

—Obrigada—sussurrei. —Obrigada por essa noite, pela surpresa, pelo vinho, pela dança—ele riu—Obrigada Austin.

Ele me encarou, os olhos brilhando...cheios de amor? Esperança? Não faço a mínima ideia, a única certeza é que eu gostaria de ver aqueles olhos novamente...Gostaria de sentir seu perfume toda noite...Gostaria haver um Nós.


Seus lábios selaram os meus, a música suave, calma e terna, assim como seus beijos. Ele me levantou da mesa, sem afastar o beijo. Sua mão segurava minha cintura, enquanto a outra acariciava meus cabelos. Segurei em sua nuca a fundo de aprofundar o beijo. Ele aproveitou o ato, para me inclinar para trás. Foi tudo tão perfeito...seus lábios...a música... Por um breve momento tive medo de abrir os olhos. Abri-los e descobrir que tudo aquilo não passava de um sonho, que talvez Austin e esse momento não fossem real. Mais a paixão que se acendia no meu peito afirmava que aquilo era real.... que eu estava amando?

Sim, eu estava completamente e loucamente apaixonada.




*** *** *** *** *** *** ****



Meus olhos forçaram-se a abrir, por conta da claridade que os incentivava. Olhei para os lados, com o sorriso mais bobo que alguém pode se ter.

—Parece que alguém teve uma ótima noite.

Olhei para o lado a ponto de ver Beth me encarando, ela também tinha um sorriso no rosto.

—Vamos dizer que sim—me espreguicei.

—Tudo bem, senhorita, mais temos que apronta-la para o almoço. —Anna surgiu

Encarei Anna com o cenho franzindo. Como assim almoço? Como que se pudesse ler meus pensamentos ela completou:

—O príncipe pediu para que não a acordasse.

Não pude deixar de sorrir. Realmente ele se preocupava comigo.

—Tudo bem, então acho melhor vocês se apressarem porque Thayla e Maria devem estar um pilha de nervos lá embaixo.

Nesse momento Sara entrou com um vestido branco.E em menos de vinte minutos eu já estava naquela maravilha de vestido. Com os cabelos extremante retos e naturais, uma maquiagem clara e um salto alto preto. Irreconhecível. Linda. Sexy. Poderosa.

Sai em disparada para o salão das mulheres, daqui a uma hora a família real brasileira estaria aqui, e eu e as meninas estávamos encarregadas de recebê-la. Entrei no salão às pressas, tentando arrumar uma desculpa dessente para Thayla e Maria.

Mais ao entrar, me deparo com uma roda de garotas, eles formavam um U em cima de uma das selecionadas. Não me lembrava muito dela, mais podia-se dizer que ela era uma das mais bonita e nariz empinado também.

—Isso mesmo, suas tolas. Ontem, ao final da tarde eu tive um encontro com o príncipe Austin—Milhares de perguntas se espalharam entre as selecionas. —ele me levou a um passeio no jardim, ele completamente se rendeu aos meus pês—Mais barulhos e perguntas—Não ele não me beijou, até porque eu não me renderia assim tão facilmente, principalmente no primeiro encontro. Mais ele me perguntou o que eu achava dele—Não, não, não... — Ah, e também me recebeu com um lindo buque de peônias—ela sorria triunfante. —eu fui a primeira a ter oficialmente um encontro com o príncipe.

—Ei, ei, ei—Alguém do grupo interrompeu. —Você está engada, Austin me levou para jantar ontem à noite—uma garota de pele bronzeada se destacou—eu não queria contar, porque achei que me tornaria uma pessoa odiada entre vocês. E posso afirmar, ele foi perfeitamente romântico comigo. Ele me levou ao cinema do castelo e escolhemos um filme super bacana e posso dizer... —ela hesitou—A gente quase se beijou, mais infelizmente um guarda veio nos chamar, então não PA-LO-MA, VOCÊ DEFINITIVAMENTE NÃO FOI A PRIMEIRA A TER UM ENCONTRO COM O PRINCIPE.

Dali em diante não ouvi as acusações e os gritos que vinham das selecionadas. Só pude pensar em como ele pode fazer isso comigo?

Como? Como? Como?

Eu-eu...estava me apaixonando por ele? Como você é burra, burra, burra Bella­—maltratava a mim mesma. Como pude deixar-me levar por pequenas palavras? Como pude deixar ele ser o primeiro a me beijar. Lembro-me de ontem, do jantar, da dança, de seus braços fortes me segurando...de seus lábios, tão macios, tão perspicaz...Tudo, tudo não passou de aproveitamento.

Como pude me deixar sem enganada desse jeito. Antes que as lagrimas me afundassem fechei a porta cuidadosamente, tirei os ridículos saltos, e comecei a correr...

Isso não podia estar acontecendo...isso não podia ser real...


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Notas finais do capítulo

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