A Coisa escrita por Liz03


Capítulo 4
Boa Noite Lilo


Notas iniciais do capítulo

*** Capítulo curtinho mas um pouco mais...hot[?] . Não sei se chega a ser, mas ...



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- Muito Obrigado por tudo meu amigo – Marco se despedia de Grael.


- Não me agradeça rapaz- Todos estavam foram do carro, na beira da estrada – Você sabe que não vai ser fácil, não sabe?


- Sei...- Marco olhou para curiosa figura de cabelos ruivos e descabelados que estava ao seu lado. Sorriu – Mas eu não vou desistir Grael, não vou.


- Sei que não – Grael também olhou para Lilo – Chega desse chororô, tchau meu velho – O comandante abraçou Marco – E você? – Ele olhou para Lilo, a “coisa” sorriu, ela estava feliz, Grael abriu os braços para um abraço mas a criatura não entendeu e ficou olhando para onde os braços do comandante apontavam, ele então se aproximou e a abraçou torta mesmo


 


Grael já havia dado sua contribuição, ajudara na fuga e até ali. Voltaria para casa. Agora Marco e Lilo seguiam para uma cidadezinha no interior, onde a mãe do agente tinha uma pousada. Já era noite e eles ainda estavam na estrada.


 


- Marco? – Lilo estava no banco do carona olhando para o agente – Lilo fica?


- Fica onde? – Marco estava exausto depois da viagem ininterrupta.


- Aqui? – Ela olhou em volta – Marco...Lilo...


- Aqui, comigo? – O agente perguntou para si mesmo – Fica – O rapaz olhou rapidamente para Lilo sem perder a atenção da estrada  - Você quer ficar? – Mais uma olhada rápida de canto de olho, mas o suficiente para ver um lindo sorriso brotar no rosto da criatura -  Quer? – Ela riu contente.


 


A cidade era tipicamente interiorana, com ruas apertadas e casinhas discretas. Rapidamente chegaram a uma casa com andar, de um azul desbotado. Marco estacionou o jipe em um terreno baldio.


 


- Lilo, a gente vai ficar aí – Ele apontou para a casa  -É a casa da minha mãe.


- Mãe? – A criatura não sabia o que era aquilo.


- Ela é boa, gosta de mim e vai gostar de você também.- O agente acariciou as mechas ruivas.


 


Bateram na porta. Uma moça de cabelos cacheados veio atender. Ela olhou surpresa.


- Marco?


- Oi  Mia – O agente falou com a irmã. – Posso entrar?


- Claro que pode – Mia pulou no pescoço do agente e lhe deu um forte abraço.- Mãe corre aqui! – Já estavam na sala , ambiente simples mas hospitaleiro.


- Não grite assim Mia...- A senhora de cabelos brancos mas com ar jovem olhou o filho – Deus seja louvado! – Mais um abraço.


- Mãe... – Saudades –Essa é a Lilo – Marco apontou para a moça ruiva que estava ao seu lado com uma cara espantada.- Eu queria saber se nós podemos ficar um pouco por aqui?


- Isso é pergunta menino – A mãe estava emocionada – Pode ficar pra sempre meu querido – Dona Josi acalentou o ombro do rapaz – E você também meu amor, como é mesmo seu nome? – Ela olhou para Lilo.


- Mãe a Lilo é especial...- Marco falou –Ela ainda não sabe falar muito bem...


- Ela é doentinha? Pensei que fosse sua namorada – Mia disse


- Ela não é doentinha –Marco falou sério –É uma longa história....


 


O agente confiava em sua única família, a mãe e a irmã, por isso contou lhes toda a história. Como ele já esperava, elas ficaram um pouco assustadas, mas ver Lilo olhando assustada para o próprio reflexo no espelho, ajudou para que elas concluíssem que a criatura não era perigosa.


 


- Marco – A “coisa” disse – Lilo? – Ela apontou para o reflexo.


- É – Ele se levantou do sofá e ficou junto a ela, e seu reflexo junto ao dela no espelho – E Marco também – Ele sorriu, e olhou para acompanhar a reação dela.


 


Ela olhou surpresa para o espelho e depois admirada. Tocou seu reflexo e o de Marco, e sorriu também. Mia e Dona Josi também sorriram com a cena. Era hora jantar. Todos pegaram seus talheres e comeram. Marco estava com tanta fome, que só foi lembrar depois que Lilo nunca havia se sentado a mesa. Ela encarava o garfo e a faca já em mãos.


 


- Assim...- Marco demonstrou como ela deveria usá-los, mas a tentativa da ruiva foi mal sucedida e a comida que estava em seu prato se espalhou pela mesa. Lilo ficou triste com o fracasso. Dona Josi se levantou de onde estava e se aproximou da criatura colocando sua mão sobre o ombro dela.


 


- Não tem problema – Lilo olhou para a senhora que falava – Coma com a mão mesmo...- Foi a vez de Marco demonstrar o que Lilo deveria fazer, e dessa vez ela conseguiu. E como ficou feliz com isso, com o sucesso da tentativa e com a comida que estava realmente deliciosa.


 


Hora de dormir. A pousada tinha apenas um hóspede, esse havia ido visitar um parente doente, Marco esperou Lilo dormir e foi se deitar. Não dormiria tão fácil, mas um banho quente ajudaria. Tirou a roupa e entrou no chuveiro cuja a água fervia. A musculatura de seu corpo relaxou aos poucos. Vestiu um short estilo “samba canção” e só. Deitou se na cama e agora era só esperar, antes que o sono chegaram vários pensamentos. Perguntas sobre o que fazer? Para onde ir?Havia agido certo? Ajudando uma criatura estranha?O estresse foi voltando aos poucos.


 


A porta se abriu.


Marco olhou imediatamente. Mas não havia com o que se preocupar, alguém também não estava tendo uma boa noite de sono.


 


- O que foi Lilo? – A criatura olhava da porta – Vem cá.


- Marco...- Ela entrou e parou próximo a cama.


- Não consegue dormir não é ?! – Marco ligou o abajur e se sentou na cama – Senta aqui


 


A “coisa’ obedeceu, se sentou ao lado de Marco. Alguns minutos se passaram e ela mais nada fez.


 


- Lilo...- O agente já estava preocupado – O  que foi? Está com medo?


 


Lilo não respondeu, apenas repetiu um gesto que aprendera naquela noite, se aproximou do agente e lhe deu um abraço, desajeitado mas sincero, e apertado já que ela era muito forte.


 


- Ah Lilo...- Marco retribuiu o abraço, ele se perguntava para quê tudo aquilo, por que se arriscar por uma criatura estranha? Estava ali a resposta. O abraço demorado terminou e os dois ficaram se encarando. O agente se aproximou e deu um beijo na bochecha da criatura . Ela congelou. Levou a mão à bochecha e olhou para o rapaz espantada. Tudo era muito novo para ela.


 


Lilo sentiu o corpo ficar mais quente, as mãos suarem. Poderia estar doente. Como se uma força os puxasse para perto, seus rostos foram se aproximando. Seus olhos continuavam abertos. O corpo de Marco sabia o que iria acontecer, por isso sua boca se abriu delicadamente, e continuava se aproximando. Lilo apenas esperava. Até que já não havia distância alguma para traçar entre suas faces, sua bocas se tocaram. Os lábios de Marco tentavam separar os de Lilo, que agora estava petrificada. Sendo impossível separá-los o agente beijou o lábio inferior da “coisa”.


 


Arrepio.


 


Lilo podia não saber o que estava acontecendo, mas sabia que era bom. Sua boca se abriu sozinha. Desajeitada ela beijou o nariz de Marco, que sorriu. E em troca ele apertou com a boca o lábio superior dela. O agente se distanciou do rosto da criatura, agora estava no pescoço, beijou da orelha até a clavícula. Passando uma das mãos na cintura e a outra no cabelo de Lilo, que se mostrou uma boa aprendiz, e tratou logo de mordiscar a orelha do agente. Voltando para a boca, Marco contornou a boca da “coisa” com a ponta da língua. Lilo ainda tinha um aspecto selvagem, e para ela foi normal lamber o rosto do rapaz.


 


Ficou assim, Lilo descobria um prazer intenso, tão novo e tão precioso. E Marco descobria que nenhuma experiência que ele havia tido superava aquele momento, porque ela estava ali, a “coisa”.


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Notas finais do capítulo

*** Tem comentário, tem capítulo novo =] Bjin