Caminhos sem Volta escrita por Kat0203


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :D



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—Oi – Ele disse. Tinha um sotaque estranho, americano talvez. Mas falava português perfeitamente.

O que ele está fazendo aqui?

—Ahn... Oi – Falei sem jeito – Quem é você?

Eu estava nervosa, nunca na minha vida um garoto veio me visitar, só meus primos e meu grupo de estudos.

—Eu sou seu novo vizinho. Minha mãe conversou com a sua e, ela disse que eu podia ver você.

Fiquei com vergonha, minha mãe nem me deixou um bilhete falando que meu novo vizinho iria me visitar.

—Bom, já que você está aqui, pode entrar. – Falei.

Nós entramos e sentamos no sofá da sala, numa distância segura.

—Então... Qual é o seu nome? – Perguntei.

Ele me olhou, seus olhos eram verdes.

—Meu nome é Andrew. E o seu?

Olhei para ele e ele para mim.

—Eu sou Clementine.

Ele sorriu para mim.

—Clementine, é um nome muito bonito.

Conversamos um pouco e descobrir muitas coisas sobre Andrew James. Ele veio do Canadá, pois seus pais se separaram e ele veio com sua mãe, que é daqui, e sua irmã, Kate, de cinco anos. Ele é cinco meses mais velho que eu e, é extremamente engraçado. Ele contava cada piada que poderia ficar rico contando cada uma delas para pessoas importantes.

Naquele momento, Amanda desce as escadas com seu pijama de gatinhos. Ela adorava gatos, mas ela não podia ter nenhum, porque nossa mãe é alérgica e ela não teria como cuidar de um.

—Clem, quem é esse? – pergunta ela, sua voz está rouca.

—Este é Andrew, nosso novo vizinho – respondo. Ela vem até mim e senta em meu colo. Passo a mão por seus cabelos loiros e ela ri.

—Para com isso, Clem! – pede ela, e eu paro. – Oi, Andrew. – ela dá um sorriso para ele. Ele retribui. Ela sai do meu colo e vai para a cozinha.

Olho para Andrew e digo:

—Eu já volto.

Levanto-me e vou para a cozinha. Chego lá, Amanda está sentada a mesa. Ela avisa:

—A mamãe deixou um bilhete para você. – ela indicou um papel em cima do balcão. Estava escrito o nome e a hora que Amanda tinha que tomar os remédios. Místico ás 10h00, ou seja, agora.

Amanda tem um talento, ela sabe ler desde quatro anos de idade. Desde então, ela adora ler livros, tanto infantil quanto infanto-juvenil.

Pego uma caixinha com um papel colado com a hora “10h00”. Dou um comprimido a Amanda e um copo d’água. Ela bebe a água com o remédio.

—Ele é seu namorado? – pergunta Amanda, me fitando com seus olhos verdes.

Sinto minhas bochechas corarem.

—Não, ele não é meu namorado. – respondi, olhando na direção de Andrew. Olho para o desenho que Amanda está pintando. – O que você está colorindo? – Ela tira a mão, parando de pintar e me mostra. Era difícil distinguir o desenho, porque parecia um rabisco, mas parecia um gato.

—É um gato. – ela diz. – Você gostou?

—É claro que eu gostei! – respondo. – Agora, eu preciso voltar para a sala. – dou um beijo em sua testa e volto para a sala.

Andrew estava lá me esperando, não parecia incomodado, apenas perguntou:

—Quer me contar algo?

Sentei ao seu lado e suspirei.

—Amanda tem leucemia, e como você percebeu, ela quebrou o braço. Ela só tem oito anos. Ela foi diagnosticada com leucemia já faz dois anos. – deixo alguns detalhes de fora, já que não conheço Andrew tão bem assim. – Não quero falar nisso agora. Você joga vídeo game?

—É claro que eu jogo! – ele respondeu. – Quais os jogos que você tem? – Mostrei a ele meus principais jogos, ou seja, os únicos. Far Cry 4 Limited Edition, GTA V, Tomb Raider: Underworld e Atlantean Scion, God of War III, Guitar Hero III: Legends of Rock, Watch Dogs e Outlast. Já zerei cada um desses. – Você joga God of War?

—É o meu jogo favorito. – respondi. – Quer jogar?

Ele concordou e ficamos uma hora jogando God of War.

—Acho melhor eu ir – disse Andrew. – Depois a gente se vê.

Acompanhei Andrew até a porta e me despedi dele.

Fui até a cozinha ver como estava Amanda.

— Está com fome? – Pergunto a ela.

Ela assentiu com a cabeça.

—Então precisamos ir para a sua tia, porque eu não sei cozinhar nada de bom. Vamos lá para cima trocar a sua roupa.

Subimos as escadas até o quarto de Amanda. Ela tinha certa dificuldade em trocar de roupa, por causa do braço quebrado, então eu a ajudava.

—Qual roupa você quer vestir? – Pergunto a ela.

Ela pensou um pouco.

—A calça rosa e a blusa de gatinhos!

—Tudo bem. – Respondi. – Tive uma ideia, você quer ficar na casa da sua tia hoje?

—Sim, eu quero! – Amanda adorava a tia. Ela sempre fazia sessões de filmes e dava chocolate para Amanda. Eu não gostava muito da minha tia, nunca tive um motivo, mas nunca gostei dela.

—Vou ligar para ela para avisar que você vai ficar lá, mas só até às sete horas. – Falei.

Liguei para a minha tia depois de vestir Amanda. Ela atendeu:

—Olá, Clem. Algum problema? Como está Amanda? – Sua voz estava rouca. Ela era a irmã da minha mãe, sendo que elas não tinham nada de comum. Minha mãe era morena e minha tia era loira. Igual o meu pai e seu irmão, meu tio era moreno e meu pai loiro.

—Ela está bem. Tia, eu queria te pedir um favor.

—Claro, pode pedir.

—Você pode ficar com a Amanda até as sete? Ela não almoçou e minha mãe não deixou nada.

—É claro! Será um prazer ficar com ela hoje. Você irá trazê-la ou eu vou busca-la? – Minha tia era praticamente nossa vizinha de frente. Não era complicado ir até a sua casa, era somente seguir em frente.

—Eu a levarei até ai. –Respondi. – Até daqui a pouco, tia.

—Até daqui a pouco, Clem. – E a ligação acabou.

—O que ela disse? – Perguntou Amanda.

—Ela disse que tudo bem. – Respondi. – Vou te levar até lá. Pegou o casaco?

Ela pegou um casaco cor-de-rosa no cabide e o vestiu.

Descemos as escadas, peguei a chave em cima da mesa da cozinha e abri a porta para respirar o ar da tarde.

Atravessamos a rua até chegar à casa da nossa tia. Ela estava esperando por nós na entrada da casa.

Ela estava usando um suéter verde de gola comprida, calça legue preta, meias e chinelo.

—Amanda! – Disse minha tia abraçando Amanda. – Você vai a algum lugar, Clem? – Perguntou minha tia.

—Não, eu que dei a ideia de Amanda ficar aqui um pouco. Só até as sete, que é a hora que nossos pais chegam – Respondo.

—Não vai almoçar?

—Não sei, vou ver o que posso fazer em casa. – Olhei para Amanda. – Eu volto às sete horas, tá bom? – Ela concorda com a cabeça e dou um beijo de despedida em sua testa.

Volto para casa correndo, porque começa a chover novamente.

Quando deito em minha cama meu celular começa a tocar. Quando olho, vejo que é minha melhor amiga Lara. Ela deve estar com sua irmã, Amy. Lara e Amy são gêmeas, mas tem personalidades diferentes, como todos os gêmeos do mundo. Lara é mais “Vida Loka” do que Amy, que é a “Fofa” e comportada. Elas são minhas melhores amigas desde, bem, sempre.

—Oi Clem, o que você está fazendo? – Perguntaram Lara e Amy em uníssono.

—Bem, por enquanto nada. –Respondi. – O que vocês estão fazendo?

—Bem, por enquanto nada. – Disse Lara, repetindo minhas palavras. Eu sabia o que elas queriam. Elas queriam vir aqui em casa. Isso não me incomodava, e eu sabia o motivo de elas quererem vir. Lara e Amy eram ricas, bom, pelo menos os pais delas eram. Mas, Lara sempre disse que se eles morrerem, ela herdaria o dinheiro, porque ela é uns cinco minutos mais velha que Amy. Elas sempre vêm para cá quando querem sair daquela mansão.

—Vocês querem vir para cá? – Perguntei indo direto ao ponto.

—Bom, já que você ofereceu, vamos até ai daqui a meia hora. – Avisou Amy, desligando o celular.

Eu gostava delas, eram legais. Às vezes elas brigavam uma com a outra por coisas bobas, mas eu ainda gostava delas. Lara sempre foi a mais violenta, mas ela não era a ponto de matar, mas sim de ameaçar, mas Amy... Ela sempre foi uma boa influência, educada, quieta e gentil. Gostava das duas igualmente, mas eu sempre gostei um pouquinho mais da Lara.

Olhei pela janela para ver se tinha algum sinal de Andrew. Eu ainda não acredito que minha mãe não me deixou nenhum aviso sobre Andrew. Eu conhecia minha mãe melhor que qualquer pessoa, excluindo meu pai é claro. Ela sabia que eu ia gostar de Andrew logo de cara, porque eu o acharia bonito e coisa e tal. Mas eu tenho problemas demais para me preocupar, esse é o meu último ano na escola, meu aniversário está chegando... Tanta coisa.

Mas eu sabia de uma coisa sobre o meu relacionamento com Andrew... Seremos bons amigos.


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Notas finais do capítulo

Um capítulo mais complexo...



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