Green Eyes escrita por Charlotte
Notas iniciais do capítulo
Cap menorzinho hoje. Boa leitura :)
–- Está tudo bem? Ouvi você gritar!
–- Relaxe, Percy, eu estou bem.
Percy a olhou de cima a baixo, deixando-a corada.
–- Que toga é essa?
Rachel ficou tão vermelha que temeu explodir em chamas, assim como Leo podia fazer.
–- A-ah, isso aqui? Eu, hã, achei por aí e resolvi usar...
–- E essa pelúcia?
–- Ah, hum, isso é do meu... ursinho de pelúcia que rasgou... Deve ter grudado e eu nem percebi... – Rachel disse, esperando que ele caísse.
Percy a fitou por alguns segundos e deu de ombros.
–- Cara, que susto você me deu!
–- Deixa disso, eu estou bem.
–- Se você diz... Bem, preciso voltar antes que alguma harpia perceba minha presença e me coma vivo aqui mesmo...
–- Sim, se apresse. Até amanhã! – Rachel mal terminou a frase e a rocha voltou a se fechar sem que ela pedisse, lacrando novamente os dois lá dentro. Ela deu um urro de decepção no travesseiro, para que não precisasse explicar o porquê de estar usando a toga de Octavian e esconder o mesmo no armário novamente.
–- Já posso sair?
–- Já. Ele já foi.
Octavian saiu do armário (o que Rachel interpretou de outra forma e reprimiu uma risada) e suspirou.
–- Que ótimo, presos de novo. – ele foi se sentar no sofá e levou um choque. – Mas o que... – Em todo lugar em que ele se apoiava para poder dormir, levava um choque. Curioso, tocou na cama de Rachel e deu um muxoxo. – Ah, não é possível...
–- Não. Não, não, não mesmo! – Rachel balançou a cabeça em negação. – Você que tome choque, não vai dormir na minha cama! Sem falar que nem tem espaço para nós dois.
Foi Rachel dizer isso e a cama dobrou de tamanho, adicionando outro travesseiro para Octavian.
–- Bem, espaço não é problema...
Rachel pegou uma pilha de cobertas e pôs no meio da cama.
–- Você até pode dormir aqui, mas se desrespeitar o espaço que lhe foi cedido... Eu corto sua barriga assim como você faz com seus ursinhos!
–- Agradeço a gentileza...
–- Ótimo. Boa noite.
–- Igualmente.
Os dois se deitaram e adormeceram quase ao mesmo tempo. Quando estavam totalmente adormecidos, as cobertas levitaram e se foram, e Rachel rolou para o lado de Octavian, o abraçando como o bichinho em que costumava dormir. Ele abriu os olhos devagar, confuso, e se deparou com uma Rachel o agarrando. Se segurou para não dar um grito e a empurrou de volta para seu espaço. Mas poucos segundos depois, a garota estava novamente na mesma posição anterior. Cansado de empurrá-la para o lado e exausto de sono, deixou como estava e se ajeitou, acolhendo-a e permitindo que ela permanecesse em seus braços.
Na manhã seguinte, Rachel abriu os olhos de leve, com o sol invadindo delicadamente a gruta. Ao tentar se espreguiçar, percebeu que estava abraçada a Octavian, que dormia pesadamente. Se levantou rápido, desvencilhando-se dos firmes braços dele, que a envolviam delicadamente. Levou um tempo para se dar conta de que as cobertas usadas como divisão estavam no chão. A garota deu um grito, e Octavian caiu da cama, fazendo um baque surdo no chão.
–- O que...? – o garoto balbuciou, com a cara colada no chão.
–- Eu vou te matar! Você desrespeitou o combinado! Veio para o meu lado da cama!
Ele a encarou com uma expressão tipo você está falando sério?
–- Primeiramente, você é que invadiu o meu espaço. Segundo que eu é que deveria te dissecar por isso. Você começou a me agarrar no meio da noite!
Rachel corou.
–- Mentira, não faria isso nem dormindo.
–- Eu te empurrei várias vezes de volta, mas você insistia em retornar. Então eu acho que adormeci de cansaço, e não sei se você voltou. Pelo visto sim...
–- Você está me zoando...
–- Não, não estou.
Ela tapou o rosto com as mãos.
–- Desculpe, eu não tenho controle de mim mesma durante o sono.
–- Nota-se. Não sei como você não cai da cama, se mexe demais! – Octavian reclamou, ajeitando a roupa. – Ei, espere... Eu estou aqui ainda! Se não estou enganado, as atividades no Acampamento Júpiter já começaram também. E se eu aparecer do lado de fora, nem sei o que podem pensar!
–- Nem sei o que podem pensar se te virem aqui, na minha gruta, depois de ter dormido na minha cama e ter acordado abraçado a mim. – ela sentiu seu rosto esquentar novamente.
–- E agora?
–- Aproveite que está cedo e não há quase nenhum campista acordado. Suba a colina de volta e vá!
–- Mas como é que eu vou voltar, se eu vim de táxi até aqui?
Rachel pegou o celular.
–- Vou ligar para o serviço de táxi para buscarem você o mais rápido possível.
–- Você tem um...
–- Sim, sei que atrai monstros, coisa e tal, mas só o uso para emergências, e essa definitivamente é uma delas.
Octavian deu de ombros.
–- Muito útil.
–- Sei disso. Venha, vamos subir.
Rachel o puxou pelo pulso e saiu correndo colina acima, que estava escorregadia pela chuva na noite anterior. Octavian teve que segurá-la três vezes por seu pé ter grudado ou deslizado no barro.
Em mais ou menos 20 minutos, o táxi apareceu e os dois de levantaram.
–- Você tem dinheiro aí?
–- Dracmas?
–- Não, dinheiro mortal!
–- Hum, espere... – Octavian ia tirando dracmas, sua adaga, alguns pedaços de ambrosia e um cantil de néctar. Quando finalmente achou 30 dólares no fundo do bolso.
–- Como cabe tanta coisa aí?
–- Bolso mágico. Adaptado para esses tipos de situação, quando se sai só com a roupa no corpo.
–- Legal... Bem, agora vá. Até breve... – Rachel lhe deu um beijo estalado na bochecha (muito perto do canto da boca) e saiu correndo, deixando um Octavian corado e um taxista completamente confuso.
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