Green Eyes escrita por Charlotte


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Fiquei sem nenhum tempo de atualizar a fic! Mas agora está mais um para vocês. Como eu disse, o cap ficou absolutamente monstruoso, e mais uma vez, eu tive que dividir. Enfim. Beijos a todos e boa leitura :)



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Rachel bebeu todo o conteúdo do copo rapidamente. Já tinha parado de chorar, e agora uma onda de raiva imensa passava por seu corpo. Se olhasse na cara de Octavian mais uma vez, não sabia se responderia por seus atos.

–- Eu nunca mais quero olhar na cara dele.

–- Claro que quer!

Rachel deu um longo suspiro, e começou a chorar de novo.

–- Claro que eu quero!

Annabeth deu um sorriso compreensivo, e abraçou a ruiva. Enquanto ela chorava em seus braços, a loira pensava num jeito de consertar as coisas. Depois que descobrira que Octavian não tinha desistido, e sim estava tomando coragem para dar um passo a frente, estaria disposta a fazer qualquer coisa para que isso desse certo.

Levantou o queixo de Rachel com um dedo, e a fitou.

–- Eu tenho que ir. Mas ouça, e obedeça! – Annabeth disse, cruzando os braços. – Você vai por a roupa mais bonita que tiver, e...

–- E se eu não tiver?

Annabeth bufou.

–- Claro que você tem! Se não tiver, sei lá, peça pra Afrodite te dar uma ajudinha.

–- Não, obrigada. – Rachel fez uma careta. – Deve ter alguma coisa que preste aqui. Mas pra que eu ia me trocar se nem da gruta eu vou sair?

–- Ah, você vai sim. E sem reclamar. Não vai passar o resto da vida aqui dentro, chorando. Enfim... Você vai se trocar, ficar linda, e mostrar pra todo mundo que você superou isso.

–- Mesmo que eu não tenha superado?

–- Mesmo que você não tenha superado. Ninguém precisa saber.

Rachel bufou e assentiu com a cabeça.

–- Certo, mas eu vou demorar um pouco. Ainda tem um resto de lágrimas pra chorar, além da procura por uma roupa decente e tal.

Annabeth riu.

–- Certo, leve o tempo que precisar. Só não tente me enganar, huh?

–- Ok.

–- Jura pelo Estige?

–- Juro pelo Estige. – Rachel disse, mas Annabeth a olhou, desconfiada. – E eu não estou cruzando os dedos!

–- Ok então. Vou te esperar, hein?

–- Tudo bem.

Annabeth deu um aceno, e saiu correndo para fora da gruta para ver Octavian, e combinar como iriam resolver aquele problema.

_________________________________________________________

Octavian estava nervoso. Por um gesto ridiculamente banal, tinha estragado absolutamente tudo o que fora construído naqueles quatro dias.

Tudo por sua grande covardia e medo de perder. Os resquícios do Octavian de antes ainda se mostravam presentes em momentos difíceis como aquele.

O loiro sentiu um cheiro de perfume importado, e a deusa do amor apareceu em sua frente, com uma expressão irritada, e os braços cruzados. Vênus tocava os dedos dos pés no chão, impacientemente, enquanto esperava uma explicação, com as sobrancelhas arqueadas.

–- Afrodite? – a voz de Annabeth disse atrás dos dois.

–- Olá, Annabeth. Vim dar uma palavrinha com o mocinho aqui...

O áugure fitou Annabeth, franzindo as sobrancelhas. Tinha medo da punição que Vênus poderia lhe dar, como mudar de sexo, ter que passar um mês na cabine de suas crianças, ou coisas que uma deusa do amor pudesse fazer.

–- Eu também precisava... Sabe como é, resolver o mal-entendido.

Afrodite/Vênus encarou o loiro, confusa.

–- Mal-entendido? Mal-entendido? Eu facilitei as coisas para você, garoto. Era só ter feito o pedido!

–- Mas pelo amor dos deuses, pra quem mais eu vou ter que admitir que estava morrendo de medo? – Octavian gritou. – Você só piorou tudo, Vênus! Aquela caixinha me deixou ainda mais nervoso!

A deusa o fitou, complacente.

–- Eu não tinha como saber... Só fiquei ansiosa, porque senti o amor em você. E ah, um amor tão puro, tão lindo... Você não podia deixar passar...

–- Octavian, não precisa ter medo. Você sabe o que fazer...

O loiro assentiu.

–- Eu tinha tomado a minha decisão, e você me parou no meio do caminho. Toda a coragem que me restava escorreu pelo ralo.

Annabeth sorriu, sem graça.

–- Desculpe. Eu estava realmente irritada com você, mas eu não sabia desse detalhe... – a garota apontou para o bolso de Octavian.

–- Você precisa de uma pessoa que fique, mesmo que você esteja dando todos os motivos para que ela se vá. Afinal, quem ama insiste, luta, aguenta, sofre, perdoa, e até cansa. Mas não desiste nunca. Você já achou essa pessoa. – Vênus disse, sorrindo.

–- Ela não vai querer me ver.

–- Ela quer, claro que quer. Mas assim como você, está com medo. Ela achou que tinha sido rejeitada de novo...

–- De novo? – Octavian perguntou, preocupado.

Annabeth lançou à deusa um olhar reprovador.

–- Esqueça. Apenas concentre-se em falar com ela.

Octavian respirou fundo, e assentiu com a cabeça. Já andava em direção da gruta, tentando recuperar sua coragem, mas Vênus o barrou.

–- Tsc tsc... Você realmente acha que ela vai querer olhar na sua cara com você nesse estado? – a deusa apontou da cabeça aos pés de Octavian, com uma expressão de nojo. – Deixe-me dar uma mãozinha...

Vênus acenou a mão, e, assim como da outra vez, deixou Octavian irreconhecivelmente bonito e arrumado.

–- Hã... Obrigado, eu acho...

–- Imagine, docinho!

Com sua coragem de volta, Octavian saiu correndo, dessa vez sem ser barrado por ninguém.

–- Ai meus deuses, eu não sei se ela está pronta ainda! – Annabeth lembrou-se de Rachel, e saiu correndo no encalço do loiro. - Octavian! Octavian! Espere! – Annabeth gritou, mas o áugure não diminuiu o passo. Se parasse mais uma vez, não sabia se ia conseguir reunir coragem para falar.

Com determinação, bateu na rocha que cobria a gruta, e esperou.

–- Eu não sei... se ela está trocada... ainda... – Annabeth disse, ofegante.

–- Você realmente fala como se eu me importasse. – Octavian disse, e a loira riu.

–- Seu pervertido!

–- Eu? Não, não sou... Só preciso fazer isso logo, antes que desista. Então realmente não importa o estado em que ela vai aparecer aqui... Se aparecer.

–- Claro que ela vai aparecer. Só um minuto... RACHEL!

A voz da ruiva ecoou baixinho do outro lado da pedra.

–- Ela deve estar pronta...

A pedra se afastou.

–- Annabeth, tem alguma coisa errada! Eu acho que Afrodite... – mas ela não chegou a terminar sua frase.

Vestida em uma blusa larga com estampa de margaridas, uma calça jeans até as canelas e uma alpargata, Rachel parecia estonteante, sem sequer ter feito nada para isso. A garota pigarreou, e retomou sua postura irritada. Seus olhos cintilavam de raiva.

–- O que você está fazendo aqui? – Rachel perguntou, um pouco hesitante. O fato de Octavian estar tão bem arrumado a deixou nervosa.

–- Resolver as coisas. – ele disse.

–- Não há nada para ser resolvido.

–- Eu acho que vou deixar os dois... – Annabeth disse se afastando.


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Notas finais do capítulo

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