Green Eyes escrita por Charlotte


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Desculpem a demora... Eu disse que o cap passado era o penúltimo, mas esse cap ficou tão grande que eu tive que dividir em duas partes... Enfim. Não vai ser o último (yey!).
Beijos e boa leitura :)



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Os dois ficaram alguns segundos parados no meio da rua, até que Rachel percebeu que o rosto de Octavian ganhava um tom cada vez mais pálido. Ele estava a ponto de explodir, morrer, desfazer-se em pó, ou algo assim.

–- Aconteceu alguma coisa? – a ruiva perguntou, preocupada.

O peso exato de uma caixinha fazia o peso de uma manada de elefantes, e Octavian não conseguia dizer uma palavra.

–- Octavian!

O loiro olhou nos olhos verdes da garota, que exalavam um brilho diferente naquela manhã.

–- Está... tudo bem.

–- Tem certeza? Você parece meio pálido.

–- N-não, eu estou bem.

O celular de Rachel vibrou. Ela deu um sorriso amarelo, e o pegou. Era uma mensagem de Annabeth.

“Mais uma comemoração para festejar sei-lá-o-que. Venham para o nosso acampamento.”

Rachel releu a mensagem e franziu a testa.

–- Algum problema? – ele perguntou.

–- Os acampamentos estão festejando alguma coisa de novo. Acho que precisamos ir.

–- Tem certeza? – Octavian já estava completamente desesperado em ter que fazer o pedido na frente de Rachel apenas, e se tivesse que fazer isso na frente dos dois acampamentos inteiros, fosse morrer.

Mas nos últimos três dias, tinha feito as coisas mais malucas de sua vida. Talvez (talvez) não fizesse diferença. Octavian ainda se importava e morria de medo do que as pessoas fossem pensar dele, mas se segurasse aquilo dentro de si, não iria suportar o peso que iria tomar.

Estava apaixonado? Por mais difícil que fosse admitir, sim, estava.

Então por que era tão difícil e complicado perguntar apenas quatro palavrinhas?

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Os dois seguiram até o Acampamento Meio-Sangue, e o estômago de Octavian se embrulhava cada vez mais.

Ok, não vai ser tão difícil, refletiu. É só abrir a droga da caixinha, ajoelhar-se e fazer o pedido. Pronto, sem dramas. Seu pensamento soava bastante confiante, mas Octavian já não tinha tanta certeza assim.

O que tinha mais medo era um “não” sair da boca dela. Isso seria completamente humilhante.

Octavian tinha demorado para descobrir que tinha algum tipo de sentimento. Se depois de tudo, Rachel não quisesse, talvez não fosse suportar. Só de pensar naquilo, seu coração fazia uma tampa, e o resto de coragem que lhe restava se esvaía completamente.

Assim que chegaram, Octavian tentou se afastar ao máximo de Rachel. Aqueles olhos brilhantes e hipnotizantes tornavam tudo extremamente difícil. Precisava pensar.

Caminhando meio sem rumo pelo bosque, trombou nada mais, nada menos do que com Piper McLean.

–-Ah, é você... Perdão. – ele se desculpou, e continuou andando.

–- Octavian. – Piper chamou, com uma voz mais melodiosa do que de costume. Ainda que quisesse ignorar, Octavian se virou.

–- Sim?

–- Eu sei o que está passando, e sei como te ajudar.

Octavian arqueou as sobrancelhas.

–- Ajudar em que?

–- Minha mãe me avisa de algumas coisas. Como por exemplo, o presentinho que está no seu bolso.

Octavian arregalou os olhos. Piper riu.

–- Qual é o problema? – a garota perguntou.

Sua voz era irresistivelmente convidativa, e quando se deu conta, Octavian já tinha contado todo o drama, e como se sentia sobre o assunto. Piper era uma boa ouvinte. Quando o loiro parou de falar, ela sorriu.

–- Você não tem motivo para ficar tão nervoso. Ela ama você. Ela própria assumiu isso.

–- Mas... mas e se ela recusar?

–- Ela não vai recusar. Octavian, aprenda... Quando uma garota gosta muito de você, ela espera que você retribua todo o sentimento. Faça o pedido. Confie no amor.

O áugure ficou em silêncio por alguns segundos.

–- Escute... Se não quiser pedir em frente ao acampamento todo, apenas traga-a aqui no bosque, num lugar mais isolado, onde vocês não serão incomodados.

–- McLean, eu...

–- Por favor, me chame de Piper.

–- Uh, ok... hum... Piper... – Octavian disse, desconfortável. – E como eu posso fazer isso sem parecer um completo idiota?

Piper riu.

–-O amor deixa a gente tão idiota, que caímos antes das fichas... Não se preocupe, eu conheço Rachel. – Piper olhou em seu relógio de pulso. – Ops! Tenho que ir. Não se esqueça!

–- Certo... Obrigado, então...

–- Por nada!

Octavian sentou na grama, e encarou o lago. Piper estava certa. Se não tomasse uma atitude logo, talvez pudesse perdê-la. E se isso acontecesse, qual seria o sentido da vida, afinal? Rachel fazia com que seu fardo de ser o Oráculo do acampamento ficasse muito mais leve. Ela o entendia.

E mesmo com todas as brigas que tiveram, a cada xingamento, a cada tapa, a cada grito que ela dava, Octavian se sentia cada vez mais preso a ela. Tá bom, pensou, suspirando. O amor venceu. Você venceu.

Octavian, então, chegou à conclusão. A única maneira de se livrar desse sentimento, era aceitando ele, parando de querer ganhar dele, parando de esconder e reprimir.

Tirou a caixinha do bolso. O veludo vermelho tinha um toque suave e agradável em sua pele. Abrindo, a joia dentro era uma esmeralda, que combinava perfeitamente com o tom dos olhos dela. Pela primeira vez, aprovou o gosto de Vênus.

Em uma prece silenciosa, agradeceu. Por tudo. Por tê-la encontrado, por ter se apaixonado. Antes, o amor era uma coisa macabra, mas quando ele realmente o sentiu, notou que nunca houve um motivo para negá-lo, realmente.

Agora, mais confiante, correu atrás de Rachel. Era agora ou nunca.

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Annabeth acariciava os cabelos ruivos de Rachel, enquanto a menina chorava copiosamente em seu ombro. As duas escapuliram para a caverna de Rachel assim que a loira notou que havia algo errado.

–- Eu sabia, ah, eu te disse, Annabeth! – a ruiva disse, em meio a soluços. – Ele nunca gostou de mim de verdade! Agora os deuses vão ficar muito bravos com a gente também, porque todo aquele esforço foi pra nada! – Rachel gritou a última palavra.

–- Rachel, calma, ok? Calma! Eu vou pegar um copo de água pra você. Não saia daqui, entendeu?

Rachel assentiu com a cabeça, e Annabeth saiu correndo.

No meio do caminho, trombou com Octavian.

–- Annabeth, graças aos deuses! Onde está Rachel?

A loira o encarou ferozmente.

–- Na gruta.

Octavian ia sair correndo, mas Annabeth agarrou sua camiseta.

–- Acho que já fez o bastante. – resmungou.

–- Não, foi tudo um grande mal entendido!

–- Mal entendido? Você acabou de beijá-la, e do nada fica estranho, e abandona ela no meio dos dois acampamentos, e... oh. Meus. Deuses. – Annabeth deixou o queixo cair quando Octavian tirou a caixinha do bolso.

–- Entende agora? Eu precisava pensar! Ter que falar isso sem parecer ridículo já é bastante ruim, mas na frente do seu e do meu acampamento, acho que é um pouquinho pior!

–- Você precisa falar isso pra ela! Mas como...?

Octavian a fitou.

–- Ela não vai querer me ver nem pintado de ouro... – ele suspirou.

–- Nós vamos resolver isso, ok? Não saia daqui. Eu vou pegar um copo de água para Rachel, e volto aqui.

Octavian suspirou, passando a mão pelos cabelos. Por fim, assentiu, observando a cabeleira loira de Annabeth se afastar.


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Notas finais do capítulo

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