Green Eyes escrita por Charlotte


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Vou tentar continuar nesse ritmo, sem me demorar muito. Estamos na reta final da fic, e eu já estou ficando com saudades... :c
Mas enfim, deixando isso de lado, beijos e boa leitura :)



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Octavian andava de um lado para o outro, preocupado. Só depois de tudo o que houve, ele se lembrou da castidade dos oráculos. Quando aceitou receber as profecias, ouviu as regras com atenção, e aceitou-as de bom grado, pois nunca ia imaginar que gostaria de alguém nessa vida. Mas só quando Rachel chegou para embaralhar tudo, que ele se deu conta de que estava errado.

Agora tinha medo de que o espírito do Oráculo não o mostrasse as profecias, e que todo o acampamento se ferrasse por causa dele. E decidiu que daria um gelo em Rachel Elisabeth Dare até que as coisas se acertassem. Por mais doesse fazer isso, ele faria. E talvez não fosse tão difícil, afinal eles se conheciam há dois dias. E mais uma vez, Octavian estava redondamente enganado.

Batidas na porta o trouxeram de volta à realidade. Era Reyna, e parecia feliz (por mais incrível que isso possa parecer).

–- Sim?

–- Trago boas notícias. O plano de Annabeth deu certo.

–- Hm, bom para ela. – Octavian já ia fechar a porta, mas Reyna segurou.

–- E esse plano envolve você e Rachel Elizabeth Dare.

Octavian arregalou os olhos.

–- Posso entrar?

–- Ah... hum, claro.

Reyna entrou no gabinete/quarto de Octavian, que parecia bem desarrumado, observando os padrões dele.

–- Pode me dizer a parte que me toca nesse “plano” da Annabeth?

–- Na verdade, eu sempre tive uma ideia sobre as regras para se tornar oráculo, e em uma delas, diz que o receptor deve ser puro, virgem e sadio. Além de abrir mão de qualquer tipo de relação afeto-amorosa com qualquer um. Correto?

Octavian corou de leve e pigarreou.

–- Sim, e daí?

–- E daí que nós, mais especificamente, Annabeth, conseguiu mudar isso.

Ele arqueou as sobrancelhas, incrédulo.

–- Ela fez uma pesquisa sobre o assunto, e encontrou evidências de que, se um oráculo se apaixonar ou namorar alguém, não deverá ser punido.

–- Certo. Mas o que adiantam só evidências?

Reyna deu um sorriso de meia boca.

–- O negócio é que nós levamos isso ao Olimpo. E eles concordaram em mudar as regras.

Octavian não conseguiu conter sua surpresa.

–- Você está brincando...? – Octavian disse, abrindo um grande sorriso, mas desfazendo-o logo em seguida.

–- Não, não estou. Eu estava lá. Apenas Ares e Hera não estavam de acordo, mas só dois deuses não poderiam arruinar com tudo, e passar por cima da opinião de todos os outros dez olimpianos.

–- Interessante. – Octavian disse, tentando reprimir sua felicidade ao saber daquilo. – Mas eu não sei o que isso tem a ver comigo.

Reyna arqueou as sobrancelhas.

–- Suponhamos que tenha tudo a ver com você, pois terá a oportunidade de ficar com a garota que você deseja ficar. Mas é apenas uma suposição. Vou dar um tempo para digerir a informação. Tenha um bom dia. – ela disse, e fechou a porta, sem dar chance a Octavian de retrucar.

Assim que teve certeza de que Reyna não podia vê-lo, Octavian começou a rir.

Problema resolvido.

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–- Você vai falar com ele.

Rachel revirou os olhos.

–- Reyna já deu a notícia! Eu não preciso falar nada com aquele estúpido.

–- O estúpido que você ama.

–- Ok, ok, pode parar com isso! – Rachel disse, ruborizando.

–- Vamos, Rachel... – Annabeth fez beicinho. – Você não sabe o quanto foi difícil mudar essas regras, e agora que conseguimos, você simplesmente se recusa a olhá-lo na cara outra vez?

–- Eu sei. Eu não consigo encará-lo por pura e absoluta vergonha.

Annabeth arqueou as sobrancelhas.

–- Vergonha do que?

–- De tudo. Foi um erro. Não devíamos fazer isso.

–- Ah, cale a boca! Vou pegar um bolinho de mirtilo pra você, e quando eu voltar, esteja pronta. Você vai dar uma volta por ai, tomar um ar, e vamos ver se não muda de ideia.

Rachel percebeu que ela não aceitaria uma resposta negativa, e apenas concordou com a cabeça. Annabeth saiu da gruta, e Rachel caminhou até o armário, para garantir que nenhuma roupa tivesse sumido. Estavam todas lá, graças aos deuses.

Procurou, mas nenhuma parecia ser realmente boa.

Em pouco tempo, a maioria de seu armário estava jogado em cima da cama, e Rachel, completamente frustrada, se jogou em cima do montinho.

–- Rachel, hã... você está bem?

–- Eu não tenho roupa pra ir!

Annabeth riu, e andou até a cama de Rachel. Olhando para o montinho de roupas, ela escolheu uma camiseta lisa, uma camisa amarela claro, e uma jardineira. Nos pés, um coturno marrom levemente surrado.

–- Tem certeza?

–- Absoluta. Se troque logo. – Annabeth sorriu.

–- Certo... – Rachel disse, indo para o banheiro.

Ela se trocou e lavou o rosto. As borboletas em seu estômago não aliviavam um segundo sequer. Saiu do banheiro, e Annabeth abriu um grande sorriso.

–- Ficou bom? – ela disse, rodopiando.

–- Está ótimo! Boa sorte!

–- Vou precisar. – Rachel disse e abraçou Annabeth. A loira retribuiu, e passou as mãos no cabelo de Rachel, para reconfortá-la.

–- Hey! Relaxe... O que poderia dar errado?

Rachel pensou em todas as coisas que realmente poderiam dar errado, mas guardou para si.

Foi uma viagem rápida até o Museu de História Natural. Rachel sentou-se nas escadas, tamborilando seus dedos no degrau. Enquanto esperava, pôde ouvir um artista de rua com um violão cantava a mesma música que Octavian, naquele dia no bosque. Rachel reconheceu a melodia, e parou para ouvir.

Os olhos verdes
Você é aquela que eu queria encontrar
E qualquer um que tentasse te negar
Deveria estar maluco

Porque eu cheguei aqui com um fardo
E este me parece tão mais leve
Desde que te encontrei
Querida, você deveria saber
Que eu nunca poderia continuar
Sem você

Os olhos de Rachel eram verdes. E eles se fixaram em uma única figura: o garoto que caminhava em sua direção, com um fantasma de sorriso passando por seu rosto. Ela o fitou, surpresa. Ele parecia com um adolescente normal sem aquela toga e a adaga de ouro imperial. Suas olheiras tinham sumido, revelando o tom azul-acinzentado de seus olhos.

–- Olá.

–- Oi.

–- O que está fazendo aqui?

–- O que você está fazendo aqui?

–- Vim tomar um ar. – Rachel disse.

–- E eu, conhecer melhor NY. Estive poucas vezes aqui...

–- É um bom lugar.

O artista de rua sorriu, colocou seu violão nas costas, e deu uma piscadela que só Apolo seria capaz de dar.

Rachel sorriu, atônita.

–- O que foi?

–- Nada... – ela reprimiu um sorriso. – Bem, já que nós estamos aqui...

–- Eu ia te convidar pra...

–- Pra...?

–- Sei lá, tomar um frapuccino, coisa e tal... M-mas se você não quiser, tudo bem...

Rachel pôs dois dedos na boca dele, para calá-lo.

–- Eu aceito.

O rosto de Octavian se iluminou em um sorrisinho.

–- Então está certo. – ele estendeu o braço para Rachel. – Poderia ter o prazer de sua companhia?

Rachel riu e deu o braço a ele.

–- Com toda a certeza.


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Notas finais do capítulo

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