Pandemonium escrita por Angelic Power


Capítulo 2
Pandemonium


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MEU POVO! Por Raziel, me perdoem por ter demorado TANTO tempo, mas acabei tendo uma semana louca. MAS, não importa, aqui esta um cap novinho em folha! Agradeço demaaaais aos meus novos leitores, amei os comentários, espero que não se decepcionem com a história. Nos falamos depois......



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3 meses depois...

O lugar estava abarrotado de pessoas, bem, de seres vivos, digamos assim. A música alta não abafava os berros eufóricos de bêbados ou o que quer que fosse. Theo conhecia o local. Era a boate que estivera com sua irmã há alguns meses. Ele não compreendia o motivo de estar lá.

–Theodore Verlac. -Ecoou uma voz atrás de si. Theo se virou e deparou-se com mais pessoas. Balançavam de um lado para o outro seguindo a perturbadora melodia.

–Quem está ai? -Berrou Theo.

–Logo você saberá. Cuidado, criança, você corre perigo. Nem as barreiras da Cidade de Vidro irá proteger-lhe do caos.

–Do que está falando? De Valentim? -Questionou Theo, encarando o teto da boate. A voz fez um ruído parecido com uma risada.

–Valentim? Existem coisas piores que Valentim. O Pandemônio irá vingar-se, Theodore. Faça algo antes que o tempo se esgote.

–Pandemônio? Mas...

–Acorde, criatura! -Berrou Val, arrancando-o do sono com um travesseiro.

–O que? Pelo Anjo, Valerie, saia daqui! -Reclamou, empurrando-a para fora de sua cama.

–Precisamos ir! A Clave esta em reunião.

–E daí? Não temos idade para ir, vamos fazer dezoito ano que vem.

–Não importa, quero saber do que estão falando!

–De Valentim ou algo do tipo...

–Ande, Theo, pare de ser chato! -Ela segurou a mão do irmão e arrastou-o para fora.

***

Suas pernas corriam, mas sua mente se fixava no sonho. Theo notara coisas estranhas na boate, mas não sabia nenhum motivo que o fizesse se preocupar com o lugar. Ao chegarem ao local da reunião, Valerie logo correu em direção a porta e se esgueirou em meio a multidão, mas não foi seguida pelo irmão.

O garoto correu até a biblioteca, perto da residência do Inquisidor. Lá estava Fehr Kingsmill, um homem de cabelos grisalhos e expressão séria, apesar da aparência, Fehr sempre fora gentil com Theo.

A biblioteca de Alicante era a maior que já vira. O homem se encontrava atrás do balcão, envolvido em uma leitura. Ao ver a chegada do menino, se levantou e sorriu.

–Theodore, é bom vê-lo. Posso ajuda-lo em alguma coisa?

–Fehr, eu... bem, ando tendo o mesmo sonho há um tempo. Uma voz me diz coisas estranhas sobre uma boate em que estive com Valerie e...

–Qual era o nome?

–Pandemônio.

O homem teve uma reação inesperada. Seu rosto expressou espanto, enquanto o livro em duas mãos caia no chão.

–Você disse... Pandemonio?

–Sim, já ouviu falar?

–A maioria de nós já ouviu falar desse clube. -Relatou, pegando o livro de volta.

–Não, senhor. Eu disse boate.

–Certamente seu sonho não se referia a uma boate, meu caro rapaz. Bem, sente-se, lhe explicarei o que quero dizer.

Theo assentiu. Acompanhou Fehr até o amontoado de sofás. Sentaram-se frente a frente. Ele possuía um olhar severo, o menino nunca o vira daquele modo.

–O clube Pandemônio foi fundado há muito tempo, por mundanos. Alguns que conheceram o mundo das sombras e quiseram se envolver nele. Alguns se tornaram mais poderosos do que jamais desejamos, mas o clube se dissolveu com o tempo.

–Acha que pode ainda existir?

–É bem provável, mundanos não lidam bem com nosso mundo.

–Sabe como o clube surgiu?

Fehr fechou os olhos e respirou fundo. Theo sentiu um frio na espinha percorrer seu corpo. Tinha algo muito errado, e ele sabia disso.

–Bem, creio que não possuo a resposta sobre isso, só sei que o clube foi formado com a ajuda de uma família.

–Que seria...? -Perguntou o garoto. Fehr hesitou por um momento.

–Verlac. -Falou tão baixo quanto um sussurro.

–O que? Esta mentindo, minha família não...

–Theodore, como eu disse, não sei ao certo como o clube se formou, talvez devesse procurar algumas informações.

–Onde? -Exaltou-se, Theo. Seu coração saltava, ora raiva, ora desespero. ia Sua família não sera capaz de tal ato, ou seria...?

–Bem, posso ver se acho algo, venha comigo.

Os dois pararam na ala "P". Fehr procurava os livros com uma rapidez surpreendente, enquanto Theo, não fazia ideia do que queria achar.

–Encontrei, garoto! -Berrou o homem do fim do corredor. Theo correu até ele. Aquela era uma ala bastante antiga, os livros pareciam estar se decompondo.

Fehr mostrou a Theo um grande livro. Sua capa era negra, e nela, se fixava um simbolo em relevo. Duas serpentes douradas, uma mordendo a outra, formando um círculo. Abaixo delas, se encontrava algo escrito, mas estava se apagando. O menino forçou a visão e conseguiu enxergar as palavras douradas saltarem para seus olhos. PANDEMONIUM, era seu nome.

–É tão estranho... jamais notara esse livro em minha biblioteca. -Relatou o homem. Theo soltou uma gargalhada.

–Claro que não notou, esse lugar deve possuir uns milhares de livros, ou mais!

–Sei todos os livros que possuo, Theodore, fui treinado para meu cargo. Essa biblioteca possui livros poderosos e até perigosos, mas este livro... tem algo errado.

–Por favor, Fehr, deixe-me ficar com ele, preciso saber porque minha família se envolveu com mundanos. -Ele hesitou, por um longo tempo. Theo tinha medo de que o velho recusasse seu pedido.

–Tudo bem, mas não conte sobre esse livro até que eu obtenha informações sobre ele.

–Direi apenas para minha irmã, sabe bem que a curiosidade dela é imensa.

–Valerie não será um problema. -Assentiu- Agora vá, prometo lhe comunicar logo!

Theo agradeceu e se retirou o mais rápido possível do lugar. Notou que a reunião da Clave já havia acabado. Muitos deles se encontravam do lado de fora. Seus passos rapidamente o levaram até o solar Verlac. Uma espécie de mansão antiga. Na porta se encontravam... Seus olhos se arregalaram. Duas serpentes, não estavam se mordendo, formavam algo como um X, mas não impediu que se assustasse. Eram muito parecidas.

Ele sacudiu a cabeça para espantar o pensamento sobre a cena e correu até seu quarto. Lá se encontrava Valerie. Seus olhos castanhos o examinavam com ira.

–Onde raios você se meteu, Theodore? -Gritou ela.

–Estive com Fehr. -Declarou, omitindo boa parte da história.

–Qual a graça de bibliotecas, afinal? -Bufou, Val.

–Não importa agora, preciso lhe mostrar uma coisa.

Fechou a porta e as cortinas, certificando-se que ninguém veria o livro. Sentou-se na cama e mostrou o objeto para a irmã. Valerie olhou maravilhada e, ao mesmo tempo, confusa.

Pandemonium... -Sussurrou ela.

Imediatamente, o livro se abriu. Um vento gelado percorreu o quarto e Theo pôde ouvir a voz de seu sonho ecoar em sua mente outra vez.

O Pandemônio irá vingar-se, Theodore. Faça algo antes que o tempo se esgote.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram ou odiaram? O livro vai trazer muitas revelações, a vingança está próxima, meus caros. Até os comentários!! Sejam legais e comentem ♥



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