Unpredictable Love escrita por Bruna Neuer


Capítulo 21
You watch me bleed until I can't breathe


Notas iniciais do capítulo

Voltei! E adivinhem??? Esse é um CAPÍTULO BÔNUS no ponto de vista do James, sim do James!
Neste capítulo James irá falar um pouco sobre a sua vida e sobre a sua relação com os amigos e família. Achei que ficaria interessante fazer um capítulo assim, até mesmo para explicar algumas situações que ficaram confusas.
O capítulo começa no inicio do ano de Hogwarts e vai até o dia atual. Qualquer dúvida é só me perguntar.
Espero que gostem, XOXO.

Música do capítulo: Stitches - Shawn Mendes



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Hoje é dia primeiro de Setembro, novamente, e é óbvio que eu estou voltando para Hogwarts. Não fiz muitas coisas nas férias, como sempre. O ponto alto delas foi que eu tive a chance de voltar para minha casa, na Suécia. Depois de passar tanto tempo na Inglaterra com os meus avós maternos, é sempre bom voltar para o lugar onde realmente me sinto em casa.

Minha vida é complicada em relação ao quesito família. Tenho dois irmãos mais velhos que moram na Suécia pelo fato de já terem concluído Hogwarts e dois primos, também mais velhos, que moram comigo da casa da vovó. Minha mãe é inglesa, mas se casou com o meu pai, que é sueco, o que me fez nascer e crescer na Suécia. Quando me mudei para a Inglaterra, aos onze anos, foi bem difícil, mas hoje já estou acostumado com a situação.

É claro que quando eu acabar meus deveres em Hogwarts eu pretendo voltar para a Suécia, não tenho muita coisa que me prenda em Londres. Bom, por enquanto eu estou aqui embarcando no trem que me levará para Hogwarts, junto com todos os outros alunos.

Estou na mesma cabine de sempre, com as mesmas pessoas de sempre e indo para o mesmo lugar. A única coisa que eu queria mesmo era poder fazer algo diferente.

–Você vive perdendo essa desgraça, Noah! – meu primo reclamava como sempre com o nosso amigo de casa e dormitório, Noah Wilson.

–Não acredito que você perdeu aquele roedor pelo terceiro ano seguido – eu disse – Você tem certeza que você trouxe ele?

–Claro que sim, seu idiota. Eu não traria a gaiola sem nada dentro, não é? – Noah não parecia ter total certeza.

Quando nos demos conta, tinha um garoto estranho na porta da nossa cabine, com o rato de Noah na mão.

– Isso é de algum de vocês? – o estranho perguntou – Ele apareceu na cabine ao lado e não pertence a nenhum de nós.

–Você é novo aqui? – perguntou Jackson, meu primo. Sempre fazendo perguntas estúpidas.

–Sou – O garoto respondeu entregando o roedor a Noah. Ele parecia bastante confortável, o que me fez ter pena dele, pois nunca ninguém chegou assim em Hogwarts, o que vai chamar atenção para ele, o que é ruim. O que quero dizer é que ninguém novo chega a Hogwarts, a não ser que esteja no primeiro ano, e eu tenho certeza que ele é bastante velho para um primeiranista.

–Você quer ficar aqui com a gente e contar como chegou? – dessa vez foi eu quem interagiu com o estranho.

Ele era um tanto frio, tinha um jeito desconfiado, o que foi mais um motivo para ele ficar conosco, porque ele certamente iria para a Sonserina.

–Qual é o seu nome? – Jackson perguntou.

– Thomas - ele respondeu entrando na nossa cabine.

– Seja bem vindo, Thomas. – continuou Jackson – Esses são James e Noah, nós somos da Sonserina e como todo mundo aqui nesse trem, nós chegamos ao início primeiro ano.

–Você sabe como Hogwarts funciona? – eu perguntei.

–Sim, eu sei. Eu ainda não fui colocado em nenhuma casa e vou para o sexto ano. – ele respondeu – Qual o ano de vocês?

– Eu e Noah somos do sexto, Jackson e do sétimo. – respondi a ele.

–Então, foi legal conhecer vocês, mas sinto que tenho que voltar para onde eu estava – Thomas disse se levantando.

–Tudo bem, tchau. – eu disse.

Hoje já é dia 30 de outubro, e nossa como as coisas mudaram desde o dia que retornei à Hogwarts. Fiz novos amigos, que hoje não me imagino ficando sem eles, e tenho que admitir para mim mesmo que gosto de alguém que vale a pena arriscar.

Thomas Hale, o estranho do trem virou meu melhor amigo. Alyssa Mason, uma garota que até pouco tempo eu fingia que não existia é agora muito mais do que só uma amiga, mas é evidente que ela não sabe disso. Noah não é mais um amigo próximo, desde que ele começou a andar com a Allison, ele nunca mais foi o mesmo. Só Jackson continua o mesmo, o que também é bom.

Em relação às aulas, elas estão tão difíceis como eu achei que fossem ser, mas para a minha sorte, Thomas é um nerd. Ele é a única pessoa que sabe que eu gosto da Alyssa e eu sou a única pessoa que sabe que ele gosta da ruiva da Grifinória.

Thomas vive dizendo que amar é sofrer, e ele está certo. Desde que comecei a gostar de Alyssa, a minha vida nunca mais foi a mesma. Ela é uma pessoa difícil e eu até certo ponto também. Mas ela também faz com que a vida pareça mais simples, mais divertida.

–Como vai a sua relação com Alyssa? – Thomas me perguntou tentando me fazer passar vergonha já que ela está a alguns metros de distância.

–Cala a boca ,Hale! – eu disse vermelho, ela olhou para cá ao ouvir seu nome.

–Você está vermelho, sabia? – ele estava rindo

–Sei! Eu estou sentindo, sabe!

Em um piscar de olhos, nós já estamos em dezembro, às vésperas do baile de Inverno. E advinha? Eu convidei a Alyssa e ela disse que sim. Hoje me sinto culpado por todas as vezes que falei mal dela pelas costas ou que falei alguma coisa idiota que não devia na frente dela. Esses anos eu fui tão idiota, por não olhar o que tem ao meu redor. Eu sempre me achei o melhor de todos, tão bom que não valia a pena me misturar com o resto. Bom, um dia espero me desculpar com ela por tudo que já fiz de ruim, por hoje estamos todos satisfeitos com os nossos pares para o baile.

Mas tarde quando o baile começar, eu espero já ter acabado com as tarefas do desgraçado do Snape. Eu acho que eu sou o único na Sonserina que não o suporta, mas ele é ridículo! Ele passa dever em todas as aulas, o que custava ele não passar hoje? Tudo bem que eu meio que procrastinei com a história de ajudar o Thomas com a sua operação cupido, mas quem liga?

–Quantas questões faltam para você? – Thomas me perguntou.

– Três.

–Copia do meu, é mais rápido – ele disse me entregando o pergaminho.

–Se o Snape descobrir nós dois vamos nos dar mal, você sabe né?

–E só não copiar idêntico. Sério mesmo que você acha mesmo que ele corrige tudo isso?

–Ah sei lá, eu não entendo o seboso.

Thomas riu. Ele era um dos alunos que gostavam do Snape.

– E você, Thomas, como se sente sabendo que daqui a pouco tempo vai enfrentar alguma coisa mortífera no Torneio Tribruxo? – perguntei para ele.

–Eu estou tentando não pensar nisso. Eu não quero morrer, só isso.

–Você não vai morrer, só vai se machucar um tanto talvez muito. – Eu estava tentando fazer com que ele risse, é claro que o Torneio é perigoso.

–Sério, cara. Eu li alguns livros na biblioteca que falam sobre torneios passados. Eles são assustadores. O Torneio só acaba quando um vencedor é eleito, não importa se o resto já morreu. – Thomas fica muito sério toda vez que toco nesse assunto.

–Okay, né. Acho melhor trocarmos de assunto.

– Temos que nós arrumar para o baile, na verdade. – Ele constatou olhando para um relógio antigo que tinha em nossa sala comunal.

Após tantas felicidades e emoções no baile, eu fiz a coisa mais idiota da minha vida inteira que foi ficar bêbado no baile. Thomas estava com Beatrice. Eu estava com Alyssa tendo a melhor noite da minha vida, daí suponho que o álcool tenha chegado ao meu cérebro, pois eu resolvi falar tudo o que eu dizia da Alyssa para ela, involuntariamente. Estreguei a noite de nós dois. Thomas tentou me prevenir, mas eu sendo ridículo novamente, não o ouvi.

Ela me jogou no lago, e parecia estar mais com raiva do que tristeza, pois ela é desse tipo de pessoa. Ela disse que nunca mais queria olhar na minha cara, o que vai ser difícil, e depois voltou para o baile. Thomas estava por perto e tentou me ajudar, disse para ele que não precisava e que era para ele voltar para Beatrice. Um de nós tinha que ter uma noite boa, e ele merecia isso.

Eu estou acabado, não sei o que faço. Nunca soube como era sentir esse tipo de dor, a dor de perder alguém que você ama. Estou colhendo o que eu plantei, e sim, eu mereço isso. A única certeza que eu tenho é que ela irá me fazer sofrer propositalmente.


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Notas finais do capítulo

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