Unpredictable Love escrita por Bruna Neuer


Capítulo 22
I Bet My Life On You


Notas iniciais do capítulo

Oi! Voltei.... Eu estava desaparecida porque a vida não é fácil.
Sobre o capítulo: O ponto de vista é da Beatrice e a música é I bet my life do Imagine Dragons, que não tem muito haver com o capítulo mas eu gostei da frase que dá nome ao capítulo.
Espero que gostem!!!!



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Hoje não era uma segunda-feira qualquer, hoje era a abertura do Torneio Tribruxo, e todos em Hogwarts estão animados. Eu, George e Crystal havíamos acabado de sair da nossa sala comunal e já podíamos perceber como o clima estava diferente. A maior parte das pessoas estava vestida de verde, menos os grifinórios, é claro. Mas posso dizer que nós estávamos torcendo para Thomas ganhar, afinal ele representava a escola.

– Você já falou com o seu namoradinho hoje, criatura ruiva? – perguntou George com um tom irônico na voz.

–Claro que não, duende, nós acabamos de sair! – eu respondi a ele.

– Alguém está um pouquinho nervosa hoje, não acha George? – Crystal falou como se eu não estivesse ao lado dela, odeio quando eles fazem isso.

– Bom eu não a culpo, se o meu namorado estivesse em uma situação que o deixaria prestes a morrer, eu também ficaria irritado. – continuou George.

–Seu namorado, é George? - eu falei, brincando com o provável erro dele - Pensei a minha vida toda que você gostava da Crystal!

–Ei! – Crystal reclamou. Aproposito, eles não haviam comentado nada para mim sobre como tinha sido a noite do Baile de Inverno.

–Credo, eu não posso nem errar mais, dona Beatrice? – George não havia levado a sério, é claro, e isso é uma das coisas que eu mais gosto nele. Ele nunca leva nada a sério, nem quando deveria.

O Salão Principal estava cheio de pessoas gritando de um lado para o outro, como sempre. Mas hoje em particular, seria difícil achar Thomas e eu precisava muito falar com ele, mas parecia que todo mundo em Hogwarts também queria. Isso é muito estranho! Era sempre fácil achar ele, pois Thomas é como um gigante em meio a uma multidão. Hoje não havia nem sinal dele.

Resolvi então procurar o James, mas também não vi nem um sinal dele. A única pessoa da Sonserina que eu conhecia naquela maldita mesa era a Alyssa, que parecia muito interessada lendo uma revista sobre Horóscopo.

–Alyssa! – quando ela ouviu o seu nome, fechou rapidamente a sua revista.

–Oi, Beatrice – ela disse dando um sorriso – Você parece um pouco preocupada. Você precisa de algo?

–Sim, você sabe onde está o Thomas? Ou o James? Porque ele sempre está onde o Thomas está. – perguntei com esperança que ela soubesse.

– Ele, Thomas, estava aqui ainda pouco, mas o Dumbledore o chamou. – ela respondeu – Acho que ele volta logo. Já o James, eu não o vejo desde o Baile.

–Okay, muito obrigada. – agradeci, achando que nossa conversa já tinha terminado.

–Ei Beatrice, você acredita nessas coisas de signos e astrologia? – essa pergunta havia me pegado de surpresa.

–Depende – eu a respondi pensativa – Na verdade, acho que eu não tenho uma opinião formada sobre o assunto.

–Eu acho que você deveria procurar saber mais sobre isso, sabe, isso realmente funciona! – Alyssa falava com um brilho nos olhos que me assustou um pouco.

Quando acabei de tomar meu café da manhã, eu fui para a biblioteca junto a Crystal e George. Mesmo não tendo aula hoje, eu precisava de um livro de poções, eu não podia de jeito algum ficar para a recuperação na matéria do seboso. O livro que eu procurava era grande e feio, mas se ele me ajudasse a tirar a nota máxima no teste, se tornaria meu livro favorito.

– Duvido você ler isso, Beatrice! – disse George quando a Madame Pince bateu com o livro na mesa. Se fosse eu “jogando” o livro na mesa daquele jeito, eu iria ser expulsa da biblioteca para sempre!

– Eu não quero, mas eu preciso – eu disse sem nem um pouquinho de ânimo.

–É só você parar com essa sua mania de perfeição – Crystal comentou. Ela diz que eu tenho certa “mania de perfeição”, porque eu quero sempre fazer tudo da melhor maneira possível e ser a primeira em tudo e quando não dá certo (acontece raramente), eu fico com raiva de mim mesma.

– Eu não sou perfeccionista, se é o que você quer dizer. Eu só gosto de fazer tudo direito.

– Então é claro que você é perfeccionista! Você acabou de descrever uma pessoa perfeccionista – George disse.

–Claro que não! – eu protestei.

–Claro que sim! – ele rebateu – Qualquer dicionário que você pegar vai estar escrito isso!

–Shhhhh! – fez Madame Pince, por um momento esquecemos que estamos na biblioteca. – Mas um barulho e eu o expulsarei os daqui.

–Desculpa – dissemos.

Acabamos indo embora de lá antes que algo pior acontecesse. E eu esqueci o livro. Ótimo! Tudo culpa do George, como sempre. Estávamos indo para os jardins quando a coruja de Thomas, Apolo, me atacou. Ela trazia uma pequena carta, escrita por Thomas, dizendo para eu encontrar ele na Torre de Astronomia.

–Crystal! Como está meu rosto? – eu perguntei, odeio ficar feia, e odeio mais ainda ficar perto dele.

–Bem, eu acho.

–Beatrice, ela não vai reparar nisso – falou George.

–Mas eu vou!

–Está vendo como você é perfeccionista?

Apressei-me para chegar à Torre de Astronomia o mais rápido que pude, eu não sei quando tempo vou ter para ficar com ele antes da prova de hoje começar, então queria aproveitar o máximo possível.

Assim que cheguei, ele estava olhando para a paisagem que havia além das janelas. Ele estava sozinho, como eu imaginei.

–Oi – falei quando eu entrei.

–Olá – ele me respondeu, e depois me beijou por um bom tempo, o que foi um tanto fora do comum, pois eu mal tinha chegado. Resolvi não reclamar, é lógico.

Ele parecia não ter tido uma boa noite de sono, estava cansado com certeza, mesmo assim ele continuava bonito, ele continuava o mesmo homem de sempre, com o cabelo desarrumado, a postura desajeitada e o sorriso.

– Como você está? – eu perguntei tocando o rosto dele. – Eu te procurei hoje mais cedo, mas eu não consegui te achar.

– Estou bem, eu acho, não consigo interpretar meus sentimentos neste exato momento. Um pouco nervoso talvez.

– Vai dar tudo certo. – eu disse e sorri para ele.

Ele sorriu de volta.

– O torneio começa às 4:00, certo?

–Sim, temos que ir logo – ele respondeu – Dumbledore pediu para nós chegarmos pelo menos uma hora mais cedo.

–Tudo bem – respondi – Afinal, como são os outros competidores?

– Kaya é meio metidinha, eu não sei muito qual é a dela, mas acho que se ela quebrasse uma unha faria um escândalo. Não sei, eu posso estar enganado.

–Ela tem cara de quem não vai dar trabalho. E o Elliot?

– Bom, acho que você conhece bem o Louis Elliot – Thomas respondeu e eu senti uma pontada de ciúmes no tom de voz dele.

–Claro que não! Eu nunca conversei com ele sobre ele ser melhor que alguém no Torneio

–Tá, mas você sabe o jeito dele.

Quando nos chegamos ao campo de Quadribol, onde aconteceria a primeira prova do Torneio Tribruxo, o lugar estava começando a ficar cheio.

A primeira coisa que me chamou a atenção foi as três construções que estavam no meio do campo, elas tinham o formato de caixas e eram completamente pretas, não tinha como saber o que havia lá dentro. Deve ser essa a intenção, deixar os espectadores curiosos.

Thomas teve que ficar em uma barraca que era o local de concentração dos participantes, a mesma onde nós do Quadribol ficamos antes dos jogos. Ele me beijou e foi embora, senti que ele não estava tão nervoso quanto antes, mas que ele continuava frio.

Então eu tive que procurar a Crystal e o George, para não ficar sozinha, mas a primeira pessoa que eu encontrei foi o James.

–Beatrice! – ele me chamou.

–Oi, James

– O Thomas já entrou, não é?

–Sim, ele acabou de entrar.

–Ah, eu queria ter falado com ele. – James se lamentou, tenho a impressão que o único amigo de James é o Thomas, o que me fez ficar com pena dele.

–Você quer assistir a prova comigo e com os meus amigos? – eu perguntei

–Grifinórios... – ele falou mais para si do que para mim – Sim, eu quero.

Assim que eu e James encontramos eles faltavam apenas poucos minutos para o jogo começar. Crystal e George estavam com a Ruby e com o Tyler também, o que fez James se sentir um tanto desconfortável, pois o meu irmão mais velho também era o capitão do time de Quadribol da casa a qual pertencia. Os dois já tiveram altas discursões em dias de jogo.

Quando nos demos conta Dumbledore estava começando a falar sobre a prova que os escolhidos teriam que passar. Agora a única coisa que nos resta e desejar boa sorte ao Thomas e eu aposto todas as minhas fichas que ele vai ganhar.


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