Não pensava em mais nada, minha audição sumiu, apenas ouvi o chapéu anunciando: "Grifinoria."
Eu nunca estive tão feliz em toda a minha vida, fui para a mesa da Grifinória que me recebia aos gritos, sentei junto de Lily que me abraçava feliz. Mas ao longe, junto dos Sonserinos, pude ver meu irmão, que não estava tão feliz, já que nunca nos separamos, mas a tristeza dele seria o pior dos meus problemas, deixa só o meu pai ficar sabendo disso.
Depois de um longo jantar, fomos para o Salão Comunal da Grifinória, ele era incrível, o monitor nos mostrou nossos dormintórios, que por sorte, divido com Lily, e mais 3 garotas, Marlene Salvatore, uma garota loira encantadora, Rebeka Cipriano, uma morena com o rosto cheio de sardas, que a deixava muito fofa e Sophie Bronw, que mesmo com os seus 11 anos já era uma garota linda.
– Eu te conheço. Você é a garota que caiu no trem e na frente de todo o castelo.. Disse Sophie aos risos, assim que me apresentei.
– Deixe ela em paz. Lily falou tentando me defender.
E logo Marlene ajudou mudando de assunto, falando sobre sua família, e foi nesse momento que pensei em meu pai, em como ele estaria arrasado quando soubesse que não fui para a Sonserina. Já estava tarde, por isso fomos dormir, e eu dormi, torcendo para que meu pai não me odiase.
– Acorde Belle, você já está atrasada!! Dise Lily me sacudindo.
Nunca troquei de roupa tão rapído, assim que terminei, Lily e eu fomos para o Grande Salão para tomarmos café, e logo fui recebida com um abraço.
– Belle, olhe como o verde realça os meus olhos.
– É verdade Vic, você fica lindo, ou melhor, qualquer roupa deixa você lindo, não é maninho?
Vic sempre foi exibido, e agora na Sonserina ele será mais ainda, sorrindo me despedi dele, e fui me juntar com Lily e os outros.
– Vejam, as corujas com as correspondências. Disse Pedro
Eu gelei, quando vi que a minha coruja trazia um berrador.
– Você tem que abrir, é melhor do que esperar, Remo me disse com um sorriso amigo. Apenas asenti, e peguei a carta, que logo se abriu e começou a gritar.
– COMO ASSIM ANABELLE MIKAELSON, VOCÊ PODE IR PARA A GRIFINÓRIA? TODA A SUA FAMÍLIA FOI PARA A SONSERINA, ESTOU COMPLETAMENTE DECEPCIONADO COM VOCÊ. E DIGA A SEU IRMÃO QUE ELE É MEU MAIOR ORGULHO.
Depois a carta simplesmente pegou fogo, o salão inteiro estava em silêncio, e eu sabia que todos estavam me olhando, Lily me abraçou.
– Eu sei como você esta se sentindo, minha família inteira também foi para a Sonserina, menos eu. Quando procurei quem disse aqui, vi Sirius sorrindo tentando me confortar.
Mas é claro que Sophie não perdeu a oportunidade, e começou a me zuar "Alem de atrapalhada, recebe um berrador doido", todos riram de mim, e naquele momento não aguentei e sai correndo chorando.
Aquele primeiro dia de aula foi terrível, todos que passavam por mim, citavam alguma parte da carta de meu doce pai, até os sonserinos amigos de Vic, faziam questão de passar por mim e falar "Diga a seu irmão que ele é meu maior orgulho". Eu sempre fui a "ovelha negra" da família, nunca me encachei em nada, sempre fui errada, por isso sempre passei meu tempo sozinha.
E no castelo não foi diferente, e a biblioteca se tornou minha nova amiga, e pensar que nela pude encontrar um amigo de verdade.

3 MESES DEPOIS...
Finalmente as férias de Natal chegou, mas como meu pai ainda esta bravo comigo, resolvi ficar no castelo, na biblioteca é claro, mas agora não estou tão sozinha, de tanto passar meu tempo na biblioteca, acabei me tornando amiga de Remo, que também passava muito tempo lá, mesmo tendo os meninos do seu lado. Remo acabou se tornando meu melhor amigo, nos falamos poucos, já que ele prefere ler a conversar, mas o pouco que conversamos, nossa conversa foi fantástica. Mas ele sempre sumia em um periodo do mês, sempre as mesmas desculpas: "Minha mãe ficou doente, tive que visitá-la", "Problemas de família". E sem ele eu me sentia vazia, Lily era uma boa companhia, mas ela estava sempre com o Sev, e quando não estava com ele, estava brigando com o Thiago.
E assim foi o meu Natal, sozinha, já estava tarde quando voltei para o salão da Grifinória, e lá encontrei Sirius.
– Porque esta aqui Black? Não foi passar o natal com sua família?
– Até parece, todos ainda estão com raiva por eu estar na Grifinória, eu não queria ser morto. Disse ele com o seu sorriso maroto. Que por sinal, que sorriso lindo.
– Já que estamos sozinhos, que tal um xadrez bruxo?
– É claro, mas se prepare para perder. Eu disse com um sorriso bobo no rosto.
E quem mais perdeu fui eu.

As aulas voltaram, e com elas uma Sophie mais irritante que o normal, eu já não aguentava mais ouvir ela contando da quantidade de presentes que ganhou, e além de tudo isso, toda vez que ela estava por perto, eu conseguia tropeçar e cair, para que ela pudesse me zuar.
– Papai ficou arrasado de você ter passado as férias aqui. Disse Vic, sentando ao meu lado na mesa junto de Lily.
– É mesmo? Porque? Já que o maior orgulho da vida dele, estava lá. Eu disse já com os olhos cheios de lágrimas.
– Ele disse aquilo na hora da raiva, você sabe que nosso pai te ama, lembra você é a bebê dele.
– Não me chame assim, Vic, você sabe que eu odeio esse apelido.
Mas não adiantou nada, ele continuo me chamando de bebê, até que me irritei e lhe acertei um soco no nariz, que logo em seguida me arrependi. E por causa disso levei a minha primeira detenção, a primeira de muitas.
Depois de mais um dia difícil, e de ter me desculpado com o meu irmão finalmente cheguei em meu dormitório, e fui dormir, com um único desejo de aquele ano acabasse logo.