Impossibilidades Perina escrita por Lilith


Capítulo 78
Deixa eu te mostrar o melhor que eu posso ser




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Após não encontrar ninguém em casa, a lutadora chegou na casa do namorado e foi recebida por Delma com alegria.

–Karina! Acabei de falar com minha irmã, você é sempre bem-vinda aqui! Fica à vontade.

–Obrigada. – Respondeu tímida.

–Aproveita e já me dá sua roupa suja para lavar, depois coloco na secadora e amanhã quando você acordar já estará tudo dobradinho.

–Eu não quero dar trabalho.

–Que isso, trabalho nenhum. É a máquina que vai lavar e não eu. – Riu.

–Deixe-me te ajudar a colocar então.

–Claro, venha. Seu pai te criou muito bem né? Fico mais tranquila pelo meu sobrinho que está vindo, com o João minha irmã teve que fazer tudo sozinha, mas agora ela tem seu pai e eu sei que ele vai acompanhar cada passo.

Karina estagnou no lugar. –Sobrinho?

–Ela estava tão feliz, precisava de ver! Queria ter ido na churrascaria comemorar com eles, mas já, já tenho que ir para o Perfeitão. Hoje graças a Deus o movimento está bom. – Delma falava sem parar, com alegria, enquanto preparava a lavagem das roupas.

–O que foi K? Que cara é essa?

–A Dandara está grávida?

–Ai meu Deus! Eu aqui tagarelando e você ainda não sabia?

–Eu não acredito nisso.

–Me desculpe! Que indelicadeza a minha meu Deus! Vem comigo. – Puxou a garota de volta para a cozinha e indicou a cadeira enquanto abria os armários em busca de alguns ingredientes.

Karina queria chorar. Um irmão? Logo agora que tudo parecia estar fluindo bem? Não sabia ao certo como se sentir sobre isso, sabia que deveria estar feliz, mas não encontrava a felicidade dentro de si. A sensação que estava era algo mais como...medo.

Delma colocou uma xícara à frente dela e puxou uma cadeira ao seu lado, acariciando os ombros da garota.

–Chocolate quente. Minha avó sempre disse que um copo de chocolate quente pode confortar até o mais frio dos coraçõezinhos. – Sorriu.

–Obrigada. – Queria sorrir de volta, mas parecia que os músculos de sua face não queriam obedecer. Deu o primeiro gole no chocolate e fechou os olhos absorvendo o calor e toda a sua doçura.

Delma apenas ficou ali, acariciando seus ombros enquanto ela pensava sobre tudo e ao mesmo tempo sobre nada.

–Você não recebeu bem a notícia.

–É só que...um irmão? Eu não esperava isso.

–Eu vejo. Pode ser um pouquinho ruim de acostumar com a ideia. Mas por que não tenta ver o lado positivo?

–Não acho que exista um. Esse bebê vai roubar meu posto de caçula e toda a pouca atenção que eu tinha de meus pais. Agora a Dandara não vai mais querer cuidar de mim, estará ocupada demais com o bebê.

–Isso não é verdade K, uma mãe sempre encontra espaço para todos os filhos.

–E meu pai? Finalmente vai ter o menino que tanto quis! O campeão dele!

–Nós ainda nem temos como saber o sexo, K.

–Ah, mas eu tenho certeza! Sabe a lei de Murphy? Não tenho dúvidas que será um menino. O lutador que o meu pai sempre quis! E ele vai poder lutar todos os campeonatos sem a mínima resistência do Gael.

–Eu entendo que você esteja se sentindo perdida agora. É natural você sentir medo, ciúmes. Se eu te contasse o que o Pedro falou com a chegada da Tomtom.

–O que ele falou?

–Melhor não dar ideia.

Karina não pôde evitar rir. E continuou:– Logo agora que eu estava curtindo ter uma família grande.

–Então vamos ver pelo lado positivo? – Diante do silêncio da garota ela entendeu como um convite a elaborar. – Esse bebê só vai unir mais sua família, digamos que ele será o elo de ligação entre o amor das duas famílias e vai servir para selar para sempre. Você não terá só alguém para roubar a atenção que era sua, mas terá um irmãozinho para implicar. Ter um bebê em casa é a coisa mais gostosa do mundo e eu tenho certeza que você vai perceber isso. Pense no quanto seu pai está feliz com isso. Eu como mãe posso afirmar que o amor que ele tem por você é só seu e nada pode abalar.

–Não tenho tanta certeza. Um dia nas nossas vidas e já foi o suficiente para meu pai esquecer de mim e me deixar trancada para fora. Agora tudo faz sentido!

–Não pense assim, eles estavam tão empolgados, minha linda. Tente aceitar essa criança K, por ele. Se alguém perguntar, eu não te ensinei isso, mas se for o caso do Gael deixar o filho lutar e você não, use isso a seu favor.

–Como assim?

–O Gael não admite que é machista, se ele deixar o filho lutar, bata o pé dizendo que ele está sendo machista e ele vai negar. Aí você diz que se ele pode, então você também pode.

–Eu posso tentar, mas não prometo nada. Você é esperta.

–Só de tentar já vale. Agora eu preciso ir ao Perfeitão, encontra o Pedro no quarto?

–E a Tomtom?

–Desmaiou de sono, levei ela ao parque hoje e ela brincou até cansar.

–Boa noite. E obrigada por tudo!

–Aqui você sempre terá um refúgio menina. Gostamos demais de você. Boa noite, durma com os anjos.

Apesar da conversa Karina ainda se sentia desorientada, triste. Parecia que toda vez existia algo para atrapalhar a alegria dela, para testá-la. Logo agora que se acertou com Pedro. Pedro. Era do conforto dele que ela precisava. Com esse pensamento subiu as escadas e foi surpreendida com o celular vibrando ao receber uma mensagem dele: “Pensando em você ;) ” Entrou no quarto e se deparou com o garoto apenas de toalha.

Ela vai voltar do CBJr. soava ao fundo e ele cantava desafinado enquanto passava desodorante.

Ela não é do tipo de mulher que se entrega na primeira,
Mas melhora na segunda e o paraíso é na terceira
Ela tem força, ela tem sensibilidade, ela é guerreira
Ela é uma deusa, ela é mulher de verdade
Ela é daquelas que tu gosta na primeira
Se apaixona na segunda e perde a linha na terceira
Ela é discreta e cultua bons livros
E ama os animais, tá ligado eu sou o bicho


Essa situação trouxe-lhe uma lembrança que a fez sorrir.

FLASHBACK ON

–Pedro, posso entrar?

A garota testou a maçaneta, não estava trancado. Então resolveu entrar mesmo sem resposta.

Entrou, fechou a porta e virou-se, passando os olhos pelo quarto que era bem espaçoso. Quando se depara com Pedro próximo da porta do banheiro, de costas para ela e só com uma toalha azul enrolada no quadril.

Karina ficou paralisada, titubeando entre sair correndo e fingir que nem tinha entrado ou chamá-lo. Sair correndo, óbvio– pensou. Mas Pedro virou-se bem nesse momento, assustando com a presença da garota.

–Caraca! Quer me matar de susto, doida?

Karina não conseguiu falar nada, estava hipnotizada, percorrendo os olhos pelo corpo de Pedro, ainda com algumas gotinhas de água pelos ombros, peito e barriga.

–Desculpe, eu bati, acho que você não ouviu.

–O que você quer? - O garoto parou na frente dela e cruzou os braços, o que chamou mais atenção para seus músculos magros.

–Você não se seca? - Falou ainda encarando. Por mais que Pedro estivesse com raiva, não pode deixar de se divertir com o olhar da garota.

–Quer alguma coisa aqui, Esquentadinha? –Falou.

–Quero...não, quer dizer...vim aqui dizer que você não precisava ter saído do seu restaurante por minha causa.

–Me rejeita e depois vem atrás? Não te entendo!

–Eu não rejeitei você! Eu sequer respondi sobre o encontro!

–E acha que ainda precisa? Você deixou bem claro que não quer perder seu tempo comigo, pois não sou tão viril quanto os caras da sua academia!

–Eu não disse isso!

–Eu entendi bem, você prefere os caras como o tal Cobra. E além disso, não queria estragar seu jantar com minha voz irritante!

Karina riu. Ele parecia uma criança fazendo birra.

–Onde está a graça?

–Pensei que esses insultos fossem tão normais entre nós, que nem ofendessem mais.

–Você é uma garota - embora às vezes não pareça - e eu não queria ser estúpido contigo. Por isso vim pra casa.

A boca de Karina despencou. Como assim embora às vezes não pareça?! Pedro não perdeu a reação dela:

–Pensei que as palavras não ofendessem mais.

–Você adora esfregar minhas palavras na minha cara né?!

–Se veio para brigar, pode dar meia volta. Estou cansado.

–Não vim brigar. Vim...pedir desculpas. Mas não sou boa nisso.

–Isso é inédito. Vou te ajudar, é só falar o que estiver sentindo aqui. - E tocou o peito dela.

Karina queria muito beijá-lo, ele estava uma tentação assim, tão perto. Quão errado isso seria? Ela não sabia, mas no momento estava disposta a descobrir. Pedro percebeu que a lutadora o estava admirando novamente e ficou quieto, com ela nunca sabia o que esperar, qual seria o próximo passo.

A lutadora percorreu uma gotinha d'água com seu dedo indicador. Ela o olhou nos olhos e enfim o beijou. Pedro levou uma mão a sua cintura e a outra em sua nuca, guiando o beijo. Karina percorria as costas dele com suas mãos.

O garoto se animou, prensando-a na porta do quarto e erguendo a coxa dela até sua cintura. Karina percorreu o peitoral dele, arrastando as pontas dos dedos pela barriga do músico. Ele a soltou rapidamente, dando as costas para ela. Ambos respiravam pesadamente.

FLASHBACK OFF

Entrou no quarto sem ser notada devido à música e o abraçou pelas costas. Pedro assustou ao ver os braços delicados envolvendo-o, mas reconheceu o anel com o coração no dedo e ao sentir lábios quentes beijando suas costas teve certeza de que só podia ser sua Esquentadinha. Ela encostou a lateral do rosto nas costas e o abraçou com maior firmeza, colando seu corpo ao corpo ainda úmido dele. O guitarrista levou uma das mãos que o abraçavam aos seus lábios e depositou um beijo.

–Ainda nem dormi e já estou sonhando? – Brincou.

–A galera de casa saiu e me deixou para fora. Vou dormir aqui.

–E a minha noite acaba de melhorar consideravelmente! Eu tava pensando em você, sabia?

–Na verdade sabia porque você me enviou a mensagem.

–True.

–Eu te amo Pedro. Posso te pedir algo? - Ele afrouxou o abraço para virar-se e encontrar aquelas duas piscinas azuis presas a ele e sorriu afirmativamente. Suspirando, ela criou coragem e pediu desviando os olhos dos dele. – Me ame essa noite de um jeito que me faça esquecer até de quem eu sou?

–Mas não de que você é minha?

–Não.

–“Deixa eu te levar pra ver o mundo, baby
Deixa eu te mostrar o melhor que eu posso ser”. – Cantarolou, depositando novamente um beijo na mão dela e puxando-a para mais perto, depositou outro beijo, dessa vez em seu ombro e sentindo o gosto salgado ainda do mar. Pescoço. Bochecha. Envolvendo a mandíbula dela com sua mão, ele mergulhou seus lábios nos dela, beijando-a calmamente e intensamente. A outra mão cruzada na cintura dela e descendo para o bumbum, puxando-a ainda mais para perto. Beijaram-se loucamente, Karina percorreu os braços dele com as mãos e ao chegar nos ombros pegou impulso para pular no colo dele, enlaçando-o com as pernas.

Com ela assim no colo e sem quebrar o beijo, ele caminhou tranquilamente até o banheiro, empurrando-a contra os azulejos frios da parede. Após mais alguns minutos de beijos intensos e provocações, ele a desceu e colocou a mão na barra da blusa que ela vestia, com a intenção de tirar.

–O que você está pensando? – Ela perguntou em meio ao beijo.

–Que você está muito tensa e precisa de um bom banho.

Ela segurou a mão dele firmemente, impedindo-o de tirar a blusa e isso fez com que ele a olhasse confuso.

–Desculpe. É que eu não...eu tenho vergonha.

–Espera um pouquinho! – Correndo de volta para o quarto o garoto fuçou no guarda-roupa encontrando a caixa que buscava e retirando dela diversas velas, as velas que usaram na primeira vez deles. Voltou ao banheiro espalhando algumas sobre o vaso, sobre o box e também no vitro alto. Voltou com um isqueiro e as acendeu, apagando por fim a lâmpada.

Karina sorriu ao ver o cuidado que ele teve ao considerar o que ela falou e achar uma solução tão rápido. Pedro era inacreditável. E aquela meia luz gerada pelas velas, o suficiente para enxergar um ao outro, mas escondendo qualquer imperfeição a fez sentir-se mais segura. E não é que acabava dando um toque romântico a tudo? Buscando coragem ela respirou fundo e se despiu lentamente sob o olhar dele fascinado. Primeiro a blusa, depois o short que deslizou com facilidade para baixo. Desprendeu o sutiã e observou um meio sorriso aparecer nos lábios dele enquanto revelava seus seios redondinhos e médios. Virou-se e deslizou a calcinha dando a ele uma visão completa de sua parte favorita. Olhando sobre o ombro ela provocou:

–Vai ficar aí só babando?

E nua entrou no box, ligando o chuveiro e experimentando a sensação da água quente percorrendo sua pele e relaxando seus músculos um a um.

Lembrando de como respirar, Pedro a seguiu e fechou a porta do box. Ele que sempre tinha uma piadinha na ponta da língua simplesmente ficara sem palavras e embora se lembre daquela não ser a primeira vez em um chuveiro, não conseguia realmente acreditar que estava acontecendo. Agradeceu mentalmente a força superior e observou a lutadora lavar os cabelos com o shampoo masculino, ainda de costas para ele.

Ele a puxou um pouco para fora do chuveiro e espalhando sabonete líquido nas mãos passou a lavar as costas dela. Deu uma atenção especial aos ombros:

–Agora você vai ver como é uma massagem de verdade. – Provocou massageando com firmeza os ombros doloridos da garota que sentia o corpo relaxar a cada toque do namorado.

Em meio a massagem ele se colocou mais perto, buscando os lábios dela que inclinou a cabeça para trás para beijá-lo. Pegando mais sabonete ele lavou os braços delicadamente e percorreu a lateral do tronco dela debaixo para cima lentamente enquanto colava o seu corpo as costas dela, os dedos deslizando na pele molhada e macia.

Lavou o colo, provocando os seios, embora sem tocar os mamilos que já estavam rijos. Quando enfim decidiu tocá-los, um gemido baixo escapou da garota. Ele os massageou com vontade e delicadeza, embora a real vontade fosse apertar, morder, senti-los em sua língua. Depois, pensou. Controlando-se e voltando o foco a namorada, ele a provocou acariciando a barriga, descendo a mão e recuando inesperadamente quando chegava ao limite. O corpo de Karina estremecia, ela estava experimentando sensações nunca sentidas dessa forma, seu corpo inteiro parecia pegar fogo e ela estava totalmente desarmada, entregue as carícias e a todo prazer que ele estava lhe proporcionado. Essas carícias em seu baixo-ventre a estava levando ao limite e ela só rezava para que ele descesse a mão um pouquinho mais, onde pela primeira vez desejou ser tocada assim.

Adivinhando seus pensamentos, Pedro rendeu-se e desceu a mão acariciando aquele ponto rosinha e inchado de excitação. Sentiu ela relaxar o corpo contra ele e aumentou o ritmo das carícias. Ela se contorcia sob a mão dele e sentindo o coração dela batendo fortemente não pode evitar sorrir. Querendo conter a excitação para que fosse mais prazeroso no momento certo, ele terminou de lavá-la e virou-a de frente para beijá-la melhor enquanto a água levava a espuma de seus corpos.

Pedro afastou suas pernas ficando um pouco mais baixo e puxou uma perna da loirinha, colocando-a envolta de seu quadril e assim, tendo um acesso melhor para enfim preenche-la completamente.

Beijando-o e tocando-o em todos os lugares possíveis e assim realizando seu desejo, ela o sentiu com cada pedaço de seu ser. E se amaram.

*****

Um carro buzinando na rua despertou Karina, que sorriu ao sentir seu namorado abraçando-a em uma conchinha. Buscou o relógio da cabeceira com os olhos, que marcava 5:55. Mesmo não tendo mais aulas seu relógio biológico insistia em acordá-la o que seria cinco minutos antes do despertador tocar. No próximo final de semana teria o seu primeiro vestibular e lembrar disso fez seu estômago dar uma volta completa.

Recordou-se da noite passada com ternura, mas a boa sensação durou poucos segundos.

–Pedro. Pedro, acorda! – Chacoalhou o namorado.

Abrindo os olhos e sorrindo preguiçosamente, ele saudou:

–Bom dia raio de sol! – Reparou logo em seguida na expressão de sua namorada e preocupou-se. – Você parece apreensiva. Aconteceu alguma coisa?

–Aconteceu Pedro! Esquecemos de nos proteger ontem!

–Não me culpe, você prendeu toda a minha atenção.

–Estou falando sério aqui.

–Desculpe. Mas porque essa preocupação toda? Você não toma pílula?

–Tomo, mas posso ter esquecido de tomar um dia ou outro. Eu não lembrei de levar na viagem.

–Não? Por que não me avisou?

–Não achei que tivesse que te avisar. A gente sempre se protege.

–Você poderia ter comprado, tinha farmácia por lá.

–Eu tenho vergonha Pê, é a Bianca quem costuma comprar para mim.

–Não precisa se preocupar. Que tal um segundo tempo? – Sugeriu maliciosamente, ganhando uma carranca da namorada.

–Não estou segura, bebês nascem em deslizes como esse sabia? Bebês! Eu não estou pronta para ser mãe!

–Ok, agora você está pirando. – Falou inevitavelmente rindo da namorada.

–E você está calmo demais!

–Desculpe, não fica brava. O que eu posso fazer por você? Já sei! Pílula do dia seguinte?

–Será? Mas você busca, eu não tenho coragem!

–Deixa comigo, posso ao menos escovar os dentes antes?

Ela assentiu com a cabeça envergonhada pela situação e por seu descontrole e ganhou um beijo na testa do namorado, enquanto este se levantava.

*****

–Bom dia Pedrão! Acordado tão cedo? O que é? Dor de cabeça? – Cumprimentou animadamente o farmacêutico.

–Bom dia Seu Luís. – Aproximando-se meio encabulado e olhando em volta para ver se não tinha ninguém por perto, encostou-se no balcão e falou baixinho. – Sabe o que é, eu estou precisando de uma...de uma...deumapíluladodiaseguinte. – Derramou as palavras de uma vez, arrancando uma risada do amigo que foi atender ao pedido, voltando com duas opções.

–Então, tenho desses dois tipos, esta aqui é dose única e tenho esta que se toma uma e a outra doze horas depois.

–Melhor essa de uma que ninguém esquece né? Valeu e o sr. nunca me viu aqui atrás disso, certo?

–Pode ficar tranquilo jovem. Só tenha mais cuidado da próxima vez, ok?

Pedro olhou para o caixa e não se moveu, ficou plantado ali no balcão. Luís virou-se, encontrando o garoto ainda ali.

–Precisa de algo mais?

–Não.

–Então já pode ir.

–Eu sei. Só estou criando coragem, imagine a cara da dona Maria quando eu passar com isso no caixa dela?! – Respondeu embaraçado.

Rindo novamente, o farmacêutico o tranquilizou.

–Deixe que eu registro aqui, pode pagar diretamente para mim.

–Valeu! O sr. é fechamento!

Voltou aliviado para casa e ao passar pela banca da Dona Dalva não resistiu a comprar um botão de rosa para sua Esquentadinha. Ah! Sua Esquentadinha! Não havia nada que ele não faria por ela.


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Notas finais do capítulo

Comentem muito, por favor!
Sobre o próximo capítulo eu não sei quando o irá sair, pois a fic irá entrar na reta final e eu vou traçar um plano para não deixar nenhuma ponta solta. Fico feliz em tirar as dúvidas de vocês, seja por aqui, ou na Ask ou no twitter.

Se quiserem só bater um papo, desde que não seja sobre os exs de Santovitti, estamos aí tbm! Sabem onde me achar:
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