— Onde ele está, Christian?

— Não sei, meu doce. Nem lhe diria se soubesse.

— Então o que quer comigo?!

Ele simplesmente a pega pela cintura, sedutoramente e com um sorriso cruel nos lábios; nem ligando para seus protestos, ele lhe dá um beijo alvoroçado, infernal, selvagem e... nada do que ela esperava de um beijo.

Neal não aguentava ver aquilo, pega sua arma nova e cautelosamente, espera eles se afastarem um pouco, mirando assim o peito do bandido e aperta o gatilho. Barb só se dá conta do feito quando vê sangue em seus braços. Lágrimas escorrem de seus belos olhos castanhos, Neal esperava que as mesmas fossem de medo, não de tristeza.

Aquele homem era um monstro, Sanguessuga era um monstro, Neal também era na maior parte do tempo, mas ele queria ser alguém melhor por Barbara, precisava ser...

Agora que a via novamente, ele precisava estar perto dela, mas sua presença também o deixava louco, sem consciência, ele já não era eloquente e persuasivo com ela ao seu lado e isso o assustava.

Na verdade, tudo o que era relacionado a Barb o assustava. Nunca viu mulher mais bela, inocente, sexy, esperta, compreensiva em toda sua vida. Nunca ninguém o entendeu tanto e ficou do seu lado sem esperar nada em troca, ou lhe dar algum golpe. Ela era uma mulher maravilhosa que ele não merecia, mas sem a qual já não podia viver.

— Neal! O que...

— Babs, eu não podia suportar ouvir o que aquele cara estava dizendo, e, além disso, já temos informações do Sanguessuga.

— É, eu... não podia aceitar o que ele estava prestes a fazer.

Neal, ao ver a expressão no rosto dela, corre abraçá-la; pobre menina, já passou por muita coisa num dia só; ele sente necessidade e vontade de cuidar, mimar e fazer feliz a moça que sempre esteve com ele.

— Sinto muito ter lhe envolvido nisso, ter te colocado em perigo...

— Não se desculpe, Caffrey. Sempre estou em perigo.