Reflexo (livro 1 ) escrita por Estefanie Priscila


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

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Seus olhos caem para os meus lábios novamente e me sinto inquieta. Tento me levantar, mas acabo me segurando nos braços fortes de Taylor.

—Acalme-se eu não vou te machucar, se quisesse já teria feito isso.

—Me diga pra quem trabalha e eu direi quem eu sou.

Ele cogita a ideia e assente concordando.

—Trabalho para um grupo fechado chamado Grupo Vermelho, sou como um soldado e vice líder. Trabalho em tempo integral. Somos como o controle da fronteira dos reinos de Crystar e Nychal. Somos em parte rebelados, somos da rebelião – ele foca seus olhos nos meus e sinto o sangue pulsar para todo o meu corpo – senhorita?

—Daniele, princesa Daniele – ele me encarou e depois vistoria todo o meu corpo e ri. Uma bela risada sarcástica.

—Você uma princesa? Esta brincando não é?

Seus olhos param agora em meus cabelos e ele os toca tirando o coque, e eles caem sobre o ombro. Seu sorriso fica em uma linha curvilínea. Depois passa delicadamente os dedos sobre a minha face e me arrepio com o seu toque quente. Então se aproxima e fica na minha frente. Seus lábios estavam agora próximos aos meus e eu sinto seu hálito. Quando ergo os olhos de seus lábios encontro  belos olhos azuis. Ele se afasta com um sorriso.

—Princesa Daniele wall! Pensei que fosse mais... – ele brinca com as mãos – mole? Eu acho – ele sorri – temo que tenha entendido errada minha majestade, deixe-me explicar – ele toca meu braço e olha em meu pulso – deixa esse caro cavalheiro lhe explicar? – eu assinto e ele começa – Sou Taylor Cavanom mais conhecido como Tay o filho do melhor amigo de sua mãe – ele vê minha inquietação quando mãe sai de seus lábios e me observa um pouco mais, mas não interrompo – meu pai era um rebelde, mas ele se aproximou muito de sua mãe, então viraram amigos. Depois de alguns meses, ambos descobriram que não estavam um contra o outro mas sim do mesmo lado, tanto meu pai como sua mãe haviam ido para realizar uma tarefa. Meu pai era o rei de Crosser um reino um pouco distante daqui e veio em missão, então eles começaram a fazer uma coisa maior do que aquela rebelião. Meu pai me contou sobre você e sua mãe. Disse-me para infiltrar e não sair do grupo e de modo algum compartilhar isso com alguém, apenas com você e que isso fosse quando estivesse preparada para ouvir, e sendo sincero – ele sorriu sarcasticamente – pensei que isso fosse demorar mais, creio que você ouviu uma conversa minha recentemente e eu estava apenas seguindo meu caminho, estamos do mesmo lado princesa – ele se levanta e depois se agacha na minha frente pega minha mão e mostra seu pulso a mim, ele continha o mesmo ponto – isso é um símbolo que somos de sangue original, todos que o contem são de sangue puro, e deixe-me apresentar princesa – ele sorri e levanta seus olhos azuis mar para mim e eu me imagino sendo capturada por eles – sou o príncipe de Crosser ao seu dispor.

Ambos sorrimos.

—Não acredito que vou dizer isso, mas, meu caro príncipe acredito em sua palavra e peço desculpas pelo estrangulamento e peço que me perdoe, se puder fazer algo eu o farei.

Levanto e ele também. Se aproxima e quase roça seus lábios nos meus. Depois num ato rápido encontra os meus lábios em um impacto forte e quente. Não consigo resistir e me deixo levar. Era bom e sensual como algo que você não pode conter. Algo que precisa tocar e experimentar e não ficar guardado. Precisa ser apreciado e repetido varias vezes. Sinto uma pontada de culpa quando me lembro de Matt e penso o que aquilo seria pra mim. Estaria eu interessada por Taylor? E porque seus lábios eram tão perfeitos nos meus como nem o de Matt foram um dia? Afasto-me e ele segura meu rosto entre as mãos.

—Esta perdoada minha princesa – ele sorri e se afasta.

Fico um pouco tonta e vou até a janela

—Acredito que temos muito que conversar e lhe dou todo o tempo do mundo meu caro príncipe.

E começamos.

Ficamos quase 5 horas tirando todas as minhas duvidas e fortalecendo de pouco em pouco minha confiança por aquele belo rapaz que agora eu via como um príncipe disfarçado. Ele não me beijou de novo mas sem conseguir controlar ou pra me provocar ele insistia em conversar olhando para os meus lábios. Sinto-me desconfortável.

—Você vai ficar mesmo olhando para minha boca?

Ele da um sorriso divino e me olha nos olhos. Aqueles olhos azuis encantariam qualquer ser.

—Se sente incomodada?

—Sim – digo com pressa.

—Esta bem vou parar, mas saiba que é bem difícil fazer isso – ele sorri novamente e aparece de leve um covinha em seu rosto e começo a reparar cada detalhe – seus lábios são...sedutores me fazem questionar se deveria experimentá-los novamente.

Nego com a cabeça.

—Não pode sair beijando as pessoas sabia?

Ele ri. Uma risada gostosa. Ele caminha até o outro lado do quarto e pega um violão sobre um pequeno sofá. Senta-se ao meu lado, posiciona o violão e me olha. Acaricia meu rosto e depois recua. Com leves toques aquela melodia me envolve com um manto aquecido e confortável. Meus olhos encararam os seus e depois olho para os seus lábios. Daniele! Matt! Recomponho-me, mas ele percebe a leve mudança em mim e começa a cantar baixinho. Sua musica envolve palavras repletas de poesias e amor. Era lindo! Depois que ele acabou perguntei curiosa.

—Você mesmo compôs?

—Sim – ele coloca o violão em seu devido lugar e ouço a chuva cair de fininho. Então a chuva embaça todo o vidro da janela. Levanto-me com cuidado e caminho até la.

—Quero fazer uma coisa, não precisa vir se não quiser – digo e saio a procura do jardim.

Ele me segue. Sinto-o por trás de mim.

O jardim já esta inundado com a chuva. É fina mais bela. O céu esta escuro e as flores parecem negras. Começo a girar na chuva sentindo aquela sensação maravilhosa das gotas escorregarem pelo meu corpo. Meu cabelo logo esta encharcado junto com todo o resto. Uma coisa quente percorre o meu corpo e quando abro os olhos todo o jardim esta brilhando com ondas de um laranja como fogo. As rosas vermelhas envolta das paredes e perto do balanço, á arvore com flores vermelhas que não sei o nome brilha junto. Fico tão encantada e ao mesmo tempo perplexa ao ver algo tão belo. As rosas nunca me pareceram tão belas até aquele momento. Reparo que o ponto no meu pulso brilha em um dourado perfeito.

Era eu fazendo tudo aquilo? Não era possível! Olho para Taylor encostado na porta um pouco molhado, mas não muito. Pergunto silenciosamente  com os olhos e ele assente. Sorrio e começo a caminhar entre o jardim. Toco em uma rosa arrancando-a. Caminho até Taylor e a entrego. Ele sorri.

—Obrigado por cooperar – me aproximo, mas não muito – de verdade, não sei se um dia poderei retribuir tudo que esta fazendo pelo meu povo.

Taylor me contou sobre minha mãe e seu pai. Sobre as investidas no grupo vermelho e disse que tentaria me manter informada quando voltasse para o castelo, mas que era bastante sigiloso e eu não podia contar a ninguém nem mesmo ao meu pai. E explicou porque apenas os de sangue puro continham o ponto. Na verdade ele se chamava raiz. Passava de geração para geração. E continha em cada um algum efeito. Contou-me que aparecia quando certa quantidade de adrenalina era liberada para o nosso corpo e a mente captava aquilo fazendo com que tudo o que estava armazenado viesse à tona. Por isso desmaiei. Era intenso. Era como fogo consumindo suas veias. Era preciso tomar cuidado. Depois de tê-lo tem que se controlar em respeito às emoções. A partir daquele momento a rosa se tornou mágica como algo que vira um símbolo seu. O vermelho intenso me fazia lembrar o sangue que percorria em minhas veias. A partir daquele momento cada coisa começou a ter um significado diferente, um pensamento só meu.

Taylor sorri calorosamente e me abraça.

Começamos a brincar na água. Escorregamos e caímos um sobe o outro varias vezes.

—Como uma majestade pode ser tão – ele grita por causa do barulho da chuva– normal?

A chuva começou a engrossar. Rio em êxtase.

—Venha, vamos nos resfriar se continuarmos aqui – e o puxo pela mão.


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Notas finais do capítulo

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