Reflexo (livro 1 ) escrita por Estefanie Priscila


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

continuação



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Acordo com alguém me empurrando. Abro os olhos lentamente e encontro Taylor.

—Dany acorde – ele me ajuda a me sentar – precisamos sair daqui.

Meus olhos ainda estavam sonolentos e olho para o vidro. Estava escuro, deveria ser de madrugada pois sentia que tinha acabado de ir me deitar.

—Por quê?

—Depois te explico vem – ele me puxa pelos corredores, mas recuso. Pego o diário debaixo de cama e deixo que ele me leve.

Ouço passos por todos os lados. Vejo alguns vultos e eu o sigo tonta. Contornamos o jardim e entramos numa porta por trás de algumas folhagens que eu não havia visto antes. Era um armazém. Sigo-o e quase tropeço em um barril cheio de terra, o pulo e continuo a seguir Taylor. Seus passos eram cuidadosos, mas apressados. Observo que ele vestia uma calça comprida e camiseta larga. Como se não tivesse tido tempo de trocar de roupa. Alias de quem eu estava fugindo? E quem são aquelas pessoas na casa? E Nicha, cadê ela?

Taylor me puxa pela mão me acordando dos devaneios de pensamentos. Continuamos a andar até que damos numa porta que da para um beco. Estava escuro e havia neblina por todas as ruas. Ele foi andando e olhando para todos os lados e eu fazia o mesmo. Quando já estávamos a quase 5 quarteirões de distancia. Ele para perto de um sobrado e toca a campainha. Olho para ele nervosa, mas não digo nada.

—Café – Taylor disse após o interfone ser atendido, a porta se abre e subimos as escadas.

Ele praticamente me arrasta. Chegamos ao 2º andar e entramos numa porta de madeira. Encontro Nicha na sala tomando chá. Ela vem me abraçar e depois abraça Taylor. Sente-mo no sofá e olho para ambos intrigada. Nicha sai sem dizer nada e vai para o que penso ser a cozinha. Aconchego-me no sofá macio e me envolvo nas almofadas. Taylor senta de frente pra mim.

—De algum modo desconfiaram de mim – ele vira o rosto nervoso – sabem de alguma coisa, aquelas pessoas que invadiram a casa iria nos matar – ele mexe o dedo bastante nervoso – não sei quem foi e desculpe por coloca-lá em risco.

Assinto com a cabeça e pondero as coisas que ouvi por alguns segundos.

—Tem alguma ideia do que sabem ou do que pensam que sabem?

Ele me encarou e vejo algo se locomover em seus olhos. Belas chamas douradas. Faíscas. Ele estava nervoso.

—Tem algo que não mencionei a você – ele volta a me olhar – sabe a coroa de quem sua mãe fala no diário – ele apontou para a minha mão – digamos que ela possa fazer que seus poderes multipliquem, vou ser mais especifico a pedra que esta na coroa faz isso. Ela vem sido protegida e passada de rainha para rainha, os rebeldes querem pega-la – fico tensa – esta ficando perigoso esse jogo Daniele, não sei se terei como encaixá-la no grupo vermelho e terei que ver se estão procurando por mim mesmo – se aproxima de mim e toca o meu cabelo solto na testa prendendo-o atrás da orelha – acho que deve voltar ao castelo ainda hoje de noite, posso te levar numa camionete se quiser, pelo menos próximo de la. Mas prometo que arranjarei uma forma de mantê-la informada, tem que saber que não pode confiar em ninguém e comece a reparar quem são seus inimigos ali, assim como sua mãe estava infiltrada há pessoas te vigiando. Esconda seus poderes e tome cuidado esta bem? – ele da um breve sorriso.

Assinto e ele se afasta.

—Venha no caminho te conto o resto da historia – e me puxa pelas escadas.

Pelo que eu entendi a partir de agora meus poderes apareceriam de acordo com as minhas emoções. E teria que dominá-los sem ser vista por ninguém. E os rebeldes eram mais que um grupo que não gostavam do tipo de governo, eles queriam a pedra porque com a pedra poderiam dominar qualquer coisa. Havia um líder que ninguém sabia quem era. Ninguém o havia visto, e os boatos era que ele ou ela era uma pessoa de sangue puro, continha a raiz no pulso e com a pedra poderia dominar o que quisesse. Tudo viraria um caos.          Teria que ser mais esperta agora, na verdade teria que ser muito mais. Depois de tirar minhas duvidas sobre algumas coisas peguei informações sobre livros que poderiam me ajudar com a historia da raiz e todos os seus efeitos sobre as pessoas. O resto da viagem foi silencioso até algo bater na caminhonete e ela voar pelos ares em grandes voltas. Sinto os cacos enfiarem na minha pele e a rasgarem. Um grito oco sai da minha garganta. Sinto algo quente escorregar entre meu coro cabeludo. Tento a todo custo tirar o cinto de segurança, mas tinha ficado emperrado. Sinto minha cabeça latejando. Eles havia nos seguido, mas como? E quem eram eles? Quem os controlava?

 Pego um caco de vidro e começo a rasgar o cinto. Taylor faz o mesmo.

—Não sei como – ele sussurra – eles chegaram aqui.

Ouço passos e vejo alguém se movimentar na escuridão. Usava botas e um casaco escuro de couro. O chapéu tampava o rosto. Não dava pra identificar se era homem ou mulher. Quando o cinto rasgou eu cai num baque, sai pela janela. Taylor saiu logo atrás de mim. Ele me puxou para trás e começamos a olhar ao redor. Sinto algo e me viro  encontrando um tigre enorme negro. Seus olhos eram claros. Ele não mostrava os dentes. Toquei em Taylor devagar. Ele se virou e encarou o tigre. A pelagem dele estava levantada, mas não mostrava nada alem disso. Era bonito, mas assustador. Peguei-me afastando e cogitando a ideia da pessoa do casaco ser o tigre, mas não havia tempo o suficiente para ela aparecer tão perto. Taylor pega minha mão e fala baixinho.

—Ele não vai te machucar a não ser que você o machuque, precisa tocar nele com cuidado e então se ele se encurvar é porque tem seu respeito, entendeu? – olho para aqueles belos olhos e vejo que havia machucados por toda a sua face. Toco-lhe – confia em mim Daniele? – fiz que sim – então faça o que pedi.

Afasto-me de Taylor e olho para aqueles olhos estranhos, começo a me aproximar lentamente então toco sua cabeça e o acaricio de leve com medo. Ele me olha nos olhos e se curva.

—Tem o respeito dele – diz Taylor.

—Agora gostaria de saber por que um tigre entrou na historia?


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Notas finais do capítulo

continua



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