Reflexo (livro 1 ) escrita por Estefanie Priscila


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

cont.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/539785/chapter/15

3 SEMANA DEPOIS

Eu estava no avião olhando as nuvens pela janela ao lado de Keila. Ela lia uma revista e eu pensava. Meu coração martelava dentro do peito e quando pensei ver novamente o rosto de Matt pensava seriamente se eu não teria um treco. Agitava preferi escrever. Caminhei até o fundo e peguei um caderno dentro da mochila e a caneta. Um focinho esbarrou em minha mão. Apenas olhei aqueles enormes olhos e me afastei. Voltei-me pro acento. E fui escrever. Escrevi sobre tudo que eu havia aprendido e ensinado. Coisas sobre amor e compaixão e até o ódio. Como ele pode te fazer um refém. Escrevi sobre o que fazia eu pensar em Matt e minha mãe e até meu pai. Rapidamente escrevi 2 folhas frente e verso e fui dar uma lida para conferir.

...Eu de certa forma tapei o coração com um longo fecho e proibi alguém de reabri-lo. Às vezes quando você conhece algo que possa chamar de amor acaba fazendo besteira com o sentimento ou o que ele te tornou. Eu amei meu pai e minha mãe, e claro amei Matt. Mas como saber que eu não deixarei a espada abaixar ao olha-lo nos olhos e lembrar que ele me criou me perguntando se ele me amou algum dia ou não. Acreditar que tudo que ele tenha feito não seja sobre mim ou sobre minha família, sobre o que eramos. No fundo creio ainda existir um buraco oco. Qualquer sentimento que guardei por muito tempo simplesmente deixei faze-los o que quisessem sejam destruir ou construir. Aprendi em termos complicados que o sentimento é uma ferramenta cruel quando não se sabe manuseá-la, o que te levanta ou derruba. Na verdade não é questão de amor ou ódio como se aprende em livros ou filmes, é questão de sentimento mesmo, daquela energia quente que você sente. E ela faz algo com você, te muda nem sem ao menos pedir. Eu fiz escolhas erradas mas é nelas que baseio as que decido agora. É verdade quando os velhos dizem algo sobre sentimentos, sobre como deixa-los agirem em você e não ter medo de errar. Pois de um modo eles fizeram isso. Deixaram que eles e o tempo se resolvessem sem pressa. Estou certa de que é certo ama-lo. Que o que sinto por ele me dará todas as respostas que me cogito as vezes. Sinto como é ama-lo e como é bom. Eu não desistiria dele de forma alguma e daria tudo que tenho para continuar a vê-lo sã e salvo. Amor é sentimento, amor é o que sinto por ele...

Creio ter dormindo sobre o caderno pois acordei com Keila me dando safanões. Abri os olhos lentamente lembrando onde estava e a encarei. E então eu soube, havíamos chegado! Me levantei da poltrona meia desajeitada e segui Keila com o caderno e a caneta na mão. Reparei que ela havia mudado de roupa. Agora usava um vestido longo de tecido mole azul. Possuía um rabo de cavalo e algumas joias e gloss apenas. Ela sorriu e continuou andando ansiosa. Me questionei quem estava mais eu ou ela. E novamente me questionei porque ela estava tão feliz?

—Sra.Kyles – disse um soldado a espera da saída do avião.

Com um leve mexer no pescoço senti o que acontece quando se passa um tempo dormindo em um avião. Maravilha!

—Princesa – diz ele e pega minha mão me ajudando a descer.

Sorrio em agradecimento e olho a volta. Não esperava mas há um pouco de pessoas. Cidadãos poderíamos dizer. Eles me olham incrédulos e foi ai que lembrei que na verdade eu estava morta para eles. Para todos eles na verdade. Morta mortinha. Olhei nervosa para uma garotinha ruiva que começou a chorar quando me viu e me perguntei qual minha importância em seu coração. Ela mostrou afeição mas não entendi porque ela a designou a mim. Eu, Keila e 4 soldados nos acompanharam até um carro e muitas pessoas vieram com seus olhos curiosos.

Acontece alguns murmurinhos e acabo tirando meus olhos das pessoas e olho para o céu nublado e prevejo chuva e relâmpagos para mais tarde.

—Perfeito! – digo sorrindo para Keila que entra sorrindo no carro e senta-se ao meu lado – dia nublado é o meu dia perfeito.

Vejo o soldado que se senta a frente com o motorista pensar sobre o que disse. Ri sabendo que eles não entenderiam nada sobre o que eu havia dito. O carro começa a andar e fico olhando as casas. Algumas grandes e outras bem pequenas. Pessoas acenando e outras olhando o carro perplexas. Todos haviam acreditado que a princesa Daniele havia morrido. Vi algumas pessoas chorarem e não entendi novamente como era a visão que guardavam de mim. Sorri e depois fechei o vidro. Me virei para Keila.

—Porque tudo isso? – gesticulei com as mãos.

—Nunca pensei que fosse de verdade visitar outro castelo, outro reino – seu sorriso foi de orelha a orelha.

—Mas você é uma...certo?

—Sim,mas nunca esperava que conhecer isso... – ela apontou para algumas regiões a fora por sua janela aberta – isso é como... – seus olhos vagaram – é perfeito.

—Ok ok – sorri.

A viagem seguinte é silenciosa mas não em meu coração e o de Keila vejo lampejos e tempestades. Fico imaginando o rosto de Matt e de tudo que sinto por ele e me sinto cada vez mais ansiosa. Começa a chover. Sinto logo o cheiro de terra molhada e vejo a saudade que eu sentia daquele lugar. Me acomodei no carro e apoiei o rosto no vidro, reparei que nessa época do ano as flores estavam perfeitas. Como em um mundo de tintas e era tão... o meu jeito. Sorri e mexi os dedos impacientes.

Depois de 20 minutos chegamos ao castelo. Vi guardas na entrada e reparei que continuava do mesmo jeito que me lembrava. Cutuquei Keila que havia cochilado e ela acordou com um pulo arregalando os olhos. Soldados abriram as portas de ambos lados fizeram reverencia e me ajudaram a descer. Procurei por qualquer sinal de Matt e não vi nada. Me decepcionei com isso. Sorri e caminhei em direção ao meu inimigo e o meu lar. Vi minha empregada vir correndo em minha direção e verificar se eu estava bem. Keila olhou para mim e eu assenti.

A chuva engrossou. E tivemos que correr um pouco para não chegarmos encharcadas. Quando a porta daquele enorme castelo se abriu e vi meu pai chorando a minha frente. Ele veio correndo e me abraçou. Eu o abracei de volta sentindo seu calor e sabendo que tudo aquilo era fingimento. Deixei lagrimas escorrerem por outro motivo descerem pelo meu rosto. Novamente verifiquei se Matt estava no salão principal mas ele não estava.

—Querida onh meu Deus!! Tenho tanta a te perguntar e a te contar – disse meu pai entre lagrimas.

—Também papai – disse limpando as lagrimas.

Ele sorriu e se afastou. Seus olhos se dirigiram a Keila com uma intensidade quase invisível.

—Anh pai essa é Keila, uma amiga – os dois se cumprimentaram e sorriram.

—Por favor Jesse – ele chamou por minha empregada – levem as para seus quartos para descansarem nos vemos mais tarde querida – ele beijou minha testa – descansem.

Segui Jesse até o quarto em que Keila ficaria e disse que nos encontraríamos mais tarde.

Quando cheguei ao meu quarto perguntei discretamente.

—Pode me fazer um favor?

—Sim Senhorita.

—Pode me dizer se o soldado Matt esta no castelo?

—Sim esta, quer que o chame?

—Não, não obrigada – sorri.

Fechei a porta e encarei a minha cama, minhas prateleiras de livros. Aquilo que era meu. Passei os dedos pelo moveis e me encarei no espelho e uma coisa veio a minha cabeça que havia me esquecido. Eu usava calça e blusa e deveria agora colocar vestidos pesados novamente e isso seria um saco definitivamente. Apos ver tudo aquilo encarei um retrato na parede de minha mãe e eu. O tirei da parede. Eu estava pequena na foto e ela passava o braço ao meu redor me dando um abraço bem forte. Passei meus dedos sobre sua face na foto e chorei. Chorei novamente por motivos reais dessa vez. Chorei pelo fato de não ter conseguido salva-la. Voltei a colocar o quadro na parede. Senti algo tocar em minhas costas e me virei rapidamente e então la estava ele. Matt. Não estava muito diferente do que eu me lembrava mas estava um pouco. Seu cabelo havia crescido um pouco e parecia cansado. Ele tocou em meu cabelo vendo se realmente eu era real. O abracei forte e queria nunca mais soltar. Ele me abraçou com toda a minha intensidade de volta. Senti seu calor e o seu cheiro. Ele passou os dedos pelo me cabelo o alisando.

—Matt...

—Shh – disse ele e ficamos ali nos abraçando e eu querendo nunca mais ter que solta-lo com medo que se soltasse alguém viesse e dissesse que não poderia mais velo e nem te-lo. Então fiquei ali sentindo seu cheiro e seu calor me inundar de uma energia nova. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Relembrando qe Reflexo tera o proximo livro!! esta confirmado mas ainda sem data de lançamento ou nome.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reflexo (livro 1 )" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.