Rebekah abrira a porta receosa, mas quando viu Hope, ela estava deitada no chão abraçada as pernas, estava totalmente nua, os cabelos antes presos em um rabo de cavalo agora se encontravam grudados em sua pele suada, ela tremia fazendo que seus dentes trincassem.

–Acabou querida, acabou- Rebekah falou pondo sobre o corpo nu de Hope um cobertor, ela não esperava que a mesma respondesse, então apenas sentou-se e colocou a cabeça de Hope sobre suas pernas cruzadas.

–Você não sabe o quão se parece com seu pai querida- Falou Rebekah afagando os cabelos da sobrinha e os tirando de seu rosto.

–Acho que já pode parar de falar desse homem Rebekah- Falou Hope dando um sorriso fraco, foi a primeira vez que ficara feliz em ver Rebekah.

–Como sempre a Hope que conheço- Falou Rebekah dando um sorriso de canto- Acha que pode ficar em pé?

Rebekah perguntara se levantando e ficando em frente a Hope.

–Claro que posso- Falou Hope levantando-se com dificuldades, Rebekah a ajudara a ficar em pé passando o braço esquerdo da sobrinha sobre seu pescoço.

Hope nada dissera, apenas subira vagarosamente as escadas ao lado da tia até chegar ao seu quarto.

–Iremos conversar mais tarde- Rebekah disse parando e frente a porta enquanto Hope andava até a cama e se sentava.

–Ainda bem que sabe que será mais tarde, pelo menos me poupa de gastar minha voz, agora o que quero é tomar um banho e depois dormir um pouco.

–Pois bem, esta precisando- Rebekah falou fechando a porta e saindo.

Hope estava cansada e com dor de cabeça, mas levantou e andou calmamente até o armário que estava muito bagunçado, e ela não se preocuparia por um bom tempo em arrumar, mas conseguiu um roupa de seu agrado, uma calça vermelha, uma blusa preta aberta nas costas que tinha escrito "Normal Is Boring", um converse branco e de acessórios usou uma corrente simples prata com pingentes de estrela e uma lua, e um brinco de estrela igual a da corrente (Look da Hope). Pegara tudo e colocara em cima de uma cadeira e foi tomar banho, ligara o chuveiro e entrara em baixo d' água e como sempre esqueceu do mundo e de tudo que a fazia mais fraca, apenas ficou ali sem pensar em nada, sentindo a água colidir com sua cabeça e escorrendo pelas suas costas, quando acabou foi secar-se e vestir-se, e antes de dormir, foi checar seus e-mails.

Lá embaixo Rebekah falava com Klaus pelo celular.

–Você não entende Nick, nós temos que voltar-Falou Rebekah olhando contínuas vezes a escada, checando para ver se Hope não estava ouvindo a conversa, mesmo que a mesma estivesse ouvindo uma música no primeiro andar.

–Não Rebekah, o feitiço de disfarce não terá mais efeito quando virem para New Orleans, e as bruxas já sabem como Hope é.

–Como descobriram?- Falou Rebekah espantada, como descobriram se o feitiço de disfarce ainda funcionava?

–Não sei Rebekah, as bruxas avançaram bastante os seus feitiços e isso que me preocupa

–Klaus...Hope despertara o lado lobo ontem a noite- O Silêncio do outro lado da linha foi matador- E agora não vê mais motivos para não se alimentar direto de pescoços, e convivi dezesseis anos ao lado dela e sei que Hope não terá racionalidade e muito menos piedade, matara quem aparecer em sua frente, e aqui em Los Angeles não é normal termos ataques da animais constantemente...- E de repente Rebekah avistara Hope descendo as escadas- Iremos voltar Nick- Falou Rebekah desligando sem que Klaus pudesse responder.

–Vim pegar sangue- Falou Hope se dirigindo ao freezer- E aliás, com quem estava falando?- Falou Hope, já com sangue em sua boca.

–Um antigo amigo- Rebekah disse colocando o celular sobre a mesinha de centro- Esta se sentindo melhor?

–Não estava sentindo nada, apenas uma dor de cabeça, mas que já passou, mas para acabar com sua aflição, sim estou ótima, nunca me senti tão bem, me sinto mais forte, me sinto viva. Agora para isso tudo ficar melhor ainda irei dormir.

–Precisamos conversar Hope- Disse Rebekah

Hope não ouvira, já não estava mais lá.

–------------------------------------

–Você tem que entender Hope- Rebekah falou alto com um tom de aflição- Temos que ir

–Não Rebekah, nós não temos que ir, e eu não entenderei, não tem nada que me prenda a aquele lugar

–Tem sim Hope, sua história, sua família.

–A família que nunca quis saber da minha existência? Não faço questão de os conhecer. A minha história? Não faço questão de saber nada sobre minha miserável existência.

–Desculpe Hope-Falou Rebekah passando a mão nos cabelos e parando com a mãe no pescoço

–Pelo quê Rebekah? Por me obrigar a ir para aquele inferno?

–Por isso- Rebekah como era uma original, ainda era mais rápida que Hope, e usara sua rapidez para quebrar o pescoço da sobrinha, sendo que Hope só ficaria inconsciente algumas horas, o que era bastante tempo para que chegassem a New Orleans, o que pela conta de Rebekah era mais ou menos uma hora de carro.

Rebekah pegara Hope no colo, ela era tão leve que Rebekah não teve dificuldade alguma em leva-la para o carro, um impala vermelho, e coloca-la no banco traseiro deitada. Como já sabia que seria decisivo antes mesmo da conversa já aprontara as malas, só de Hope pegara cinco malas de todas as roupas que tinham no armário, e as suas eram menos, só três malas.

–Não se preocupe Hope, nada irá te acontecer, nós voltaremos as suas raízes, onde tudo começou.